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OBAUR DE DIREITO 
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Não rasurar o código de barras 
FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
DISCIPLINA: DIR148 :: MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM 
ALUNO: 201610097:: FERNANDA TEIXEIRA MIGUEZ KRAYCHETE 
TURMA: T10A 
DATA: 08 / 01 / an49 
 
ASSINATURA: 12.1ç snaird0,. 
 
 
1fi AVALIAÇÃO 
S7AtA&S 	 /ti 
O R.AILAN'A DE FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
	
DIREITO 
É!. 41•4,11L 
DISCIPLINA: MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM 
	 TURMA: 10A 
PROFESSOR: GABRIEL SEIJO LEAL DE FIGUEIREDO 
DATA: 08/04/2019 
NOME: 	 f./dinnua 	 KotLcjt 	 
1á AVALIAÇÃO 
QUESTÃO 1 (40) 
„Tio° SdI 
Da/ 
 Disserte sobre a compatibilidade (ou não) do requisito da forma escrita) para a /cláusula 1 
.44.m•fro kr. S tic±±mi e á possibilidade de consentimento tácit63—i 
QUESTÃO 2 (4,0) 
A Estaleiro Baía de Todos os Santos S.A. celebrou contrato de prestação de serviços de 
construção com a Companhia de CorSaes Teodoro Sampaio. 
O contrato continha cláusula compromissária como seguinte teor: 
69" 
"10. Qualquer disputa relacionadol direto ou indiretamente ao presente contrato será 
resolvida por arbitragem, a ser conduzida perante alComara de Conciliação, Mediação 
Arbitragem da Associação Comercial da Balhodina forma de seu Regulamento. 
10.1. A sentença arbitrai condenará o vencido a (i) reembolsar ao vencedor as 
despesas incorridos em razão da arbitragem e (ii) pagar aos advogados do vencedor 
honorários de sucumbência, fixados na formo do Código de Processo Civil." 
/ \ 
dam fr 	 Clotdur 	 LLA ""a° .14-124I 40b1.4., 
Surgido litígio entre as partes, a construtora alegou que a cláusula comoromissária é vazia 
pois não contém elementos indispensáveis para dar início à arbitragem, tais como sede, 
idioma, número de árbitros e lei aplicável ("Alegação 1"). 
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A BahiaTec sustentou que a realização da arbitra em era incom ativei com o 
anulação do contrato. Para tanto, argumentou que, se o contrato padecia de invalidade, tal 
vicio contaminaria kicláusula compromissória 
• 
• • do ed de 
Além disso, a construtora arguiu que a cláusula 10.1 é inválida, porque o Código de Processo 
Civil ná
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Pergunta-se: 	 GdinGunfrt“Wj. 	 5 nna 	 U. 	 nl~ cni•bustrus.0 
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a Alegação 2 ê procedente? Explique e fundamente. (2,0) 
QUESTÃO 3 (20) 
A BahiaTec Software Ltda., startup da área de gestão empresarial, firmou contrato de 
investiment com o investidor anjo OG Participações Ltda. 
O contrato estabelecia que eventuais disputas seriam resolvidas por arbitragem, a ser 
conduzida perante o Conselho Arbitrai da Bahia.I 
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(Após a celebração do contra, a OG verificou que as demonstrações financeiras apresentadas 
pela BahiaTec durante as negociações estavam fraudadas. Ademais, a OG constatou que a 
tecnologia que a BahiaTec dizia ter desenvolvido pertencia, na realidade, a uma sociedade 
concorrente. 
A OG deu inicio a processo arbitrai a fim obter a anui 
fundada em alegação de dolo da BahiaTec. 
Pergunta-se: o argumento da BahiaTec é procedente? 
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o FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
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Folha de Resposta 
1.9 AVALIAÇÃO 
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O FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
Folha de Resposta 
O 13APCs LANDA DE DIREITO 
FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
BAREMA O l'AILADIVDÁ DE DIREITO 
 
Disciplina: MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM 
Professor: GABRIEL 5E110 LEAL DE FIGUEIREDO 
Avaliação: 11 	 Turma: 10A 	 Período Letivo: 2019.1 
Questões para a la Avaliação — 2019.1 — MATUTINO 
QUESTÃO 1 (4 0) 
Disserte sobre a compatibilidade (ou não) do requisito da forma escrita para a 
cláusula compromissória e a possibilidade de consentimento tácito. 
O art. 4°, § 10, da Lei n. 9.307/1996 dispõe que "a cláusula compromissória 
deve ser estipulada por escrito, podendo estar inserta no próprio contrato ou 
em documento apartado que a ele se refira". 
Desse modo, é requisito de validade da cláusula compromissória a adoção da 
forma escrita. Do contrário, a convenção de arbitragem será nula, nos termos 
do art. 166, II, do Código Civil. 
