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Trabalho Sobre Manifestações Artísticas na Educação Infantil

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 TEMA: ARTE E CULTURA INDÍGENA....................................................................4
3 PROPOSTAS DE TRABALHO.................................................................................6
4 CONCLUSÃO.......................................................................................................... 9
1REFERÊNCIAS	��0
	
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INTRODUÇÃO
Neste trabalho, serão abordadas as manifestações culturais na educação infantil, para isso, foi escolhido o tema Arte e Cultura Indígena, e também a cultura regional de Mato Grosso, aplicado na educação infantil, de maneira interdisciplinar, trabalhando a ludicidade, arte, cultura e literatura, visando o desenvolvimento das habilidades, introdução ao mundo letrado e ampliação dos conhecimentos dos alunos no âmbito cultural. Os planos de aulas trazem atividades que trabalham a coordenação motora, movimentos através da música e dança conhecimento da cultura e dos instrumentos musicais indígenas, além dos livros de literatura infantil, que abordam esses assuntos.
 Os recursos multimídias auxiliam muito no aprendizado das crianças, por isso a proposta conta com vídeos que retratam como é o estilo de vida indígena, as suas brincadeiras, a alimentação etc. e também sobre o Siriri, uma das danças regionais mais populares do Mato Grosso, muito colorida, divertida e simples de ser realizada, adequada para as práticas pedagógicas na educação infantil.
 O projeto foi organizado para ser realizado no período total de 04 dias, o teatro é trabalhado através da encenação da lenda do Curupira, uma história muito em rica em elementos culturais, e que também aborda a consciência ambiental, a proposta também traz uma atividade de artesanato, onde os alunos tem a oportunidade de fabricar um instrumento indígena muito usado: o Chocalho. As atividades que envolvem manifestações culturais e artísticas na educação infantil, contribuem de forma ampla no desenvolvimento das habilidades sociais, emocionais, motoras e cognitivas das crianças.
tema: arte e cultura INDÍGENA.
Trabalhar arte, cultura e literatura de forma integrada e interdisciplinar na educação infantil facilita a reconstrução dos significados do mundo para a criança, é através do simbólico que a criança aprende e reinterpreta os significados que ela já adquiriu, com o convívio social e com a família. De acordo com Corsaro (2002):
[...] o processo é reprodutivo no sentido em que as crianças não só internalizam individualmente a cultura adulta que lhes é externa, mas também se tornam parte da cultura adulta, isto é, contribuem para a sua reprodução através das negociações com adultos e da produção criativa de uma série de culturas de pares com as outras crianças (p. 115).
É através das brincadeiras, da arte, do teatro, da dança, da literatura e a magia dos contos, onde os animais ganham vida, representando a sociedade humana, que as crianças vão entendendo o mundo e se apropriando dos conhecimentos, seja na escola ou em casa com a família. O trabalho docente na educação infantil precisa ser elaborado dentre desse contexto, levando em consideração os conhecimentos prévios e respeitando cada fase de desenvolvimento infantil.
Também a BNCC, documento norteador para o trabalho docente, traz como uma das 10 competências gerais para a educação básica “valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural”, ou seja, a escola é o principal lugar para a criança aprender sobre as matrizes culturais e os elementos que formam o povo brasileiro, desenvolvendo o respeito à diversidade, e a consciência multicultural.
No Mato Grosso predominam as influências culturais de origem africana, portuguesa, espanhola, indígenas e chiquitana, nos instrumentos a viola de coxo, o Bombo, o Tarol, o Chocalho e os instrumentos de sopro, na dança, as mais conhecidas são o Cururu e o Siriri, que não tem origem definida, mas que misturam elementos da cultura e religiosidade europeia e indígena. Também está situado no Mato Grosso, o parque Indígena do Xingu, onde se concentram vários povos de etnias e línguas diferentes, mas que tem semelhanças na visão de mundo e no modo de vida. 
Os indígenas marcaram a historia do Brasil com sua cultura, arte, religião e crenças, através das lendas e mitos, que são passados oralmente de geração para geração, com a finalidade de ensinar as regras aos mais jovens e preservar a cultura. Os costumes são amplos e diversificados, devido á grande quantidade de etnias, mas no geral, os indígenas tem um estilo de vida simples, são hábeis artesãos, transformam o que a natureza lhes oferece para produzir seus artefatos e cobrir somente as necessidades cotidianas, desenvolvem seus próprios acessórios, fabricam suas armas, arcos e flechas, facas, panelas, redes, cestos, adornos, etc.
