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Trabalho Nutrição Humana

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FACULDADE REGIONAL DA BAHIA – UNIRB
ADRIANE DE OLIVEIRA DOS SANTOS
ALAUANE BATISTA DOS SANTOS
CIBELE GOMES DE AMARANTE
JUANA DE JESUS MACHADO SÁ
KÉSIA JAYNE BOMFIM OLIVEIRA
MARIANE CARVALHO DE ARAGÃO
PÁBULA ROCHA DOS SANTOS
WESLEY DOS SANTOS FERREIRA
MINERAIS OU ELETROLITOS: SÓDIO, POTÁSSIO, CLORO, CALCIO E SELÊNIO
BARREIRAS – BA
2017
ADRIANE DE OLIVEIRA DOS SANTOS
ALAUANE BATISTA DOS SANTOS
CIBELE GOMES DE AMARANTE
JUANA DE JESUS MACHADO SÁ
KÉSIA JAYNE BOMFIM OLIVEIRA
MARIANE CARVALHO DE ARAGÃO
PÁBULA ROCHA DOS SANTOS
WESLEY DOS SANTOS FERREIRA
MINERAIS OU ELETROLITOS: SÓDIO, POTÁSSIO, CLORO, CALCIO E SELÊNIO
 
BARREIRAS – BA
2017
INTRODUÇÃO
Os minerais são elementos inorgânicos (geralmente um metal), combinados com algum outro grupo de elementos químicos, como por exemplo, óxido, carbonato, sulfato, fósforo, etc., porém, no organismo, os minerais não estão combinados desta forma, mas de um modo mais complexo, ou seja, combinados com outros constituintes orgânicos, como as enzimas, os hormônios, as proteínas e, principalmente, os aminoácidos. Fazem parte dos tecidos duros do organismo, como ossos e dentes, mas também são encontrados nos tecidos moles como músculos, células sanguíneas e sistema nervoso. Os minerais possuem função reguladora, contribuindo para a função osmótica, equilíbrio ácido básico, estímulos nervosos, ritmo cardíaco e atividade metabólica.
 Os alimentos naturais são as principais fontes de minerais para o organismo, tanto os de origem vegetal como animal. Nesses alimentos, o mineral se apresenta na forma de um complexo orgânico natural que já pode ser utilizado pelo organismo. Porém, os alimentos nem sempre são suficientes em qualidade e quantidade para satisfazer a necessidade do organismo e, nesse caso, é preciso recorrer aos suplementos minerais. 
A quelação é definida como um processo onde o mineral é envolvido pelos aminoácidos, formando uma espécie de esfera com o mineral no centro, evitando que reaja com outras substâncias. É um processo natural, pelo qual os elementos inorgânicos minerais são transformados em formas orgânicas, que podem ser perfeitamente absorvidos pelas velosidades intestinais, passando, desse modo, à corrente sanguínea. Nesta forma, são absorvidos minerais como o ferro, cálcio, magnésio, etc., ou seja, unidos a aminoácidos procedentes da digestão da proteína. Pesquisas comprovam que a absorção dos quelatos de aminoácidos e minerais é muito superior a qualquer outro tipo de suplemento mineral. 
Os minerais não são sintetizados por organismos vivos, por isso a necessidade de consumir alimentos que sejam fonte deles, como legumes, frutas, verduras e leguminosas. A carne vermelha também é uma ótima fonte de ferro. Os minerais podem ser classificados em macro elementos, constituído por elementos maiores como o cálcio, magnésio, sódio, potássio e fósforo; e em microelementos, como o ferro, cobre, iodo, manganês, zinco, molibdênio, cromo, selênio e flúor.
Eletrólitos são substâncias que se dissociam em íons com cargas positivas ou negativas (cátions e ânions) quando dissolvidos em água. Eletrólitos podem ser sais inorgânicos simples de sódio, potássio, ou magnésio, ou moléculas orgânicas complexas; eles exercem um papel fundamental em várias das funções metabólicas normais.
Os principais eletrólitos extracelulares são sódio, cálcio, cloreto e bicarbonato. Potássio, magnésio e fosfato são os principais eletrólitos intracelulares. Eles mantêm as funções fisiológicas do corpo, incluindo o equilíbrio osmótico, equilíbrio ácido-base e diferenças de concentrações intracelulares e extracelulares. As alterações de concentrações de eletrólitos tanto intracelular como extracelular podem ter um efeito importante nas funções do corpo.
POTÁSSIO
Os compartimentos orgânicos e a influência do meio extracelular no meio intracelular foram inicialmente descritos por Claudete Bernard. Este pesquisador, em meados de 1860, ressaltou a importância dos componentes solúveis e de sua concentração na sobrevivência e manutenção dos papeis fisiológicos celulares.
Desde então, o sódio tem sido reconhecido como principal cátion do fluido extracelular e o potássio como o principal componente mineral do meio intracelular.
Características químicas 
Tal como outros elétrons, o sódio é um elemento que, quando ionizado, apresenta carga positiva. Sob a forma de cátion, portanto, está presente nos tecidos orgânicos.	
