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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Microbiologia de Alimentos NOME DO ALUNO: Carolina Capuci Cipriani R.A: 0424252 POLO: Boqueirão PRÁTICAS REALIZADAS: Polo Rangel / Santos - 25/02/2023 e 04/03/2023 INTRODUÇÃO A observação de microrganismos nas amostras é de suma importância, uma vez que pode indicar uma terapia antimicrobiana direcionada a um determinado grupo de patógeno, também com a necessidade da escolha certa do meio de cultura para obtenção correta do crescimento bacteriano. (BARBOSA HR, TORRES EB, 1998). Apresento neste relatório estudos realizados referente ao uso de microorganismos na produção de alimentos, bem como seu emprego na indústria alimentícia, e grandes produtoras de alimentos, e seus benefícios. Alguns pontos de abordagem deste relatório serão sobre a produção de alimentos, tendo como base as estratégias utilizadas para aumentar a estabilidade e o tempo de vida dos produtos alimentícios, e também a preservação da segurança microbiológica, que tem como objetivo evitar alterações indesejadas e prejudiciais à saúde, usando variados métodos de conservação. O objetivo nas aulas práticas é fazer com que os alimentos permaneçam em conservação por mais tempo. Em 1884 o bacteriologista Hans Christian Gram desenvolveu a coloração de Gram, que classifica as bactérias em dois grandes grupos: gram-positivas, as quais coram-se de roxo e gram-negativas que se coram de rosa. Essas bactérias reagem de modo diferente a coloração de Gram, devido as diferenças estruturais presentes em suas paredes celulares que afetam a retenção ou liberação do complexo violeta Iodo (PEREIRA, PETRECHEN, 2011). RESULTADOS E DISCUSSÃO Aula 1- Roteiro 1: Determinação de alguns fatores intrínseco em alimentos. Objetivo: analisar dois fatores intrínsecos muito determinantes para a caracterização de um alimento: a atividade de água e a presença de substâncias naturalmente, antimicrobianas. Prática de análise da atividade de água (Aa). Preparados 3 bancadas com 3 dessecadores, adicionando em cada um deles as seguintes soluções saturadas de sal, com valores bem distintos e em cada dessecador 3 béqueres contendo 5 g de amostras, conforme tabela a seguir: B 1-Ácido sulfúrico (Aa extremamente baixa=0,00) B 2-Carbonato de potássio – K 2CO3 (Aa moderada=0,43) B 3-Sulfato de Sódio – Na 2SO4.10H2O (Aa extremamente alta= 0,93) ÁCIDO SÚLFURICO AMOSTRA Béquer 34,35g 25 mL Bolacha água e sal 31,07g 5,00g Café 29,38g 5,00g Molho de tomate 31,59g 5,00g CARBONATO POTASSIO AMOSTRA Béquer 30,96 25 mL Bolacha água e sal 31,52g 5,011 g Café 31,02g 5,99g Molho de tomate 30,47g 5,253g SULFATO DE SÓDIO AMOSTRA Béquer 31,02g 25 mL Bolacha água e sal 30,7g 5,00g Café 31,4g 5,00g Molho de tomate 46,6g 5,00g Figura1: amostras alimentos Figura 2:K2CO3 RESULTADO PÓS BÉQUER= P. Amostra Final ÁCIDO SÚLFURICO B1 Bolacha água e sal 35,99g Café 34,24g Molho de tomate 31,08g CARBONATO POTASSIO B2 Bolacha água e sal 36,61g Café 35,72g Molho de tomate 31,61g SULFATO DE SÓDIO B3 Bolacha água e sal 35,82g Café 36,56g Molho de tomate 46,16g Conclusão: Aa é a disponibilidade da água suscetível a ocorrer uma reação química, e sabendo que a bactéria também se alimenta de nutrientes dos alimentos, entendemos que quanto mais a Aa, mais riscos de contaminação microbiana, quando o ambiente está úmido, o alimento tende a absorver essa umidade, e com isso há aumento da Aa. Após os 7 dias, verificamos a aparência dos alimentos, a bolacha e o café do dessecador com ácido sulfúrico apresentou modificação na coloração, onde era visível a pouca saturação. Já os dessecadores com carbonato de potássio e sulfato de sódio apresentaram maior saturação e foi visível a presença de fungos. Prática de análise da presença de substâncias antimicrobianas naturais: Em uma placa de Petri, contendo o meio de cultura BHI, semeamos com o auxílio de um swab, uma solução contendo a bactéria Staphylococcus aureus previamente crescido em meio de cultura líquido em BHI, fizemos movimentos em zigue-zague, de forma que toda superfície da placa foi coberta com a bactéria. Aguardamos por 5 minutos a placa secar. Foram usados como amostra o alho e a canela em pó, e com uma espátula estéril colocamos sob