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© 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 1 Como citar este material: SILVA, Simone C. P. da. Tecnologias Aplicadas à Educação: Tecnologias interativas e mediação pedagógica. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. O cenário da Educação está mudando: a relação da tecnologia com o processo educacional é de reciprocidade, ou seja, enquanto ela evolui, estratégias são adequadas para que possam inseri-la, direta ou indiretamente, nos ambientes educacionais. Uma comprovação disso é o esforço, no passado, de inúmeros professores a fim de inserir a TV, o videocassete, a máquina de dati lografar, dentre outras tecnologias, no contexto da sala de aula. Claro que ainda é possível aprender e ensinar sem o uso das tecnologias interativas atuais (tais como web 2.0, redes sociais, jogos, web 3.0 etc.), entretanto não é adequado ignorá-las. Existem, sim, diferenças entre a forma como algumas escolas estimulam o aprendizado dos seus alunos e a forma como eles aprendem fora da sala de aula. Apesar disso, é necessário que tanto professores quanto gestores realizem estudos, propostas e projetos que visem minimizar essas diferenças. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 2 Saiba Mais! Um evento em São Paulo apresentou inúmeros recursos tecnológicos para a educação, como lousas inteligentes, robôs, materiais em 3D e laboratórios digitais. Revista Época Educação 3.0 – Novidades da 20ª Feira Educar. Revista Época. 28 maio 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iPcW2ut9H-w. Acesso em: 1º dez. 2014. Como em todas as profissões, aquelas relacionadas à área da educação também necessitam de profissionais capacitados, atualizados e com competências específicas para atuar nesse ambiente dinâmico de aprendizagem. Por isso, o momento que vivemos é de evolução no processo educativo, e não de revolução. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 3 Saiba Mais! Reportagem no site Portal Brasil apresenta informações sobre uma lista de livros disponibilizada pelo Portal do Professor sobre novas tecnologias. Dica importante para a atualização de alunos e professores. Portal Brasil PORTAL BRASIL. Disponível em: http://goo.gl/dP1OT2. Acesso em: 3 dez. 2014. Há a necessidade de haver educadores que atuem de maneira inovadora, possibilitando a seus alunos desenvolver aprendizagens do letramento digital – pesquisa, comunicação e publicação –, por meio de atividades em rede, a distância e pela comunidade virtual. Para isso, é fundamental que o professor atue como mediador, de maneira pedagógica e interativa, e fomente a inter-relação, estimule e incentive a participação colaborativa dos alunos. A escola possui, atualmente, como instrumento de trabalho, a informação e deve trabalhar para que seus alunos se apropriem e construam algo além dela. Para tanto, a educação, por meio dos professores, deverá criar situações de aprendizagem nas quais os alunos realizem atividades e construam o seu conhecimento. Hoje entenderemos que novos conceitos emergem no cenário da educação mundial a partir da necessidade de revisão de prática pedagógica com uso de tecnologias interativas. O conceito de Educação 3.0 proposto por Jim Lengel, em 2013, emerge deste cenário; para ele, Educação 3.0 é aquela em que alunos e professores produzem em | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 4 conjunto, empregam ferramentas apropriadas para a tarefa e aprendem a ser curiosos e criativos. As tecnologias digitais estão em constante mudança e, por isso, as estratégias de ensino devem ser continuamente repensadas e construídas, tendo como eixo norteador o entendimento da sociedade em que vivemos. Saiba Mais! Em entrevista ao Portal Administradores, o professor da Universidade da cidade de Nova York, James G. Lengel, explica como as escolas atuais ainda estão despreparadas para o ambiente de trabalho 3.0 e como elas podem se atualizar através de 8 passos. Portal Administradores JAMES LENGEL – EDUCAÇÃO 3.0: oito passos para a mudança. Portal Administradores. 17 maio 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AdQIYIg4-Ww. Acesso em: 1º dez. 2014. