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Texto 1:
Título: O que é Esporte?
 Um “novo (?)” conceito de Esporte
Durante longo período, o mundo entendeu o esporte somente pelo aspecto do rendimento. As perspectivas eram as mais sombrias para o esporte em geral, embora algumas modalidades já profissionalizadas, como o futebol, apresentassem grande progresso técnico e crescente interesse por parte da população. As grandes dúvidas da época eram: será que as Olimpíadas continuarão a existir? Qual o valor social do esporte, atualmente tão deturpado? Os exageros cometidos quando o esporte era entendido somente pela ótica do rendimento, ou da performance, contudo, provocaram reações expressivas, que podem ser reunidas em três grandes movimentos: o da intelectualidade internacional, inconformada com os rumos perversos que o esporte vinha tomando; o dos organismos internacionais ligados ao esporte, que passaram a publicar manifestos; e o Trimm, movimento nascido na Noruega, que depois recebeu o nome de Esporte para Todos. Talvez inspirado nos diversos posicionamentos de intelectuais, Philiph Noél-Baker, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1959, assinou em 1964, logo após os Jogos Olímpicos de Tóquio, o Manifesto do Desporto. Esse documento reconheceu pela primeira vez a existência de outras manifestações esportivas além do esporte de rendimento. Em seu texto, admitia também a existência de um esporte escolar e de um esporte do homem comum, que tinham conteúdos diferentes. É evidente que o debate sobre o esporte aumentou e ganhou novas luzes. O movimento Esporte para Todos que recebeu diversos nomes — Participation no Canadá, Éducation Physique pour Tous na França, Trimm na Alemanha, Deporte con Todos na Argentina —, muito contribuiu para a democratização da prática esportiva, pois popularizou o esporte, permitindo que as pessoas sem grande talento chegassem também a praticá-lo. Mas o esporte ampliou o seu conceito quando finalmente, em 1978, a Unesco publicou a Carta Internacional de Educação Física e Esporte, que, no seu primeiro artigo, estabelecia que a atividade física ou prática esportiva era um direito de todos, assim como a educação e a saúde. Esse documento atualmente serve como referência em todos os países do mundo, e já provocou modificações profundas no papel do Estado diante do esporte, possibilitando até a inclusão do tema nos textos constitucionais, como aconteceu no Brasil, na Constituição de 1988. Pode-se afirmar que, depois da publicação desse documento pela Unesco, o mundo passou a aceitar um novo conceito de esporte. Nesse contexto renovado, desenvolvido a partir do pressuposto de direito de todas as pessoas, independentemente de sua condição, muitos tiveram acesso às práticas esportivas. Assim, o esporte, como um direito de todos, pode ser entendido atualmente pela abrangência das suas três manifestações: o esporte-educação, o esporte-participação e o esporte-performance. Essas manifestações representam as dimensões sociais do esporte. O esporte-educação, também chamado de esporte educacional, não deve ser compreendido como uma extensão do esporte-performance para a escola. Ao contrário, em vez de reproduzir o esporte de rendimento, esta manifestação deve ser mais um processo educativo na formação dos jovens, uma preparação para o exercício da cidadania. O esporte-educação tem um caráter formativo. Por isso, ele deve ser desenvolvido na infância e na adolescência, na escola e fora dela, com a participação de todos, evitando a seletividade e a competição acirrada. É no esporte-educação que se percebe o aspecto do esporte de maior conteúdo socioeducativo. Ele se baseia em princípios educacionais, como participação, cooperação, co-educação, integração e responsabilidade.
O esporte-participação ou esporte popular, por sua vez, se apoia no princípio do prazer lúdico, no lazer e na utilização construtiva do tempo livre. Esta manifestação esportiva não tem compromisso com regras institucionais ou de qualquer tipo e tem na participação o seu sentido maior, podendo promover por meio dela o bem-estar dos praticantes, que é a sua verdadeira finalidade. O esporte-participação, pelo envolvimento das pessoas nas atividades prazerosas que oferece, ainda proporciona o desenvolvimento de um espírito comunitário, de integração social, fortalecendo parcerias e relações pessoais. Ele propicia o surgimento de uma prática esportiva democrática, já que não privilegia os talentos, permitindo o acesso de todos.
 	É a manifestação do esporte que mais se aproxima do jogo, sem esquecer a sua ligação com a saúde.
Finalmente, o esporte-performance ou de rendimento, que muitos chamam de esporte de alto nível ou alta competição, foi a manifestação esportiva que norteou o conceito de esporte durante muito tempo, e hoje representa apenas uma parte da abrangência desse conceito. Foi a partir do esporte de rendimento que surgiram o esporte olímpico e o esporte como instrumento político-ideológico. O esporte de rendimento é disputado obedecendo rigidamente às regras e aos códigos existentes, específicos de cada modalidade esportiva.
Por isso é considerado um tipo de esporte institucionalizado, do qual fazem parte federações internacionais e nacionais que organizam as competições no mundo todo. O esporte do ponto de vista comercial, depois de uma profunda crise, devido ao seu grande envolvimento com a política, o esporte de rendimento, justamente no momento em que se tornou apenas uma parte do conceito de esporte, revigorou-se extraordinariamente. O que teria provocado essa revitalização? O crescimento notável dos meios de comunicação de massa, a percepção das competições esportivas como espetáculo, a existência de um número considerável de ídolos esportivos e a certeza de que o esporte também pode vender com sucesso produtos e serviços fizeram com que os investidores voltassem suas atenções para os eventos esportivos. Hoje, atletas, equipes e competições são patrocinadas por grandes empresas, espaços para propaganda nos locais de competição, uniformes e equipamentos são comercializados, e a mídia se ocupa cada vez mais da transmissão do noticiário e da divulgação das coisas do esporte. Essa integração com a mídia deu origem a um processo seletivo das modalidades, com base nas possibilidades de cada uma em termos de espetáculo. A preferência pelo espetáculo esportivo é uma das características mais visíveis do esporte de rendimento. 
As modalidades esportivas de pouco impacto em matéria de espetáculo definham, enquanto aquelas que podem tornar-se grandes shows para o público em geral, principalmente via televisão, crescem a olhos vistos. A televisão promove uma quantidade reduzida de esportes, embora o número de horas de transmissão de eventos esportivos seja crescente. A TV se interessa em transmitir principalmente esportes que tenham estreita relação com o perigo da morte (automobilismo, motociclismo, boxe, esqui), esportes coletivos (futebol, basquete, vôlei, futebol americano) e aqueles envolvidos em fortíssimos esquemas comerciais (o tênis é o melhor exemplo). As demais modalidades, como o atletismo, enfrentam dificuldades, e aos poucos, na busca de chegar à tela da televisão, vão se integrando a circuitos de competições, os chamados meetings, ao estilo do tênis e do automobilismo. Os macros eventos, como as Olimpíadas, continuam despertando grande interesse comercial. Por outro lado, nos demais eventos esportivos, das outras modalidades, que também dependem de patrocínio comercial, a mídia encarrega-se apenas da divulgação de informações antes, durante e depois dos eventos. As próprias regras esportivas têm-se modificado em função da necessidade de adaptação à televisão, que só se interessa por espetáculos. O mundo dos negócios do esporte é imensurável. Surgiram empresas promotoras de eventos esportivos, a cada dia acontecem novas competições, muitas até levando os nomes de seus patrocinadores, e a indústria relacionada ao esporte crescem aceleradamente, sobretudo nos setores de equipamentos e vestuário.
 	O resultado da revigoraçãodo esporte devido ao seu aspecto comercial foi a multiplicação dos eventos esportivos e o aumento do número de praticantes. No esporte-participação e no esporte-educação, esse aspecto comercial existe, mas de uma forma tímida, sem ser indispensável. O esporte-performance, contudo, tornou-se irremediavelmente dependente dos esquemas comerciais. Para alcançar o sucesso, essa manifestação esportiva precisa de ídolos, os chamados "deuses dos estádios", e de grandes espetáculos. 
O avanço da tecnologia tem conseguido estender o espetáculo para fora do contexto esportivo, evidenciando detalhes de grande interesse para o público, como as emoções, os fatos paralelos, os bastidores e tudo que possa causar sensação. No tempo do ideário olímpico, o grande problema era o profissionalismo. Todos conhecem o caso do índio americano Jim Thorpe, que perdeu a sua medalha olímpica porque foi acusado de ter recebido uma recompensa em dinheiro. O brasileiro Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico, não pôde receber uma casa como prêmio porque perderia o seu título. Mais tarde, quando a política tomou conta do esporte, até então essencialmente olímpico, o profissionalismo passou a existir de uma forma velada, e o esporte transformou-se no estandarte da disputa ideológica entre capitalismo e socialismo. Hoje, superada essa fase política, com o surgimento do aspecto comercial do esporte, o maior problema passou a ser a predominância do mercantilismo sobre a antiga ética esportiva construída no tempo do esporte essencialmente olímpico. A ética esportiva, constituída pela comunhão entre o associacionismo e o fair-play, não tem mais conseguido nortear os fatos esportivos depois que o conceito de esporte se ampliou e os interesses comerciais passaram a dominar a situação. A expectativa da comunidade esportiva e da intelectualidade internacional é que a ética do esporte seja reconstruída por meio da concepção de um renovado espírito esportivo. A indústria do esporte e a arquitetura esportiva A prática de esportes exige muitas vezes a utilização de artigos esportivos (uniformes, sapatilhas, pranchas de surfe, bolas etc.), além de equipamentos e instalações específicas. Os fabricantes desses produtos constituem a chamada indústria do esporte. Essa indústria se renova continuamente, acompanhando a evolução de cada esporte e os avanços tecnológicos. Uma observação interessante é que o mercado esportivo cresce sem parar, e esse fato tem levado a indústria do esporte a um desenvolvimento ininterrupto nos últimos vinte anos, em quantidade de produção e principalmente em diversificação de produtos. As instalações esportivas, por sua vez, são a cada dia mais perfeitas quanto aos aspectos de segurança, praticidade e conforto. Da convergência desses aspectos surgiu a necessidade de criar formas objetivas e funcionais para essas instalações, o que propiciou o nascimento de uma arquitetura esportiva especializada na construção de ginásios, estádios e outras instalações destinadas ao esporte. Esse tipo de arquitetura acabou se transformando em mais um importante campo de atuação para os melhores arquitetos do mundo.
Referência:
Tubino, Manuel José Gomes, 1939- 0 que é esporte / Manuel Tubino. — são Paulo : Brasiliense, 1999. — (Coleção primeiros passos ; 276) l* reimpr. da 1. ed. de 1993. ISBK 85-11-01276-1 1. Esportes I. Titulo. II. série.
Texto 2:
Título: Como diferenciar o esporte de outras práticas corporais?
Quase todo o dia aparece alguma notícia sobre uma nova modalidade de esporte que, à primeira vista, parece ser bem diferente das que nos acostumamos a ver ou a praticar. Mas será que esta “nova” modalidade é mesmo diferente das que já existem? Quando vemos na TV os atletas em disputa, especialmente em ano de Olimpíada, é possível perceber que alguns esportes são bem diferentes de outros, mas também dá para notar que vários deles são bem parecidos. E é exatamente isto que vamos estudar! Para começar a dar conta dessa tarefa, precisamos conhecer as características dos esportes que vão nos ajudar a entender melhor as semelhanças e diferenças entre eles.
Painel de fotografias 1
Afinal de contas, o que é esporte?
Primeiro tente responder a seguinte pergunta: que é um esporte? Será que toda vez que mexemos o corpo estamos praticando algum tipo de esporte? Faça a Atividade nº 1. Olhando a lista das práticas corporais a seguir, quais delas você acha que são esportes e quais você acha que não são? Anote os nomes ou os números correspondentes em cada coluna no quadro abaixo da lista e não se esqueça de dizer por que você pensa assim.
	1. Amarelinha
	6. Musculação
	2. Atletismo
	7. Passear com o cachorro
	3. Caminhada
	8. Subir escadas
	4. Exercícios abdominais
	9. Tacobol
	5. Futebol
	10. Voleibol
	São esportes
	Não são esportes
	