Absorção, transporte, armazenamento e excreção
Absorvido por transporte ativo e passivo, praticamente em toda sua totalidade na parte superior do intestino delgado, (Fig.15.3) a concentração plasmática de sódio é dependente da quantidade de cloreto de sódio consumido, sendo regulada pelo sistema renal através da concentração de aldosterona circulante – um mineralocorticoide secretado pelo córtex adrenal. Assim, em condições fisiológicas normais, a excreção urinária de sódio é dependente principalmente da ingestão.
Fig. 15.3 Vias de Absorção do Sódio.
Fig. 15.4 Sistema renina-angiotensina-aldosterona. A ativação desse sistema resulta em redução da excreção de sódio e agua pelos rins. A angiotensina I é convertida em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA), que está presente em todas as células endoteliais vasculares. As células endoteliais dos pulmões representam papel significativo nesse processo de conversão. ADH=hormônio antidiurético.
A principal forma de excreção de sódio é através da urina, cerca de 90%, ocorrendo também através de fezes (cerca de 100Ml/ dia) e suor (1g de sódio/L). Em condições fisiológicas normais, ou seja, se a sudorese não é excessiva e não há diarreia, mais de 98% do sódio ingerido aparece na urina.
A excreção urinaria de sódio é influenciada por sua concentração plasmática. Os receptores de sede (“centro de saúde), localizados no hipotálamo, são estimulados quando a concentração plasmática do mineral estiver elevada. Em casos de baixa concentrações, sua excreção é reduzida.
Reservas orgânicas
Principal cátion do fluido extracelular, o sódio representa 0,15% do peso corporal total, ou seja, 1,8g de sódio/kg de peso livre de gordura. É encontrado em todas as células do organismo, e o nível sérico normal em adultos é de 310 a 333 mg/ml. Altas concentrações do mineral são encontradas nos ossos, assim como nas secreções intestinais, como bile e suco pancreático.
Função
Sua função mais conhecida é seu papel na manutenção da osmolaridade e volume do fluido corporal, influenciando a pressão sanguínea, diretamente influenciada pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona e secreção dos hormônios antidiurético.
Em condições normais, nem o sódio nem o cloro, que são ions predominantes no líquido extracelular, podem ser substituídos por outros cátions ou ânions. Daí a sua importância na regulação do líquido extracelular.
Ó sódio exerce ainda outras funções igualmente importantes, como a manutenção do potencial de membrana, condução de impulsos nervosos e contração muscular e controle da absorção e transporte de alguns nutrientes como cloro, aminoácidos, glicose e da água.
Deficiência e toxidade
A deficiência de sódio é uma condição rara em seres humanos, ocorrendo apenas em ocasião de vômitos, diarreia ou suor excessivo. Como exerce uma função crucial na manutenção do fluido celular, em caso de perda isolada de sódio com manutenção da água corporal normal pode ocasionar migração do líquido para o meio intracelular e, consequentemente, apatia mental e anorexia. As perdas de sódio acompanhadas de líquidos podem resultar em redução do volume sanguíneo.
Evidencias sustentam que quanto maior o consumo de sódio, maior o risco de desenvolver pressão arterial elevada e edema, por isso enfatiza-se a recomendação de consumo moderado a baixo de sódio para todos os indivíduos.
Avaliação nutricional
A avaliação do consumo habitual de sódio não é uma tarefa simples, pois os indivíduos encontram dificuldades em relatar a quantidade de cloretode sódio adicionado aos alimentos.
Em pesquisas epidemiológicas, caso haja necessidade de informações mais precisas da quantidade de sódio consumido, é recomendada a avaliação de excreção de sódio urinário dos indivíduos.
Necessidades e recomendações nutricionais
A necessidade fisiológica de sódio é inferior ao consumo observado em diversas populações. Um consumo de 500mg/ dia seria o suficiente para manter as funções orgânicas dependentes deste mineral, entretanto um consumo médio de 6g/ dia ou superior é bastante comum. Não há RDA para sódio. A organização mundial (OMS) considera que a recomendação de consumo moderado de sal e sódio dependera se a pressão arterial possa ser considerada um problema de saúde pública em cada região/ país. O teor de sódio naturalmente presente nos alimentos seria suficiente para cobrir as necessidades e, por esta razão não há níveis de ingestão mínimos, com exceção para os lactantes (recomendação de níveis de ingestão mínimos de 120 a 200mg/ dia para bebês de 7 a 12 messes de idade; para menores de 7 meses, e o teor de sódio do leite materno em aleitamento exclusivo atende as necessidades desta faixa etária). Em geral, a OMS propõe limite superior de 6g de sal por dia ou 2,5 g por 1.000 kcal como valor médio recomendado.
Fontes alimentares
O consumo de sódio é fortemente influenciado pelo habito alimentar. A principal fonte de sódio é o cloreto de sódio (sal de mesa), sendo também encontradas grandes quantidades em alimentos processados, como embutidos, enlatados, sopas e molhos prontos, azeitona, picles, chucrute, oleaginosas, alimentos conservados com sal como o bacalhau e a carne seca, bicarbonato de sódio e shoyu. 
Sódio e doenças crônicas
A relação entre o consumo habitual de sódio e a pressão arterial há muito vem sendo discutida. Evidências demonstram que uma dieta pobre em sódio e rica em potássio reduz a pressão arterial em indivíduos “sal-sensíveis”.
