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Professora e Enfermeira: Janete Aragão Slide adaptado:Enf. E Prof(a):Rosimeire do Carmo SAÚDE PÚBLICA Histórias das Políticas de Saúde no Brasil SAÚDE PÚBLICA Histórias das Políticas de Saúde no Brasil Antes de 1500 Nativos do Brasil Xamanismo Painel da Saúde População: degenerados e aventureiros Conhecimentos empíricos Inexistência de um modelo de saúde De 1500 (Descoberta do Brasil) até 1808, não tínhamos qualquer infraestrutura de saúde. 1808 - CHEGADA DA CORTE PORTUGUESA Organização de uma estrutura sanitária mínima Assistência Médica formada por boticários Criada a Inspetoria Sanitária de Portos Fundação das academias médico-cirúrgicas do Rio de Janeiro e da Bahia. Dom João VI 1829 – IMPÉRIO Imperad or Junta Central de Higiene Pública-1850 Política sanitária Controle dos portos(quarentena) Juntas MuniciImperadorpais (responsabilidade pe las atribuições sanitárias) ( Hoje prefeituras) Serviços Hospitalares: Entidades Filantrópicas ( Hoje Santas Casas) D. Pedro I 1889 - REPÚBLICA Organização Jurídica-política voltada para burguesia. Coronelismo: interesses capitalistas dominantemente agrários. Varíola, Malária e Febre Amarela: impactos na saúde coletiva e comércio exterior. A febre amarela é uma doença infecciosa aguda. Pode apresentar-se sob duas formas: febre amarela silvestre (FAS), cujos vetores são os mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes, sendo os primatas os principais hospedeiros e o homem, hospedeiro acidental; febre amarela urbana (FAU), que tem como vetor o mosquito Aedes aegypti e o homem como hospedeiro principal. Agente Etiológico: Vírus amarílico do gênero flavivirus. Transmissão: picada do mosquito infectado pelo vírus Manifestações Clínicas: febre, calafrios, cefaléia, dor muscular, náuseas e vômitos. Na forma grave, o indivíduo apresenta icterícia, hematêmese, melena e manifestações hemorrágicas que podem estar ligadas a sinais de insuficiência das funções hepáticas e renais ORGANIZAÇÃO FEDERATIVA REPUBLICANA Governos Estaduais e Municipais Saúde da População Defesa de cidades contra epidemias. Governo Federal Vigilância Sanitária dos portos Polícia Sanitária MODELO SANITARISTA COMPANHISTA Teve início no século XX, com objetivo de sanear as cidades e garantir as exportações agrícolas. A preocupação ainda não era com a saúde, mas com a economia, industrialização e crescimento das metrópoles. Surge a necessidade de atendimento médico previdenciário, voltados para os trabalhadores assalariados e uma medicina voltada para força de trabalho. sanear os espaços de circulação das mercadorias exportáveis ASPECTOS POSITIVOS Momento em que se iniciou medidas para prevenção de doenças e preocupações sanitárias. ASPECTOS NEGATIVOS O acesso a saúde era restrito à alguns privilegiados, enquanto quase a totalidade da população não tinha qualquer assistência médica. Dependiam essencialmente de curandeirismo e de caridades de ordens religiosas. 1904 – INSTITUÍDA A REFORMA OSWALDO CRUZ Serviço de Profilaxia da Febre Amarela Inspetoria de Isolamento e Desinfecção Revolta da Vacina1904 Presidente Rodrigues Alves Polícia Sanitária 1904 combate à malária e à peste 1909 Carlos Chagas – descobre a Doença de Chagas e todo seu processo (doença – vetor – transmissão). fezes Casas de Pau a Pique (casas feitas de barro e madeira) SINAL DE ROMANÃ A FASE CRÔNICA da doença no geral tem início assintomático, evoluindo para comprometimento do coração e do trato digestivo. 1923 – Onde ocorreu a maior parte das revoluções na área da saúde no Brasil Artur Bernardes Nascimento do Departamento Nacional de Saúde Lei Eloy Chaves – criação de uma Caixa de Aposentadoria e Pensões – CAPs para os empregados de cada empresa ferroviária. 1929 – Crise Econômica Internacional Washington Luís Período entre a I Guerra e a II Guerra Mundial Café – principal produto de exportação (acúmulo) Atingiu a Saúde da seguinte forma: Revolução de 1930 – Crise Política Nacional Era Vargas :a Saúde pública foi institucionalizada pelo Ministério da Educação e Saúde Pública; a Previdência social e saúde ocupacional institucionalizada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Expansão dos Benefícios 1932 – IAPs Getúlio Vargas Institutos de Aposentadoria e Pensão Previdência como mecanismo de controle dos trabalhadores (Política compensatória). Os trabalhadores pagavam impostos e em contra partida recebia “saúde” Pontos positivos e negativos do novo modelo voltado saúde do trabalhador do mercado formal ASPECTOS POSITIVOS Com o início do modelo de “assistência pública” um maior número de pessoas pôde ter acesso a saúde de forma gratuita. ASPECTOS NEGATIVOS O investimento na saúde era em grande parte vindo dos trabalhadores, logo muitas pessoas continuaram não tendo acesso a um mínimo necessário de assistência médica. 