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 5 Percebemos hoje que a internet, associada aos projetos de aprendizagem e à utilização das ferramentas de comunicação, oferece-nos diversas possibilidades de aprendizagem, com trocas de informações e produção coletiva e cooperativa. Com todas essas possibilidades, vêm os desafios. A percepção do entendimento da necessidade da revisão e da atualização das práticas pedagógicas com a chegada do uso da tecnologia digital exige mudanças na estratégia de trabalho em sala de aula para adequar o conteúdo a um modelo atualizado de ensino. A responsabilidade e o comprometimento com a aprendizagem dos alunos são elementos determinantes na escolha da metodologia a ser utilizada. Dependendo daquela que for escolhida, podemos formar alunos autônomos, críticos, que buscam aprender sempre, ou formar alunos apáticos e dependentes. Saiba Mais! Conferência proferida pelo professor José Manuel Moran, com o tema “Novas metodologias para aprendizagem com tecnologias móveis”, encerrando o 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias, na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, em novembro de 2013. JOSÉ MANUEL MORAN: novas metodologias para aprendizagem com tecnologias móveis. 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educaçãocom Tecnologias. UFPE/Recife. Novembro de 2013. Disponível em: http://goo.gl/4AsxY4. Acesso em: 1º dez. 2014. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 6 A Educação 3.0, aquela que valoriza o trabalho colaborativo entre professores e alunos, instigados pelas tecnologias digitais como redes colaborativas, armazenamento de dados na nuvem, simulação, gamificação e programação, colabora para rever a necessidade de atualização dos modelos de educação e das práticas pedagógicas. Saiba Mais! Como característica da Educação 3.0, os alunos devem, também, ser estimulados a serem produtores de seu próprio conhecimento. Como apoio, existem ferramentas que colaboram com essa atividade: Calameo Disponível para publicar revistas, livros e catálogos para mobiles. CALAMEO. Disponível em: http://pt.calameo.com/. Acesso em: 3 dez. 2014. Storybird Aplicativo gratuito para criação de histórias digitais. STORYBIRD. Disponível em: http://storybird.com/. Acesso em: 3 dez. 2014. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 7 Toondoo Aplicativo para criação de histórias em quadrinhos. TOONDOO. Disponível em: http://toondoo.com/. Acesso em: 3 dez. 2014. A revisão de metodologias na educação é fundamental. Isso se dá não somente pelo fato de que as tecnologias digitais estão cada vez mais disponíveis, mas também por que hoje temos crianças e jovens que aprendem de uma forma diferente, e recebem a informação de maneira diferente. Temos também o mercado de trabalho que exige novas competências – em que leitura, escrita e raciocínio lógico deixam de ser consideradas únicas; hoje, é preciso criar, inovar, empreender, colaborar, interagir, ser capaz de resolver problemas, exercer sua cidadania e ter caráter. A cobrança por novas competências é muito maior, o que exige práticas inovadoras de ensino. Saiba Mais! Com o objetivo de apoiar projetos que incentivam o uso de novas formas de aprendizagem baseadas na utilização de tecnologias de informação e comunicação, a Fundação Telefônica disponibiliza em seu portal boas práticas em projetos de Educação e Aprendizagem. Fundação Telefônica FUNDAÇÃO TELEFÔNICA. Linha de atuação: educação e aprendizagem. Disponível em: http://fundacaotelefonica.org.br/. Acesso em: 1º dez. 2014. Outro ponto que justifica o olhar atento à Educação 3.0 e ao uso de recursos digitais educacionais é um olhar especial para o mercado de trabalho. Não podemos esquecer que um dos principais objetivos do final da educação básica é preparar o jovem para ingressar no mercado de trabalho. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 8 A Educação 3.0 e os recursos educacionais emergentes fazem parte de um novo cenário no qual as tecnologias digitais estão cada vez mais disponíveis nas mãos de alunos e professores e mudam a relação entre as tecnologias interativas e a mediação pedagógica. O professor, como mediador, é o principal responsável por esse processo, orientando e levando os alunos a refletir sobre as oportunidades de aprendizagem – e as tecnologias digitais podem prover bons recursos para apoiar todas essas iniciativas. Saiba Mais! Em três entrevistas para a Rádio Jovem Pan Campinas, o educador Thiago Chaer falou sobre tecnologia e Educação 3.0, antecipando a palestra “Inovação e Tecnologias Aplicadas à Educação”, apresentada por ele no evento “Educar Educador 2013”. THIAGO CHAER – Crianças e Tecnologia na Escola – Educação 3.0 – Parte 1. Rádio Jovem Pan Campinas. 