a superfície do meio de cultura sólido, cultivado com o Staphylococcus, colocamos para incubar em estufa bacteriológica a 35º C por 48 horas. Conclusão: Após 7 dias, o alho inibiu o crescimento da cepa indicadora utilizada, observando a presença de substância antimicrobiana natural(alicina) rica em compostos sulfurados. Já a acanela, houve um crescimento visível de bactérias. Figura: Canela e Alho em meio cultura Staphylococcus aureus Aula 1 – Roteiro 2: Produção de Iogurte. Objetivo: Observar o processo de fermentação (nomenclatura usada em indústria de fermentação: mosto, inóculo, vinho, uso ou não de oxigênio). Discutir a fermentação lática. Para o processo de fermentação, adicionamos 2% de açúcar refinado a um frasco de iogurte (industrializado) e levamos para estufa a 37°C, por 1 hora para ativação dos microrganismos presentes no frasco. Em um béquer, adicionamos 1L de leite pasteurizado aquecido a 42°C, adicionamos 10% de açúcar refinado e misturamos bem, assim que a temperatura atingiu 40°C adicionamos 40g de iogurte ativado (inóculo) e misturamos bem. Para finalizar o processo, cobrimos o béquer com papel alumínio, e colocamos na estufa a 37ºC para ser incubado durante 1 hora. Figura: iogurte produzido em aula Conclusão: O resultado foi satisfatório em todos os requisitos, textura, cor, sabor e odor. Nesse processo de fermentação lática, o NADH transferiu seus elétrons diretamente para o piruvato, gerando ácido lático (C3 H6 O3), pois a fermentação se dá por bactérias que fermentam o leite. Esses microrganismos são nocivos, gerando produtos como o iogurte que tem um sabor levemente azedo devido ao ácido lático. Aula 2 – Roteiro 1 : Destilação de garapa fermentada. Objetivo: entender o processo de fermentação alcoólica. Comparar as várias fermentações alcoólicas: álcool combustível, pinga, cachaça, vinho e cerveja. Em um recipiente colocamos a garapa (caldo de cana de açúcar), e homogeneizamos, adicionamos a levedura (fermento biológico) e o sulfato de amônia (fonte de nitrogênio), mexemos bem antes de colocar na estufa a 40°C, depois de aproximadamente 24 h, filtrar a solução fermentada em filtro de papel. Retiramos uma pequena quantidade do material preso na superfície do filtro de papel, e com o auxílio de uma alçada esfregamos o precipitado em uma lâmina, + 1 gota de azul de metileno e colocamos a lamínula para observar no microscópio até 40x. Foto 1: destilação Foto 2: álcool no densímetro Foto 3: presença de levedura Conclusão: Após a condensação do vapor, a solução destilada encerrou quando atingiu a temperatura de 100ºC, determinamos a graduação alcóolica da garapa fermentada, através de um alcoômetro (ou densímetro), onde tivemos o resultado de 75% de água e 25% de álcool. O objetivo foi alcançado ao mostrar o processo de fermentação e destilação de bebidas alcóolicas fermentadas, destiladas e não destiladas. Aula 3 – Roteiro 1: Análise Microbiológica da água: contagem padrãoheterotróficas por pour plate. Objetivo: realizar o método de contagem microbiana, precisamente as bactérias aeróbias mesófilas, em amostras de água utilizando-se de técnicas de semeadura em profundidade (pour plate). Aqui utilizamos o HpcA + amostras de nutrientes. Colocamos 1 mL de água mineral em uma placa estéril identificada, fazer em duplicata, homogeneizar com movimentos moderados, após a cultura se solidificar, levar na estufa à 0,5ºC, durante 48 horas. Conclusão: Aprendemos o método de contagem de colônias de bactérias e técnicas de semeadura por profundidade, interpretamos os resultados sobre os parâmetros nacionais para a potabilidade de água, além de saber interpretar os resultados obtidos, levando-se em consideração os parâmetros nacionais para potabilidade de água. Aprendemos também que a contagem de colônias de bactérias obtidas, não tem classificação, sendo incontáveis. Aula 3 – Roteiro 2: Análise Microbiológica da água: detecção de coliformes fecais. Objetivo: mostrar ao aluno a técnica de detecção de coliformes fecais em água. Teste Presuntivo (Coliformes Totais): Inoculamos uma série de 3 tubos contendo 10mL (concentração dupla), 9mL e 9,9mL do meio Caldo Lauril Triptose com, respectivamente, 10mL de água, 1mL de água e 0,1mL da amostra ( caldo de BHI de Staphylococcus aureus) incubado a 37°C, por 48 horas. Foto: Tubos inoculados Conclusão: Tivemos um teste negativo, ficou turvo, porém não houve a detecção de cepas, isso ocorreu por causa da contaminação por falta da esterilização correta. O teste para o grupo de coliformes fecais, não se deu devido, a todas as amostras do teste presuntivo ter dado negativa, de vido a contaminação das amostras. Aula 4 – Roteiro 1 : Análise microbiológica de leites. Objetivo: realizar a determinação do número de bactérias mesófilas em leite pasteurizado utilizando a técnica de semeadura de superfície. 