Diferentes enfermidades renais diminuem a capacidade do organismo de eliminar sódio, assim como cloro e água, causando retenção destes e o consequente desenvolvimento de edema, hipertensão e, em casos graves, edema pulmonar. O contrário, a perda excessiva de sódio, cloro e água ocorre na enfermidade de Addison (Distúrbio em que as glândulas adrenais não produzem hormônios suficientes), na qual não são produzidos hormônios mineralocorticóides por insuficiência córtex supra-renal. A resultante contração do volume do líquido extracelular pode resultar em hipertensão, choque e morte.
Alguns estudos também demonstram uma relação positiva entre consumo habitual elevado de sódio e maior risco de litíase renal, devido à maior excreção de cálcio e favorecimento na formação de cálculos. Embora a calciúria induzida por sódio tenha sido bem documentada, fornecendo base fisiológica para o papel do sódio como um fator de risco para a osteoporose, as evidências são baseadas primeiramente em estudos com carga aguda de sal na retenção de cálcio ósseo. A investigação da relação entre ingestão de sal e saúde óssea requer ênfase maior na dieta como um todo (incluindo componentes como potássio, magnésio fosforo e proteína), medidas confiáveis da ingestão de sal e melhor caracterização dos indivíduos, considerando a sensibilidade individual do sal.
Teor de Sódio em alguns alimentos (mg/100g do alimento:
	Alimento
	Sódio
	Caldo de Carne, tablete
	22.180
	Bacalhau salgado, cru
	13.585
	Macarrão instantâneo
	1.516
	Biscoito salgado, cream-cracker
	854
	Cereal matinal, milho
	655
	Pão francês 
	648
	Extrato de Tomate
	498
	Mistura para bolo
	463
	Leite de Vaca, desnatado em pó
	432
	Cereais, mingau, milho, infantil
	399
	Ervilha enlatada, drenada
	372
	Biscoito doce, maisena
	352
	Leite de Vaca, integral em pó
	323
	Milho verde enlatado drenado
	260
	Biscoito recheado com chocolate
	239
	Gelatina em pó
	235
	Farinha láctea de cereais
	125
Fonte: NEPA-UNICAMP,2004.
Fonte: Livro, Nutrição e Metabolismo NUTRIÇÃO HUMANA, Coordenação Marly Augusto Cardoso, Capítulo 15, Magnésio, Sódio e Potássio.
POTÁSSIO
É o principal íon do compartimento IC, com concentração de aproximadamente 150mEq/l (miliequivalente por litro), e níveis sanguíneos normais de 3,5 a 5,5mEq/litro. O potássio não é produzido pelo organismo humano sendo necessária sua ingestão, usualmente, com os alimentos. A razão sódio/potássio é mantida 1/10 no IC e de 28/1 no EC. A potassemia constitui-se em mal indicador da real quantidade do potássio no organismo, reflete mais a natureza do seu metabolismo celular do que a sua reserva corpórea.
Necessidade do potássio
A eliminação diária do potássio atinge de 10 a 20mEq pelos rins e 15 a 20mEq pelo intestino e pele. A excreção de potássio é igual à sua ingestão. A necessidade mínima de potássio para os adultos é estimada em 2.000mg/ dia. As crianças precisam de 15 a 65mg/ dia de potássio para o crescimento.
Função do potássio – insulina e potássio
O potássio age em várias frentes de importância metabólica. Transporta oxigênio como oxiemoglobina potássica; facilita o deslocamento do dióxido de carbono por intermédio do bicarbonato de hemácias; diminui a viscosidade protoplasmática, por intermédio do bicarbonato nas hemácias; diminui a viscosidade protoplasmática, antagonizando-se com cálcio; influi sobre a obtenção de energia favorecendo a oxidorredução da glicose em glicogênio faz com que ele se mova nessa eventualidade para o IC. Por essa razão a administração de solução de glicose hipertônica (50%) com insulina pode ser efetiva na redução do aumento nos níveis do potássio sanguíneo. Por outro lado, quando as células estão em catabolismo, o potássio deixa o IC e seu valor sanguíneo aumenta. Nas situações clínicas em que há extensa lesão tecidual, sem função renal adequada, pode ocorrer perigoso aumento dos níveis de potássio.
Necessidade diária de potássio
Ingestão, absorção, transporte 
O potássio chega ao corpo humano por intermédio dos alimentos. As frutas como laranja, banana, e ameixa são ricas em potássio. Os adultos ingerem diariamente, em média, de 50 a 120mEq de potássio, em torno de 0,8 a 1,5g/ 1.000 calorias.
O potássio é absorvido no intestino delgado por difusão ativa. Cerca de 5 a 10mEq do potássio ingerido é eliminado com as fezes para o exterior, entretanto, a sua perda é muito maior quando há diarreia. O transporte de potássio no sangue e linfa é feito em consequência da força de concentração muscular miocárdica e pelos músculos esqueléticos voluntários. O catabolismo pode liberar o potássio do compartimento IC. O potássio é secretado no suor (5mEq/ litro), sucos gástricos (5-25mEq/ litro) e pancreático (3-10mEq), bile (3-12mEq/litro) e líquidos do intestino delgado (2-10mEq/litro). Essas secreções são fontes de potenciais de grandes perdas de potássio quando se associam às doenças gastrintestinais.
