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Prévia do material em texto

ComérCio ExtErior
Prof. José Alfredo Pareja Gomes de La Torre
Prof. Anderson da Silva
2016
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
José Alfredo Pareja Gomes de La Torre
Anderson da Silva
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
382
L111c La Torre; José Alfredo Pareja Gomes de
Comércio Exterior / José Alfredo Pareja Gomes de La Torre: 
UNIASSELVI, 2016.
194 p. : il 
 
ISBN 978-85-515-0025-5
1. Comércio exterior.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
III
AprEsEntAção
Seja bem-vindo ao caderno de estudos de Comércio Exterior.
Desde as civilizações antigas, o comércio internacional ajuda no 
desenvolvimento socioeconômico das sociedades. A grande diferença é que 
hoje esse comércio é muito mais dinâmico e interdependente entre países. 
É difícil encontrar uma mercadoria que seja 100% de um só país, a maioria 
das mercadorias produzidas aqui, no Brasil, e nos demais países, dificilmente 
terão 100% de insumos nacionais.
A dinâmica econômica mundial demanda que os países estejam inter-
relacionados tanto comercialmente como financeiramente, fenômeno conhecido 
como globalização. Devemos observar que nesse mundo globalizado há uma 
constante troca comercial e financeira, fato que determina a quase inexistência 
de limites comerciais entre os diversos territórios entre países.
Nesse contexto, o comércio exterior brasileiro possui um papel de 
destaque para que as empresas possam executar seus interesses comerciais 
internacionais. E quem executa essas atividades de comércio exterior, tanto 
no âmbito público como no privado? As atividades de comércio exterior 
são executadas pelos profissionais competentes das organizações, tanto 
dos órgãos públicos como das empresas que fazem parte ativa do comércio 
exterior brasileiro, ou seja, você, futuro gestor. Assim, neste caderno de 
estudos vamos lhe ajudar a gerar essas competências necessárias.
 Para poder lhe ajudar nos seus estudos desta disciplina, este caderno 
está dividido em três unidades.
Na Unidade 1, vamos estudar sobre o contexto histórico e atual 
da importância do comércio internacional para o desenvolvimento 
socioeconômico das nações. Vamos também abordar o tema da necessidade 
de os países gerarem parceiros comerciais, financeiros e econômicos, 
parcerias que são feitas por meio de blocos econômicos. E para finalizar a 
unidade estaremos lendo sobre a importância dos organismos internacionais 
no contexto do comércio mundial.
Na Unidade 2, vamos estudar sobre o contexto financeiro do comércio 
internacional, pois para executar uma comercialização internacional é 
necessário de um mercado cambial e fontes de financiamento. Também 
estaremos estudando sobre quais são os principais órgãos do governo que 
compõem a parte administrativa do comércio exterior brasileiro.
Na Unidade 3, vamos estudar sobre as condições técnicas do comércio 
exterior brasileiro, apreendendo sobre como são classificadas as mercadorias 
IV
no padrão de comercialização internacional e como elas são codificadas por 
meio da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Logo depois estaremos 
lendo sobre as condições logísticas do comércio internacional, apreendendo 
sobre os Incoterms. E por último, estaremos analisando como é feita a 
precificação no comércio exterior.
Agora deixo você se concentrar nos seus estudos. Lembrando-o que 
ao longo de sua caminhada você tem acesso ao material de apoio por meio da 
trilha de aprendizagem, disponível no seu Ambiente Virtual de Aprendizagem 
(AVA).
Bons Estudos!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
V
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda 
mais os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza 
materiais que possuem o código QR Code, que 
é um código que permite que você acesse um 
conteúdo interativo relacionado ao tema que 
você está estudando. Para utilizar essa ferramenta, 
acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor 
de QR Code. Depois, é só aproveitar mais essa 
facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VI
VII
sumário
UNIDADE 1 - DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL ..................................................... 1
TÓPICO 1 - O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO
 EXTERIOR DOS PAÍSES................................................................................................. 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 EVOLUÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL ........................................................................... 3
 2.1 LIBERALISMO DO SÉCULO XIX ................................................................................................. 5
 2.2 GRANDE DEPRESSÃO DE 1929 ................................................................................................... 6
 2.3 CENÁRIO ECONÔMICO INTERNACIONAL APÓS A
 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ................................................................................................ 7
 2.4 NOVO CENÁRIO MUNDIAL DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XXI .................. 8
3 DIFERENÇA ENTRE COMÉRCIO INTERNACIONAL E COMÉRCIO EXTERIOR ............. 14
 3.1 EXPORTAÇÕES ............................................................................................................................... 15
 3.2 DETERMINANTES PARA EXPORTAR ....................................................................................... 17
 3.3 AS IMPORTAÇÕES ......................................................................................................................... 18
 3.4 DETERMINANTES DAS IMPORTAÇÕES .................................................................................. 19
 3.4.1 Recursos necessários à economia de um país ..................................................................... 19
 3.4.2 Interesse de uma empresa para importar ........................................................................... 20
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 23
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................24
TÓPICO 2 - BLOCOS ECONÔMICOS E O MERCOSUL ............................................................... 27
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 27
2 CONCEITO DE BLOCO ECONÔMICO .......................................................................................... 28
3 FASES NO DESENVOLVIMENTO DE BLOCOS ECONÔMICOS ........................................... 29
 3.1 PRIMEIRA ETAPA – ZONA DE LIVRE-COMÉRCIO................................................................ 29
 3.2 FASE DE UNIÃO ADUANEIRA ................................................................................................... 30
 3.3 FASE MERCADO COMUM ........................................................................................................... 31
 3.3.1 Mercosul ................................................................................................................................... 32
 3.4 UNIÃO ECONÔMICA E POLÍTICA ............................................................................................ 34
 3.4.1 A União Europeia (EU) .......................................................................................................... 34
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 37
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 38
TÓPICO 3 - ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BARREIRAS AO
 COMÉRCIO INTERNACIONAL .................................................................................. 39
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 39
2 FINALIDADE DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS ......................................................... 39
 2.1 PRINCIPAIS ORGANISMOS INTERNACIONAIS .................................................................... 40
 2.2 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO (OMC)............................................................. 41
 2.3 CÂMARA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL (CCI) ............................................................. 42
3 BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL ...................................................................... 44
 3.1 BARREIRAS TARIFÁRIAS ............................................................................................................. 47
 3.1.1 Sobretaxa de alíquota de importação e antidumping ....................................................... 48
VIII
 3.1.2 O dumping e antidumping ................................................................................................... 49
 3.2 BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS .................................................................................................. 50
 3.2.1 Barreiras técnicas .................................................................................................................... 51
 3.2.2 Subsídios .................................................................................................................................. 54
 3.2.3 Quotas de importação ............................................................................................................ 55
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 56
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 59
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 60
UNIDADE 2 - ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL .................... 63
TÓPICO 1 - CENTROS FINANCEIROS E A MOVIMENTAÇÃO
 DE CAPITAIS INTERNACIONAIS .............................................................................. 65
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 65
2 OS PRINCIPAIS CENTROS FINANCEIROS INTERNACIONAIS E REGIONAIS .............. 65
3 CAPITAIS ESTRANGEIROS ............................................................................................................. 67
4 MERCADO DE CÂMBIO ................................................................................................................... 70
 4.1 PARTICIPANTES DO MERCADO ................................................................................................ 72
 4.2 MERCADO LIVRE E MERCADO CONTROLADO ................................................................... 73
5 INFLUÊNCIA ECONÔMICA NO COMÉRCIO EXTERIOR ....................................................... 74
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 76
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 77
TÓPICO 2 - RECURSOS MONETÁRIOS AO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO ........... 79
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 79
2 FONTES DE FINANCIAMENTO ÀS PRÁTICAS DO COMÉRCIO
 EXTERIOR BRASILEIRO .................................................................................................................... 79
 2.1 ACC .................................................................................................................................................... 80
 2.2 ACE .................................................................................................................................................... 80
 2.3 PROEX ............................................................................................................................................... 81
 2.4 FINAMEX.......................................................................................................................................... 81
 2.5 EXPORT NOTE ................................................................................................................................ 81
 2.6 COMMERCIAL PAPERS ................................................................................................................ 82
 2.7 SUPPLIER’S CREDIT ...................................................................................................................... 82
 2.8 BUYERS CREDIT ............................................................................................................................. 82