	
Jogos esportivos
Mesmo tendo disputa entre equipes para ver quem ganha e regras de funcionamento bem definidas, os jogos esportivos são aqueles que não possuem associações, federações ou confederações que regulem a prática e a forma de competição, ou seja, ainda não são considerados esportes porque não têm regras “oficializadas” por alguma instituição.
Atividade nº 2 – Relacione a primeira coluna com a segunda, marcando com o número correto cada uma das definições sobre movimento humano (coluna da direita) e seus respectivos termos (coluna da esquerda).
	(1)
Atividade física
	( ) Prática corporal realizada de forma planejada e sistemática, de frequência e intensidade definidas, com o objetivo de melhorar ou manter a condição física.
	(2)
Exercício físico
	( ) Manifestação da cultura corporal de movimento, orientada pela comparação de um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos (adversários); regida por um conjunto de regras institucionalizadas por organizações (associações, federações e confederações esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento da modalidade em todos os níveis de competição.
	(3)
Jogo
	( ) Qualquer movimento produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em um gasto de energia física acima do basal.
	(4)
Esporte
	( ) Atividade voluntária exercida dentro de determinados limites de tempo e espaço, e se caracteriza, basicamente, pelo seguinte: criação e alteração de regras pelos próprios participantes, obediência de cada participante ao que foi combinado coletivamente e apreciação do ato de jogar sem qualquer interesse em um resultado final.
REFERÊNCIA:
Gonzalez , F. J.; Fraga A. B. Um passeio pelo mundo dos esportes. Lições do Rio Grande: livro do aluno – ensino fundamental 7ª e 8ª séries, Porto Alegre, v. 2, p. 61 – 62, 2009.
Texto 3:
Título: Classificando os esportes – Parte I
As lógicas do esporte
O futebol, independentemente do lugar onde se joga, tem características que não mudam. Por exemplo, ele é sempre um esporte coletivo, os jogadores de um time sempre podem se intrometer na jogada do adversário para “roubar” a bola, e avançar em direção ao gol. Estas características fazem parte da lógica interna do esporte.
Mas algumas características mudam quando o futebol é praticado em outras partes do mundo. Nos Estados Unidos da América (EUA) o futebol, que eles chamam de soccer para diferenciar do futebol americano, é considerado um esporte feminino e não é muito popular, bem diferente do que ocorre aqui no Brasil, onde a prática do futebol pelas mulheres é recente e foi até mesmo proibida tempos atrás. Tais características pertencem à lógica externa do esporte.
É importante destacar que as características que nos levam a classificar os esportes de acordo com a lógica interna estão fortemente ligadas ao que está previsto nas regras. Por isso, você deve estar atento ao que vale e ao que não vale fazer em cada modalidade, por exemplo, ver se precisa ou não formar equipes para a disputa de uma partida ou prova (relação de colaboração) e, especialmente, vocêdeve estar bem ligado no modo como adversários se enfrentam (relação de oposição). Esta tarefa não é nenhum bicho de sete cabeças, mas vai exigir de você muita concentração!
Relação de colaboração
Os esportes podem ser divididos entre aqueles em que é necessário formar equipes para as disputas (esportes coletivos) e aqueles em que o atleta não pode contar com a colaboração de companheiros durante uma partida ou prova (esportes individuais). No “Painel de fotografias 2” temos duas colunas com imagens de modalidades esportivas. Na coluna à esquerda estão os esportes futsal, ginástica rítmica por equipes, vôlei, nado sincronizado, cujo desempenho dos participantes em uma partida ou prova depende da colaboração de todos os membros da equipe. Alguém até pode se destacar mais do que os outros em uma equipe, mas não consegue fazer isto sem contar com a ajuda dos companheiros. Já nos esportes agrupados na coluna da direita (saltos ornamentais, judô, taekwondo, boliche) o atleta tem que se virar sozinho para se desempenhar bem durante uma partida ou prova.
Mas atenção! Existem esportes que possuem algumas provas (ou modalidades) coletivas e outras individuais. No atletismo, por exemplo, existe a prova dos 4x100 metros rasos (coletiva) e a prova dos 800 metros rasos (individual). O tênis tem a modalidade de duplas (coletiva) e simples (individual). A maioria das provas do remo é coletiva (em duplas, quartetos e tem a prova “oito com timoneiro”, que além dos oito remadores tem mais um que só fica ajudando a orientar o barco), apenas uma das provas do remo é individual (single skiff). Além desses, há outros tantos casos parecidos no mundo dos esportes. Por isso, quando analisamos as características de um esporte é preciso estar sempre atento às diferentes formas de competir.
“Painel de fotografias 2”
Coletivos				Individuais
Atividade 1 – Tomando como referência o critério “relação de colaboração” e de acordo com a lista de modalidades sugerida logo abaixo, quais delas são coletivas e quais são individuais?
Coletivo
	1. Revezamento 4x50m nado livre
	10. Ginástica rítmica por equipes
	19. Remo (quarteto)
	2. Badminton (duplas)
	11. Golfe
	20. Rúgbi
	3. Boxe
	12. Levantamento de peso
	21. Saltos sincronizados
	4. Karatê
	13. Handebol
	22. Saltos ornamentais
	5. Críquete
	14. Luta greco-romana
	23. Dardo-de-salão
	6. Esgrima
	15. Nado sincronizado
	24. Skate
	7. Futebol
	16. Pádel
	25. Softbol
	8. Futsal
	17. Peteca
	26. Squash (simples)
	9. Ginástica artística
	18. Polo-aquático
	