Regulação do potássio e sua relação com os líquidos corporais
 Cerca de 90% do potássio ingerido é excretado pelos rins, e o restante, pelo suor e pelas fezes. Todo potássio filtrado pelos gromérulos é absorvido. O túbulo contorcido distal troca diariamente cerca de 60 a 90mEq de potássio IC com o sódio da luz tubular. A capacidade renal de se adaptar a uma necessidade de maior ou menor excreção do sódio e água praticamente não existe em relação ao potássio. A conservação do potássio pelo organismo humano não é feita na mesma proporção do sódio; na ausência mesmo que seja prolongada da sua ingestão, continua sendo excretado diariamente em cerca de 50mEq.
 O excesso transitório de potássio no LEC pode resultar de sua ingestão excessiva ou de jejum. O glicogênio, que possui em suas malhas grande quantidade de potássio, é usada no jejum como fonte de glicose. Nesta eventualidade, o potássio é liberado livremente e contribui para a elevação de seus níveis no IC. O catabolismo do glicogênio e proteínas promove também a passagem para o potássio do compartimento IC para o LIT e o plasma, determinando sua excreçãoem grande quantidade pela urina. A inibição da anidrase carbônica pela acetazolamida diminui formação e a excreção de íon hidrogênio pelos túbulos renais (túbulo contorcido proximal), o que provoca maior excreção de potássio pela reabsorção com o sódio no túbulo contorcido distal. O paciente desnutrido ou diabético com grande perda de potássio, ao receber alimentos ou ser compensado e voltar a refazer proteínas e glicogênio, precisa receber simultaneamente potássio. Caso isso não ocorra, o potássio movimenta-se do LEC para o LIC, com risco de desenvolvimento de hipopotassemia com repercussão sobre a musculatura lisa (íleo paralítico) e sobre as fibras cardíacas, com alterações eletrocardiográficas importantes e graves. Em casos graves, a hipopotassemia pode promover parada cardíaca em sístole. As diarreias e os vômitos prolongados provocam hipopotassemia potencialmente intensas. Estes quadros clínicos são indicados pela observação de balanço fortemente positivo de potássio, em especial, presente em crianças e em pacientes com imunodeficiência adquirida que se recuperam de diarreias. As soluções perdidas em vômitos podem ter concentração de potássio ate 40 vezes maior do que a do plasma.
Regulação do metabolismo do potássio 
O controle do potássio é especialmente exercido por mecanismo que excretam do organismo, como ocorre pela ação da aldosterona. Na acidose, o potássio desloca-se para fora do compartimento IC em troca pelo hidrogênio. Há relação estreita entre o potássio e a variação da atividade acidobásica. A diminuição de 0,1 no valor do pH significa, em média, aumento de 0,6mEq/litro na potassemia e vice-versa.
Avaliação nutricional 
Em condições de funcionamento renal normal e quando não haver perdas gastrointestinais concomitantes, a excreção urinária de potássio permite fazer um cálculo aceitável da ingestão diária de íon. 
Variação da potassemia
As variações dos níveis de potássio podem provocar repercussões intensas e graves sobre o organismo.
Hipotassemia 
Associa-se com vômitos ou diarreias prolongadas gástrica, estresse, uso de diuréticos ou de alcalinos, e da administração parental de grandes quantidades de soluções isentas de potássio. A alcalose associa-se à hipopotassemia porque determina a movimentação do potássio para o compartimento IC, reduzindo os seus níveis plasmáticos. Na inanição há também diminuição da ingestão do potássio, entretanto, como o rim continua a excreta-lo resulta em hipopotassemia progressiva. A hipopotassemia pode associar-se também com a recuperação nutricional. Os pacientes depletados de potássio e que começam a receber alimentos iniciam a reconstituição de suas proteínas e glicogênio e, para isto, requerem a ingestão de concomitante de potássio, caso contrario, ele se desviará do EC para o IC, provocando hipopotassemia.
Sintomatologia da hipopotassemia
A sintomatologia da hipopotassemia é inespecífica. As principais queixas são apatia, distenção abdominal ate o íleo paralítico, mal-estar, náuseas e vômitos . Pode associar-se com hipotensão postural e redução da pressão diastólica. O pulso torna-se fraco e rápido. A redução dos níveis séricos do potássio pode potencializar a toxicidade do digital e outras drogas que estejam sendo utilizadas concomitantemente. O evento terminal é a parada cardíaca em sístole. O eletrocardiograma pode estimular a gravidade das alterações cardíacas provocadas pela hipopotassemia. No inicio, observa-se onda P elevada, o intervalo QT pode ser pouco prolongado e a onda T fica rebaixada e alargada. À medida que a hipopotassemia se torna mais intensa, o intervalo QT se alarga, surge a onda u e retifica o segmento RS-T.
