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999 GINASTICA RITMICA ELEMENTOS CORPORAIS (1)

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GINÁSTICA RÍTMICA
1. CONCEITO
	
A Ginástica Rítmica, mais conhecida como GR, é a combinação de elementos corporais (saltos, equilíbrios, flexibilidade, pivôs, ondas, diversas formas de andar, correr, saltitos e outros) com os movimentos dos aparelhos manuais oficiais (corda, bola, arco, fita e maças) em harmonia com a música, escolhida para cada momento denominado de composição coreográfica.
	Todo o processo de ensino-aprendizagem dessa modalidade, deve ser desenvolvida através de uma metodologia lúdica, o que demonstra que os professores de educação física podem e devem ser explorar esta modalidade com meninos e meninas, crianças com portadores de alguma necessidade especial e até mesmo para a melhor idade.
	O professor de educação física deve começar introduzindo a GR, explorando os movimentos sem a utilização dos aparelhos, criando propostas pedagógicas que levem as crianças a descobrirem seus próprios movimentos 
	A falta de material oficial não impede de se trabalhar tal modalidade na escola, uma vez que existem materiais alternativos que podem e devem ser fabricados pelos próprios alunos, tornando-os participativos do começo ao fim.
	Criar e recriar são as temáticas de uma aula de GR que se propõe trabalhar as diferenças como recurso pedagógico, num processo de trocas de experiências, no qual os movimentos acontecem partir da modalidade esportiva que o professor planejou para aquele momento, sem técnica de execução definida como perfeita ou necessária.
	Alguns princípios básicos não devem ser esquecidos para trabalhar a GR na escola, como:
- Os elementos corporais devem ser criados, descobertos e construídos a partir de brincadeiras,
- Os aparelhos oficiais como corda, arco, bola devem ser explorados a partir dos movimentos que constituem a cultura corporal de movimentos das crianças. Já os aparelhos maças e fita, devem ser trabalhados a partir de brincadeiras de circo, dos movimentos livres e criativos para os técnicos e expressivos.
- Podem-se criar novos aparelhos denominados extra-oficiais e a partir da criação, buscar os movimentos possíveis para esses aparelhos, sem a obrigatoriedade de semelhança com os aparelhos oficiais, 
- Os movimentos acrobáticos e pré-acrobáticos devem ser explorados a partir da idéia de buscar novas formas de colocar o corpo no solo, realizados sempre com ajudas e proteção dos próprios colegas e do docente responsável.
- Deve-se explorar bastante o trabalho rítmico, com atividades de cantar e gesticular, sons do cotidiano, do próprio corpo, dos aparelhos com eles mesmo e com o solo.
	
2. HISTÓRICO:
A Ginástica Rítmica começou a ser praticada desde o final da Primeira Guerra Mundial, mas não possuía regras específicas nem um nome determinado. Várias escolas inovavam os exercícios tradicionais da Ginástica Artística, misturando-os com música. 
A então Ginástica Rítmica, esporte independente, passa a ser chamada de Ginástica Moderna (1962), em reconhecimento pela Federação Internacional de Ginástica (F.I.G.). Mais tarde em 1975, passa a ser denominada de Ginástica Rítmica Desportiva, estabelecendo-se definitivamente sua característica competitiva.
 A Ginástica tornou-se um esporte olímpico oficial em 1984, somente com competições individuais. Nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, incluiu-se as competições de conjunto. Em 1946, na Rússia, surge o termo “rítmica”, devido a utilização da música e da dança durante a execução dos movimentos. 
Em 1961, alguns países do Leste Europeu organizaram o primeiro campeonato internacional da modalidade. No ano seguinte, a Federação Internacional de Ginástica ( FIG) reconheceu a Ginástica Rítmica (G.R.) como um esporte. A partir de 1963 começaram a ser realizados os primeiros campeonatos mundiais promovidos pela FIG. Os aparelhos utilizados na Ginástica Rítmica como a corda, a bola e o arco foram os primeiros aparelhos a serem trabalhados, as maças e a fita foram elaborados e desenvolvidos no ano de 1966.