	
	Coletivos
	Individuais
	
Esportes
	
	
Relação de oposição
Avaliar as modalidades esportivas com base no modo como os adversários se enfrentam (relação de oposição) não é muito simples. Mas se você tiver em mente que uma atividade só é esporte quando há disputa entre adversários, já começa a ficar mais fácil de entender. Se não tiver adversário, não tem como comparar desempenhos entre atletas ou equipes numa prova ou numa partida.
E se não houver prova ou partida, não dá para saber quem ganhou. Portanto, uma das principais características do esporte é a existência de adversários.
Entretanto, o modo como os adversários se enfrentam muda de acordo com o tipo de interação permitida entre eles durante uma prova ou partida. Em alguns esportes os adversários podem interferir diretamente na ação uns dos outros o tempo todo. Quem participa destas modalidades precisa estar sempre adaptando o jeito de agir, tanto para atacar quanto para defender, de acordo com as ações do adversário. O futsal, voleibol, tênis simples e de dupla, judô, taekwondo, por exemplo, fazem parte deste conjunto, que vamos chamar de esportes COM interação entre adversários.
Já em esportes como o boliche, ginástica rítmica por equipe, nado sincronizado, remo, entre outros, não é permitido, de forma nenhuma, qualquer tipo de interferência na movimentação corporal dos adversários. Esta lógica se aplica às modalidades em que os competidores realizam a prova separadamente, e também àquelas em que os concorrentes realizam as provas ao mesmo tempo.
Na prova dos 100 metros rasos do atletismo, por exemplo, os atletas correm um do lado do outro, mas nenhum deles pode invadir a raia do adversário para “atrapalhá-lo”. É por isso que estas modalidades fazem parte do conjunto chamado esportes SEM interação entre adversários.
Outro detalhe bem importante, não precisa existir contato físico para haver interação entre adversários.
Numa partida de tênis cada jogador só pode atuar no seu lado da quadra, não pode invadir o lado do adversário nem tocar nele, mas a sequência de ações de um interfere diretamente nas ações do outro. Por exemplo, para responder bem qualquer ataque adversário, um tenista precisa adaptar sua movimentação corporal de acordo com a direção e velocidade da bola; precisa se deslocar a tempo de alcançá-la e rebatê-la para o outro lado da quadra de um modo que dificulte a devolução do seu oponente. E assim por diante, até que alguém faça um ponto. Não há contato físico entre tenistas adversários, mas há interação entre eles porque as jogadas de um afetam as jogadas do outro. Veja mais alguns exemplos de esportes COM e SEM interação entre adversários no “Painel de fotografias 3”.
“Painel de fotografias 3”
	COM Interação entre adversários
	SEM interação entre adversários
	
