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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS –ICTE COLUNA DE WINOGRADSKY Raul Henrique Galassi Padovan - 201310717 UBERABA – MG DEZEMBRO DE 2018 Universidade Federal do Triângulo Mineiro Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas Curso de Engenharia Ambiental COLUNA DE WINOGRADSKY UBERABA – MG DEZEMBRO DE 2018 OBJETIVOS O presente trabalho teve como objetivo analisar o crescimento de microrganismos a partir de fontes diferentes de substrato para favorecer o crescimento. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Becker; Funil; Garrafa PET transparente 1,5L; Fita crepe; Água; Haste de madeira; Gaze; Sedimento; Ovos cozidos; Papel; Cápsula energética; Feijão; Açúcar; Bicarbonato de sódio; Cascas de banana; Ameixa; Queijo; Grama; Aveia; Cascas de abacate; Métodos Primeiramente, tarou-se o Becker para que assim pudesse começar a colocar as fontes de nutrientes e o sedimento, um de cada vez. Pesou-se 614,97g sedimento, este coletado em uma fazenda no município de Uberaba MG, e colocou-se na garrafa utilizando um funil e o auxílio de uma haste de madeira. Em seguida adicionou as fontes de nutrientes, a primeira fonte a ser pesado e colocado na garrafa assim como o sedimento foram os ovos cozidos, 51g. As próximas fontes de nutrientes colocadas na garrafa, seguindo a mesma metodologia do anterior foram respectivamente: papel, cápsula energética, feijão, açúcar, bicarbonato de sódio, cascas de banana, ameixa, queijo, grama, aveia e cascas de abacate. Com as respectivas pesagens: 6,55g, 3g, 75,54g, 23,40g, 11,11g, 40,43g, 11,97g, 9,98g, 10,02g, 16,49g e 23,84g. Esses ingredientes formaram camadas dentro da garrafa, em que colamos fita crepe com os respectivos nomes. Fora colocado então uma barreira que pudesse impedir que larvas, mosca e outros seres vivos adentrassem a garrafa modificando os resultados do experimento. Esta barreira foi montada utilizando-se gazes e fita crepe, permitindo então a entrada de oxigênio. RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 1 - 13/08/2018 Análise Não foi possível obter nenhum resultado, visto que essa foi a primeira foto no dia do experimento e ainda não teve ação notável dos microrganismos. Figura 2 - 22/08/2018 Análise Após 9 dias de realizado o experimento, pode-se observar uma cor esverdeada na parte superior da garrafa, o que indica a presença de microrganismos anaeróbios na parte inferior da garrafa (SANTOS). À medida que há consumo de oxigênio, os microrganismos começam a degradar os nutrientes adicionados a coluna, gerando um gradiente reverso ao de oxigênio. Figura 3 - 31/08/2018 Análise Após 18 dias de experimento, observou-se ainda uma cor esverdeada, dessa vez um pouco mais clara e menos densa. Isso é resultado de uma menor concetração de algas e cianobactérias, no entanto, ainda presentes. Um pouco abaixo do meio apresentou uma cor esverdeada também, a presença da celulose e do enxofre estimula o crescimento de bactérias específicas, onde algumas degradam a celulose liberando glicose, que pode ser tanto fonte de carbono como fonte de energia, via fermentação. Figura 4 - 10/09/2018 Análise Quase um mês após o experimento, a cor esverdeada se manteve um pouco abaixo da metade e no topo da garrafa. Notaram-se também algumas manchas brancas, que são sinais de presença de fungo, logo abaixo da camada verde. Figura 5 - 19/09/2018 Análise 36 dias após o experimento, permaneceu a presença da mesma coloração verde, no entanto as manchas brancas (fungos) desapareceram. Figura 6 - 24/09/2018 Análise 41 dias após o experimento, ao fundo da garrafa observou-se uma cor mais escura, com manchas pretas, isso ocorreu devido à presença de bactérias anaeróbicas redutoras de enxofre, que liberam H2S que reage com o ferro contido no solo e nos nutrientes adicionados, formando sulfato ferroso (1) que foi o responsável por essa coloração na parte de baixo (TERAMAE, 2011). H2S + Fe2+ FeS H2 (1) Figura 7 - 5/10/2018 Análise Figura 8 - 15/10/2018 Análise Figura 9 - 25/10/2018 Análise Figura 10 - 5/11/2018 Análise Figura 11 - 14/11/2018 Análise Figura 12 - 22/11/2018 Análise Figura 13 - 26/11/2018 Análise Ao adicionar nutrientes na garrafa ricos em proteínas, vitaminas, cálcio e ferro promoveu um aumento imediato de microrganismos, acarretado por uma considerável redução de O2. Assim, a região aeróbica fica menor, se concentrando na parte superior da garrafa. Ocasionando assim, a presença de microrganismos aeróbios e fotossintetizantes (algas, cianobactérias e protozoários) na parte superior, e a presença de microrganismos anaeróbios na parte inferior da garrafa. A medida que há consumo de oxigênio, os microrganismos começam a degradar os nutrientes adicionados a coluna, gerando um gradiente reverso ao de oxigênio. A cor esverdeada presente na parte de cima da garrafa ocorreu devido à presença de algas e/ou cianobactérias. Elas se acumularam principalmente na parte superior. O crescimento desses microrganismos, os quais realizam a fotossíntese oxigênica, sustém a zona aeróbica, aonde muitas bactérias aeróbica heterotrófica e fungos irão se desenvolver. Um pouco abaixo do meio apresentou uma cor esverdeada também, a presença da celulose e do enxofre estimula o crescimento de bactérias específicas, onde algumas degradam a celulose liberando glicose, que pode ser tanto fonte de carbono como fonte de energia, via fermentação. E ao longo da coluna, se estabelece um gradiente de oxigênio, onde fica divido seres aeróbios no topo e seres anaeróbios na parte inferior. Ao fundo da garrafa observou-se uma cor mais escura, com manchas pretas, isso ocorreu devido à presença de bactérias anaeróbicas redutoras de enxofre, que liberam H2S que reage com o ferro contido no solo e nos nutrientes adicionados, formando sulfato ferroso (1) que foi o responsável por essa coloração na parte de baixo. H2S + Fe2+ FeS H2 (1) No período de outubro a cor da garrafa apresentou uma cor mais esverdeada por 80% de sua área, isso significa uma predominância de algas ou cianobactérias favorecendo o crescimento de bactérias quimioautotróficas. Pode se notar uma parte de cor branca da garrafa, confirmando a presença de fungos um pouco na parte aeróbia, o que contradiz com a literatura, e um pouco na parte anaeróbica onde apresentam resistência a altas pressões de CO2 que são úteis ao seu desenvolvimento. REFERÊNCIAS MALAJOVICH, Maria Antonia. Microrganismos: Como Analisar uma Coluna de Winogradsky. Disponível em: <http://www.bteduc.bio.br/guias/28_Analise_De_Uma_Coluna_De_Winogradsky.pdf>. Acesso em 25 set. 2018. SANTOS, Ana Carolina dos. Análise da toxicidade de água de rio contaminada com herbicida ametrina utilizando colunas de Winogradsky e microalgas como bioindicadoras. 2016. 51 f. Trabalho de conclusão de curso (Ecologia) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências (Campus de Rio Claro), 2016. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/155821> Acesso em 05 dez. 2018. TERAMAE, Karen Hosomi. Análise Ecotoxicológica Utilizando Colunas de Winogradsky Contaminadas por Óleo Lubrificante Usado e Biodiesel. Rio Claro: Universidade Estadual Paulista, 2011. Acesso em 06 dez. 2018
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