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HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA ATÉ O SUS (Salvo Automaticamente)

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HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA ATÉ O SUS:
- Marcada por sucessivas reorganizações administrativas e criações de muitas normas. 
- Da colônia até a década de 1930, as ações eram desenvolvidas sem significativa organização institucional. 
- 1930: Criação do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública 
- Iniciou-se uma série de transformações, foram criados e extintos diversos órgãos de prevenção e controle de doenças, culminando, em 1991, com a criação da Fundação Nacional de Saúde.
- Na saúde preventiva, o Brasil enfrentou diversas dificuldades institucionais e administrativas, decorrentes do limitado desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, E, pelo lento processo de formação dos direitos de cidadania.
- 1960: Reformou-se o laboratório de análises, surgindo o INCQS, implantando o Programa Nacional de Imunização, para o controle sanitário de vacinas.
- 1986: A democratização na saúde fortaleceu-se no movimento pela Reforma Sanitária, avançando e organizando suas propostas na VIII Conferência Nacional de Saúde, que conferiu as bases para a criação do Sistema Único de Saúde.
- 1988: CF, de 5 de outubro de 1988, O movimento social reorganizou-se na última Constituinte, com intensa luta travada pela afirmação dos direitos sociais. Uma nova ordem jurídica, assentada na Constituição, define o Brasil um Estado Democrático de Direito, proclama a saúde direito de todos e dever do estado, estabelecendo canais e mecanismos de controle e participação social, garantindo o direito individual e social.
- Em 1990: Instituiu o SUS, definindo seus objetivos, competências e atribuições; princípios e diretrizes; organização, direção e gestão. Criou o subsistema de atenção à saúde indígena; regulou a prestação de serviços privados de assistência à saúde; definiu políticas de recursos humanos; financiamento; gestão financeira; planejamento e orçamento (Lei nº 8.080, de 19/9/1990).
- 1994: A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) iniciou com o Programa Saúde da Família (PSF), concebido pelo MINISTÉRIO DA SAÚDE.
- Além do SUS, OUTROS DIREITOS que requerem PROTEÇÃO ESPECÍFICA também foram reconhecidos, assim como OS POVOS INDÍGENAS, CRIANÇAS E ADOLESCENTES, DEFICIENTES FÍSICOS. A SOCIEDADE BRASILEIRA deu UM PASSO SIGNIFICATIVO EM DIREÇÃO À CIDADANIA. 
CONCEITO DE SUS, PRINCIPIOS E DIRETRIZES
- Conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público. (CF 1988 e regulamentado pelas Leis n.º 8080/90 e nº 8.142/90). 
- Finalidade: alterar a situação de desigualdade na assistência à Saúde da população, tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão
Princípios do SUS
Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todos e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independente de sexo, raça, ocupação, social ou pessoal.
Equidade: o objetivo é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. A equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
Integralidade: considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.
ODONTOLOGIA IMPLATADA NO SUS: PORTARIA 2.488, 21 DE 10 DE 2011:Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
A inclusão da odontologia no programa saúde da família
O Programa de Saúde da Família (PSF) constitui uma estratégia de reorganização do sistema de atenção à saúde à população brasileira. A Estratégia Saúde da Família (ESF) pauta suas ações priorizando a proteção e promoção à saúde dos indivíduos, das famílias e das comunidades de forma integral e continua.
O cirurgião-dentista foi inserido no ano 2000, com a criação das Equipes de Saúde Bucal para mudar os serviços odontológicos prestados. Somente a realização de procedimentos curativos não estava gerando o resultado esperado, ou seja, a necessidade de ampliação do acesso da população brasileira às ações de promoção, prevenção e recuperação da Saúde Bucal; a necessidade de melhorar os índices epidemiológicos da Saúde Bucal da população e a necessidade de incentivar a reorganização da Saúde Bucal na atenção básica foram os motivadores da implantação das ações da Saúde Bucal no Programa de Saúde da Família. O cirurgião-dentista, o auxiliar de consultório dentário e o técnico de higiene dental foram incluídos na equipe 
O fato de a odontologia não estar presente desde o início possivelmente acarretou prejuízos no processo de integralização dos profissionais e pode ter determinado formas variadas no processo de implantação das ESB. Sendo assim, com a inserção da saúde bucal no PSF, o Cirurgião-dentista passa a desenvolver ações programáticas inseridas nesta estratégia de intervenção populacional baseada no território, com vistas à efetivação do SUS, bem como enquadrar num processo de qualificação profissional, visando integrar uma equipe multiprofissional.
O Programa Saúde da Família (PSF) foi criado pelo Ministério da Saúde em 1994 e o documento que define as bases do programa destaca que ao contrário do modelo tradicional, centrado na doença e no hospital, o PSF prioriza as ações de proteção e promoção à saúde dos indivíduos e da família, tanto adultos, quanto crianças, sadios ou doentes, de forma integral e contínua.
As primeiras equipes multidisciplinares do Programa Saúde da Família - compostas por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde incorporaram e ampliaram a atuação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), criado em 1991, com o intuito de transferir a atenção centrada no indivíduo, para uma lógica de abordagem familiar, dentro do seu ambiente físico e social. Desta forma, o PSF busca a promoção da saúde através de um conjunto de ações individuais e coletivas, que possibilita o reordenamento dos demais níveis de atenção do sistema local de saúde, mediante construção de um modelo assistencial de atenção baseado na promoção, proteção, diagnóstico precoce, tratamento e recuperação da saúde em conformidade com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e dirigido aos indivíduos, à família e à comunidade. 
O Programa Saúde da Família (PSF), como um modo de reorganização da atenção básica, busca reforçar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) de universalidade, equidade e integralidade das ações, com a finalidade de propiciar o enfrentamento e a resolução dos problemas identificados através da atuação de uma equipe multiprofissional.

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