 2.9 CÂMBIO FUTURO .......................................................................................................................... 83
 2.10 FINAMIM........................................................................................................................................ 83
3 RELAÇÕES COMERCIAIS BRASILEIRAS .................................................................................... 83
4 POLÍTICAS DE COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO ............................................................. 85
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 88
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 92
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 93
TÓPICO 3 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO COMÉRCIO
 EXTERIOR NO BRASIL ..................................................................................................95
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 95
2 ESTRUTURA GOVERNAMENTAL DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO ................. 95
 2.1 CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR - CAMEX ..................................................................... 95
 2.2 MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES – MRE OU “ITAMARATY” .......................... 99
 2.3 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E
 COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC .................................................................................................. 100
 2.4 SECRETARIA DE COMÉRCIO EXTERIOR – SECEX ................................................................ 101
 2.4.1 Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX ........................................ 101
IX
 2.4.2 Departamento de Negociações Internacionais – DEINT .................................................. 102
 2.4.3 Departamento de Defesa Comercial – DECOM ................................................................. 102
 2.4.4 Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do
 Comércio Exterior – DEPLA ................................................................................................ 102
 2.5 SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL - SRF ............................................................................ 103
 2.6 BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN ................................................................................. 104
 2.7 MINISTÉRIO DA SAÚDE .............................................................................................................. 104
 2.8 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO ................................ 105
3 REGIME ADUANEIRO BRASILEIRO ............................................................................................. 106
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 110
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 111
TÓPICO 4 - QUESTÕES CULTURAIS E SEU IMPACTO NO
 COMÉRCIO INTERNACIONAL ................................................................................... 113
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 113
2 A GENERALIDADE DO COMÉRCIO EXTERIOR NAS CULTURAS ...................................... 113
3 IMPACTOS CULTURAIS NAS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE PAÍSES ......................... 116
 3.1 O TEMPO .......................................................................................................................................... 116
 3.2 PROTOCOLO DE CUMPRIMENTO E CORDIALIDADE ........................................................ 117
 3.3 AS CORES E IMAGEM ................................................................................................................... 118
 3.4 O IDIOMA ........................................................................................................................................ 118
 3.5 A RELIGIÃO ..................................................................................................................................... 119
4 PAÍSES COM DISPOSIÇÕES PECULIARES ................................................................................. 119
 4.1 CHINA .............................................................................................................................................. 120
 4.2 ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA .............................................................................................. 120
 4.3 ARÁBIA ............................................................................................................................................. 121
 4.4 JAPÃO ............................................................................................................................................... 122
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 122
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 127
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 128
UNIDADE 3 - A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL
 (NCM) E OS INCOTERMS .......................................................................................... 131
TÓPICO 1 - CODIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS MERCADORIAS ................................. 133
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 133
2 A MERCEOLOGIA E O SISTEMA HARMONIZADO (SH) ....................................................... 133
 2.1 CODIFICAÇÃO DO SISTEMA HARMONIZADO (SH) ........................................................... 135
3 A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) .......................................................... 136
 3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS CONFORME A NCM .................................................... 139
4 A TARIFA EXTERNA COMUM (TEC) E TRATAMENTOS ADMINISTRATIVOS ............... 140
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 145
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 146
TÓPICO 2 - A LOGÍSTICA E FORMALIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO 
INTERNACIONAL .................................................................................................................................. 147
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 147
2 OBRIGAÇÕES NA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL ............................................... 147
3 CLASSIFICAÇÃO E RESPONSABILIDADES DOS INCOTERMS .......................................... 149
4 INTERNACIONALIZAÇÃO E NACIONALIZAÇÃO DAS MERCADORIAS ....................... 156
 4.1 DESPACHO ADUANEIRO ............................................................................................................ 156
 4.1.1 O despacho aduaneiro de importação ................................................................................. 157
 4.1.2 Despacho aduaneiro de exportação ..................................................................................... 159
X
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 161
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 162
TÓPICO 3 - MODALIDADE DE PAGAMENTOS E COMERCIALIZAÇÃO
 INTERNACIONAL ........................................................................................................... 163
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 163
2 MODALIDADES DE PAGAMENTO ............................................................................................... 163
 2.1 MODALIDADE PAGAMENTO E RECEBIMENTO ANTECIPADO....................................... 165
 2.2 REMESSA SEM SAQUE .................................................................................................................. 166
 2.3 COBRANÇA COM SAQUE ...........................................................................................................167
 2.4 CRÉDITO DOCUMENTÁRIO ....................................................................................................... 168
 2.4.1 Opções de pagamento da carta de crédito (L/C) ................................................................ 172
3 COMERCIALIZAÇÃO DIRETA E INDIRETA ............................................................................... 174
 3.1 COMERCIALIZAÇÃO INDIRETA ............................................................................................... 174
 3.2 COMERCIALIZAÇÃO DIRETA .................................................................................................... 177
4 PRECIFICAÇÃO ................................................................................................................................... 178
 4.1 FORMAÇÃO DO PREÇO NA IMPORTAÇÃO .......................................................................... 178
 4.2 FORMAÇÃO DE PREÇO NA EXPORTAÇÃO ........................................................................... 180
 4.2.1 Valoração das exportações ..................................................................................................... 182
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 186
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 190
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 191
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 192
1
UNIDADE 1
DINÂMICA COMERCIAL 
INTERNACIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• compreender a necessidade do comércio internacional entre países;
• diferenciar entre o que é o comércio internacional e o que é comércio exte-
rior;
• saber qual o cenário global de hoje e o motivo da formação de blocos eco-
nômicos;
• identificar quais são os parceiros do Brasil no MERCOSUL;
• compreender o papel dos organismos internacionais na dinâmica do co-
mércio internacional;
• saber identificar o porquê dos países estabelecerem limites ao comércio 
internacional por meio das barreiras comerciais.
Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um deles você encontrará 
atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
TÓPICO 1 – O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO 
 EXTERIOR DOS PAÍSES
TÓPICO 2 – BLOCOS ECONÔMICOS E O MERCOSUL
TÓPICO 3 – ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BARREIRAS AO 
 COMÉRCIO INTERNACIONAL
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O 
COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
1 INTRODUÇÃO
Para entender como funciona a dinâmica do comércio internacional 
devemos saber que o comércio faz parte da economia de qualquer civilização atual 
ou antiga. O ser humano comercializa bens e serviços entre irmãos, entre famílias, 
entre vizinhos, entre cidades de um mesmo estado, entre estados do Brasil, entre 
países vizinhos e entre países distantes.
Antigamente, civilizações distantes da Ásia e do mundo mediterrâneo 
também realizavam comércio, e graças a esse comércio é que muitas inovações 
foram aproveitadas para a evolução das civilizações, a tal ponto que, hoje, 
praticamente somos uma só civilização moderna ao redor do mundo. Nesta 
unidade, e especificamente neste tópico, iremos estudar sobre como o comércio 
internacional faz parte de qualquer país do mundo, observando a importância das 
exportações e importações na dinâmica econômica das nações.
2 EVOLUÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL
Antes de adentrar na história comercial da civilização devemos nos 
perguntar: desde quando existe comércio internacional? É difícil colocar uma data 
exata, mas há relatos históricos da necessidade de troca comercial entre civilizações 
antigas há mais de 5.000 anos antes de Cristo (a.C.). Desde essa época praticava-se 
o comércio entre povos diferentes, por exemplo, entre a China e o mundo antigo 
existia o comércio por meio da famosa “rota da seda”.
Inclusive existem relatos arqueológicos de que essa rota já era utilizada desde 
antes de 7.000 a.C. A seguir podemos observar a rota da seda e suas ramificações 
para as diversas civilizações do mundo antigo por onde comercializavam 
ativamente desde aquela época, ajudando assim, aos poucos, no desenvolvimento 
socioeconômico daquela área.
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
4
FIGURA 1 – ROTA DA SEDA
FONTE: Disponível em: <http://es.paperblog.com/la-ruta-de-la-seda-2328256/>. Acesso em: 6 
maio 2016.