 Em 1984, a G.R. já reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional foi introduzidos nos Jogos Olímpicos daquele ano. No entanto, as melhores ginastas do mundo provenientes dos países do Leste Europeu, ficaram fora da competição devido o boicote liderado pela ex. - União Soviética. Assim a primeira medalha Olímpica do esporte ficou com a canadense Lori Fung. Em Seul - 1988, o esporte conquistou o público e se popularizou. Em Barcelona – 1992, Aleksandra Timoshenko, competindo pela Comunidade dos Estados Independentes foi a vencedora. Em Atlanta – 1996, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) introduziu a competição de conjuntos nos Jogos Olímpicos. A Espanha conquistou a primeira medalha Olímpica desta categoria, ficando campeã no naipe individual a ucraniana Ekaterina Serebyanskaya. Nos Jogos de Sidney – 2000 a Rússia confirmou seu favoritismo. 
A Ginástica Rítmica no Brasil
No Brasil, a atual Ginástica Rítmica, teve várias denominações diferentes, primeiramente denominada de Ginástica Moderna, Ginástica Rítmica Moderna, e sendo praticada essencialmente por mulheres, passou a ser chamada de Ginástica Feminina Moderna. E a seguir, por decisão da Federação Internacional de Ginástica, passou a denominação de Ginástica Rítmica Desportiva, e hoje, finalmente Ginástica Rítmica.
 O Brasil participou da estréia olímpica da G.R. em Los Angeles –1984 com a ginasta Rosana Favilla, que não se classificou para a final. Em Barcelona 1992, Marta Schonharst conseguiu a 41ª colocação entre as 43 ginastas que disputaram o evento. Nos Jogos de Sidney, em 2000, o conjunto brasileiro conseguiu o seu melhor resultado em uma Olimpíada ficando em oitavo lugar. Outra grande conquista do Brasil na G.R. foi a medalha de ouro nos Jogos pan-americanos de Winnipeg, Canadá, em 1999. A Seleção brasileira responsável pela conquista treina na UNOPAR (Universidade do Norte do Paraná), em Londrina, o maior centro de treinamento de G.R. no país.
3. ELEMENTOS CORPORAIS 
	Os elementos corporais na GR, são ações motoras que norteiam essa modalidade em nível de julgamento, pois são as dificuldades previstas no Código de Pontuação da FIG.	Estes elementos corporais são os saltos, equilíbrio, pivôs, flexibilidade e ondas. 
Saltos 
Para que os juízes considerem um salto válido, este deve ter uma altura adequada para a estatura da ginasta e do aparelho utilizado, e o centro de gravidade da ginasta deve estar suficientemente elevado. A forma do corpo durante o salto deve estar bem definida, assim como a definição da sua amplitude. A chegada ao solo é também muito importante pois uma descida muito forte pode levar a uma penalização. Estes elementos devem ser utilizados em especial com a corda ou com o arco. 
Equilíbrio 
Consiste na formação de uma posição estática num exercício. Esta posição deve manter-se durante pelo menos um segundo e ter como base de sustentação os dedos dos pés ou um joelho. As ginastas nunca devem executar movimentos desnecessários durante, antes ou na conclusão do exercício, nem podem utilizar as mãos ou o aparelho como apoio. Os aparelhos a serem utilizados nos elementos de equilíbrio são em especial a bola ou as maças. 
Pivôs 
Esta rotação do corpo deve partir de uma posição estática, sendo que deve passar um pouco para além dos 360º para ser considerada uma volta completa ou mais de 720º para ser uma volta dupla completa. O pivô deve ser executado na ponta dos pés e a forma do corpo devem ser mantida até ao final da rotação. A perda de equilíbrio e o apoio no calcanhar durante a rotação são duas faltas graves neste elemento, que deve ser executado nos exercícios com a fita. 
Flexibilidade 
Estes elementos consistem na obtenção de uma posição bastante estendida para atestar a flexibilidade da ginasta. Assim, devem possuir uma amplitude considerada satisfatória e uma forma do corpo bem definida para serem considerados válidos. Uma perda de equilíbrio ou a não colocação da cabeça no movimento conjunto são faltas freqüentes num exercício que pode ser aplicado a qualqueraparelho. 
4. APARELHOS OFICIAIS
4.1. CORDA:
	O material da corda deve ser de sizal ou material sintético, porém leve e flexível. A extensão é proporcional a altura da ginasta, assim medida; pisada ao meio, suas extremidades devem chegar a altura dos ombros. Não devem possuir empunhaduras de madeira ou qualquer outro material, e sim com dois nós, um em cada ponta. 