	
Atividade 2 – De acordo com a lista de modalidades sugerida abaixo, quais delas têm interação direta entre adversários e quais não têm?
	1. Revezamento 4x50m nado livre
	10. Ginástica rítmica por equipes
	19. Remo (quarteto)
	2. Badminton (duplas)
	11. Golfe
	20. Rúgbi
	3. Boxe
	12. Levantamento de peso
	21. Saltos sincronizados
	4. Karatê
	13. Handebol
	22. Saltos ornamentais
	5. Críquete
	14. Luta greco-romana
	23. Dardo-de-salão
	6. Esgrima
	15. Nado sincronizado
	24. Skate
	7. Futebol
	16. Pádel
	25. Softbol
	8. Futsal
	17. Peteca
	26. Squash (simples)
	9. Ginástica artística
	18. Polo-aquático
	
	
	
	
	
	COM interação entre adversários
	SEM interação entre adversários
	
Esportes
	
	
Referência:
Gonzalez , F. J.; Fraga A. B. Um passeio pelo mundo dos esportes. Lições do Rio Grande: livro do aluno – ensino fundamental 7ª e 8ª séries, Porto Alegre, v. 2, p. 63 – 68, 2009.
Texto 4:
Título: Classificando os esportes – Parte II
Os tipos de esportes
A partir de agora, iremos aprender a diferenciar os tipos de esporte existentes dentro de cada uma das lógicas: com e sem interação. Para dar conta desta tarefa, você vai precisar entender, no caso dos esportes sem interação, o que está sendo avaliado quando atletas ou equipes adversárias se enfrentam numa prova. Por exemplo, é quem salta mais longe ou quem salta com mais estilo? Já no caso dos esportes com interação, para poder diferenciar um tipo do outro, você vai precisar se ligar naquilo que um único atleta (nos esportes individuais) ou um atleta juntamente com seus companheiros de equipe (nos esportes coletivos) precisam fazer para conseguir superar os adversários. Por exemplo, tem que pôr a bola na meta adversária (gol ou cesta) ou percorrer o maior número de bases? Assim, quando prestamos atenção nas características que permitem a comparação entre adversários numa prova ou partida, podemos agrupar os esportes em sete tipos diferentes (três dentro do conjunto sem interação e quatro dentro do conjunto com interação).
Tipos de esportes dentro do conjunto SEM interação entre adversários
Nesse conjunto de esportes dá para identificar três tipos de modalidades quando prestamos atenção no “aspecto do movimento” que se compara para ver quem ganhou uma prova.
Vamos tomar como exemplo o “salto em distância” no atletismo e o “salto sobre a mesa” na ginástica artística. Tanto numa quanto noutra modalidade o desempenho no salto é o que define o ganhador, mas como dá para notar nos gráficos abaixo, oaspecto do movimento avaliado em cada uma das provas é bem diferente. Na prova do salto em distância do atletismo se compara quem saltou mais longe (marca alcançada), enquanto que no “salto sobre a mesa” na ginástica artística se avalia o estilo do salto (grau de dificuldade das acrobacias e beleza do movimento). Ambas pertencem ao conjunto dos esportes sem interação, pois os adversários não podem interferir na ação uns dos outros, mas não são do mesmo tipo porque avaliam aspectos diferentes do movimento de saltar.
Atletismo – O salto em distância que deu o ouro a
Maurren Maggi nos Jogos Olímpicos de Pequim
No salto em distância são permitidas três tentativas para cada atleta na fase classificatória, e depois mais três tentativas na fase final para os oito participantes que conseguiram as melhores marcas válidas. Ganha quem conseguir atingir a maior marca entre todos os saltos válidos realizados em todas as etapas da prova.
Maurren abriu a prova com um salto descrito por ela como “quase” perfeito. Seu pé direito ficou a milímetros do limite da tábua que demarca o ponto máximo para o impulso, o que lhe permitiu conquistar preciosos centímetros que se mostrariam fundamentais para estabelecer a melhor marca da competição (7,04 metros). Líder da prova desde a primeira rodada, Maurren esperou nervosa suas 11 concorrentes se sucederem durante uma hora e meia, sem conseguir se aproximar. A própria brasileira “queimou” suas segunda, terceira e quarta tentativas e
marcou apenas 6,73 metros no quinto salto. Mas, como nenhuma das competidoras superou a distância do primeiro salto, Maurren sagrou-se a primeira brasileira medalhista no atletismo na história dos Jogos.
Fonte: Adaptado da matéria “...o salto redentor de Maurren...”, assinada por José Antonio Lima, e publicada pela Revista Época em 22 de agosto de 2008. Versão on-line. Disponível em:<http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI11066-15227-2,00-O+SALTO+REDENTOR+DE+MAURREN.html> Acesso em: 23/06/2009.
Ginástica Artística – Os saltos sobre a mesa que deram o ouro a Jade
Barbosa nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007
Na etapa final do salto sobre a mesa, cada ginasta se apresenta duas vezes. A nota é dividida em parte técnica (o grau de dificuldade) e parte artística (estética e criatividade). A soma das duas partes gera a nota final.
No primeiro salto, Jade entra de costas no trampolim, bate as mãos na ponta da “mesa” e gira o corpo completamente (360 graus) duas vezes até o pouso. O grau de dificuldade deste salto vale 5,80 pontos, pontuação considerada alta na escala oficial. Jade errou ao manter as pernas levemente afastadas na segunda rotação e por um leve desequilíbrio na aterrissagem. Nota técnica: 5,80. Nota artística: 9,500. 
No segundo salto, Jade dá meia volta entre o trampolim e a “mesa”. Depois, dobra as pernas e as segura (o movimento chamado carpado), gira mais 180 graus e aterrissa. Mais simples que o primeiro, este salto tem nota técnica 5,20. Jade entrou com as pernas levemente afastadas e abriu o corpo na saída. Ao aterrissar, deu um pequeno passo para frente. Nota técnica: 5,20. Nota artística: 9,325. Dessa maneira, com as notas conseguidas nos dois saltos, Jade garantiu uma medalha de ouro em seus primeiros Jogos Panamericanos.
Fonte: Adaptado da matéria “Os novos heróis do Brasil”, assinada por Renata Leal e André Fontenelle, e publicada pela Revista Época em 20 de julho de 2008. Edição n. 479. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG78155-6014,00-
OS+NOVOS+HEROIS+DO+BRASIL.html> Acesso em: 23/06/2009.
Quando levamos em conta o aspecto do movimento a ser avaliado, podemos classificar os esportes sem interação em três tipos:
Esportes de marca
 	São aqueles baseados na comparação dos registros das marcas alcançadas em segundos, metros ou quilos. Exemplos: todas as provas do atletismo; como também patinação de velocidade; remo; ciclismo; levantamento de peso, etc. Nestas provas os adversários “medem forças” para saber quem foi mais rápido (menor tempo em horas, segundos, milésimos de segundo), quem foi mais longe ou mais alto (em metros e centímetros), quem levantou mais peso (em quantidade de quilos). Uma das características mais destacadas nos esportes de marca é a quebra de recordes. Muitas vezes a superação de uma marca anteriormente registrada ganha mais importância do que uma medalha olímpica. O atleta se torna famoso mais pelo feito do que pelo título. Como foi o caso do jamaicano Usain Bolt, que quebrou o recorde mundial dos 100 metros masculinos durante os Jogos Olímpicos de Pequim, na China, em 16 de agosto de 2008, com a marca de 9,69 segundos.
Esportes técnico-combinatórios