Entretanto, o fato de o negócio jurídico arbitrai requerer forma escrita não 
significa que se exija consentimento expresso das partes. Como ensina a 
teoria geral do negócio jurídico, mesmo nos casos de forma escrita se admite 
que uma parte manifeste sua anuência tacitamente. 
O Superior Tribunal de Justiça inicialmente julgava haver uma 
incompatibilidade entre a forma escrita e a aquiescência tácita. Segundo a 
antiga jurisprudência da Corte, somente se vinculavam à cláusula 
compromissória aqueles que a assinavam. 
Assim, consoante julgado na SEC 967, o ordenamento exigiria "aceitação 
expressa das partes por submeterem a solução dos conflitos surgidos nos 
negócios jurídicos contratuais privados arbitragem." Já na SEC 978, foi 
decidido que "A falta de assinatura na cláusula de eleição do juízo arbitrai 
contida no contrato de compra e venda, no seu termo aditivo e na indicação de 
árbitro em nome da requerida exclui a pretensão homologatória, enquanto 
ofende o artigo 4°, parágrafo 2°, da Lei n° 9.307/96, o princípio da autonomia 
da vontade e a ordem pública brasileira". 
Contudo, a posição foi superada. Em conformidade com a melhor doutrina, o 
STJ passou a admitir que o consentimento à cláusula compromissória seja 
manifestado de modo tácito. Mesmo não havendo assinatura da parte, é 
possível inferi-lo de fact concludentia, ou seja, de condutas inequívocas que 
demonstram a concordância com a convenção de arbitragem. 
Nesse diapasão, no REsp 1569422,0 Sodalicio firmou que "a manifestação de 
vontade das partes contratantes, destinada especificamente a anuir com a 
convenção de arbitragem, pode se dar, de igual modo, de inúmeras formas, e 
não apenas por meio da aposição das assinaturas das partes no documento 
em que inserta. Absolutamente possível, por conseguinte, a partir do contexto 
das negociações entabuladas entre as partes, aferir se elas, efetivamente, 
assentiram com a convenção de arbitragem". Também no REsp 1698730, foi 
estadeado que "consentimento à arbitragem, ao qual se busca proteger, pode 
apresentar-se não apenas de modo expresso, mas também na forma tácita, 
afigurando possível, para esse propósito, a demonstração, por diversos meios 
de prova, da participação e adesão da parte ao processo arbitrai, 
especificamente na relação contratual que o originou". 
A admissão do consentimento tácito na arbitragem possui inúmeras 
implicações. A doutrina e a jurisprudência, inclusive em importantes casos 
como Isover Saint-Gobain vs. Dow Chemical (no exterior) e Trelleborg (no 
Brasil), vem reconhecendo a chamada "extensão subjetiva da convenção de 
arbitragem", para que esta abarque terceiros que não assinaram a convenção. 
A teoria dos grupos econômicos é um dos elementos que auxiliam a 
identificação dos não signatários que podem ser atingidos pela convenção de 
arbitragem. Entretanto, o fato de duas sociedades integrarem o mesmo grupo 
econômico, formal ou material, não é causa suficiente para a extensão da 
convenção arbitrai. A regra é a não extensão, sendo a extensão uma exceção. 
A doutrina, examinando a jurisprudência, fixa os seguintes pressupostos 
adicionais: (i) que o não signatário tenha participado ativamente da negociação 
do contrato a que se refere a convenção de arbitragem; (i) que o não signatário 
tenha sido de algum modo representado na celebração do contrato; ou (iii) que 
o não signatário tenha participado ativamente da execução do contrato. 
QUESTÃO 2 (4,0) 
A Estaleiro Baia de Todos os Santos S.A. celebrou contrato de prestação de 
serviços de construção com a Companhia de Construções Teodoro Sampaio. 
O contrato continha cláusula compromissórá com o seguinte teor 
"10. Qualquer disputa relacionada direta ou indiretamente ao presente 
contrato será resolvida por arbitragem, a ser conduzida perante a 
Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Associação 
Comercial da Bahia, na forma de seu Regulamento. 
10.1. A sentença arbitrai condenará o vencido a (i) reembolsar ao 
vencedor as despesas incorridas em razão da arbitragem e R pagar 
aos advogados do vencedor honorários de sucumbência, fixados na 
forma do Código de Processo Civil." 
Surgido litígio entre as parles, a construtora alegou que a clausula 
compromissória é vazia, pois não contém elementos indispensáveis para dar 
inicio à arbitragem, tais como sede, idioma, número de árbitros e lei aplicável 
("Alegação 1'). 
Além disso, a construtora arguiu que a cláusula 10.1 é inválida, porque o 
Código de Processo' Civil não se aplica à arbitragem e o art. 27 da Lei n. 
9.307/1996 não prevê a condenação em honorários de sucumbência 
("Alegação 2'). 