	Os elementos corporais característicos e obrigatórios deste aparelhos são os SALTOS. Numa série de categoria individual com a corda, são exigidos que mais de 50% da totalidade de elementos corporais sejam os SALTOS (Código de pontuação em GR, 2005/2008 – FIG).
	Os movimentos característicos do aparelho Corda são: balanceios ou véus, rotações, movimentos em oito, escapadas e lançamentos e capturas.
4.2. ARCO
	O material do arco pode ser confeccionado de material sintético ou madeira, porém que seja leve e flexível. O diâmetro deve ser de no mínimo 80 cm e no maximo de 90 cm,
	O arco é o único aparelho que engloba e exige que todos os elementos corporais apareçam em igual numero.
	Numa série da categoria individual com o aparelho arco, é exigido que cada elemento corporal não apareça com a diferença maior que dois entre eles. Ex: se uma série possuir 4 saltos, os outros elementos não poderão ter o numero máximo de 6 e nem o mínimo de 2 (Código de pontuação em GR, 2005/2008 – FIG).
	Os movimentos do aparelho arco são: balanceios, rolamentos, rotações, passagens por dentro, passagem por cima, lançamentos e capturas.
4.3. BOLA
	O material deve ser de borracha ou material sintético, plástico flexível; o peso é de 400g no mínimo e diâmetro variando de 18 a 20 cm.
 	Os elementos corporais característicos e obrigatórios do aparelho Bola, são a FLEXIBILIDADE E AS ONDAS. Numa série individual com o aparelho bola, são exigidos que mais de 50% da totalidade de elementos corporais seja a FLEXIBILIDADE E ONDAS.
	Os movimentos característicos do aparelho Bola são: rolamentos, circunduções, movimentos em oito, quicadas, lançamentos e capturas.
4.4. MAÇAS
	O material pode ser de madeira ou de plástico, seu comprimento varia de 40 a 50 cm, seu peso oficialmente é de 150 gramas como mínimo cada maça. Sua forma é de garrafa e sua cor é opcional. Os grupos técnicos deste aparelho são: pequenos círculos, molinetes, lançamentos com ou sem rotações, lançamentos assimétricos e recuperações, batidas rítmicas, balanceios, circundu’~oes, movimento em oito, movimentos assimétricos.
	Os elementos corporais característicos e obrigatórios dos aparelhos maças, é o EQUILÍBRIO. Numa série individual com o aparelho maças, são exigidos que mais de 50% da totalidade de elementos corporais seja de EQUILÍBRIO.
4.5 FITA
	O comprimento da fita deve ser de 6m para a categoria adulto, 5m para a juvenil e 4m para a infantil, sendo a largura para ambos de 5 cm. 
	Os grupos técnicos deste aparelho são: serpentinas, espirais, impulsos, balanceios, circunduções, movimentos em oito, lançamentos e capturas, lançamentos do tipo “boomerang”, escapadas, passagem por cima oi através do desenho da fita, com todo o corpo ou com uma parte.
	Os elementos corporais característicos e obrigatórios da fita, é o PIVÔ. Numa série individual com o aparelho maças, são exigidos que mais de 50% da totalidade de elementos corporais seja de PIVÔ.
Para melhorar o desempenho de uma ginasta, há alguns pontos importantes que devem ser considerados: 
compreender e dominar as diferentes técnicas é indispensável para não cometer erros que podem ser penalizados na pontuação final; 
alguns elementos são mais importantes do que outros, mas podem também ser mais difíceis ou arriscados e podem não se conjugar com a coreografia escolhida; 
a ginasta deve concentrar-se nos elementos mais difíceis que valem mais pontos, mas que também requerem mais esforço e treino; 
os elementos de ligação não devem ser esquecidos, pois são eles que conferem ritmo e equilíbrio a todo o exercício, sendo fundamentais para um bom desempenho; 
alguns elementos podem ser executados de uma forma pouco clara, o que depois pode trazer problemas de interpretação por parte dos árbitros; é necessário interpretar todos os elementos de uma forma clara e simples para que não subsistam quaisquer dúvidas; 
uma apresentação muito boa não é fácil, mas também não é impossível, basta muita dedicação, esforço e treino. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
www.ginastica.com
GAIO, R. Ginástica Rítmica; da iniciação ao alto nível. Jundiaí, SP; Fontoura, 2008.

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