No mundo antigo, um dos povos que era bem ativo no comércio exterior 
eram os fenícios, o povo fenício foi um dos principais povos a contribuir para 
o desenvolvimento do comércio exterior de 2.300 a 50 a.C. A civilização fenícia, 
por meio do comércio internacional, contribuiu significativamente para o 
desenvolvimento da economia e da ciência das civilizações da antiguidade que se 
localizavam no entorno do Mar Mediterrâneo.
No progresso de suas atividades comerciais, os fenícios tiveram 
expressivo destaque no desenvolvimento de embarcações que 
pudessem lhes colocar em contato com as diversas civilizações do Mar 
Mediterrâneo. O deslocamento pelo mar acabou firmando uma ampla 
rede de rotas comerciais que garantia a circulação dos vários produtos 
que despertavam o interesse da poderosa classe mercante mantenedora 
desse tipo de atividade econômica (BRASIL ESCOLA, 2016).
Por meio de sua participação ativa, os fenícios viraram eixo fundamental 
às necessidades de comércio entre os povos ao redor do mundo antigo ocidental, 
ou seja, ao redor do Mar Mediterrâneo. Qual seria o futuro da civilização grega e 
do Império Romano, base estrutural da civilização moderna atual, sem os fenícios? 
Difícil de responder em poucas palavras, mas por meio da análise histórica do 
comércio internacional do mundo antigo podemos observar que a troca comercial 
entre nações é fundamental para suprir necessidades e ajudar ao desenvolvimento 
econômico e cultural como um todo.
Assim como na antiguidade, hoje os países dependem do comércio 
internacional, só que no mundo atual essa atividade é muito mais acirrada e 
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
5
essencial para a dinâmica econômica dos países. Aliás, hoje, sem o comércio 
exterior, a economia de qualquer país do mundo simplesmente ficaria parada. De 
fato, por meio do fenômeno conhecido como “globalização” é que os países geram 
intercâmbios de bens e serviços de maneira contínua todos os dias do ano, por 
meio de uma logística internacional que cada dia é mais dinâmica e interativa. 
Tanto as empresas como os governos devem estar preparados para 
as demandas de um mundo globalizado. As empresas precisam se manter 
competitivas no que elas produzem e oferecem aos mercados internacionais, e os 
governos precisam oferecer serviços e logística adequados para que as empresas 
possam atuar da maneira mais produtiva nesse mercado internacional altamente 
acirrado.
Como foi que o comércio internacional chegou aos patamares de 
interdependência global atual? Para responder isso teríamos que adentrar num processo de 
estudo histórico desde a época dos fenícios, romanos, época mercantilista (século XVI até 
século XVIII), Revolução Industrial e o liberalismo do século XIX, Grande Depressão de 1929, e 
a época logo após a Segunda Guerra Mundial até os dias de hoje. Esse estudo poderia levar, 
facilmente, todo o tempo de nossa disciplina, assim, vamos focar nossa análise a partir do 
liberalismo do século XIX até o fenômeno da globalização atual.
2.1 LIBERALISMO DO SÉCULO XIX
Podemosdizer que o mundo já teve uma globalização econômica prévia 
à atual. Em finais do século XVIII e durante todo o século XIX aconteceu uma 
série de descobrimentos tecnológicos e inovações que mudaram totalmente o 
comportamento produtivo das empresas e do consumidor. A seguir veremos 
alguns desses grandes descobrimentos tecnológicos, desdobrados em dois grandes 
grupos:
• Descobrimentos nos processos produtivos. Invenções e inovações fundamentais 
para a cadeia produtiva dessa época e de hoje:
o A locomotiva (1813), quase essencial para o transporte de mercadorias e 
pessoas.
o Máquina de costura (1830), base da indústria têxtil de hoje.
o Máquina analítica (1835), a base inicial dos sistemas de informação.
o Código Morse e telégrafo (1835), início da transmissão de mensagens em 
tempo real.
o Telefone (1876), essencial para a comunicação distante em tempo real.
o Motor de combustão interna (1858), o início de toda uma indústria que 
transformou a maneira como mercadorias e pessoas são deslocadas.
o Turbina de vapor (1884), essencial para a geração de energia elétrica.
ATENCAO
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
6
o Plástico (1862). Onde não há plástico? Aliás, hoje é um problema ambiental 
de grande escala.
• Descobrimentos que ajudaram as necessidades dos consumidores. Além 
do aumento expressivo da produtividade graças às invenções expostas 
anteriormente, existem mais outras que transformaram o comportamento 
do consumidor, tais como: Fotografia (1837-1839); Papel higiênico (1857); 
Cinematógrafo (1895); Aspirador de pó; Pasteurização (1856); Caldo concentrado 
(1873), marcas como Maggi e Knorr começaram a comercializar seus produtos 
desde essa época.
Acabamos de observar somente algumas das grandes inovações e 
descobrimentos do século XIX. Esses descobrimentos, e outros, transformaram o 
mundo de maneira que a civilização nunca antes tinha experimentado. Fato que 
trouxe um desenvolvimento econômico acelerado na maioria dos países atuais, 
momento da história econômica conhecida como a época de industrialização.
O século XIX é a época do desenvolvimento industrial, comercial e 
econômico galopante da economia mundial. Nunca antes se havia experimentado 
tal fenômeno, o mundo como um todo não voltaria a ser o mesmo. Além de 
impactos sociais, um dos efeitos desse grande desenvolvimento foi o excesso de 
produtividade e o aumento constante de novos fornecedores vindos de dentro 
e de fora dos territórios nacionais. Resultado disso? Uma explosão no comércio 
internacional, mercadorias de consumo saindo para diversos países, assim como 
insumos vindos de diversos países entravam na cadeia produtiva e de consumo, 
gerando um período de comércio nunca antes visto na história da humanidade.
2.2 GRANDE DEPRESSÃO DE 1929
No início do século XX essa onda de aumento da produtividade e comércio 
mundial continuou aumentando, aceleradamente, nos primeiros anos do século 
passado. Cabe destacar que nos primeiros anos - e décadas - do século XX começou 
a produção em massa da indústria automobilística. Com o lançamento do “Modelo 
T” da Ford, Henry Ford iniciou a massificação na produção e comercialização de 
automóveis. O “Modelo T” foi lançado no mercado no ano de 1908 e só acabou 
sua comercialização em 1927, foram 19 anos de sucesso comercial! No que tange, 
especificamente, ao comércio internacional, a inovação e o aprimoramento das 
máquinas a vapor fizeram com que o transporte marítimo de mercadorias e pessoas 
só viesse a aumentar, especialmente nas primeiras décadas do século XX.
Nesse cenário de explosão industrial e comercial, a economia mundial só 
vinha crescendo ano após ano, em especial na nova grande economia da época, os 
Estados Unidos. Resultado? A economia dos Estados Unidos e do mundo industrial 
tinha se aquecido demais, os mercados comerciais e financeiros internacionais 
só experimentavam resultados econômicos positivos, tudo era ótimo e feliz no 
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
7
mundo das empresas capitalistas. No entanto, os mercados financeiros, como um 
todo, estavam à beira de um colapso.
Colapso que veio à tona com o estouro da Bolsa de Valores de Nova 
York. Logo depois a crise se espalhou na economia real, refletindo em falências e 
desemprego em grande escala, tanto nos Estados Unidos como no resto do mundo. 
Assim foi o início da Grande Depressão, que ficou por vários anos causando 
estragos estruturais na economia mundial.
Poderíamos analisar a Grande Depressão por diferentes aspectos, mas isso 
quitaria espaço para os demais temas interessantes deste caderno. O que podemos 
dizer da Grande Depressão é que nessa época o comércio internacional sofreu uma 
grande contração, os países começaram a se fechar e os interesses próprios, aliás, 
exacerbados, levaram para crises contínuas.
Aliás, foi nessa época que tiveram início os governos fascistas da Alemanha, 
Itália e Espanha. E o resultado? Entre outros fatores históricos/socioeconômicos 
– a Segunda Guerra Mundial. Época que todos nós conhecemos, que foi muito 
negativa para o mundo, porém, época que também trouxe grandes aprendizados, 
como veremos a seguir.
