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8 tecno interativas e medi pedagógica

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Como citar este material: 
SILVA, Simone C. P. da. Tecnologias Aplicadas à Educação: Tecnologias 
interativas e mediação pedagógica. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2015. 
 
 
 
 
O cenário da Educação está mudando: a relação da tecnologia com o processo 
educacional é de reciprocidade, ou seja, enquanto ela evolui, estratégias são adequadas 
para que possam inseri-la, direta ou indiretamente, nos ambientes educacionais. Uma 
comprovação disso é o esforço, no passado, de inúmeros professores a fim de inserir a 
TV, o videocassete, a máquina de dati lografar, dentre outras tecnologias, no contexto da 
sala de aula. 
 
Claro que ainda é possível aprender e ensinar sem o uso das tecnologias interativas 
atuais (tais como web 2.0, redes sociais, jogos, web 3.0 etc.), entretanto não é adequado 
ignorá-las. Existem, sim, diferenças entre a forma como algumas escolas estimulam o 
aprendizado dos seus alunos e a forma como eles aprendem fora da sala de aula. Apesar 
disso, é necessário que tanto professores quanto gestores realizem estudos, propostas e 
projetos que visem minimizar essas diferenças. 
 
 
 
 
 
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Saiba Mais! 
Um evento em São Paulo apresentou inúmeros recursos tecnológicos para a 
educação, como lousas inteligentes, robôs, materiais em 3D e laboratórios 
digitais. 
 
Revista Época 
 
Educação 3.0 – Novidades da 20ª Feira Educar. Revista Época. 28 maio 
2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iPcW2ut9H-w. 
Acesso em: 1º dez. 2014. 
 
 
 
Como em todas as profissões, aquelas relacionadas à área da educação também 
necessitam de profissionais capacitados, atualizados e com competências específicas 
para atuar nesse ambiente dinâmico de aprendizagem. Por isso, o momento que vivemos 
é de evolução no processo educativo, e não de revolução. 
 
 
 
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Saiba Mais! 
Reportagem no site Portal Brasil apresenta informações sobre uma lista de 
livros disponibilizada pelo Portal do Professor sobre novas tecnologias. Dica 
importante para a atualização de alunos e professores. 
 
Portal Brasil 
 
PORTAL BRASIL. Disponível em: http://goo.gl/dP1OT2. Acesso em: 3 dez. 
2014. 
 
 
Há a necessidade de haver educadores que atuem de maneira inovadora, possibilitando a 
seus alunos desenvolver aprendizagens do letramento digital – pesquisa, comunicação 
e publicação –, por meio de atividades em rede, a distância e pela comunidade virtual. 
Para isso, é fundamental que o professor atue como mediador, de maneira pedagógica e 
interativa, e fomente a inter-relação, estimule e incentive a participação colaborativa dos 
alunos. 
 
A escola possui, atualmente, como instrumento de trabalho, a informação e deve 
trabalhar para que seus alunos se apropriem e construam algo além dela. Para tanto, a 
educação, por meio dos professores, deverá criar situações de aprendizagem nas quais 
os alunos realizem atividades e construam o seu conhecimento. 
 
Hoje entenderemos que novos conceitos emergem no cenário da educação mundial a 
partir da necessidade de revisão de prática pedagógica com uso de tecnologias 
interativas. O conceito de Educação 3.0 proposto por Jim Lengel, em 2013, emerge deste 
cenário; para ele, Educação 3.0 é aquela em que alunos e professores produzem em 
 
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conjunto, empregam ferramentas apropriadas para a tarefa e aprendem a ser curiosos e 
criativos. 
 
As tecnologias digitais estão em constante mudança e, por isso, as estratégias de ensino 
devem ser continuamente repensadas e construídas, tendo como eixo norteador o 
entendimento da sociedade em que vivemos. 
Saiba Mais! 
Em entrevista ao Portal Administradores, o professor da Universidade da 
cidade de Nova York, James G. Lengel, explica como as escolas atuais ainda 
estão despreparadas para o ambiente de trabalho 3.0 e como elas podem se 
atualizar através de 8 passos. 
 
Portal Administradores 
 
JAMES LENGEL – EDUCAÇÃO 3.0: oito passos para a mudança. Portal 
Administradores. 17 maio 2013. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=AdQIYIg4-Ww. Acesso em: 1º dez. 2014. 
 
