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AGRAVO DE INSTRUMENTO AULA 13

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
 JOÃO, brasileiro, solteiro, professor, RG, CPF, residente e domiciliado em, por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional, inconformado com a respeitável decisão de fls._, nos autos da AÇÃO DE DESPEJO CUMULADA COM COBRANÇA DE ALUGUÉIS, que tramita pelo rito comum perante a 2º Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG sob nº_, proferida pelo Douto Juiz de Direito, que move em face PEDRO, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, residente e domiciliado no Rio de Janeiro/RJ, vem, com base no artigo 1.015 do CPC, interpor tempestivamente recurso de:
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM EFEITO SUSPENSIVO
 A fim de ver anulada a decisão atacada, pelas razões em anexo, requerendo a V. Exa. que se digne recebê-lo e processá-lo, distribuindo o presente a uma das Colendas Câmaras deste Egrégio Tribunal.
 Nesta oportunidade, o Agravante anexa o comprovante de recolhimento das custas relativas ao preparo do presente recurso.
 Requer, ainda, que seja o recurso recebido em seus efeitos devolutivo e suspensivo, na forma do artigo 995, parágrafo único c/c 1.019, I, 1º parte ambos do CPC.
 Por último, cumprindo o que dispõe o artigo 1.017, I do CPC, anexa os documentos abaixo relacionados para a devida formação do instrumento.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB/UF
RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVANTE: JOÃO
AGRAVADO: PEDRO
AÇÃO: DESPEJO 
PROCESSO Nº: ....
 Egrégio Tribunal
 Merece anulação a respeitável decisão interlocutória em razão da equivocada apreciação das questões de fato e de direito, como passa a demonstrar o agravante.
DO CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
 Consoante se depreende do artigo 1.015, I do CPC, cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que concedam tutelas provisórias.
DA TEMPESTIVIDADE
 Esclarece o Agravante que a interposição do presente encontra-se em conformidade com o que prescreve os artigos 219, 224 e 1.003, §5 º todos do CPC, quanto à contagem e prazo, tendo sido interposto no prazo de 15 dias.
DOS FATOS
 Tramita na 2º Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, ação de despejo cumulada com cobranças de aluguéis perante o Agravante, onde o Agravado celebrou contrato de locação pelo prazo de 48 meses, ficando acordado que o valor do aluguel seria de R$ 3.000,00 (três mil reais). Todavia, após 1 ano de contrato, o Agravante passou a enfrentar dificuldades financeiras, deixando de arcar com a despesa pelo período de quatro meses e que por esse motivo o Agravado ajuizou tal demanda, requerendo, ainda, antecipação de tutela para que o réu fosse despejado liminarmente.
 O magistrado recebeu a petição inicial, regularmente instruída e distribuída e deferiu a medida liminar pleiteada, concedendo o prazo de 72 horas para o Agravante desocupar o imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
 No entanto, não deve prosperar a decisão interlocutória que concedeu a medida liminar, uma vez que a mesma está em desacordo com os dispositivos legais.
DOS FUNDAMENTOS
 Não restam dúvidas que, não poderia o magistrado ter concedido à medida liminar sem antes ter dado a oportunidade do locatário se manifestar em relação à manutenção do contrato, evitando a sua rescisão, com o pagamento do débito atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, conforme prevê o artigo 62, II da Lei 8245/91.
 Cabe ressaltar também, a desproporcionalidade da multa diária aplicada pelo juiz de primeiro grau no valor de R$ 2.000,00 no caso de descumprimento da medida liminar, tendo em vista que o valor mensal do aluguel pago era de R$ 3.000,00.
 Portanto, a decisão interlocutória proferida pelo juízo “a quo” deve ser anulada. 
I – DO EFEITO SUSPENSIVO
 O Agravante passa por dificuldades financeiras e com o consequente cumprimento da antecipação da tutela de despejo do imóvel pelo réu fará com que o mesmo enfrente danos graves, de difícil reparação, uma vez que estará demonstrada a probabilidade de provimento do recurso por inobservância por parte juiz da causa dos dispositivos legais.
 Portanto, a eficácia da decisão proferida liminarmente pelo juiz de primeiro grau deve ser suspensa, de acordo com artigo 995, parágrafo único do CPC.
DO PEDIDO
 Diante do exposto requer, a este Egrégio Tribunal.
I – seja conhecido e provido o presente recurso, atribuindo-lhe efeito suspensivo para anular a decisão interlocutória proferida pelo juiz “a quo”;
II – a intimação do agravado para querendo apresentar suas contrarrazões;
III – a condenação do agravado ao ônus da sucumbência.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB/UF

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