2.3 CENÁRIO ECONÔMICO INTERNACIONAL APÓS A 
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, nada seria igual, uma 
nova fase da história moderna estava começando. Duas grandes potências novas 
ficaram como líderes do cenário mundial, os Estados Unidos e a União Soviética, a 
primeira representava o capitalismo e o comércio livre entre as nações, a segunda 
representava o socialismo extremo ou comunismo.
Esse conflito entre duas maneiras opostas de enxergar e fazer economia é 
que gerou a conhecida “Guerra Fria”, briga ideológica e de armamento em grande 
escala entre o mundo capitalista e o mundo socialista/comunista. Guerra Fria que 
por grande sorte da humanidade nunca passou a se materializar em uma guerra 
mundial, mas instalou-se como uma ameaça constante e perigosa, de grandes 
repercussões mundiais, por várias décadas.
Por meio da liderança dos Estados Unidos é que a partir de 1945 se iniciou 
um processo de reorganização internacional, e no que diz respeito ao comércio 
internacional algumas mudanças importantes aconteceram. Nessa época, perante 
a reconstrução das relações internacionais, os países precisavam reorganizar e 
reestruturar o comércio internacional.
Assim, nesse ambiente de cooperação entre países foi que tiveram início 
as negociações para a criação de órgãos internacionais de controle e ajuda ao 
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
8
comércio internacional. Inclusive, estas negociações entre as nações iniciaram um 
pouco antes de terminar a Segunda Guerra Mundial, em julho de 1944, em Bretton 
Woods – EUA. Nessa data foi concluído e firmado o primeiro grande acordo, o 
nascimento de três grandes organismos internacionais que visam ao controle 
e incentivo comercial e financeiro entre as nações do mundo. Aliás, órgãos e 
acordos internacionais ativos até os dias de hoje.
Os organismos internacionais definidos e normatizados por meio de acordos 
internacionais em Bretton Woods foram: O Fundo Monetário Internacional 
(FMI); o Banco Mundial; e o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT). 
A partir de 1993 as funções e acordos comerciais do GATT passaram ao comando 
da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mais adiante iremos abordar com 
maior detalhe as funções de cada um destes órgãos internacionais.
2.4 NOVO CENÁRIO MUNDIAL DAS PRIMEIRAS DÉCADAS 
DO SÉCULO XXI
A partir da última década do século passado, quando as atividades do 
GATT passaram a ser parte do recente órgão internacional para o comércio mundial 
– Organização Mundial do Comércio (OMC) –, as inter-relações comerciais entre 
os países só vêm aumentando. Até finais do século XX os mercados mundiais 
estavam concentrados,principalmente, entre os países desenvolvidos, liderados 
pelos EUA, Europa e o Japão, enquanto os países em desenvolvimento eram 
maioritariamente fornecedores de commodities. Assim, as grandes tendências da 
economia internacional ficavam em função da liderança dos países desenvolvidos. 
Commodity é um termo que vem do inglês e significa mercadorias sem valor 
agregado, em sua maioria, matéria-prima, com grau padrão, ou uniforme, sem diferenciação, 
que podem ser comercializadas na bolsa de valores, tais como: petróleo, minério de ferro, 
grão de soja, milho, café etc.
Esse cenário praticamente estabelecido durante décadas estava prestes a 
mudar e se materializar a partir do ano 2000. A mudança do cenário mundial possui 
dois grandes elementos de análise econômica e histórica: o crescimento acelerado 
das economias em desenvolvimento, e a grande crise internacional do ano 2008; 
e o crescimento econômico acelerado das economias menos desenvolvidas a 
partir de 1990. 
Entre os países de economia menos desenvolvida vale a pena analisar, 
especialmente, a China, seu Produto Interno Bruto (PIB) cresceu na média de 
NOTA
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
9
9% ao ano desde a década de 1980, época na qual esse país começou a abrir sua 
economia ao mundo.
GRÁFICO 1 – CRESCIMENTO DO PIB E DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DA CHINA DESDE 
1980
FONTE: Disponível em: <http://www.perpe.es/2013/07/17/oc10813/>. Acesso em: 14 maio 2016.
Qual o resultado desse crescimento econômico galopante? Ao observar o 
gráfico, a China passou de um PIB de menos de US$ 500 bilhões no ano de 1980 
para mais de US$ 5 trilhões no ano 2010! De acordo com dados do Banco Mundial, 
o PIB da China, no ano 2014, foi de US$ 10,4 trilhões. Esse crescimento econômico 
único no globo tornou a China a segunda potência econômica do mundo, fato que 
há duas décadas era inimaginável.
As outras economias subdesenvolvidas também tiveram crescimentos 
econômicos relevantes, porém, bem menores que o da China. O Brasil também 
passou de uma economia de pouco impacto no cenário mundial há duas décadas, 
para ser hoje uma das maiores economias do mundo. Vamos dar uma olhada 
no gráfico das maiores economias (excluindo a China) com nível médio de 
desenvolvimento:
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
10
GRÁFICO 2 – CRESCIMENTO DO PIB DO BRASIL, ÍNDIA E RÚSSIA DESDE 1980
FONTE: Disponível em: <http://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD>. Acesso em: 14 
maio 2016.
Do gráfico exposto podemos observar que:
• O Brasil passou de um PIB de US$ 235 bilhões, em 1980, para US$ 2.2 trilhões em 
2012.
• A Índia passou de US$ 190 bilhões para US$ 1,9 trilhões em 2012.
• A Rússia passou de US$ 506 bilhões, em 1989, para US$ 2,1 trilhões em 2012. 
Cabe observar que a Rússia só possui dados a partir de 1989, antes disso fazia 
parte, como o Estado principal, da ex-União Soviética.
De todos esses dados expostos acima sobre a China, o Brasil, a Rússia e a 
Índia, o que podemos observar? Basicamente, esses Estados passaram de ostentar 
um papel secundário para um papel de liderança no cenário mundial a partir do 
ano 2000. Assim como estes países de tamanhos continentais, também poderíamos 
adicionar mais outros, mas de tamanhos menores, países tais como: México, Chile, 
Colômbia, Peru, alguns países asiáticos, entre outros. Todos eles com crescimentos 
econômicos relevantes.
Destes países menores, ao comparar com o Brasil, devemos dar uma olhada 
especial para o Chile. País que atingiu um grau de desenvolvimento econômico 
quase de primeiro mundo. O Chile teve um PIB de US$ 280 bilhões em 2012, mas 
com uma população de só 17 milhões de pessoas, ou seja, em termos de riqueza 
média, o país possui o melhor nível de desenvolvimento da América Latina.
Como um todo e com a liderança das maiores economias de desenvolvimento 
médio (tais como a China e o Brasil), os países em vias de desenvolvimento passaram 
a ter maior peso na economia mundial, portanto, maior impacto nas transações 
comerciais globais. Isto é de grande importância no momento de analisar como o 
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
11
cenário comercial atual está sendo articulado, especialmente a partir do ano 2008, 
quando aconteceu a grande crise econômica dos países desenvolvidos.
A crise econômica mundial de 2008
Durante o segundo semestre de 2008 a bolha imobiliária dos Estados 
Unidos estourou. Com exceção de poucos economistas e profissionais financeiros, 
ninguém esperava o grande impacto negativo que isso teria no mercado financeiro 
e de valores. Em setembro de 2008, um dos maiores bancos de investimento do 
mundo foi à falência, a famosa instituição financeira Lehman Brothers. Este banco 
esteve no mercado financeiro desde o ano 1850 até setembro de 2008, portanto 
foram 158 anos de atividade bancária.
Assista ao filme “A Grande Aposta”. Esse filme retrata como estourou a bolha 
imobiliária e financeira e suas repercussões internacionais.
Imediatamente após a falência desta instituição, a Bolsa de Valores de Nova 
York despencou e um efeito em cadeia se espalhou pela economia real dos Estados 
Unidos e do mundo, situação bem semelhante à Grande Depressão de 1929. 
Depois de setembro de 2008, uma série de bancos e multinacionais começaram a ir 
à falência também, entre estas empresas, a General Motors.