 
 
 
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Percebemos hoje que a internet, associada aos projetos de aprendizagem e à utilização 
das ferramentas de comunicação, oferece-nos diversas possibilidades de aprendizagem, 
com trocas de informações e produção coletiva e cooperativa. Com todas essas 
possibilidades, vêm os desafios. 
A percepção do entendimento da necessidade da revisão e da atualização das práticas 
pedagógicas com a chegada do uso da tecnologia digital exige mudanças na estratégia 
de trabalho em sala de aula para adequar o conteúdo a um modelo atualizado de ensino. 
A responsabilidade e o comprometimento com a aprendizagem dos alunos são elementos 
determinantes na escolha da metodologia a ser utilizada. Dependendo daquela que for 
escolhida, podemos formar alunos autônomos, críticos, que buscam aprender sempre, ou 
formar alunos apáticos e dependentes. 
Saiba Mais! 
Conferência proferida pelo professor José Manuel Moran, com o tema “Novas 
metodologias para aprendizagem com tecnologias móveis”, encerrando o 5º 
Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional 
de Educação com Tecnologias, na Universidade Federal de Pernambuco, em 
Recife, em novembro de 2013. 
JOSÉ MANUEL MORAN: novas metodologias para aprendizagem com 
tecnologias móveis. 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º 
Colóquio Internacional de Educaçãocom Tecnologias. UFPE/Recife. 
Novembro de 2013. Disponível em: http://goo.gl/4AsxY4. Acesso em: 1º dez. 
2014. 
 
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A Educação 3.0, aquela que valoriza o trabalho colaborativo entre professores e alunos, 
instigados pelas tecnologias digitais como redes colaborativas, armazenamento de dados 
na nuvem, simulação, gamificação e programação, colabora para rever a necessidade de 
atualização dos modelos de educação e das práticas pedagógicas. 
Saiba Mais! 
Como característica da Educação 3.0, os alunos devem, também, ser 
estimulados a serem produtores de seu próprio conhecimento. Como apoio, 
existem ferramentas que colaboram com essa atividade: 
 
 
Calameo 
Disponível para publicar revistas, livros e catálogos para mobiles. 
CALAMEO. Disponível em: http://pt.calameo.com/. Acesso em: 3 dez. 2014. 
 
Storybird 
Aplicativo gratuito para criação de histórias digitais. 
STORYBIRD. Disponível em: http://storybird.com/. Acesso em: 3 dez. 2014. 
 
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Toondoo 
Aplicativo para criação de histórias em quadrinhos. 
TOONDOO. Disponível em: http://toondoo.com/. Acesso em: 3 dez. 2014.
A revisão de metodologias na educação é fundamental. Isso se dá não somente pelo fato 
de que as tecnologias digitais estão cada vez mais disponíveis, mas também por que hoje 
temos crianças e jovens que aprendem de uma forma diferente, e recebem a informação 
de maneira diferente. Temos também o mercado de trabalho que exige novas 
competências – em que leitura, escrita e raciocínio lógico deixam de ser consideradas 
únicas; hoje, é preciso criar, inovar, empreender, colaborar, interagir, ser capaz de 
resolver problemas, exercer sua cidadania e ter caráter. A cobrança por novas 
competências é muito maior, o que exige práticas inovadoras de ensino. 
Saiba Mais! 
Com o objetivo de apoiar projetos que incentivam o uso de novas formas de 
aprendizagem baseadas na utilização de tecnologias de informação e 
comunicação, a Fundação Telefônica disponibiliza em seu portal boas 
práticas em projetos de Educação e Aprendizagem. 
Fundação Telefônica 
FUNDAÇÃO TELEFÔNICA. Linha de atuação: educação e aprendizagem. 
Disponível em: http://fundacaotelefonica.org.br/. Acesso em: 1º dez. 2014.
Outro ponto que justifica o olhar atento à Educação 3.0 e ao uso de recursos digitais 
educacionais é um olhar especial para o mercado de trabalho. Não podemos esquecer 
que um dos principais objetivos do final da educação básica é preparar o jovem para 
ingressar no mercado de trabalho. 
 