27 fev. 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IQ4BYmsVqAA. Acesso em: 1º dez. 2014. THIAGO CHAER – O Professor e Tecnologia: Educação 3.0 – Parte 2. Rádio Jovem Pan Campinas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dRHvQ9tWalA. Acesso em: 1º dez. 2014. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 9 THIAGO CHAER – O que as escolas poderiam fazer para se transformar em Educação 3.0 – Parte 3. Rádio Jovem Pan Campinas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=a3z18sg2p3c. Acesso em: 1º dez. 2014. Na sociedade da informação, como no ensino mediatizado virtual, o professor sabe que ele não é mais a única fonte nem a rede de informação/divulgação do saber, mas, sim, um facilitador para a reconstrução do saber do aluno. Assim, o processo de ensinar e de aprender torna-se mais dinâmico e interativo, propiciando um incentivo maior ao aluno para buscar e aprender. O papel do professor estabelece-se, então, na dinamização do grupo, em assumir funções de organização das atividades, de motivação e de criação de um clima agradável de aprendizagem; torna-se um mediador, que proporciona experiências para autoaprendizagem e construção do conhecimento. A ideia é simples: que, por exemplo, após a leitura dos textos e hipertextos, os alunos possam ter condições de analisar, comparar, discutir e transformar a informação em conhecimento, expressando sua opinião sobre o tema discutido. Criar e gerenciar esse novo ambiente de aprendizagem é muito importante para estabelecer essas relações/interações participativas, pois estamos habituados ao autoritarismo, ao controle, à aula expositiva, atitudes que nos afastam do diálogo com o aluno e nos impedem de aprender com eles. Para acontecer a interatividade, o aluno deve se sentir desafiado e, ao mesmo tempo, apoiado pelo professor e pelos colegas, interagindo num contexto inovador, de descobertas e de colaboração. A mediação pedagógica requer do professor | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 10 conhecimento sobre a melhor forma de utilização do ambiente e dos espaços interativos propiciados pelas TICs, pois o ciberespaço modifica as relações sociais, exigindo o estabelecimento de um clima de confiança. O ambiente em que essas relaçõesse realizam precisa ser criado e constantemente reorganizado, para que se constitua numa comunidade de aprendizagem virtual propícia à interatividade entre seus pares e à mediação pedagógica do professor. Saiba Mais! Um programa global pioneiro do British Council, batizado de Connecting Classrooms, é um excelente exemplo de como a educação do século XXI pode derrubar fronteiras através do uso das tecnologias digitais. O projeto visa formar cidadãos com uma visão mais global acerca da realidade de outros países e, assim, prepará-los melhor para os desafios futuros. British Council BRITISH COUNCIL – Nosso Trabalho em Educação. Disponível em: http://www.britishcouncil.org.br/atividades/educacao. Acesso em: 1º dez. 2014. Então, o papel do professor se amplia. Ele deve promover, agora, por força de uma intervenção pedagógica, a autonomia do aluno, no sentido de ajudá-lo a reelaborar o conhecimento existente. Ao professor cabe o papel de promotor-interventor. Silva (2006) acrescenta que o professor, na perspectiva da interatividade, deixa de ser o contador de histórias, conselheiro, parceiro ou mesmo facilitador e passa a ser um sistematizador de experiências. Os alunos, dessa forma, deixam de aprender passivamente, com a máquina ou o professor transmitindo ou repassando as informações, e passam a exigir mais liberdade e autonomia. Autonomia que, para Moran (1995 apud ASSMANN, 2005), | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 11 significa o estabelecimento das relações que o aluno constrói com o mundo exterior e os outros. Paralelamente, a aprendizagem colaborativa deve ter a intencionalidade de levar o aluno à reflexão sobre seu contexto social, favorecendo uma leitura crítica da realidade que o cerca. As vivências e as experiências individuais dos alunos são fontes de significados capazes de elevar o conhecimento do grupo. Damiani (2008), ao discutir os benefícios do trabalho colaborativo no espaço educativo, pontua que a colaboração, de