Pergunta-se: 
(1) 	 a Alegação 1 é procedente? Explique e fundamente; (2,0) 
(h) 	 a Alegação 2 é procedente? Explique e fundamente. (2,0) 
A Alegação 1 é improcedente. 
O que determina a natureza cheia de uma cláusula compromissória é a 
possibilidade de iniciar a arbitragem independentemente da colaboração das 
partes ou da intervenção do Poder Judiciário. Para tanto, podem adotar-se 
técnicas como a escolha de uma appointing authority ou a adoção da 
arbitragem em sua modalidade institucional (Lei n. 9.307/1996, art. 5°). 
No presente caso, tendo sido eleita a Câmara de Conciliação, Mediação e 
Arbitragem da Associação Comercial da Bahia, está-se diante de uma cláusula 
compromissória cheia. Caso a construtora se recuse a participar da arbitragem 
ou nomear árbitro, a instituição arbitrai o fará em seu lugar. 
Ademais, o consenso das partes sobre elementos como sede, idioma, número 
deárbitros e lei aplicável não é indispensável para o início da arbitragem. Sua 
definição pode decorrer da própria legislação (como é o caso da lei aplicável, 
a ser identificada consoante as normas do direito internacional privado) ou pelo 
regulamento da instituição arbitrai (como costuma ser o caso do número de 
árbitros). Ademais, na falta de consenso das partes e sendo omissos a lei e o 
regulamento, os árbitros poderão decidir as questões procedimentais de 
acordo com seu prudente arbítrio (Lei n. 9.307/1996, art. 21, § 1°). 
A Alegação 2 também é improcedente. 
É certo que o Código de Processo Civil não se aplica ao processo arbitrai. 
Trata-se de dois sistemas jurisdicionais distintos. 
Por outro lado, o art. 27 da Lei n. 9.307/1996 giza que "a sentença arbitrai 
decidirá sobre a responsabilidade das partes acerca das custas e despesas 
com a arbitragem, bem como sobre verba decorrente de litigancia de má-fé, se 
for o caso, respeitadas as disposições da convenção de arbitragem, se 
houver". Dessa maneira, diversamente do CPC, a Lei de Arbitragem não prevê 
expressamente o pagamento de honorários de sucumbência. 
Ainda assim há quem entenda que a verba sucumbencial é devida em razão 
da incidência dos ads. 22 e 23 da Lei n 8906/1994 (Estatuto da Advocacia e 
da OAB). Outros, porém, preconizam que a Lei de Arbitragem constitui norma 
especial e, ao estabelecer apenas a responsabilidade por custas e despesas, 
consagrou o modelo do reembolso dos honorários contratuais. 
De todo modo, a parte final do citado art. 27 abre espaço para autonomia 
privada. Ali se vê que os árbitros devem observar as disposições constantes 
da cláusula compromissória. Portanto, como não há violação à ordem pública, 
era perfeitamente lícito que as partes pactuassem a aplicação do CPC. 
QUESTÃO 3 (20) 
A Bahia Tec Software Ltda., startup da área de gestão empresarial, firmou 
contrato de investimento com o investidor anjo OG Participações Ltda. 
O contrato estabelecia que eventuais disputas seriam resolvidas por 
arbitragem, a ser conduzida perante o Conselho Arbitrai da Bahia. 
Após a celebração do contrato, a OG verificou que as demonstrações 
financeiras apresentadas pela Bahia Tec durante as negociações estavam 
fraudadas. Ademais, a OG constatou que a tecnologia que a BahiaTec dizia 
ter desenvolvido pertencia, na realidade, a uma sociedade concorrente. 
A OG deu inicio a processo arbitrai a fim obter a anulação do contrato de 
investimento, fundada em alegação de dolo da Bahia Tec. 
A Bahia Tec sustentou que a realização da arbitragem era incompatível com o 
pedido de anulação do contrato. Para tanto, argumentou que, se o contrato 
padecia de invalidado, tal vicio contaminaria a clausula compromissória. 
Pergunta-se: o argumento da Bahia Tec é procedente? 
O argumento da BahiaTec não é procedente. 
De acordo com o art. 8° da Lei n. 9.307/1996, a convenção de arbitragem é 
autônoma em relação ao negócio jurídico a que se refere. Não se aplica a 
parêmia de que accessorium sequitur principale. 
Daí decorre que a eventual inexistência, invardade ou ineficácia de tal negócio 
não contamina a cláusula compromissória. Ao revés, é preciso realizar um 
exame separado da existência, validade e eficácia da convenção arbitrai. 
É possível que, em um dado caso, o mesmo vício se encontre tanto na 
convenção de arbitragem quanto no negócio jurídico referido — por exemplo, 
na hipótese de incapacidade da parte. Porém, não será por extensão que a 
cláusula compromissória ou o compromisso será considerado inexistente, 
inválido ou ineficaz. 
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