A diferença é que na recente crise de 2008 o governo dos Estados Unidos 
realizou uma operação de salvatagem financeira em grande escala para socorrer 
diversas corporações financeiras e industriais. Hoje, ao contrário da Grande 
Depressão, as economias modernas possuem ferramentas para amortizar esse tipo 
de grandes crises econômicas.
Talvez você esteja se perguntando, qual o significado da palavra salvatagem? A 
palavra salvatagem significa executar um conjunto de medidas objetivando o resgate logo 
após um desastre.
Apesar da grande salvatagem feita pelo governo dos EUA, assim como 
pelos governos europeus para salvar suas economias, a crise espalhou-se pelo 
mundo com grande força. Ainda hoje, economias europeias estão lutando com as 
sequelas do terremoto econômico.
DICAS
NOTA
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
12
Após ter ido à falência, a General Motors fez uma engenharia financeira e de 
processos de produção, conseguindo pagar a bilionária salvatagem do governo dos EUA. Veja 
na íntegra o artigo de opinião do jornal O Estado de São Paulo: <http://economia.estadao.
com.br/noticias/geral,gm-sera-terceira-maior-falencia-da-historia-dos-eua,380334>.
O interessante dessa grande crise – aliás, a pior desde 1929 – é que as 
economias em desenvolvimento, como o Brasil, tiveram só um impacto menor, 
ou seja, o grande motor da economia mundial já não estava somente nos EUA, 
Europa e Japão. O desenvolvimento da crise de 2008 deixou claro esse recado. 
No século passado, qualquer crise econômica do mundo desenvolvido deixava as 
economias em desenvolvimento à beira de quebrar. O Brasil e os demais países 
da América Latina são um exemplo disso, com várias salvatagens financeiras do 
Fundo Monetário Internacional (FMI).
Um dos grandes motivos desse impacto menor da crise econômica de 2008 
nos países como o Brasil foi o motor econômico da China, aliás, a maioria das 
economias em desenvolvimento começou a crescer novamente a partir do ano 
2010. A China, apesar da crise, continuou crescendo aceleradamente, entre 8% e 
9% ao ano, e dado seu grande tamanho, a procura por commodities por parte deste 
país só continuou aumentando. Resultado? Economias como o Brasil mantiveram 
o aumento em suas exportações.
Eis um novo peso na economia mundial que no século XX não existia, 
a liderança econômica de países em desenvolvimento. Hoje, já não é somente 
o sucesso das economias desenvolvidas que mantémo motor econômico e 
comercial do mundo, grande parte desse motor depende também dos países em 
desenvolvimento, como a China, o Brasil, a Índia, o México, entre outros, fato que 
o gráfico a seguir demonstra.
DICAS
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
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GRÁFICO 3 – PIB DE PAÍSES DESENVOLVIDOS E EM DESENVOLVIMENTO
FONTE: Disponível em: <http://www.imf.org/external/index.htm>. Acesso em: 14 maio 2016.
A partir do gráfico acima, podemos observar que em 1980 os países 
desenvolvidos possuíam 60% da economia mundial, entretanto, os países em 
desenvolvimento possuem cerca de 40%. Hoje, e desde o ano 2012, os países em 
desenvolvimento possuem mais de 50% da economia global. Isto demanda uma 
série de implicações de impacto internacional. O que acontece hoje no Brasil, e em 
outros países, traz atenção imediata dos mercados internacionais. Antigamente o 
que acontecia aqui tinha um impacto mínimo nos mercados globais.
Dos países em desenvolvimento, o que possui maior atenção mundial é 
a China, o que acontece lá impacta imediatamente os quatro cantos do mundo, 
literalmente. Eis uma das grandes preocupações a partir do ano 2015, pois a China 
vem apresentando uma série de questionamentos muito sérios da real situação de 
sua economia. A partir do ano 2014, a procura de commodities da China vem caindo, 
consequentemente as economias exportadoras de commodities, como o Brasil, vêm 
apontando uma série de problemas econômicos.
Acabamos de nos informar sobre como funciona a dinâmica do atual cenário 
econômico. O divisor de águas é a crise de 2008, data na qual ficou marcada a real 
importância e peso comercial na economia global dos países em desenvolvimento. 
O foco de todo este breve histórico econômico mundial é de entender a importância, 
como um todo, tanto dos mercados dos países desenvolvidos como dos países 
em desenvolvimento. Antigamente, todos os países desejavam exportar para os 
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
14
Estados Unidos, Europa e Japão. Hoje, o foco é praticamente “o mundo”, com 
especial atenção nas grandes potências econômicas, isto é, os EUA, a China, a 
Europa e o Japão.
3 DIFERENÇA ENTRE COMÉRCIO INTERNACIONAL E 
COMÉRCIO EXTERIOR
No cenário atual de comércio interdependente, os países procuram 
satisfazer tanto suas necessidades de produção como de consumo não somente por 
meio de mercados nacionais, mas sim no mercado mundial, onde a comunidade 
internacional atua ativamente nos mercados mundiais. Seguramente você ouve, 
no seu cotidiano, as notícias que falam sobre comércio exterior e sobre comércio 
internacional, mas já pensou qual é a diferença entre “comércio exterior” e 
“comércio internacional”? Será que estas duas expressões possuem o mesmo 
significado?
Essas duas expressões possuem um contexto de uso diferenciado. O 
comércio internacional aborda todas as operações comerciais realizadas entre os 
diversos países que fazem parte da comunidade comercial internacional. Desta 
maneira, existe a possibilidade de fazer intercâmbio contínuo de mercadorias, 
serviços e capitais financeiros entre os países ao redor do mundo. 
Já o comércio exterior aborda todas as transações comerciais de um país, 
em específico, com o resto do mundo, assim, esse país executa exportações e 
importações de mercadorias e serviços. O comércio exterior de um país acontece em 
função das necessidades específicas da dinâmica econômica desse país. O comércio 
exterior brasileiro aborda uma série de necessidades de processos econômicos, cujo 
objetivo é satisfazer as necessidades das empresas e dos consumidores do país.
No contexto do comércio internacional, a cada segundo acontecem milhares 
de transações internacionais. Neste momento, um país pode estar exportando 
uma mercadoria, enquanto outro país estará executando o processo de importação 
dessa mercadoria, ou seja, para cada exportação haverá uma importação.
No contexto brasileiro é igual, todos os dias se executam milhares de 
exportações e importações. Essas exportações e importações brasileiras são 
interpretadas como a corrente de comércio exterior do Brasil, ou seja, todas as 
exportações e importações durante um período de tempo determinado, que pode 
durar meses, trimestres, semestres ou anos.
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
15
3.1 EXPORTAÇÕES
Qual o significado de exportar? Exportar significa oferecer produtos 
e serviços no mercado internacional, ou seja, é o ato comercial de vender uma 
mercadoria ou serviços para outro país, fora das fronteiras nacionais. Segundo 
Vazquez (2009, p. 181):
A exportação é a atividade que proporciona a abertura do país para o 
mundo. É uma forma de se confrontar com os demais parceiros e, principalmente, 
frequentar a melhor escola de administração, já que, lidando com diferentes 
países, o país exportador assimila técnicas e conceitos a que não teria acesso em 
seu mercado interno.
Para quem e para onde exportar dependerá muito da vantagem competitiva 
que possa ter um país em função dos outros países, ou seja, a capacidade produtiva 
relativa à produtividade dos outros países.
Assim, quanto maior for a competitividade relativa de um país, maior será 
a capacidade de exportação desse país. Em termos gerais, as nações desenvolvidas 
possuem alta competitividade em produzir mercadorias e serviços de alto valor 
agregado, enquanto que as nações com menor grau de desenvolvimento focam 
sua estratégica na exportação de mercadorias com menor valor agregado, pois 
estes países possuem alta competitividade na oferta desses produtos.
Apesar de o Brasil ser considerado uma economia de grau médio de 
desenvolvimento, o país exporta alguns produtos com alto valor agregado também, 
tal como aviões da Embraer, peças industriais, entre outros. Porém, na sua grande 
maioria, as exportações do Brasil são de fato produtos de pouco valor agregado: 
semimanufaturados, como óleo de soja; e matérias-primas, tais como grão de café, 
grão de soja, minério de ferro, entre outros.