São aqueles em que a comparação do desempenho está centrada na beleza plástica (dimensão estética) e no grau de dificuldade (dimensão acrobática) do movimento, sempre respeitando certos padrões, códigos ou critérios estabelecidos nas regras. Exemplos: todas as modalidades de ginástica: acrobática, aeróbica esportiva, artística, rítmica, de trampolim; bem como as provas da patinação artística, nado sincronizado, saltos ornamentais. Em todas estas modalidades os árbitros responsáveis dão notas ao desempenho realizado pelos atletas com base em tabelas que estabelecem o grau de dificuldade dos movimentos realizados e a forma como eles devem ser executados. Nos esportes técnico-combinatórios, como já foi dito antes, o vencedor da prova não é aquele que consegue ir mais longe ou ser mais rápido, o que se compara aqui é quem consegue executar com mais “estilo” movimentos bem difíceis.
Esportes de precisão
São aqueles cujo objetivo principal é arremessar/bater/lançar um objeto (bocha, bola, bolão, flecha, projétil) procurando acertar um alvo específico fixo ou em movimento. Para ver quem ganhou uma prova nas modalidades deste tipo, leva-se em consideração o número de vezes que um atleta tentou acertar o alvo (leva vantagem na pontuação quem conseguir acertar o alvo no menor número de tentativas), ou então se compara a proximidade do objeto arremessado em relação ao alvo (mais perto/longe do que o adversário). Exemplos: bocha, croquet, curling, golfe, sinuca, tiro com arco, tiro esportivo, etc. Entre outras características comuns nestes esportes, destaca-se a importância do controle do movimento do atleta no manejo preciso do objeto. Nestes esportes é muito mais importante ter boa pontaria do que velocidade, força, resistência física, que são capacidades motoras muito importantes em outros tipos de esporte. É provavelmente por isso que a média de idade dos atletas destas modalidades é mais alta do que nos demais tipos de esporte.
Curiosidade
A primeira medalha olímpica conquistada pelo Brasil foi a de bronze num esporte de precisão, a prova de tiro em equipe, disputada na Antuérpia em 1920. Esta medalha faz parte do acervo do Centro de Memória do Esporte (CEME) da Escola de Educação Física da UFRGS. Mais informações
sobre esta medalha e imagens do acervo você encontra no site<http://www.esef.ufrgs.br/ceme/>
Tipos de esportes dentro do conjunto COM interação entre adversários
Para os esportes com interação o critério de classificação está vinculado aos princípios táticos da ação, ou seja, está baseado naquilo que um único atleta (esportes individuais) ou um atleta juntamente com seus companheiros de equipe (esportes coletivos) devem fazer para atingir a meta estabelecida. Para se dar bem em modalidades deste tipo, não basta só saber chutar a gol, jogar a bola para o outro lado da quadra, correr de uma base à outra ou aplicar um golpe. É claro que estas ações são fundamentais para fazer um gol numa partida de futebol ou marcar pontos no tênis, beisebol ou judô, mas é preciso se dar conta de que nos esportes com interação os adversários estarão, ao mesmo tempo, tentando fazer a mesma coisa. É por isso que a maior preocupação de um atleta e a equipe durante uma partida ou prova nestas modalidades é “escolher/decidir” em cada lance um jeito de agir (uma tática) queesteja sempre “ligada” às ações de ataque e defesa do adversário.
Quando levamos em consideração este critério, é possível perceber que existem traços comuns na forma de atacar e defender em modalidades que parecem ser bem diferentes umas das outras. O polo aquático e o futebol, por exemplo, têm o mesmo princípio de organização tática, apesar de o primeiro ser praticado dentro de uma piscina e o segundo num campo gramado. Tanto num quanto noutro a defesa de uma equipe só funciona quando todos os jogadores adversários estiverem marcados e quando, ao mesmo tempo, cada defensor estiver de costas para o seu próprio gol e de frente para o jogador marcado, tentando lhe tirar o espaço para o arremesso ou o chute a gol. Nestes esportes é preciso estar o tempo todo com um olho na bola e outro no adversário.
Então, de acordo com os “princípios táticos” do jogo, o conjunto de esportes com interação pode ser subdividido, pelo menos, em quatro tipos:
Esportes de combate
São caracterizados como disputas nas quais uns tentam vencer os outros através de toques, desequilíbrios, imobilização, exclusão de um determinado espaço e, dependendo da modalidade, por contusões, combinando ações de ataque e defesa (por exemplo: boxe, esgrima, jiu-jítsu, judô, karatê, luta, sumô, taekwondo, etc.). É importante destacar que para se dar bem nestes esportes é preciso atingir o corpo do adversário ou conseguir algum grau de controle sobre ele. Mas, atenção! Apesar de o futebol americano e o rúgbi permitirem que um ou vários atletas se atirem sobre o corpo do adversário tentando imobilizá-lo, não dá para considerá-los esportes de combate, pois esta ação é apenas um recurso do jogo usado para recuperar ou manter a posse da bola, e não o objetivo central destas duas modalidades. Lembre-se, os esportes de combate são sempre individuais.
Esportes de campo e taco
São aquelas modalidades que têm como objetivo rebater a bola o mais longe possível para tentar percorrer o maior número de vezes as bases (ou a maior distância entre as bases) e, assim, somar pontos. No Rio Grande do Sul estes esportes são pouco conhecidos, entretanto, tem um jogo muito popular derivado de um deles: o tacobol, ou simplesmente jogo de taco, que nos ajuda a entender como estas modalidades funcionam. Neste tipo de esporte as equipes atacam e defendem alternadamente, ou seja, cada equipe tem a sua vez de atacar e defender. Um ataque sempre começa quando um rebatedor consegue bater com um taco (ou outro instrumento) na bola arremessada pelo jogador adversário, tentando mandá-la o mais longe possível dentro do campo de jogo para atrasar a devolução da bola por parte da defesa e, então, percorrer a distância necessária para marcar pontos. Em várias destas modalidades (não é o caso do críquete) se o rebatedor não conseguir completar o percurso na mesma jogada, ele para em lugares intermediários (bases) e um novo rebatedor entra na partida. O rebatedor anterior se transforma num corredor e segue tentando completar o percurso entre todas as bases. Uma das diferenças dos esportes de campo e taco para os outros tipos de esportes é que a equipe de defesa sempre começa a partida com a posse da bola. E antes de começar, os defensores se distribuem no campo de jogo tentando cobrir os espaços onde a bola pode cair depois de ser rebatida pelo adversário. Quando a bola está em jogo os defensores tentam, por meio de passes, demorar o menor tempo possível para levar a bola até setores do campo que impedem os adversários de marcarem ou continuarem marcando pontos (ou em setores que levem à eliminação dos corredores). Entre outras modalidades deste tipo de esportes podemos destacar o beisebol, críquete, pesapallo, rounders, softbol.
Esportes com rede divisória ou parede de rebote
São aquelas modalidades nas quais se arremessa, lança ou se bate na bola ou peteca em direção à quadra adversária (sobre a rede ou contra uma parede) de tal forma que o rival não consiga devolvê-la, ou a devolva fora de nosso campo ou pelo menos tenha dificuldades para devolvê-la. Podemos citar como exemplos de esportes com rede divisória o voleibol, vôlei de praia, tênis, badminton, pádel, peteca, sepaktakraw. E como exemplos de esportes com parede de rebote, entre outros, a pelota basca, raquetebol, squash.