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A Educação 3.0 e os recursos educacionais emergentes fazem parte de um novo cenário 
no qual as tecnologias digitais estão cada vez mais disponíveis nas mãos de alunos e 
professores e mudam a relação entre as tecnologias interativas e a mediação 
pedagógica. O professor, como mediador, é o principal responsável por esse processo, 
orientando e levando os alunos a refletir sobre as oportunidades de aprendizagem – e as 
tecnologias digitais podem prover bons recursos para apoiar todas essas iniciativas. 
Saiba Mais! 
Em três entrevistas para a Rádio Jovem Pan Campinas, o educador Thiago 
Chaer falou sobre tecnologia e Educação 3.0, antecipando a palestra 
“Inovação e Tecnologias Aplicadas à Educação”, apresentada por ele no 
evento “Educar Educador 2013”. 
THIAGO CHAER – Crianças e Tecnologia na Escola – Educação 3.0 – Parte 
1. Rádio Jovem Pan Campinas. 27 fev. 2013. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=IQ4BYmsVqAA. Acesso em: 1º dez. 2014. 
 
 
THIAGO CHAER – O Professor e Tecnologia: Educação 3.0 – Parte 2. Rádio 
Jovem Pan Campinas. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=dRHvQ9tWalA. Acesso em: 1º dez. 2014. 
 
 
 
 
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THIAGO CHAER – O que as escolas poderiam fazer para se transformar em 
Educação 3.0 – Parte 3. Rádio Jovem Pan Campinas. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=a3z18sg2p3c. Acesso em: 1º dez. 2014. 
 
 
 
 
Na sociedade da informação, como no ensino mediatizado virtual, o professor sabe que 
ele não é mais a única fonte nem a rede de informação/divulgação do saber, mas, sim, 
um facilitador para a reconstrução do saber do aluno. Assim, o processo de ensinar e de 
aprender torna-se mais dinâmico e interativo, propiciando um incentivo maior ao aluno 
para buscar e aprender. 
O papel do professor estabelece-se, então, na dinamização do grupo, em assumir 
funções de organização das atividades, de motivação e de criação de um clima agradável 
de aprendizagem; torna-se um mediador, que proporciona experiências para 
autoaprendizagem e construção do conhecimento. A ideia é simples: que, por exemplo, 
após a leitura dos textos e hipertextos, os alunos possam ter condições de analisar, 
comparar, discutir e transformar a informação em conhecimento, expressando sua opinião 
sobre o tema discutido. 
Criar e gerenciar esse novo ambiente de aprendizagem é muito importante para 
estabelecer essas relações/interações participativas, pois estamos habituados ao 
autoritarismo, ao controle, à aula expositiva, atitudes que nos afastam do diálogo com o 
aluno e nos impedem de aprender com eles. 
Para acontecer a interatividade, o aluno deve se sentir desafiado e, ao mesmo tempo, 
apoiado pelo professor e pelos colegas, interagindo num contexto inovador, de 
descobertas e de colaboração. A mediação pedagógica requer do professor 
 
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conhecimento sobre a melhor forma de utilização do ambiente e dos espaços interativos 
propiciados pelas TICs, pois o ciberespaço modifica as relações sociais, exigindo o 
estabelecimento de um clima de confiança. O ambiente em que essas relaçõesse 
realizam precisa ser criado e constantemente reorganizado, para que se constitua numa 
comunidade de aprendizagem virtual propícia à interatividade entre seus pares e à 
mediação pedagógica do professor. 
 
Saiba Mais! 
Um programa global pioneiro do British Council, batizado de Connecting 
Classrooms, é um excelente exemplo de como a educação do século XXI 
pode derrubar fronteiras através do uso das tecnologias digitais. O projeto 
visa formar cidadãos com uma visão mais global acerca da realidade de 
outros países e, assim, prepará-los melhor para os desafios futuros. 
 
British Council 
 
BRITISH COUNCIL – Nosso Trabalho em Educação. Disponível em: 
http://www.britishcouncil.org.br/atividades/educacao. Acesso em: 1º dez. 
2014. 
 
Então, o papel do professor se amplia. Ele deve promover, agora, por força de uma 
intervenção pedagógica, a autonomia do aluno, no sentido de ajudá-lo a reelaborar o 
conhecimento existente. Ao professor cabe o papel de promotor-interventor. Silva (2006) 
acrescenta que o professor, na perspectiva da interatividade, deixa de ser o contador de 
histórias, conselheiro, parceiro ou mesmo facilitador e passa a ser um sistematizador de 
experiências. Os alunos, dessa forma, deixam de aprender passivamente, com a máquina 
ou o professor transmitindo ou repassando as informações, e passam a exigir mais 
liberdade e autonomia. Autonomia que, para Moran (1995 apud ASSMANN, 2005), 
 
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significa o estabelecimento das relações que o aluno constrói com o mundo exterior e os 
outros. 
 