um lado, engaja as pessoas nas atividades, permitindo que transformem seus conhecimentos e suas habilidades práticas. De outro, a colaboração promove um trabalho de caráter interativo, dialógico e argumentativo; o compartilhamento de conhecimentos, experiências, saberes e modelos mentais; e a internalização de normas, hábitos e expectativas capazes de desenvolver nas pessoas maneiras singulares de conhecer, pensar e decidir sobre aspectos da realidade que as cerca. Vygotsky (1998), ao abordar em seus estudos conceitos sobre educação, também alerta para o fato de que as aprendizagens ocorridas a partir do trabalho colaborativo e coletivo oferecem vantagens não encontradas em ambientes de aprendizagem individualizada. O autor admite que as constantes trocas e interações feitas entre as pessoas ajudam a pautar comportamentos e pensamentos e a dar significados às coisas e às pessoas. Nesse sentido, a aprendizagem ocorre a partir da interação e da colaboração entre os sujeitos que fazem parte do processo pedagógico. Saiba Mais! A ONG Casa da Árvore vem capacitando professores, principalmente do Norte e Nordeste do país, para pensarem e produzirem suas aulas usando as novas tecnologias. Todo material realizado fica disponível para uso livre e aberto (em licença Creative Commons) e pode ser editado, modificado e reproduzido livremente por qualquer educador. O objetivo da instituição é favorecer a cidadania a partir da cultura digital. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 12 ONG Casa da Árvore ONG CASA DA ÁRVORE. Disponível em: http://casadaarvore.art.br/. Acesso em: 1º dez. 2014. De fato, umas das principais vantagens advindas do uso das ferramentas da internet em sala de aula é a possibilidade de alunos e professores terem liberdade para expressar sua autonomia, ampliando as chances de (re)construir histórias próprias, tanto individual quanto coletivamente. Para Demo (2009), o conceito de autoria múltipla, impulsionada pelo advento dessas novas ferramentas, é fundamental para os alunos e os professores, porque propicia uma aprendizagem coletiva e cidadã. Então, podemos considerar que a organização de conteúdos educativos considerados com o uso das TICs, por exemplo, promove outras aprendizagens nos alunos. Quanto mais o conteúdo a ser trabalhado na sala de aula estiver organizado dentro de um modelo conceitual que incorpore significado aos alunos, mais também se ampliam as chances de eles se apropriarem desses conhecimentos e construírem outros novos. Diante de novas informações e conteúdos, os alunos tendem a aumentar a capacidade para compartilhar conhecimentos, especialmente se puderem ser auxiliados por ferramentas de autoria e por professores preparados, que os acompanhem, orientem, instiguem a questionar e a produzir seus próprios questionamentos. Saiba Mais! A plataforma Escola Digital é um buscador aberto e gratuito de recursos digitais pedagógicos. Lançada pelo Instituto Inspirare e o Instituto Natura, permite encontrar mais de 1,5 mil recursos virtuais, como vídeos, áudios, games, livros digitais, aplicativos, infográficos e outras ferramentas que podem ser utilizadas, a favor do aprendizado, por educadores e estudantes de todo o país. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 13 Escola Digital ESCOLA DIGITAL. Disponível em: http://escoladigital.org.br/. Acesso em: 1º dez. 2014. As ferramentas tecnológicas na prática pedagógica devem ser vistas como um instrumento de trabalho que favorece debates, confrontos de ideias, trocas de experiências, informações e conhecimentos, com vistas à construção e à reconstrução de novos conhecimentos. Ciberespaço: o surgimento da internet como uma rede mundial de computadores, confirmou as expectativas ao criar um novo espaço para a expressão, conhecimento e comunicação humana. Porém trata-se de um espaço que não existe fisicamente, mas virtualmente: o ciberespaço. Termo que foi idealizado por William Gibson, em 1984, no livro Neuromancer, referindo-se a um espaço virtual composto por cada computador e usuário conectados em uma rede mundial. Gamificação: corresponde ao uso de mecanismos de jogos na solução de problemas práticos ou para despertar engajamento entre um público específico. Letramento digital: é a capacidade da pessoa em responder adequadamenteàs necessidades que envolvem o uso dos recursos tecnológicos nos ambientes digitais, ou