Assim, tanto os países desenvolvidos como aqueles com menor grau de 
desenvolvimento exportam diversos tipos de produtos e serviços. Exportações que 
dependerão do grau de competitividade (produtividade) relativa dos produtos a 
serem exportados. Nesse sentido, os países podem exportar:
• Recursos naturais e commodities: tal como petróleo, minério de ferro e grão de 
soja.
• Produtos semimanufaturados: tais como óleo de soja, farinha de mandioca, leite 
em pó, entre outros.
• Produtos manufaturados: tais como veículos, computadores, entre outros.
• Bens de capital: equipamento e maquinaria, tais como fornos industriais, 
tratores, equipamento pesado utilizado nos processos produtivos, entre outros.
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
16
• Direitos de propriedade intelectual: invenções e direitos de autor, ou seja, 
regalias, tais como patentes de desenho industrial e de invenção. Também 
podemos citar os direitos de autor, tais como da famosa escritora Joanne Ketlin 
Rowling, autora dos livros de Harry Potter, direitos de autor que representam 
milhões de dólares de exportação para o Reino Unido.
• Fatores tecnológicos e aplicativos: Office da Microsoft, ou aplicativo SAP, 
sistema ERP para empresas. Geralmente, a exportação de fatores tecnológicos 
está ligada às exportações de inovações.
No contexto do comércio internacional, os países exportam para suprir 
as necessidades dos países importadores que atuam no comércio internacional. 
Nesse sentido, o Brasil estabelece acordos comerciais internacionais para suprir as 
necessidades de seus parceiros atuais e potenciais, por exemplo:
• A China precisa alimentar mais de 1 bilhão de pessoas, assim, procura soja, milho 
e outros produtos do Brasil.
• A China e outros países precisam do minério de ferro produzidoaqui no país.
• Vários países do mundo compram os aviões da Embraer.
Estes são alguns exemplos dos produtos que o Brasil exporta, mas quem 
realmente faz a exportação acontecer são as empresas. O governo, por meio de 
seus órgãos e infraestrutura pública, oferece serviços às necessidades de comércio 
exterior das empresas, agindo como uma peça-chave nos processos administrativos 
da exportação.
As exportações são parte essencial da estrutura econômica e comercial de 
qualquer país, eis a importância de exportar. Através da execução das exportações 
é que a economia nacional consegue acumular divisas (moeda estrangeira) 
necessárias para poder bancar a compra de insumos, bens de capital (equipamento, 
máquinas etc.), serviços e bens de consumo que não são produzidos no país. 
A dinâmica da geração de divisas começa nas empresas exportadoras 
que cobram em moeda estrangeira (principalmente em dólar). Essa moeda 
estrangeira, por meio do mercado de câmbio, irá se converter em moeda nacional 
– reais. O Banco Central do Brasil compra essas divisas, em troca entrega reais 
aos exportadores, assim, o Banco Central acumula divisas necessárias para que os 
importadores possam realizar suas atividades comerciais. Eis o elo entre a atividade 
exportadora e a acumulação de divisas necessárias para importar mercadorias e 
serviços necessários à atividade econômica.
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
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3.2 DETERMINANTES PARA EXPORTAR
Como foi exposto acima, as empresas são os agentes que fazem acontecer as 
exportações. Quais os motivadores para que uma empresa fique incentivada para 
realizar exportações? Os motivos e as particularidades das exportações podem ser 
diversos, a seguir veremos alguns deles.
• Complementar a produção nacional. Uma empresa pode apresentar 
capacidade produtiva ociosa, assim, a venda ao exterior vira uma possibilidade 
para aproveitar ao máximo possível sua produtividade.
• Novos mercados. Uma empresa pode reparar que os mercados 
internacionais estariam dispostos a pagar um melhor preço por seus produtos. 
Logo, o incentivo de melhorar sua margem de lucro por meio de melhores preços 
e volumes de venda é um grande motivador para exportar, além de ajudar a 
diversificar mercados.
• Benefício financeiro. Levando em consideração qualquer das duas 
situações expostas – complementar a produção nacional e novos mercados –, 
a exportação em si traz grandes benefícios financeiros. As exportações estão 
isentas de qualquer tipo de impostos, não faz sentido exportar impostos! Assim, 
uma exportação não possui ICMS, IPI, entre outros tributos cobrados ao realizar 
vendas no mercado nacional. Esta isenção de impostos faz que o exportador possa 
melhorar a gestão de seu fluxo de caixa e aumentar sua capacidade de gerar lucro.
• Diferencial competitivo. Se uma empresa conseguir se inserir no 
mercado internacional, a experiência comercial internacional irá trazer um 
diferencial de competitividade (ou produtividade), pois a empresa exportadora 
terá que se manter inovando e aprimorando processos para se manter nos mercados 
internacionais. Além disso, a empresa exportadora ganha experiência em enxergar 
e em compreender culturas, costumes, leis e regras comerciais diferentes das 
nacionais. Isto automaticamente traz diferencial e inovação à gestão da empresa, 
inclusive ajuda a melhorar as vendas do mercado nacional.
No entanto, nem toda empresa precisa ou está apta para exportar, muito 
dependerá das particularidades do tipo de negócio, e de indústria, onde a empresa 
está inserida. Assim, o motivo de exportar deve ser uma decisão de estratégia de 
negócio em si. É uma questão de estratégia porque, para poder executar, com 
sucesso, a exportação existe a necessidade de tempo de análise e consolidação 
de mercados. Assim como demandará análise das particularidades dos hábitos, 
costumes e leis dos consumidores desses mercados internacionais. Essa adequação 
aos costumes e leis desses mercados internacionais exigirá adequações na produção, 
na gestão e nas embalagens, entre outros assuntos.
Ao cumprir todo o exposto anteriormente, a empresa exportadora ficará 
menos dependente do mercado interno, abrindo suas portas para diversos 
mercados ao redor do mundo. Isto poderá diluir o risco de possíveis quedas de 
vendas em vários mercados, diversificando o risco tanto nos mercados nacionais 
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
18
como nos espalhados em diversos países. E do lado das importações, será que um 
país consegue se virar só exportando, sem ter que importar? Seria muito difícil, 
inclusive, muitos dos produtos que o Brasil exporta possuem insumos importados.
3.3 AS IMPORTAÇÕES
Para fazer acontecer uma exportação, muitas vezes é necessário importar 
parte das matérias-primas e insumos dessa mercadoria a ser exportada. Por que 
acontece isso? Em um mundo globalizado, os fornecedores de uma indústria são 
de fato nacionais e internacionais. No contexto do comércio internacional, tudo 
fica em função da competitividade relativa dos mercados, sejam estes nacionais ou 
internacionais.
Qual a diferença entre matéria-prima e insumo? A matéria-prima é extraída 
diretamente da natureza, por exemplo: grão de trigo (matéria-prima) que vira farinha de trigo 
(insumo); petróleo (matéria-prima) que pode virar polipropileno/termoplástico (insumo).
O comércio nacional de bens e serviços não seria viável sem a participação 
das importações. Sem a participação de insumos, peças e equipamentos importados, 
a empresa brasileira não poderia dar conta da fabricação de grande parte das 
mercadorias de produção nacional. Isso acontece não só no Brasil, acontece em 
todo país ao redor de mundo que esteja inserido nos mercados internacionais.
Do exposto acima, podemos dizer que as importações são realmente 
necessárias para a economia de um país. Os países podem ter diversas necessidades 
de importação, desde produtos básicos, bens de consumo, insumos, até maquinaria 
com tecnologia de ponta.
As importações desempenham um papel vital na vida econômica de 
qualquer país desenvolvido, subdesenvolvido ou em desenvolvimento, 
pois nenhum país é totalmente autossuficiente. Todos os países 
dependem, de alguma forma, do resto do mundo para suprir suas 
necessidades. Quanto mais desenvolvido e industrializado, maior será 
sua necessidade de relacionamento com outros países (SCHULZ, 2000, 
p. 104).