Hiperpotassemia 
Várias situações clínicas podem promover hiperpotassemia como ingestão excessiva de potássio ou da administração com medicamentos jejum prolongado, obstrução intestinal, destruição celular excessiva (hemólise, rabdomiólise), acidose, insuficiência renal e supra-renal. No jejum, o organismo busca as reservas de glicogênio e de proteínas para seu sustento, o que libera a grande quantidade de potássio do IC para o LIT e o plasma. Na obstrução intestinal, pode ocorrer hiperpotassemia decorrente da dificuldade de eliminação de 20% da ingestão dietética d potássio que é feita habitualmente pelas fezes. Na acidose, a concentração elevada de hidrogênio do LEC promove desvio do potássio do LIC para o LIV enquanto o hidrogênio e o sódio seguem caminho oposto. Nas lesões teciduais há elevação de aproximadamente 2,7mEq de potássio por grama de proteína metabolizada. Alguns medicamentos aumentam a potassemia, como faz a penicilina G cristalina. Para cada 1.000.000 de unidades de penicilina são infundidos no LIV 1,7mEq de potássio. A hiperpotassemia pode também ocorrer na presença de intensa depleção de potássio intracelular, ou diante da redução de sua excreção como ocorre em pacientes com insuficiência renal. 
Sintomatologia da hipopotassemia
A sintomatologia associada à hiperpotassemia é variável, desde anestesia, disestesia, hipotensão, paralisia muscular flácida, até arritmias cardíacas, inclusive para cardíaca em diástole. O eletrocardiograma ajuda a identificar a gravidade das alterações cardíacas que provoca. Para valores de potássio ao redor de 8mEq/ litro há desaparecimento da onda P, e a onda T torna-se pontiaguda com base estreita, parecendo uma tenda. O QRS alarga-se quando os níveis de potássio superam 8mEq/ litro. À medida que o potássio atinge 11mEq/ litro, há fusão de RQS com segmento RS-T e onda T. Todas essas alterações se devem ao aumento do potássio extracelular. A intoxicação pelo potássio pode ocorrer na presença de sua intensa depleção do compartimento IC.
CLORO
O cloro é um gás em temperatura ambiente e é encontrado predominantemente em líquidos extracelulares e intracelulares no corpo, o organismo obtém a maior parte do cloro que precisa através do sal adicionado aos alimentos, e suas principais fontes são: sal de cozinha, frutos do mar, leite, carnes e ovos. Na natureza não é encontrado em estado puro, ele constitui cloretos e cloratos, já que reage com rapidez com muitos elementos e compostos químicos, por exemplo, na forma de cloreto de sódio, nas minas de sal gema e dissolvido na água do mar. Ocorre em pequenas quantidades nos gases produzidos durante as erupções vulcânicas, neste caso se encontra em estado puro. 
A quantidade de cloro no homem adulto normal de 70kg corresponde a 0,12% do peso corporal, e absorvido de forma rápida no trato gastrointestinal, o cloro basicamente é o constituinte básico dos sucos gástricos e pancreáticos, atuando juntamente com enzimas digestivas na quebra dos alimentos, sua carência não é conhecida, pois está presente em quase todos os vegetais.
Esse mineral é um dos mais importantes na regulação da pressão osmótica, pois o cloro ionizado, juntamente com o sódio, mantém o balanço aquoso. Participa no equilíbrio ácido-base e na manutenção do ph sanguíneo. O cloro secretado pela mucosa gástrica como ácido clorídrico acarreta a acidez necessária para a digestão no estômago e para a ativação de enzimas.
O Excesso do cloro no organismo pode levar a causar a acidose metabólica, cefaleia, confusão mental, hiperventilação, mas sua deficiência também pode ocorrer alcalose metabólica.
É importante ressaltar que é muito mais seguro beber água clorada do que a água contaminada com bactérias, as doenças de veiculação hídrica são eliminadas graças aos modernos sistemas de saneamento básico, sendo que a principal eficácia vem do uso do cloro, ele também permite o bom funcionamento do fígado, a produção de sucos gástricos e a manutenção dos ossos. Juntamente com o sódio e o potássio, esta substância é responsável pela distribuição de água para todos os órgãos do nosso corpo e regulação da pressão osmótica (equilíbrio entre os fluidos extracelulares e intracelulares). O cloro participa também da neutralidade elétrica do organismo, mantém o equilíbrio ácido-base e favorece o transporte de CO2 no sangue. 
O cloro possui uma importantepropriedade, que é a de potabilizar a água de consumo humano, sendo usado também como oxidante, branqueador e desinfetante. O cloro é usado para a desinfecção de piscinas porque possui a capacidade de matar bactérias e algas, entre outras coisas.
Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), declarou que o cloro é um pesticida, pois o único objetivo é matar os organismos vivos. Quando consumimos água da rede contendo cloro, ele não mata somente as bactérias, mas também destrói células e tecidos dentro do nosso corpo.
Recomendações nutricionais diárias de cloro
	 
	Idade
	mg/dia
	Lactentes
 
	0 a 6 meses
	180
	
	7 a 12 meses
	570
	Crianças e Adolescentes
	1 a 3 anos
	1500
	
	4 a 8 anos
	1900
	Adultos
	 
	1500
Fonte: Dietary Reference Intakes: Recommended Intakes for IndividualsElements, Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies, 2004
A saída de sódio, cloro e potássio através da membrana celular pode ocorrer por difusão passiva, a favor de um gradiente de concentração por canais iônicos ou, então, por transporte ativo, contra um gradiente de concentração, com gasto de energia na forma de ATP, por meio da bomba Na+, K+-ATPase. 