Levando em consideração o trabalho interdisciplinar na sala de aula, as atividades possuem temas relacionados à cultura regional, arte, literatura e cultura indígena, com a confecção de instrumentos, neste caso o Chocalho, a representação de lendas na forma de teatro, e também com ensaios e apresentações de uma das danças folclóricas regionais mais conhecidas, o Siriri, que é dançado por homens, mulheres e crianças do seguinte modo: ao som da viola de cocho e de toadas, os dançarinos parecem estar fazendo brincadeiras indígenas, fazendo pares em rodas ou em filas, as mulheres agitam suas saias longas e coloridas, batendo os pés no chão, geralmente descalços, já os homens dançam usando sapatos para fazer barulhos com pisadas fortes e batem palmas.
pROPOSTAS DE TRABALHO.
ATIVIDADE 01
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA: Escola de educação infantil (EMEI) Criança Feliz.
TEMA DA ATIVIDADE: Arte e Cultura Indígena
TURMA: Pré Fase II
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 01 dia
NOME DA ATIVIDADE: Chocalho.
OBJETIVO GERAL: Ampliação do conhecimento sobre a cultura indígena.
OBJETIVO ESPECÍFICO: Desenvolvimento das habilidades manuais e motoras, aprender a fazer arte com reciclagem e conhecimento da arte indígena.
METODOLOGIA: Iniciar a aula com a leitura do livro “Descobrindo o Xingu”. Trazer para a aula vídeos sobre instrumentos indígenas, explicar o material que eram feitos, geralmente coco, cabaça, cupuaçu etc. Distribuir uma garrafa pet descartável (500 ml) para cada criança, disponibilizar tinta guache e pincel, cada criança deverá pintar a garrafa conforme seu entendimento de pintura indígena, depois encher as garrafas com pedrinhas, para fazer um chocalho.
RECURSOS: Livro de literatura infantil “Descobrindo o Xingu”, do autor Marco Hailer, vídeos de instrumentos e danças indígenas, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YS2bqnM-4UE, e https://www.youtube.com/watch?v=2VIkhQBI9AA&t=680s, garrafa pet de 500 ml vazia, tinta, pincel e pedrinhas.
AVALIAÇÃO: A avaliação deve ser um processo contínuo e sem o objetivo de promoção, nesta atividade, observação e registro das capacidades motoras de cada criança, no desenvolvimento da pintura e na habilidade de colocar as pedrinhas dentro da garrafa, e também como aprenderam sobre outras culturas. 
REFERÊNCIAS: 
HAILER, Marcos. Descobrindo o Xingu. Editora: Carochinha, 2019.
https://www.youtube.com/watch?v=2VIkhQBI9AA&t=680s Acesso em 29/04/2019.
https://www.youtube.com/watch?v=YS2bqnM-4UE Acesso em 29/04/2019.
https://www.youtube.com/watch?v=j8AcriiK5n0 Acesso em 29/04/2019.
3Aindios-brasileiros-instrumentos-musicais" �http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&id=937% 
3Aindios-brasileiros-instrumentos-musicais� Acesso em 02/05/2019
ATIVIDADE 02
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA: Escolade educação infantil (EMEI) Criança Feliz.
TEMA DA ATIVIDADE: Arte e Cultura Indígena
TURMA: Pré Fase II
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 01 dia
NOME DA ATIVIDADE: Lenda do Curupira.
OBJETIVO GERAL: Aprender sobre o folclore regional.
OBJETIVO ESPECÍFICO: Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas com o teatro e música, e conscientização ambiental.
METODOLOGIA: Exibição do vídeo sobre a lenda do curupira. Explicar o que são lendas do Folclore brasileiro. Entregar folhas de sulfites com as máscaras do curupira, lenhador e demais animais para as crianças pintarem e recortarem, após isso, organizar a turma em dois personagens principais, o curupira e o lenhador, o restante da turma serão animais da floresta, as araras, macaco, quati, tatu etc. A atividade se resume na narração dos fatos pela professora enquanto as crianças fazem a encenação do teatro.
RECURSOS: Vídeo da lenda do curupira, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gKpiIzfNQA8, desenhos impressos das máscaras dos animais, do lenhador e do curupira, lápis de cor e tesoura.
AVALIAÇÃO: A avaliação deve ser um processo contínuo e sem o objetivo de promoção, nesta atividade, observação e registro das manifestações artísticas de cada criança e de como foi a interação entre os pares.
REFERÊNCIAS:
https://www.youtube.com/watch?v=gKpiIzfNQA8
 ATIVIDADE 03 
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA: Escola de educação infantil (EMEI) Criança Feliz.