Um país pode importar diversas mercadorias em função de suas 
necessidades econômicas e “desejos” de sua população, mas qual o significado 
de importar? Importar é a execução de adquirir um produto em outro país e 
poder nacionalizá-lo (introduzi-lo legalmente) para que possa circular e/ou ser 
comercializado ao longo do território nacional.
NOTA
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
19
Como foi exposto anteriormente, é por meio das exportações que um país 
acumula divisas (moeda estrangeria) para poder importar. Assim, podemos dizer 
que tanto as exportações como as importações estão interligadas. Essa inter-relação 
é administrada pelo comércio exterior de um país, e todo país tenta manter um 
saldo positivo da Balança Comercial, ou seja, exportações menos importações. O 
objetivo disso é manter um mínimo de reservas internacionais, isto é, manter uma 
cesta de divisas (moeda estrangeira) para que o país possa garantir suas obrigações 
comerciais e financeiras com a comunidade internacional.
Podemos dizer que importar além do realmente necessário para um país 
não é um bom negócio. Sendo assim, é necessária uma excelente gestão do comércio 
exterior para que um país possa manter sob controle esse balanço positivo entre 
as exportações e importações. Quais os motivos, tanto para um país como para as 
empresas, de realizarem importações?
3.4 DETERMINANTES DAS IMPORTAÇÕESQuais os determinantes que fazem um país gastar divisas (recurso 
monetário em moeda estrangeira) em bens e serviços vindos de fora? Existem 
muitos determinantes, mas, de fato, um país não pode ficar isolado do mercado 
internacional. Muitos tentaram diminuir drasticamente suas importações, para 
assim economizar recursos. Resultado? Em curto prazo esses países talvez tenham 
conseguido algum resultado positivo, mas a longo prazo não existe na história 
econômica casos de sucesso nesse sentido.
Assim como foi na antiguidade, as sociedades precisam comercializar entre 
elas para complementar suas economias. O comércio é um meio para compartilhar 
experiências culturais e tecnológicas entre as diversas sociedades que fazem 
parte do mundo. Hoje, esse comércio internacional é muito mais intenso que na 
antiguidade. O maior determinante para importar é complementar os recursos 
escassos, ou inexistentes, em uma economia, mas fundamentais para suprir 
necessidades produtivas e de consumo.
3.4.1 Recursos necessários à economia de um país
Não existe país no mundo que seja autossuficiente, existem diversas 
variáveis geográficas, solos, recursos naturais disponíveis, climas secos e/ou 
úmidos, climas mais frios, outros mais quentes, e assim por diante. Essas variáveis 
fazem com que os países não consigam todos os recursos de seu próprio território 
para suas economias. Assim, a importação é fundamental para complementar os 
recursos e bens de consumo que uma sociedade possa precisar.
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
20
Se você reparar, toda mercadoria está composta por minerais essenciais 
que graças ao poder de transformação da natureza, dos processos agrícolas, 
dos processos industriais do mundo moderno, viram produtos para usarmos e 
consumir. Esses elementos essenciais estão presentes tanto em alimentos simples 
e processados, como em vestimentas, ferramentas, moradia, bens de capital, entre 
outros.
Segundo o economista Glycon de Paiva (1963 apud PIFFER, 2013, p. 12): 
“Dos 300 minerais normalmente necessários ao progresso e à sobrevivência de um 
país, até agora nos faltam 250”. Ou seja, na média, um país, para poder manter 
suas atividades econômicas, precisa importar 250 minerais fundamentais, e no 
caso do Brasil não é diferente.
Dos minerais expostos pelo economista Glycon de Paiva, muitos são 
importados na sua forma primária, como matéria-prima, petróleo, minério de ferro 
e outros; outros são importados por meio do poder de transformação da natureza, 
tais como grãos, leite, ovos, frutas; e outros são importados com processos de 
transformação industrial e com valor agregado, produtos industrializados.
Assim, todo país, de uma maneira ou outra, consome na sua economia 
esses minerais essenciais, extraindo-os dos recursos naturais de seu próprio solo 
ou devendo importá-los. Uma das maiores economias do mundo – o Japão – possui 
pouco recurso natural, importando a maior parte das matérias-primas e insumos 
para sua indústria, porém, graças à sua capacidade competitiva e transformadora, 
esse país é um dos maiores exportadores do mundo! Aliás, grande parte dessas 
importações viram exportações com valor agregado.
Você sabia que o Japão é um país pouco maior que o Estado de Rio Grande 
do Sul, mas possui uma população de 130 milhões de pessoas e é a terceira economia 
do mundo? Esse país, em função de seu território pequeno e grande população, importa 
diversos produtos alimentares do Brasil. Entre esses, importa ovos frescos. Sabia que o 
Brasil é o maior fornecedor de ovos frescos para esse país? Se ficou curioso, acompanhe 
o seguinte artigo: <http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2016/04/crescem-
exportacoes-brasileiras-de-ovos-frescos-para-o-japao>.
3.4.2 Interesse de uma empresa para importar
Observamos que os países, como um todo, precisam importar para 
complementar os recursos que não existem na economia nacional, mas que são 
necessários à dinâmica econômica. Esta necessidade de importar acontece seja 
para suprir recursos produtivos (matéria-prima, insumos, equipamento industrial 
etc.) às indústrias, ou para suprir necessidades e “desejos” do consumidor. Ao 
observarmos o contexto comercial, quem faz acontecer as importações em um país?
DICAS
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
21
Igualmente às exportações, as empresas estabelecidas em um país fazem 
acontecer as importações, mas qual será o motivo que incentiva as empresas a 
importar? Embora existam muitos fatores, a maioria das empresas é incentivada 
a importar pelo interesse de buscar maiores margens operativas, portanto, gerar 
maior potencial de lucro nas suas atividades industriais e comerciais.
Em função de suas particularidades comerciais e de processos produtivos 
e de fato a busca de melhorar esse potencial lucro é que a importação pode se 
materializar. Essa busca de potencializar o lucro por meio da importação pode ser 
analisada através de quatro grandes motivadores, expostos a seguir:
• Matéria-prima e insumos que não estão disponíveis no mercado 
nacional. Nesta situação a importação vira indispensável, pois estes são materiais 
essenciais aos processos produtivos da indústria nacional.
• Bens de capital que não são produzidos no país. Nesta situação a 
importação de equipamento industrial ou diversos tipos de máquinas se torna 
indispensável. Uma empresa, para se manter competitiva, precisa de bens 
de capital de alta produtividade, caso contrário, corre o risco de ficar fora do 
mercado. Geralmente este tipo de bens de capital importados oferece um know-
how (tecnologia industrial de última geração) que ainda a indústria nacional não 
consegue desenvolver.
• Matéria-prima, insumos ou bens de capital importados que sejam mais 
baratos que os nacionais. Por algum motivo, a indústria nacional que oferece estes 
recursos não é competitiva, logo, a empresa interessada em se abastecer destes 
insumos irá procurar os recursos com um preço mais barato (matéria-prima, 
insumos ou bens de capital) no mercado interacional, por meio da importação.
• Mercadoria diferenciada para o consumidor. Muitas empresas possuem 
mercados diferenciados, oferecendo produtos de qualidade superior para seus 
clientes, tornando-se, nestas situações, a importação a alternativa única. No 
contexto brasileiro podemos citar alguns exemplos:
o Produtos diferenciados. Desde um queijo gourmet francês, uma lavadora 
de roupa de última geração, até um carro de luxo (Mercedes Benz, Masseratti, 
Ferrari etc.).
o Insumos e bens de capital. Muitas das matérias-primas, insumos e bens 
de capital (equipamento industrial) não são produzidos no Brasil, tornando-se 
assim a importação uma necessidade.
o Bens de capital e tecnologia de última geração. Em um mundo 
competitivo, as indústrias procuram constantemente aprimorar seus processos e 
economias de escala. Assim, a importação permite ter acesso à tecnologia, know-
how (saber como fazer), e equipamento de última geração que ainda não esteja 
disponível no mercado nacional.