Paralelamente, a aprendizagem colaborativa deve ter a intencionalidade de levar o aluno 
à reflexão sobre seu contexto social, favorecendo uma leitura crítica da realidade que o 
cerca. As vivências e as experiências individuais dos alunos são fontes de significados 
capazes de elevar o conhecimento do grupo. 
Damiani (2008), ao discutir os benefícios do trabalho colaborativo no espaço educativo, 
pontua que a colaboração, de um lado, engaja as pessoas nas atividades, permitindo que 
transformem seus conhecimentos e suas habilidades práticas. De outro, a colaboração 
promove um trabalho de caráter interativo, dialógico e argumentativo; o compartilhamento 
de conhecimentos, experiências, saberes e modelos mentais; e a internalização de 
normas, hábitos e expectativas capazes de desenvolver nas pessoas maneiras singulares 
de conhecer, pensar e decidir sobre aspectos da realidade que as cerca. 
Vygotsky (1998), ao abordar em seus estudos conceitos sobre educação, também alerta 
para o fato de que as aprendizagens ocorridas a partir do trabalho colaborativo e coletivo 
oferecem vantagens não encontradas em ambientes de aprendizagem individualizada. O 
autor admite que as constantes trocas e interações feitas entre as pessoas ajudam a 
pautar comportamentos e pensamentos e a dar significados às coisas e às pessoas. 
Nesse sentido, a aprendizagem ocorre a partir da interação e da colaboração entre os 
sujeitos que fazem parte do processo pedagógico. 
 
Saiba Mais! 
A ONG Casa da Árvore vem capacitando professores, principalmente 
do Norte e Nordeste do país, para pensarem e produzirem suas aulas 
usando as novas tecnologias. Todo material realizado fica disponível 
para uso livre e aberto (em licença Creative Commons) e pode ser 
editado, modificado e reproduzido livremente por qualquer educador. O 
objetivo da instituição é favorecer a cidadania a partir da cultura digital. 
 
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ONG Casa da Árvore 
ONG CASA DA ÁRVORE. Disponível em: http://casadaarvore.art.br/. Acesso 
em: 1º dez. 2014. 
 
De fato, umas das principais vantagens advindas do uso das ferramentas da internet em 
sala de aula é a possibilidade de alunos e professores terem liberdade para expressar 
sua autonomia, ampliando as chances de (re)construir histórias próprias, tanto individual 
quanto coletivamente. Para Demo (2009), o conceito de autoria múltipla, impulsionada 
pelo advento dessas novas ferramentas, é fundamental para os alunos e os professores, 
porque propicia uma aprendizagem coletiva e cidadã. 
 
Então, podemos considerar que a organização de conteúdos educativos considerados 
com o uso das TICs, por exemplo, promove outras aprendizagens nos alunos. Quanto 
mais o conteúdo a ser trabalhado na sala de aula estiver organizado dentro de um modelo 
conceitual que incorpore significado aos alunos, mais também se ampliam as chances de 
eles se apropriarem desses conhecimentos e construírem outros novos. Diante de novas 
informações e conteúdos, os alunos tendem a aumentar a capacidade para compartilhar 
conhecimentos, especialmente se puderem ser auxiliados por ferramentas de autoria e 
por professores preparados, que os acompanhem, orientem, instiguem a questionar e a 
produzir seus próprios questionamentos. 
Saiba Mais! 
A plataforma Escola Digital é um buscador aberto e gratuito de recursos 
digitais pedagógicos. Lançada pelo Instituto Inspirare e o Instituto Natura, 
permite encontrar mais de 1,5 mil recursos virtuais, como vídeos, áudios, 
games, livros digitais, aplicativos, infográficos e outras ferramentas que 
podem ser utilizadas, a favor do aprendizado, por educadores e estudantes 
de todo o país. 
 
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Escola Digital 
ESCOLA DIGITAL. Disponível em: http://escoladigital.org.br/. Acesso em: 1º 
dez. 2014. 
As ferramentas tecnológicas na prática pedagógica devem ser vistas como um 
instrumento de trabalho que favorece debates, confrontos de ideias, trocas de 
experiências, informações e conhecimentos, com vistas à construção e à reconstrução de 
novos conhecimentos. 
 
 
 
Ciberespaço: o surgimento da internet como uma rede mundial de computadores, 
confirmou as expectativas ao criar um novo espaço para a expressão, conhecimento e 
comunicação humana. Porém trata-se de um espaço que não existe fisicamente, mas 
virtualmente: o ciberespaço. Termo que foi idealizado por William Gibson, em 1984, no 
livro Neuromancer, referindo-se a um espaço virtual composto por cada computador e 
usuário conectados em uma rede mundial. 
 