1º passo: preparamos uma diluição de leite tipo A, em tubos de 1 a10 separamos 3 tubos estéril, acrescentamos 1 flaconete de solução de salina estéril no volume final de 5mL; 2º passo: a partir dessa solução, realizamos as diluições seriadas de 10 - 1 até a 10-5; 3º passo: a quantidade de 0,1mL de cada tubo contendo as diluições de 10-4 a 10-5 será semeada com uma alça de Drigalsky em duplicata, em placas contendo PCA (plate Count ágar) Foto 1: 1ºpasso Foto 2: 2° passo Foto 3: 3°passo As placas foram incubadas sob condições anaeróbias a 45ºC em estufa bacteriológica, ao final do período fazer a contagem das colônias. Conclusão: Praticamos a técnica por semeadura de superfície, como é esperado do leite tipo A, que não tenha muito crescimento de colônias de bactérias mesófilas, tais bactérias, crescem em meios anaeróbios, fora da presença de oxigênio. Mas o resultado das colônias não teve classificação. Aula 4 – Roteiro 2: Coloração de Gram Objetivo: a avaliação da morfologia microbiana é muito importante para a execução da maior parte dos exames microbiológicos. A coloração de Gram também deve ser revisada, dada a sua grande importância no diagnostico clínico das amostras microbiológicas. Pingamos uma gota de solução salina estéril em uma lâmina, recolhemos uma colônia pré-cultivada com uma alça bacteriológica e colocamos a colônia selecionada junto à lâmina. Fixamos o esfregaço no calor com cristal de violeta por 1 minuto. Lavamos o esfregaço com água corrente removendo o excesso de corante, cobrimos o esfregaço com lugol por 1 minuto e descoramos com álcool acetona até remover o excesso de corante. Cobrimos o esfregaço com por 30 segundo, lavamos e aguardamos secar. Foto: Lâmina e resultado no microscópio Conclusão: o método da coloração de Gram é mais usado na microbiologia, por tratar sucessivamente um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com reagentes cristal violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. As bactérias que adquirem a coloração arroxeado são chamados de Gram-positivas e as de coloração rosa são chamadas de Gram-negativas. O uso de corantes na coloração permite aumentar o contraste e evidenciar a estrutura bacteriana. REFERÊNCIAS BARBOSA, Heloiza Ramos e TORRES, Bayardo Baptista e FURLANETO, Márcia Cristina. Microbiologia básica. São Paulo: Atheneu. Acesso em: 11/03/2023. ARANDA, Kátia R. S; SABO, Sabrina S. Microbiologia de alimentos. 1ed. São Paulo: Editora Sol, 2021 PEREIRA, R. E. P., PETRECHEN, G. G. Principais métodos diagnósticos bacterianos – Revisão de literatura. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, Garça, n. 16, p. 1- 12, 2011. Disponível via URL em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/u94lwYWgePGj05 L_20 13-6-26-11-11-29.pdf. Acesso em: 09/03/2023. GOURGAUD, Microbiologia prática. Editora Edgard Ltda, São Paulo, 1975. SILVA, N. JUNQUEIRA, V. C. A.; SILVEIRA, N. F. A. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. Livraria Varela Ltda, São Paulo, 1977/ Acessado em 06/03/2023. DOMINGUES, Vanessa Oliveira et al. CONTAGEM DE BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS NA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO: COMPARAÇÃO ENTRE DUAS METODOLOGIAS. Saúde, Santa Maria, vol 33, n 1: p 15-19, 2007. MAGALHÃES, Lana. Microbiologia. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/microbiologia/. Acesso em: 9/03/2023 https://www.infoescola.com/microbiologia/metodos-quimicos-de-controle- de-microorganismos/ acessado em 10/03/2023 https://www.provida.ind.br/site/index.php/bacterias/bacterias/122-tecnica- de-gram.html acessado em 10/03/2023
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