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
22
Assim como acabamos de estudar, podemos observar que um país importa 
para suprir diversas necessidades essenciais para sua economia, inclusive, 
podemos importar para suprir diversos desejos da população. Seja qual for o 
motivo comercial, as empresas ficam motivadas em importar para aproveitar 
oportunidades do mercado, e com isso visam melhorar suas chances de uma 
melhor margem de lucro em suas atividades.
23
Neste tópico, vimos que:
• As civilizações antigas começaram a comercializar entre elas desde antes de 
7.000 anos a.C., observando-se aí a importância que teve o comércio na evolução 
dessas civilizações até chegar à civilização moderna atual.
• A importância do liberalismo do século XIX no contexto do comércio 
internacional. Nessaépoca houve uma série de descobrimentos tecnológicos e 
inovações que fazem parte das atividades econômicas e comerciais de hoje.
• O impacto da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial. O contexto de 
como as crises mundiais destes dois eventos contribuíram para que os países 
pudessem se organizar para desenvolver os organismos internacionais atuais 
que supervisionam o comércio internacional.
• O impacto da grande recessão de 2008 e como isso mudou a estrutura comercial 
atual, na qual hoje temos novos países importantes atuando na liderança do 
comércio internacional.
• A diferença entre comércio internacional e comércio exterior, e como se deve 
usar estes termos no contexto do comercial internacional.
• A necessidade que têm os países para atuar no comércio internacional, 
analisando as necessidades de os países precisarem exportar, e o porquê de 
também importar. Sem a exportação não há importação, é uma dinâmica 
comercial de mão dupla.
RESUMO DO TÓPICO 1
24
1 Explique desde quando há dados da existência e rotas de comércio entre 
as civilizações antigas, e qual a civilização que ajudou no desenvolvimento 
comercial e econômico das grandes civilizações antigas do mundo do 
Mediterrâneo.
2 Nos momentos prévios à Grande Depressão de 1929 o mundo estava 
em um processo de globalização de décadas de crescimento econômico 
e comercial global, o mundo capitalista estava no ápice de seu próprio 
sucesso. A seguir, analise as sentenças e determine qual é correta sobre a 
Grande Depressão de 1929.
a) ( ) Previamente à Grande Depressão os países vinham praticando anos de 
políticas protecionistas, isto sob a liderança de países como os Estados Unidos, 
o Reino Unido e a União Soviética. Esta condição, mais o fato do aquecimento 
econômico dos países, induz ao desenvolvimento de uma grande bolha nas 
grandes bolsas de valores, estourando assim a Grande Depressão.
b) ( ) Antes da Grande Depressão os países vinham experimentando 
uma fartura econômica sem precedentes, porém, as economias dos países 
desenvolvidos estavam aquecidas além de suas capacidades, principalmente 
os Estados Unidos. Nessa situação, tanto o setor financeiro como as bolsas de 
valores estavam à beira de um colapso, estourando a bolha em 1929 e começando 
a Grande Depressão.
AUTOATIVIDADE
4 Até finais do século passado, os mercados mundiais estavam concentrados 
majoritariamente entre os países desenvolvidos, liderados pelos EUA, a 
Europa e o Japão, já os países com menor grau de desenvolvimento tinham 
pouca liderança no comércio internacional. Na virada do século essa situação 
estava prestes a mudar. A partir do século XXI o comércio mundial não só 
seria liderado pelos países mais desenvolvidos, mas também pelas novas 
grandes economias, como a China. A seguir, determine a sentença correta.
a) ( ) Esse novo cenário do comércio mundial possui dois grandes momentos 
referenciais: o crescimento acelerado das economias em desenvolvimento e a 
grande crise internacional do ano 2008.
b) ( ) Esse novo cenário veio a se materializar graças ao sucesso de anos 
de políticas protecionistas dos países menos desenvolvidos. Finalmente, o 
resultado dessas políticas foi um drástico crescimento das economias da China, 
da Rússia, do Brasil, do México, entre outras.
3 Com as grandes experiências negativas, tanto da Grande 
Depressão como da Segunda Guerra Mundial, explique qual 
era o ambiente após a Segunda Guerra Mundial, e quais órgãos 
internacionais com repercussão no comércio internacional 
nasceram nessa época.
25
5 Muitas vezes falamos sobre comércio internacional e comércio exterior, mas 
qual a diferença entre esses termos? Escolha as sentenças corretas.
I- O comércio internacional aborda todas as operações comerciais executadas 
por um determinado país e o resto do mundo.
II- O comércio internacional aborda todas as operações comerciais executadas 
no mundo entre os diversos países que atuam no comércio mundial.
III- O comércio exterior aborda todas as operações comerciais executadas por 
um determinado país e o resto do mundo.
IV- O comércio exterior aborda todas as operações comerciais executadas no 
mundo entre os diversos países que atuam no comércio mundial.
Agora, determine as sentenças corretas:
a) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
b) ( ) As sentenças I e IV estão corretas.
6 Determine o porquê da necessidade de exportar para a economia de um país 
e quem é o responsável por fazer acontecer a exportação. 
7 Determine o porquê da necessidade de importar para a economia de um país 
e quem é o responsável por fazer acontecer a importação.
26
27
TÓPICO 2
BLOCOS ECONÔMICOS E O MERCOSUL
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade, os países vêm tendo a necessidade de criar parcerias 
comerciais em função de suas necessidades econômicas e comerciais. Na era 
mercantilista, entre 1500 até finais do século XVIII, e a Revolução Industrial; no 
século XIX esses interesses comerciais ficaram bem mais evidentes, inclusive, entre 
outras coisas, foram grandes motivadores de guerras longas e contínuas dessa 
época.
Perante as diversas necessidades socioeconômicas, os países precisam 
negociar posições e assim levar a cabo seus interesses comerciais. Vários líderes 
mundiais têm expressado a famosa frase: “As nações não têm amigos, as nações 
têm interesses”. Entre estes grandes líderes podemos citar:
• Winston Churchill, primeiro-ministro britânico duas vezes. A primeira 
vez entre 1940 até 1945, basicamente durante quase toda a Segunda Guerra 
Mundial; e a segunda vez durante 1951 até 1955.
• Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos por quatro vezes, 
sendo seu último período até 1945 ao final da Segunda Guerra Mundial.
• Charles-Maurice de Talleyrand, famoso pensador e político ativo francês 
da época da Revolução Francesa, como também foi parte importante da época 
imperialista de Napoleão Bonaparte.
• Gilberto Amado, famoso escritor e político brasileiro, nasceu no Rio de 
Janeiro no ano de 1887 e faleceu em 1969, foi membro da Academia Brasileira de 
Letras.
• John Foster, político e diplomata dos Estados Unidos, como secretário 
de Estado participou nas negociações para a elaboração de vários tratados 
internacionais, entre os mais importantes, o acordo multilateral para formalizar 
o organismo internacional de todas as nações, a Organização das Nações Unidas 
(ONU).
Como acabamos de observar, existem vários líderes mundiais de diferentes 
épocas e nações que têm expressado a ideia de que os países, afinal de contas, 
possuem interesses a serem negociados no cenário global, que, aliás, muitas vezes 
têm levado a guerras desnecessárias. Depois da Segunda Guerra Mundial e em 
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
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decorrência da grande catástrofe que causou, os países, por meio da formalização 
de acordos, começaram a institucionalizar esses “interesses” por meio de parcerias 
comerciais e econômicas, objetivando, entre outras coisas, evitar guerras de grande 
escala.
2 CONCEITO DE BLOCO ECONÔMICO
Hoje esses “interesses” são negociados por meio de acordos internacionais 
e executados através de blocos ou grupos de países que compartilham interesses 
comerciais e econômicos semelhantes. Esse compartilhamento de interesses, em 
comum, é representado no cenário internacional como blocos econômicos, os 
quais representam interesses de um grupo de países perante o resto do mundo. 
Por exemplo, o bloco econômico do Mercosul negocia interesses comerciais de 
seus países-membros perante a acirrada concorrência internacional dos produtos 
que o bloco deseja vender nos mercados internacionais.
Os países, por meio de blocos econômicos, conseguem se posicionar melhor 
no cenário mundial, atingindo melhores acordos comerciais e financeiros para o 
desenvolvimento socioeconômico dos países-membros.

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