1941 I CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE Organização sanitária estadual e municipal Ampliação nacional das campanhas contra lepras e tuberculose Desenvolvimento dos serviços básicos de saneamento Plano Nacional de proteção a infância e juventude. 1942 – SESP SERVIÇO ESPECIAL DE SAÚDE PÚBLICA Órgão ligado ao governo Saúde pela saúde – não pela economia 1939 – Regulamentada a Justiça do Trabalho 1943 – Homologada a CLT ( Consolidação das Leis Trabalhistas) 1948 Criado o primeiro CONSELHO DE SAÚDE, considerado o primeiro marco inicial da saúde pública moderna. A partir deste ano, a saúde do povo foi reconhecida como importante função administrativa de governo. Eurico Gaspar Dutra 1951 Vargas é eleito pelo voto popular ASPECTOS POSITIVOS Criam-se ministério que tem como função a busca do bem estar do trabalhador. O acesso a saúde pública chega ao moradores do interior do país. ASPECTOS NEGATIVOS Início do distanciamento do modelo até então implementado. Investimentos na construção de grandes hospitais privados e compra de serviços de saúde caros e ineficientes para demanda da população carente, acaba por instaurar uma crise fiscal no setor da saúde. 1953 CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE Getulio Vargas Lei nº 1.920 – de 25/07/1953 Só em 1953 o Brasil passa a ter o MS. Órgão institucionalizado que visa a saúde 1963 III CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE João Goulart Situação sanitária da população brasileira. Distribuição e coordenação das atividades médico sanitárias nas três esferas do governo. Municipalização dos serviços de saúde. Fixação de um plano nacional de saúde. 1964 – Ditadura Militar João Goulart/Ranieri Mazzilli Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAPs) unificados em INPS (Instituto Nacional de Previdência Social). . MODELO MÉDICO ASSISTÊNCIAL PRIVATISTA No Brasil da ditadura militar o modelo adotado tinha como característica o máximo de centralização político administrativa, exclusão da cidadania e compra de serviços do setor privado. 1966 Humberto Castelo Branco Privatização da Assistência Médica Capitalização do Setor de Saúde 1970 Emílio Garrastazu Médici Criação da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAN) 1977 Ernesto Geisel Lei nº 6.439 institui o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS) responsável por: INPS (Instituto Nacional de Previdência Social INAMPS (Instituto de Assistência Médica da Previdência Social) IAPS (Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social). 1979 – Criação da Associação Brasileira da Pós Graduação em Saúde Coletiva. Ernesto Geisel ASPECTOS POSITIVOS Trabalhadores do campo começam a ter o direito a assistência médica e previdenciária; Criação de Hospitais ASPECTOS NEGATIVOS Altos investimentos em serviços e hospitais privados, gerando sucateamento dasaúde pública, fraude por parte das instituições privadas e calotes. Graves epidemias censuradas pelo regime. 1980 VII Conferência Nacional de Saúde Tancredo Neves/José Sarnei Criado o PREV-SAÚDE (Programa Nacional de Serviços Básico de Saúde). 1982 Criação da CONASS (Conselho Nacional de Secretários da Saúde). 1984 José Sarnei Criação do Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM) 1985 Carta de Montes Claros(MG), marco referencial de um novo movimento municipalista. Plano de ação para erradicação da poliomielite no Brasil e criação do Centro de Informação Científica e Tecnológica (CICT). 1987 José Sarnei Criação dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS). Repasse de recursos federais para Estados e Municípios. 1986 VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE MARCO PARA O SUS Saúde com direito inerente à Cidadania Reformulação do Sistema Nacional de Saúde. Financiamento do Setor de Saúde 1988 Constituição Cidadã Saúde: Direitos de todos e Dever do Estado. Criação do SUS 1990 Fernando Collor Regulamentação do SUS através da “Lei Orgânica da Saúde” (nº 8.080 de 19/09/1990). Lei nº 8.142 de 28/08/1990 – Regulamenta a participação da comunidade na gestão do SUS e as transferências intergovernamentais de recursos financeiros a área da saúde. Instituição de Conselhos de Saúde; -CONASS :Conselho Nacional de Secretários de Saúde -CONASEMS. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 1993 Itamar Franco Extinção do INAMPs Criação de NOBS-Norma Operacional Básica 1994 Criação do Programa de Saúde da Família (PSF). 1999 Fernando Henrique Cardoso Criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) 2003 Lançado o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) 2007 Assinada a portaria 204 que muda a forma e repasse de recursos aos Estados e Municípios, conforme o Pacto pela saúde. 2008 Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Núcleo de Apoia à Saúde da Família (NASF). O PSF passa a ser conhecido com Estratégia de Saúde da Família. luiz inácio lula da silva Atual...