Os rins são o principal órgão regulador do balanço eletrolítico e o intestino desempenha papel secundário. Quando o consumo desses eletrólitos na dieta é baixo, o rim responde, reduzindo sua excreção. Entretanto, o consumo excessivo leva ao aumento da excreção renal.
Esses eletrólitos são filtrados livremente na membrana glomerular dos nefrons, de forma que sua concentração no filtrado glomerular é semelhante à do plasma. À medida que o filtrado flui ao longo dos túbulos renais, aproximadamente 95 a 97,5% dos eletrólitos e da agua são reabsorvidos. O percentual restante dependera das necessidades do indivíduo e do seu consume na dieta. A alta reatividade do cloro não permite que ele seja encontrado na natureza em estado elementar, porém é encontrado na forma de cloretos (o mais comum é o NaCl), cloratos, percloratos, cloritos e hipocloritos 
Oriundos da alimentação, os eletrólitos não são totalmente absorvidos pelo trato digestivo, havendo excreção do excesso (urina, fezes, suor, saliva e bile) quando há um estado de saturação na circulação porta. Quando absorvidos, sofrem pouco ou nenhum processamento hepático sendo transferidos aos tecidos periféricos para exercer suas funções fisiológicas. No suco gástrico o cloreto também tem importância especial na produção do ácido clorídrico. O cloreto das secreções gástricas é derivado do cloreto do sangue e normalmente é reabsorvido durante os últimos estágios da digestão no intestino grosso. Tanto a ingestão quanto a excreção do cloreto é inseparável das do sódio. O hormônio ADH intensifica a excreção de cloro e reduz a sua absorção pelos túbulos renais.
A concentração dos eletrólitos é regulada pelos rins por meio da ação em cascata do sistema renina-angiotensina-aldosterona que é um eixo endócrino no qual cada componente de uma cascata é produzido por diferentes órgãos, todos engajados na luta para manter a estabilidade hemodinâmica. O angiotensinogênio é produzido pelo fígado, a renina é liberada pelos rins, enquanto que a enzima de conversão de angiotensina I em angiotensina II (ECA) é encontrada no endotélio vascular de vários órgãos. Uma vez ativada a cascata, a angiotensina I é convertida em angiotensina II, que no córtex da adrenal estimula as células alvo a secretar a aldosterona, que por sua vez regula a reabsorção e excreção dos eletrólitos.
CÁLCIO
 O cálcio pode ser considerado um dos nutrientes mais estudados desde a antiguidade devido a sua relação com a formação e a manutenção da massa óssea. Nunca é encontrado na natureza de forma livre.
O cálcio é o quinto elemento mais abundante na biosfera, fazendo parte da composição de rochas, corais, pérolas, conchas do mar, casca do ovo e, no ser humano, em ossos e dentes. 
O corpo humano adulto contém cerca de 1.200g de cálcio, o que representa cerca de 1-2% do peso corporal. Desse percentual 99% são encontrados nos tecidos mineralizados, como ossos e dentes, onde está presente na forma de fosfato de cálcio. Cerca de 1% do cálcio do esqueleto está em constante troca com o cálcio do FEC. O cálcio sérico é rigidamente controlado por ações hormonais que envolvem o intestino, os rins e os ossos. 
A redução da concentração do cálcio plasmático sensibiliza o receptor de cálcio localizado na membrana plasmática das células paratireoide, dando início á cascata de transdução de sinal que resulta na secreção do PTH. Adicionalmente o PTH ativa a síntese de calcitriol nos rins, que estimula o transporte transepitelial de cálcio no intestino e promove a reabsorção óssea. 
A absorção intestinal de cálcio é adequada atuação dos hormônios envolvidos são fundamentais na manutenção da massa óssea. Qualquer fator, dietético ou não, que interfira nesse sistema irá comprometer a massa óssea. 
Absorção
 A absorção intestinal é principal fonte de cálcio que irá atender as necessidades do corpo humano. A quantidade de cálcio absorvida no intestino é determinada pela disponibilidade na dieta e pela capacidade intestinal de absorção. Aproximadamente 25 a 50% do cálcio ingerido é absorvido através de dois processo: Absorção ativa transcelular saturável e absorção paracelular não saturável. 
Em adultos sadios, as necessidades mínimas diárias de cálcio para mantes o balaço em equilíbrios são de 400 mg/dia, considerando-se as perdas mínimas através da pele e da inabilidade do rim normal em excretar urina totalmente livre de cálcio. O calcitriol, até o momento, o único estimulo hormonal responsável pela absorção intestinal ativa do cálcio, que ocorre principalmente no duodeno e jejuno. 