TEMA DA ATIVIDADE: Arte e Cultura Mato-grossense.
TURMA: Pré Fase II
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 03 dias.
NOME DA ATIVIDADE: Vamos dançar Siriri?
OBJETIVO GERAL: Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida. 
OBJETIVO ESPECÍFICO: Criar com o corpo formas diversificadas de expressão, de sentimentos, sensações e emoções através da dança regional, o Siriri.
METODOLOGIA: Iniciar a aula com a leitura do livro 	 “Girafas não sabem dançar”, em seguida apresentar o vídeo “Siriri Flor ribeirinha”, preparar os alunos para ensaio vestindo as meninas com saias coloridas, e os meninos com sapatos para fazer uma espécie de sapateado, ao dançar as meninas balançam as saias e batem com os pés no chão e os meninos acompanham com palmas e pisadas fortes. Para a apresentação, usar a música do vídeo.
RECURSOS: Livro de literatura infantil: Girafas não sabem dançar, do autor Giles Andreae, vídeo: Siriri Flor ribeirinha, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DDchZuDmEH0, saias coloridas, ou figurino próprio para a dança Siriri e Cururu.
AVALIAÇÃO: A avaliação deve ser um processo contínuo e sem o objetivo de promoção, nesta atividade, observação e registro das expressões e sentimentos das crianças, como foi a interação social e o trabalho em equipe.
REFERÊNCIAS:
ANDREAE, Giles; PARKER-REES, Guy. Girafas não sabem dançar. Editora Cia das Letrinhas, 2009.
https://www.youtube.com/watch?v=DDchZuDmEH0. Acesso em 29/04/2019.
CONCLUSÃO
Mesmo que os povos indígenas tenham sua própria territorialidade separada, a cultura indígena é tão enraizada no Brasil, que já não é mais possível separá-la do povo brasileiro, através das palavras do dia a dia, da cultura, das lendas e mitos, dos nomes dos lugares e cidades, das comidas típicas, das plantas e dos rios, os primeiros povos a habitar o lugar em que vivemos, são uma parte viva da nossa história e cultura. Por vezes essa cultura é inferiorizada e esquecida, até mesmo dentro do contexto escolar, pois o trabalho pedagógico envolvendo a cultura indígena é pouco pautado na educação infantil, resumindo-se ás vezes em uma simples pintura de um desenho, assim, essa proposta de trabalho, em concordância com a BNCC, teve como objetivo mostrar atividades que realmente resgatassem essa cultura tão presente em nosso país, e mais ainda no estado do Mato Grosso.
O Siriri e o Cururu são danças folclóricas da região Centro Oeste e fazem parte da cultura de mato grosso, trabalhar com dança na educação infantil é importante para o desenvolvimento das habilidades motoras, sociais e cognitivas das crianças, além de incentivar e resgatar a cultura regional.
Como futuros pedagogos, precisamos relacionar as práticas pedagógicas com o que é enfatizado na Base Nacional, assim, ao elaborar as propostas de trabalho, aprendemos que é preciso muita pesquisa, reflexão e planejamento, contribuindo para a ampliação do conhecimento acadêmico nos campos da literatura, cultura, artes e ludicidade na educação infantil.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf, 2016. Acesso em 20/04/2019. 
CORSARO, W. A. A reprodução interpretativa no brincar ao faz-de-conta das crianças. Educação, Sociedade e Cultura, Porto, Portugal, 2002.
https://www.coladaweb.com/cultura/cultura-indigena. Acesso em 10/04/2019.
https://viagem.uol.com.br/ultnot/2008/09/04/ult4466u393.jhtm. Acesso em 21/04/2019.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_Mato_Grosso acesso em 26/04/2019.
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Xingu acesso em 26/04/2019.
pedagogia
keila FERNANDA DOMINGOS MEIRA 
mirian bevente gardas
ARTE E CULTURA INDÍGENA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Sinop-MT
2019
keila FERNANDA DOMINGOS MEIRA 
mirian bevente gardas
ARTE E CULTURA INDÍGENA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Pedagogia apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Educação e Artes Letramentos e Alfabetização Literatura Infantojuvenil Ludicidade e Educação Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Práticas de Alfabetização e Letramento Estágio Curricular em Pedagogia I: Educação Infantil
Orientador: Prof. Andressa Aparecida Lopes; Edneia de Cassia Santos Pinho; Jackeline Rodrigues Gonçalves Guerreiro; Natália da Silva Bugança; Natália Gomes dos Santos; Tatiane Mota dos Santos Jardim. Luciane Batistella Bianchini.
Sinop-MT
2019

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