Uma característica comum destes esportes é que sempre se joga interceptando (defesa) a trajetória da bola ou da peteca ao mesmo tempo em que se tenta jogá-la para o lado do adversário (ataque). Nos casos do tênis, badminton, peteca, pelota basca, raquetebol o vaivém da bola ou da peteca é direto (alternado direto). Já no voleibol, punhobol, vôlei de praia e sepaktakraw tanto dá para devolver a bola direto quanto dá para fazer passes entre os companheiros de uma mesma equipe antes de mandar a bola para o outro lado de quadra (alternado indireto). Na defesa, a ideia é ocupar os espaços da melhor forma possível para receber bem a bola ou a peteca e devolvê-la de um jeito que dificulte a ação dos adversários.
Esportes de invasão
São aquelas modalidades em que as equipes tentam ocupar o setor da quadra/campo defendido pelo adversário para marcar pontos (gol, cesta, touchdown), ao mesmo tempo em que tem que proteger a própria meta. Por exemplo, basquetebol, corfebol, floorball, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei na grama, lacrosse, polo aquático, rúgbi, etc. Nesses esportes é possível perceber, entre outras semelhanças, que as equipes jogam em quadras ou campos retangulares.
Em uma das linhas de fundo (ou num dos setores ao fundo) fica a meta a ser atacada, e na outra linha de fundo a que deve ser defendida. Para atacar a meta do adversário, uma equipe precisa, necessariamente, ter a posse de bola (ou objeto usado como bola) para avançar sobre o campo do adversário (geralmente fazendo passes) e criar condições para fazer os gols, cestas ou touchdown. Só dá para chegar lá conduzindo, lançando ou batendo (com um chute, um arremesso, uma tacada) na bola, ou no objeto usado como bola, em direção à meta. Neste tipo de esporte, ao mesmo tempo em que uma equipe tenta avançar a outra tenta impedir os avanços. E para evitar que uma chegue à meta defendida pela outra é preciso reduzir os espaços de atuação do adversário de forma organizada e, sempre que possível, tentar recuperar a posse de bola para daí partir para o ataque. O curioso é que tudo isso pode ocorrer ao mesmo tempo, num piscar de olhos uma equipe que estava atacando passa a ter que se defender, basta perder a posse de bola ou do objeto usado como bola.
Em síntese...
Essa forma de organizar os esportes nos ajuda a enxergar algumas semelhanças e diferenças muito interessantes entre eles. Por exemplo, nos esportes sem interação entre adversários podemos notar que o nado sincronizado (praticado em piscina) é muito mais parecido com a ginástica rítmica (praticada em ginásios) do que a natação (também praticada em piscina), que por sua vez é muito mais parecida com as corridas do atletismo (praticadas em pistas), pois nos dois últimos casos o importante é ser mais rápido do que o adversário para cumprir a prova.
Esses princípios também ajudam a perceber que os esportes jogados com a mão ou com o pé (basquetebol e futsal) são mais parecidos do que poderíamos imaginar antes de observarmos os princípios táticos do jogo (tanto num quanto noutro os jogadores precisam se desmarcar com e sem bola, buscar espaços vazios para recebê-la em condições de atacar a meta adversária, organizar-se defensivamente para marcar cada um dos adversários, etc.). Já os esportes que utilizam instrumentos para bater na bola, como é o caso do golfe e do hóquei (tacos e sticks), não são nada parecidos quando se leva em consideração a forma como esses esportes são jogados. E, mais, se prestarmos atenção na forma de funcionamento desses dois esportes, e levando em consideração o jeito que os jogadores tem que jogar, percebemos que o golfe é da mesma “família” da bocha e, por mais estranho quepossa parecer, o hóquei pertence à mesma família do futebol.
Quando prestamos atenção no funcionamento de uma modalidade e o que precisamos fazer para atuar bem, nos surpreendemos com as semelhanças encontradas entre esportes que até então imaginávamos serem bem diferentes. Assim como também nos surpreendemos com as diferenças encontradas em esportes que imaginávamos serem muito parecidos. A classificação dos esportes com base na lógica interna nos permite ver que uma modalidade até então considerada estanha pode ser “prima” (ou até mesmo “irmã”) de outra bem conhecida. E quando conseguimos perceber estas “relações de parentesco”, fica mais fácil identificar a “família” a que pertence uma “nova” modalidade divulgada na mídia e, assim, entender o modo como ela funciona.
Esses tipos de esportes permitem localizar a maioria das modalidades num sistema de classificação. É como se fosse um “mapa dos esportes” (tal como mostra o gráfico abaixo), que nos permite reconhecer os elementos comuns entre as diversas práticas, compreender de forma global como se define quem ganha ou quem perde uma prova ou partida, além de nos ajudar a entender o que devem fazer os jogadores para participarem da modalidade.
Trabalho de revisão
Para revisar o que aprendemos, realize as seguintes tarefas:
1) Descreva os tipos de esporte de acordo com o sistema de classificação estudado. Aponte os elementos comuns entre as modalidades do mesmo grupo, especialmente o jeito que os praticantes devem jogar. O texto ficará mais interessante se você conseguir incluir exemplos de outros esportes que você sabe que existem, mas que não são muito comuns.
2) Depois desse passeio pelo mundo dos esportes e utilizando os elementos estudados até aqui, indique o(s) tipo(s) de esporte(s) que mais combina(m) com você. Justifique sua resposta.
Para saber mais
• As modalidades aqui mencionadas podem ser vistas no YouTube, o mais popular site dedicado ao compartilhamento de vídeos. Basta digitar o nome da modalidade na ferramenta de busca lá mesmo <http://www.youtube.com/>.
• A maioria dos esportes tem descrição detalhada na enciclopédia Wikipédia, disponível no seguinte endereço virtual: <http://pt.wikipedia.org/>.
• Informações detalhadas sobre as modalidades olímpicas você encontra, no site do Comitê Olímpico Brasileiro <http://www.cob.org.br/esportes/esportes.asp> e em sites que foram montados especificamente para os jogos olímpicos, por exemplo: <http://olimpiadas.uol.com.br/2008/modalidades-olimpicas/>.
• O “Atlas do Esporte no Brasil” também pode ser consultado no seguinte link: <http://www.atlasesportebrasil.org.br>.
• As confederações, federações, associações esportivas também são uma fonte de consulta muito interessante. Confira algumas das que possuem link no portal do Ministério do Esporte do Brasil <http://portal.esporte.gov.br/links/confederacoes.jsp>.
Papéis e sub-papéis nos esportes de invasão
	Em um esporte de invasão, os jogadores ora desempenham o papel de atacantes (membros da equipe com a posse de bola), ora de defensores (membros da equipe sem a posse de bola). Além dessa grande divisão de papéis, é possível distinguir duas situações diferentes entre os atacantes: os que estão conduzindo a bola e os que estão sem a bola. Esta condição dos atacantes traz repercussões para a atuação dos defensores: um vai marcar o atacante da outra equipe que está com a bola, e os outros vão marcar aqueles que não estão com a posse de bola. Assim, com base nessa análise, nos esportes de invasão é possível identificar, pelo menos, quatro subpapéis diferentes em função do desempenho dos jogadores:
	 Papéis Posse
	Atacante
	Defensor
	