O cálcio e a 1,25(OH)²D³ interagem de forma complexa, podendo reduzir a absorção quando a ingestão for elevada, quando os níveis de 1,25(OH)²D³ estiverem reduzidos, ou quando o intestino for incapaz de responder á ação da 1,25(OH)²D³. Na ausência deste hormônio, apenas 7% do cálcio ingerido é absorvido, refletindo a absorvido, não mediada por hormônios. Algumas condições fisiológicas e algumas doenças podem alterar absorção de cálcio: aumentando (crescimento, gestação/lactação, ingestão excessiva de sal, hiperparatireoidismo, doenças granulomatosas) ou diminuindo (idade avançada, hipotireoidismo, insuficiência renal crônica, síndrome de malabsorção). 
Excreção 
A ação integrada entre intestino, rim e osso é fundamental para a manutenção da homeostase do cálcio. A quantidade excretada de cálcio pelo rim é aproximadamente igual a secreção intestinal endógena. Em dietas contendo 1.000 mg/dia, a absorção liquida intestinal é de aproximadamente 200 a 300 mg, e a quantidade excretada pelo rim é de até 200 mg/dia. A perda através da pele é de aproximadamente 15 mg/dia, podendo elevar-se em condições de suor extremo. 
Funções 
A principal função de cálcio é manter a estrutura de ossos e dentes. 
O osso é um tecido dinâmico que passa por remodelação durante toda vida. Os osteoclastos dão inicio ao processo de remodelação, reabsorvendo o osso. Em seguida, os osteoblastos (células formadoras) sintetizam “osso novo”, que irá repôs os locais que foram reabsorvidos. 
O cálcio também é fundamental para a vasoconstrição e vesodilatação, transmissão de impulsos, contração muscular e secreção de hormônios como insulina. As células excitáveis, como o músculo esquelético e células nervosas, apresentam canais de cálcio na sua membrana que permitem rápidas alterações no fluxo do íon. Assim, quando uma fibra muscular recebe um impulso nervoso, os canais se abrem e o cálcio passa o interior da célula, ligando-se a proteínas, como a troponina-c, dando inicio a serie de sequencias necessário para a contração muscular. Uma outra ligação importante do cálcio é com a calmodulina, que irá ativar enzimas responsáveis pela quebra do glicogênio, provendo energia para a construção muscular. A ligação com a calmudulina também sinaliza a secreçãode aldosterona e de insulina. 
O Cálcio também é necessário para estabilizar ou facilitar a atividade de proteases e enzimas envolvidas na cascata de coagulação sanguínea. 
Deficiência 
Cálcio sérico inferior ao nível normal raramente está relacionado à baixa ingestão do nutriente. Entretanto leva à alteração da função da paratireoide, como a diminuição do cálcio sérico ocorre liberação de PTH e, consequentemente, maior reabsorção óssea para manter o cálcio sérico normal. Desta maneira, a ingestão insuficiente de cálcio ao longo da vida pode comprometer a densidade mineral óssea. A massa óssea, principal determinante do risco de fraturas em qualquer época da vida, é o resultado do equilíbrio entre quantidade máxima de tecido ósseo alcançado durante a vida e a perda óssea associada a eventos fisiológicos ou patológicos. Assim, o pico de massa óssea, que ocorre normalmente no final da adolescência até aproximadamente os 30 anos, vem sendo considerado um dos principais fatores associados à perda de massa óssea futura. A quantidade de cálcio ingerida nesta fase é de fundamental importância, sendo que é nesta faixa etária que a necessidade de cálcio é máxima (1.300 mg/dia). A ingestão inadequada do nutriente pode também contribuir para acelerar a perda de massa óssea que ocorre normalmente com o avançar da idade e assim contribuir para a osteoporose.
Algumas condições podem levar à deficiência de cálcio, tais como insuficiência renal crônica, deficiência de vitamina D e alcoolismo crônico. 
Fontes alimentares
O leite e seus derivados são as principais fontes de cálcio, alguns vegetais e grãos também são fontes deste nutriente. Entretanto, a absorção de cálcio pode ser reduzida na presença de outros componentes dos alimentos, como o acido fítico (presente em derivados da soja, sementes e oleaginosas) e o oxalato (presente no espinafre, ruibarbo, alguns feijões). 
SELÊNIO
O selênio é um micronutriente considerado essencial para o ser humano, envolvido em várias funções metabólicas. Existe uma variação bastante estreita da ingestão dietética para o selênio, abaixo da qual a deficiência ocorre e acima da qual a toxidade se desenvolve. Uma ingestão dietética de aproximadamente 40 mcg de selênio por dia parece ser necessária para manter uma enzima que contem selênio glutationa peroxidase (GSH-Px), essa enzima é considerada a principal forma ativa do selênio nos tecidos, apesar de outras proteínas que contêm selênio terem sido descobertas desde então. 
Fonte 
Além da forma inorgânica, o selênio está presente nos alimentos ligados a dois aminoácidos modificados, na forma de selenocisteína (origem animal) ou selenometionina (origem vegetal). De forma geral, quanto maior o conteúdo de proteína no alimento, maior a quantidade de selênio. 
O selênio está presente em boa quantidade em alimentos como aipo, alho, atum, brócolis, cebola, cereais integrais, cogumelos, farelo de trigo, fígado, frango, frutos do mar, gema do ovo, germe de trigo, leite, pepino e repolho. A castanha-do-pará tem altos níveis de selênio (16 a 30 µg/ g), em contraste com a maioria dos alimentos, que contém entre 0,01 e 1µg/ g. frutas e verduras em geral são pobres em selênio, mas podem ser boa fonte desse nutriente se o solo for adubado ou previamente rico em selênio. O leite humano contém altos níveis de selênio (entre 15 a 20µg/ l).