seja, saber aplicar os recursos tecnológicos digitais no cotidiano, em benefício do próprio usuário. Metodologia: é uma palavra derivada de “método”, do latim methodus cujo significado é “caminho ou a via para a realização de algo”. Método é o processo para se atingir um | 14 determinado fim ou para se chegar ao conhecimento. Metodologia é o campo em que se estuda os melhores métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento. Web 2.0: termo popularizado a partir de 2004 pela empresa americana O'Reilly Media para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a web como plataforma, envolvendo ambientes colaborativos de aprendizagem como wikis e redes sociais. Web 3.0: é a terceira geração da internet, também conhecida como “web inteligente”. Esta nova fase prevê que os conteúdos online estarão organizados de forma muito mais personalizada para cada internauta; além disso, sites e publicidade passam a ser baseados nas pesquisas e nos comportamentos de cada usuário. Instruções Agora, chegou a sua vez de exercita r seu aprendi zado. A seguir, você encontra rá a lgumas questões de múltipla esco lha e dissertati vas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. Questão 1 (COPEVE 2012) Apesar de não existirem regras na proposição da metodologia de aprendizagem colaborativa, algumas recomendações são indispensáveis e podem ser apresentadas, tais como: a) A investigação de problemas, a contextualização dos objetivos, a tomada de decisões em grupo, as situações de troca, a reflexão individual e coletiva, a tolerância e a convivência com as ações conjuntas. © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução f inal ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 15 b) A investigação de problemas, a contextualização do tema, a tomada de decisões pela gestão e professores, a de troca, a reflexão individual e coletiva, a tolerância e a convivência com as ações conjuntas. c) A investigação de problemas, a contextualização do tema, a tomada de decisões pela gestão e professores, as situações de uso das TICs, a reflexão individual e coletiva, a tolerância e a convivência com as ações conjuntas. d) A responsabilidade do aluno por sua própria aprendizagem conforme as indicações da mediação cooperativa do professor. e) A corresponsabilidade do aluno por sua própria aprendizagem conforme as indicações da mediação cooperativa do professor e da equipe gestora da escola Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 2 (UAB 2013) Para fazer a mediação pedagógica o professor precisa: a) Agir interdisciplinarmente, o que exige mudança de postura, de atitude e de procedimentos pedagógicos por parte dos educadores. b) Compreender o ser humano como inconcluso, assumindo a concepção pedagógica freireana, pois somente assim será possível fazer a mediação pedagógica. c) Acompanhar o processo de aprendizagem do estudante, tendo clareza da intencionalidade das situações pedagógicas planejadas para saber intervir no processo de aprendizagem. d) Atuar exclusivamente no estabelecimento e melhorias das relações interpessoais entre os atores sociais envolvidos no ato educativo. e) Desenvolver, ampliar e aperfeiçoar estratégias típicas da avaliação somativa, realizando uma avaliação na perspectiva mediadora. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 16 Questão 3 (COPEVE 2012) Considere as afirmativas que completam o parágrafo a seguir: A formação do professor para o uso das tecnologias de informação e comunicação envolve muito mais do que prover com conhecimento técnico sobre computadores. E ainda deve I. Criar condições para que ele possa construir conhecimento sobre os aspectos computacionais. II. Compreender as perspectivas educacionais subjacentes às diferentes aplicações do computador. III. Entender por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica; deve ser voltada para a elaboração de projetos temáticos do interesse de cada aluno. IV. Proporcionar ao professor as bases para que possa superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica, possibilitando a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo. V. Oferecer condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vivida durante sua formação para sua realidade de sala de aula. Estão corretas: a) I e III, apenas. b) I, II e V, apenas. c) III, IV e V, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II, III, IV e V. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 4 Com tantas ferramentas à disposição para aprender e compartilhar, a Geração Z está exigindo das escolas uma veloz revolução nas metodologias de ensino capazes de | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 17 sedimentar uma estrada sólida para a Educação 3.0, termo que vem sendo amplamente disseminado por pensadores como o americano Jim Lengel, professor da Universidade de Nova York, que, entre outros fatores, define esta nova escola como uma instituição na qual “alunos e professores produzem em conjunto, empregam ferramentas apropriadas para a tarefa e aprendem a ser curiosos e criativos". Comente o desafio do professor nesse novo cenário educacional. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 5 Repensar os modelos pedagógicos e o tradicional formato das salas de aula, em que o professor era o único detentor do conhecimento, é tão urgente quanto simplesmente investir na implementação das tecnologias digitais. Comente sobre essa nova realidade pedagógica, na qual o professor não somente ensina, mas, principalmente, aprende. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. O uso das ferramentas tecnológicas interativas pode favorecer a aprendizagem e a melhoria do desempenho dos alunos, sobretudo se estiver alinhado a uma proposta de aprendizagem colaborativa e a um projeto pedagógicoobjetivo. A proposta de modelo conceitual de organização de conteúdos interativos possibilita que elementos de análise e critérios pedagógicos sejam associados às potencialidades das ferramentas Web 3.0. Nesse modelo, eles servem a uma pedagogia comunicacional e interativa, cuja perspectiva insere uma prática educacional focada nas dinâmicas sociais, nas interações entre os alunos e os professores, na construção coletiva e colaborativa de conhecimentos para a produção de conhecimento autônomo com o uso efetivo das TICs no campo da Educação. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 18 ASSMANN, H. (Org.). Redes digitais e metamorfose do aprender. Petrópolis: Vozes, 2005. DAMIANI, M. F. Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus benefícios. Educar. Curitiba, n. 31, p. 213-230, 2008. DEMO, P. Educação hoje: “novas” tecnologias, pressões e oportunidades. São Paulo: Atlas, 2009. MORAN, J. M.; MASETTO, M. T. (orgs.); BEHRENS, M. A. (orgs.). Novas tecnologias e mediação pedagógica. 21ª ed. Campinas: Papirus, 2013. SILVA, M. Sala de aula interativa. 4. ed. Rio de Janeiro, RJ: Quartet, 2006. TAJRA, S. F. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na atualidade. São Paulo: Érica, 2012. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1998. Questão 1 Resposta: Alternativa A. Comentário: A aprendizagem colaborativa pressupõe trabalho em equipe e organização. Por isso, ações como contextualizar o objetivo, trocar experiências e opiniões, e refletir coletivamente são fundamentais para a prática pedagógica. | © 2015 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumidaou modif icada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma 19 Questão 2 Resposta: Alternativa C. Comentário: O professor precisa estar atento a sua prática pedagógica, principalmente com o uso das TICs em sala de aula: é fundamental que o professor tenha clareza dos objetivos de cada atividade para que os alunos percebam o significado da ação no processo ensino-aprendizagem. Questão 3 Resposta: Alternativa E. Comentário: O professor precisa estar completamente envolvido com a preparação da aula, com a metodologia a ser empregada e com os objetivos da aula que devem ser partilhados com os alunos. O professor também deve preocupar-se com o conhecimento prévio dos recursos tecnológicos que comporão a sua aula. Questão 4 Resposta: Com a adoção das tecnologias digitais dentro e fora das salas de aula, a transmissão do conhecimento vem se tornando um grande desafio para uma geração de professores que estudou numa era pré-digital e que não contava com recursos de interação e colaboração capazes de conectar pessoas e culturas. Questão 5 Resposta: O professor deve estar pronto para lidar com alunos cada vez mais conectados e informados e que, muito mais do que professores, querem encontrar mediadores capazes de facilitar o processo de aprendizado e aptos a direcioná-los para solução de problemas.
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