Sem bola
	Desmarcar-se para receber;
Orientar-se;
Criar linha de passe;
	Dificultar e evitar a recepção;
Interceptação;
Localizar e seguir o atacante;
	
Com bola
	Observar o ambiente de jogo;
Conservar e manter a bola;
Orientar-se em função do objetivo;
	Perseguir o jogador que leva a bola;
Impedir a progressão;
Dificultar o passe;
Entendendo “técnica” e “tática”...
	A Técnica
O desenvolvimento das capacidades técnicas é uma fase importante dentro do processo de ensino-aprendizagem-treinamento. Vários especialistas nas áreas da Teoria do Treinamento, da Psicologia do Esporte, da Teoria do Movimento e do Desenvolvimento Motor, assim como da Aprendizagem Motora ressaltam que a melhor idade para o treinamento da técnica começa, aproximadamente, aos 14/16 anos.
	Segundo Bayer apud Greco (1998), a técnica individual representa todo um repertório de gestos próprios da modalidade esportiva, “fruto da história e da evolução de cada jogo esportivo coletivo. Para constituir este patrimônio baseia-se, portanto, na experiência acumulada e contínua enriquecida pelas gerações precedentes de desportistas”.
	A técnica representa um padrão de movimento que pode ser considerado válido e racional, sendo a base operativa que dará suporte ao comportamento tático, em cada situação, nos jogos esportivos coletivos. 
	Sendo assim, a técnica representa a utilização e a transformação do movimento para alcançar as exigências do jogo, ou seja, os gestos técnicos são “ferramentas” que o atleta possui para resolver tarefas e problemas motores nos esportes.
	Entende-se por tarefas motoras as atividades que solicitam do indivíduo a simples reprodução de movimentos. Tarefas em esportes são, por exemplo, as provas de atletismo, de ginástica olímpica, aquelas modalidades “fechadas”, em que as condições da situação e da execução são constantes. 
	