Absorção
A absorção do selênio, que ocorre no segmento superior do intestino delgado, é mais eficiente sob condições de deficiência. A ingestão aumentada frequentemente resulta em excreção aumentada de selênio na urina. O estado nutricional de selênio é avaliado pela medida de selênio ou de GSH-Px no soro, nas plaquetas, nos eritrócitos ou no sangue total. A medida de selênio nos eritrócitos é um indicador da ingestão em longo prazo. O selênio é transportado inicialmente ligado à albumina e, subsequentemente à globulina α2.
A eficiência da absorção intestinal do selênio inorgânico varia entre 50 e 80%. O selênio ligado à cisteína ou metionina é absorvido juntamente com esses aminoácidos. O selênio circula ligado a globulinas, lipoproteínas e possivelmente à selenoproteína P. após a absorção, o selênio se acumula no fígado e nos rins, principalmente ligado à GPX. A principal via de eliminação do selênio é a renal (50 a 60% do total), diminuindo sua excreção quando o aporte alimentar é insuficiente.
Importância
O Selênio, que ativa a glutationa peroxidase, elimina os peróxidos e assim protege as membranas celulares do dano oxidativo.
É um elemento-traço necessário para a produção de enzimas fundamentais na neutralização de radicais livres e na proteção contra a peroxidação lipídica de membranas celulares e subcelulares. O selênio age em sinergismo com a vitamina E, em sua função antioxidante. Também está envolvido na síntese da enzima que retira iodo da molécula de T4, transformando-o numa forma ativa de Triiodotironina. A pequena ingestão alimentar de selênio altera a função tireoidiana, diminuindo os níveis de T3 simultaneamente ao aumento do T4. Além dessas funções vitais, selenoproteínas presentes em células de mamíferos são importantes na formação do esperma, no funcionamento da próstata e da função imunológica normal, particularmente da imunidade mediada por células.
Biodisponibilidade
O terno biodisponibilidade compreende absorção ou captação do nutriente pela mucosa intestinal, seu transporte, assimilação celular e conversão em sua (s) forma (s) biologicamente ativa (s). Refere-se à proporção de nutrientes alimentares ingeridos que é efetivamente absorvida e utilizada.
O Selênio da dieta é de alta biodisponibilidade, e cerca de 84% dele na forma de selenito e 98% na forma de selenometionina são absorvidos. O fator determinante da inadequação de selênio é o consumo alimentar, uma vez que a ingestão do selênio varia amplamente com o conteúdo de selênio no solo, onde os alimentos são produzidos.
O conteúdo estimado de selênio no organismo humano é de cerca de 13 a 20mg. Músculos, fígado, sangue e rins contêm 61% do total do selênio estimado em humanos.
O metabolismo intracelular de selênio é complexo não só por ser um elemento traço ligado ao carbono, mas também porque vias metabólicas distintas são necessárias para converter formas simples de selênio da dieta em enzimas contendo selênio.
Quantidades diárias
As necessidades (EAR) e recomendações nutricionais de selênio estão mostradas abaixo.
	
	
	Selênio (µg/dia)
	
	
	 Grupo
	Idade
	 EAR
	 RDA
	 UL
	Lactantes
	0 – 6m
7 – 12m
	 ----
 ----
	 15*
 20*
	 45
 60
	Crianças
	1 – 3a
4 – 8a
	 17
 23
	 20
 30
	 90
 150
	Homens e mulheres
	9 – 13a
≥ 14a
	 35
 45
	 40
 55
	 280
 400
	Gravidez
	≥ 18 – 50a
	 49
	 60
	 400
	Lactação
	≥ 18 – 50a
	 59
	 70
	 400
*AI = ingestão adequada.
a = anos; EAR = necessidade média estimada; m = meses; RDA = ingestão dietética recomendada; UL = limite superior tolerável de ingestão.
REFERENCIAS
COELHO, R. G. Interações nutricionais. Parte 1: interações ao nível do trato gastrointestinal. Rev. De Metab. Nutr., v. 2, n. 3, p. 106-117, 1995.
MILLER, D.D. Calcium in the diet: food sources, recommended, in takes, and notritional bioavailability. Adv. Food and Nutr. Res., v. 33, p. 103-156, 1989.
Livro, Nutrição e Metabolismo NUTRIÇÃO HUMANA, Coordenação Marly Augusto Cardoso, Capítulo 15, Magnésio, Sódio e Potássio.
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MAHAN, K. L.; ESCOTT_STUMP, S.; RAYMOND L. J. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 13. ed. Elsevier, 2012.
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Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, L. Kathleen Maban, Sylvia Escott-Stump, Ed. Roca, 1998.Tabela e Composição Química dos Alimentos, Guilherme Franco, Ed. Atheneu, 1999.
Nutrição Conceitos e Aplicações – Monica Santiago 
Nutrição e Metabolismo – Nutrição Humana – Marly Augusto Cardoso 
Nutrição Humana – Michael J Gibney

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