Gamificação: corresponde ao uso de mecanismos de jogos na solução de problemas 
práticos ou para despertar engajamento entre um público específico. 
 
Letramento digital: é a capacidade da pessoa em responder adequadamenteàs 
necessidades que envolvem o uso dos recursos tecnológicos nos ambientes digitais, ou 
seja, saber aplicar os recursos tecnológicos digitais no cotidiano, em benefício do próprio 
usuário. 
 
Metodologia: é uma palavra derivada de “método”, do latim methodus cujo significado é 
“caminho ou a via para a realização de algo”. Método é o processo para se atingir um 
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determinado fim ou para se chegar ao conhecimento. Metodologia é o campo em que se 
estuda os melhores métodos praticados em determinada área para a produção do 
conhecimento. 
Web 2.0: termo popularizado a partir de 2004 pela empresa americana O'Reilly Media 
para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a 
web como plataforma, envolvendo ambientes colaborativos de aprendizagem como wikis 
e redes sociais. 
Web 3.0: é a terceira geração da internet, também conhecida como “web inteligente”. 
Esta nova fase prevê que os conteúdos online estarão organizados de forma muito mais 
personalizada para cada internauta; além disso, sites e publicidade passam a ser 
baseados nas pesquisas e nos comportamentos de cada usuário. 
Instruções 
Agora, chegou a sua vez de exercita r seu aprendi zado. A seguir, você 
encontra rá a lgumas questões de múltipla esco lha e dissertati vas. Leia 
cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. 
Questão 1 
(COPEVE 2012) Apesar de não existirem regras na proposição da metodologia de 
aprendizagem colaborativa, algumas recomendações são indispensáveis e podem ser 
apresentadas, tais como: 
a) A investigação de problemas, a contextualização dos objetivos, a tomada de 
decisões em grupo, as situações de troca, a reflexão individual e coletiva, a tolerância 
e a convivência com as ações conjuntas. 
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b) A investigação de problemas, a contextualização do tema, a tomada de decisões pela 
gestão e professores, a de troca, a reflexão individual e coletiva, a tolerância e a 
convivência com as ações conjuntas. 
c) A investigação de problemas, a contextualização do tema, a tomada de decisões pela 
gestão e professores, as situações de uso das TICs, a reflexão individual e coletiva, a 
tolerância e a convivência com as ações conjuntas. 
d) A responsabilidade do aluno por sua própria aprendizagem conforme as indicações da 
mediação cooperativa do professor. 
e) A corresponsabilidade do aluno por sua própria aprendizagem conforme as indicações 
da mediação cooperativa do professor e da equipe gestora da escola 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 2 
(UAB 2013) Para fazer a mediação pedagógica o professor precisa: 
a) Agir interdisciplinarmente, o que exige mudança de postura, de atitude e de 
procedimentos pedagógicos por parte dos educadores. 
b) Compreender o ser humano como inconcluso, assumindo a concepção pedagógica 
freireana, pois somente assim será possível fazer a mediação pedagógica. 
c) Acompanhar o processo de aprendizagem do estudante, tendo clareza da 
intencionalidade das situações pedagógicas planejadas para saber intervir no processo 
de aprendizagem. 
d) Atuar exclusivamente no estabelecimento e melhorias das relações interpessoais entre 
os atores sociais envolvidos no ato educativo. 
e) Desenvolver, ampliar e aperfeiçoar estratégias típicas da avaliação somativa, 
realizando uma avaliação na perspectiva mediadora. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
 
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Questão 3 
(COPEVE 2012) Considere as afirmativas que completam o parágrafo a seguir: 
A formação do professor para o uso das tecnologias de informação e comunicação 
envolve muito mais do que prover com conhecimento técnico sobre computadores. E 
ainda deve 
I. Criar condições para que ele possa construir conhecimento sobre os aspectos 
computacionais. 
II. Compreender as perspectivas educacionais subjacentes às diferentes aplicações do 
computador. 
III. Entender por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica; deve ser 
voltada para a elaboração de projetos temáticos do interesse de cada aluno. 
IV. Proporcionar ao professor as bases para que possa superar barreiras de ordem 
administrativa e pedagógica, possibilitando a transição de um sistema fragmentado de 
ensino para uma abordagem integradora de conteúdo. 
V. Oferecer condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a 
experiência vivida durante sua formação para sua realidade de sala de aula. 
Estão corretas: 
a) I e III, apenas. 
b) I, II e V, apenas. 
c) III, IV e V, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II, III, IV e V. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 4 
Com tantas ferramentas à disposição para aprender e compartilhar, a Geração Z está 
exigindo das escolas uma veloz revolução nas metodologias de ensino capazes de 
 
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sedimentar uma estrada sólida para a Educação 3.0, termo que vem sendo amplamente 
disseminado por pensadores como o americano Jim Lengel, professor da Universidade de 
Nova York, que, entre outros fatores, define esta nova escola como uma instituição na 
qual “alunos e professores produzem em conjunto, empregam ferramentas apropriadas 
para a tarefa e aprendem a ser curiosos e criativos". Comente o desafio do professor 
nesse novo cenário educacional. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 5 
Repensar os modelos pedagógicos e o tradicional formato das salas de aula, em que o 
professor era o único detentor do conhecimento, é tão urgente quanto simplesmente 
investir na implementação das tecnologias digitais. Comente sobre essa nova realidade 
pedagógica, na qual o professor não somente ensina, mas, principalmente, aprende. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
 
 
O uso das ferramentas tecnológicas interativas pode favorecer a aprendizagem e a 
melhoria do desempenho dos alunos, sobretudo se estiver alinhado a uma proposta de 
aprendizagem colaborativa e a um projeto pedagógicoobjetivo. A proposta de modelo 
conceitual de organização de conteúdos interativos possibilita que elementos de análise e 
critérios pedagógicos sejam associados às potencialidades das ferramentas Web 3.0. 
Nesse modelo, eles servem a uma pedagogia comunicacional e interativa, cuja 
perspectiva insere uma prática educacional focada nas dinâmicas sociais, nas interações 
entre os alunos e os professores, na construção coletiva e colaborativa de conhecimentos 
para a produção de conhecimento autônomo com o uso efetivo das TICs no campo da 
Educação. 
 
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ASSMANN, H. (Org.). Redes digitais e metamorfose do aprender. Petrópolis: Vozes, 
2005. 
DAMIANI, M. F. Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus 
benefícios. Educar. Curitiba, n. 31, p. 213-230, 2008. 
DEMO, P. Educação hoje: “novas” tecnologias, pressões e oportunidades. São Paulo: 
Atlas, 2009. 
MORAN, J. M.; MASETTO, M. T. (orgs.); BEHRENS, M. A. (orgs.). Novas tecnologias e 
mediação pedagógica. 21ª ed. Campinas: Papirus, 2013. 
SILVA, M. Sala de aula interativa. 4. ed. Rio de Janeiro, RJ: Quartet, 2006. 
TAJRA, S. F. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor 
na atualidade. São Paulo: Érica, 2012. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 
1998. 
 
 
 
 
Questão 1 
Resposta: Alternativa A. 
Comentário: A aprendizagem colaborativa pressupõe trabalho em equipe e organização. 
Por isso, ações como contextualizar o objetivo, trocar experiências e opiniões, e refletir 
coletivamente são fundamentais para a prática pedagógica. 
 
 
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Questão 2 
Resposta: Alternativa C. 
Comentário: O professor precisa estar atento a sua prática pedagógica, principalmente 
com o uso das TICs em sala de aula: é fundamental que o professor tenha clareza dos 
objetivos de cada atividade para que os alunos percebam o significado da ação no 
processo ensino-aprendizagem. 
 
Questão 3 
Resposta: Alternativa E. 
Comentário: O professor precisa estar completamente envolvido com a preparação da 
aula, com a metodologia a ser empregada e com os objetivos da aula que devem ser 
partilhados com os alunos. O professor também deve preocupar-se com o conhecimento 
prévio dos recursos tecnológicos que comporão a sua aula. 
 
Questão 4 
Resposta: Com a adoção das tecnologias digitais dentro e fora das salas de aula, a 
transmissão do conhecimento vem se tornando um grande desafio para uma geração de 
professores que estudou numa era pré-digital e que não contava com recursos de 
interação e colaboração capazes de conectar pessoas e culturas. 
 
Questão 5 
Resposta: O professor deve estar pronto para lidar com alunos cada vez mais 
conectados e informados e que, muito mais do que professores, querem encontrar 
mediadores capazes de facilitar o processo de aprendizado e aptos a direcioná-los para 
solução de problemas.

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