Já, problemas motores, são aquelas atividades que exigem do indivíduo a adaptação da técnica na busca de solução (motora) para uma situação específica. Apresenta-se nos esportes de invasão, como o Futsal e Basquete, por exemplo. 
	A literatura especializada em treinamento com crianças e adolescentes considera que, quanto mais oportunidades, variações e riqueza de movimentos se ofereça às crianças, maiores serão as possibilidades destas para aprenderem novas técnicas. Esta é uma visão do processo educativo apoiado nos princípios da transferência, ou seja, no fato de que uma aquisição anterior facilita o aprendizado posterior.
	A Tática
	Quando falamos de “tática de jogo”, nos referimos a uma situação de jogo, sendo para o atleta, uma tarefa ou um problema a ser resolvido. A solução do mesmo estará em direta dependência da tomada de decisão que o atleta planeja e executa numa determinada situação.
	Atuar taticamente num jogo significa estar capacitado para cumprir as exigências deste jogo.
	Tática significa a tomada de decisão que um jogador possui mediante um plano de ação e que tem por objetivo único a obtenção da meta desejada (o gol, a cesta, o ponto...).
	Existem três tipos de tática:
Tática individual – é o comportamento de um jogador que, através da sua ação, consegue interpretar as situações de jogo dirigidas a um objetivo determinado. A ação implica em executar uma técnica, aplicada a uma situação de jogo, com o objetivo pessoal específico e bem definido, ou seja, a tomada de decisão para a escolha de uma determinada técnica com o objetivo de obter uma vantagem no jogo. Ex.: escolher qual o canto que você bater um pênalti (futebol de campo), decidir se você vai levantar a bola de voleibol para frente ou para trás...
Tática de grupo – são ações coordenadas, entre dois ou três jogadores, baseadas na sequencia de movimentos individuais que tem por objetivo continuar uma jogada determinada, com o mesmo objetivo final. Ex.: bloqueio duplo (voleibol), “corta luz” (basquete), a “tabelinha” (futsal)...
Tática coletiva – é a sequencia de ações de três ou mais jogadores, conforme determinado num plano de ação, ou seja, a soma de ações individuais para obter os resultados esperados. Ex.: sistemas de jogo (4x3x3; 4x2x3x1 no futebol; 5x1 no voleibol), onde cada jogador possui uma função específica e precisa cumpri-la da melhor maneira possível para que a equipe atinja o objetivo desejado.
	
Referências:Greco, P. J. Iniciação esportiva universal: 1. Da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte : Editora UFMG/Escola de Educação Física da UFMG, 1998.
Gonzalez , F. J.; Fraga A. B. Um passeio pelo mundo dos esportes. Lições do Rio Grande: livro do aluno – ensino fundamental 7ª e 8ª séries, Porto Alegre, v. 2, p. 68 – 80, 2009.
Futsal[1: Disponível em: http://www.cbfs.com.br/2015/]
O esporte da bola pesada que 
virou uma paixão
O futebol de salão tem duas versões sobre o seu surgimento, e, tal como em outras modalidades desportivas, há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que o futebol de salão começou a ser jogado por volta de 1940 por frequentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo (SP), pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres para poderem jogar e então começaram a jogar suas ''peladas'' nas quadras de basquete e hóquei. 
No início, jogavam-se com cinco, seis ou sete jogadores em cada equipe, mas logo definiram o número de cinco jogadores para cada equipe. As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal, ou de cortiça granulada, mas apresentavam o problema de saltarem muito e frequentemente saíam da quadra de jogo, então tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado, por este fato o futebol de salão foi chamado de “Esporte da bola pesada”.
Há também a versão, tida como a mais provável, de que o futebol de salão foi inventado em 1934 na Associação Cristã de Moços de Montevidéu, Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que chamou este novo esporte de “Indoor-foot-ball”.
Primeiras regras
 As primeiras regras publicadas foram editadas em 1956. As normas foram feitas por Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes, em São Paulo. Juan Carlos Ceriani e Habib Maphuz professores da ACM são considerados os pais do futebol de salão. Este esporte, relativamente novo, é sem nenhuma contestação a segunda modalidade esportiva mais popular no Brasil, somente atrás do futebol, e atualmente o esporte em maior crescimento em todo mundo.
O futebol de salão brasileiro tinha no seu inicio, em meados dos anos cinquenta, várias regras. Foi então que em 5 de fevereiro de 1957 o então presidente da Confederação Brasileira de Desportos, CBD, Sylvio Pacheco criou o Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão para conciliar divergências e dirigir os destinos do futebol de salão no Brasil. 
Foram eleitos para este conselho com mandato de três anos: Ammy de Moraes (Guanabara), Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandez (São Paulo), Roberto José Horta Mourão (Minas Gerais), Roberval Pereira da Silva (Estado do Rio), Utulante Vitola (Paraná). 
Futsal no Brasil
 
 Neste mesmo ano de 1957, em Minas Gerais, houve uma tentativa de fundar-se a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, a ata foi encaminhada ao Conselho Nacional de Desportos, mas o CND não acatou tal ata que foi registrada dia 30 de setembro de 1957 com o nº 2.551. Esta situação como conselho subordinado a CBD perdurou até 1979.
Em 15 de junho de 1979 foi realizada a Assembleia Geral que fundou a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, tendo sido eleito, para o período 1980/1983, como presidente, Aécio de Borba Vasconcelos (clique aqui para maiores detalhes sobre a fundação da CBFS).
Desenvolvimento do futsal pelo mundo
 Em 14 de setembro de 1969, em Assunção, Paraguai, com a presença de João Havelange presidente da CBD, Luiz Maria Zubizarreta, presidente da Federação Paraguaia de Futebol, e Carlos Bustamante Arzúa, presidente Associação Uruguaia de Futebol, foi fundada a Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão - CSAFS, também representou o Brasil nesta reunião Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes. 
 Em 25 de Julho de 1971, em São Paulo numa iniciativa da CBD e da CSAFS, com a presença de representantes do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai foi fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão - Fifusa, o seu primeiro presidente do conselho executivo foi João Havelange, que comandou de 1971 a 1975, mas devido seus compromissos com o futebol, tanto da CBD, como na Fifa, quem realmente dirigiu a Fifusa neste período foi seu secretário geral Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes. 
Em 1975, Waldir Nogueira Cardoso assumiu a presidência da Fifusa. A partir de 1980 Januário D'Alécio iniciou sua gestão realizando o 1º Pan Americano de Futebol de Salão no México, com a participação de Brasil, México, Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia e Estados Unidos, competição vencida pelo Brasil.
Em 1982, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a Fifusa organizou o 1º Campeonato Mundial de Futebol de Salão, com a participação de Brasil, Argentina, Costa Rica, Tchecoslováquia, Uruguai, Colômbia, Paraguai, Itália, México, Holanda e Japão. O Brasil venceu a final do Paraguai por 1 a 0 com gol de Jackson, foram campeões neste mundial Pança, Barata, Beto, Walmir, Paulo César, Paulinho Rosas, Leonel, Branquinho, Cacá, Paulo Bonfim, Jackson, Jorginho, Douglas, Carlos Alberto, Miral, treinados por César Vieira.
O primeiro mundial foi um marco, a partir de então o futebol de salão começou a despertar o interesse da Fifa, que começou a criar muitas dificuldades para todas as competições patrocinadas pela Fifusa, e ameaçava nos jornais da época em redigir novas regras para o “futebol de cinco” e noticiava que iria patrocinar um mundial.
Em 1985 realizou-se, na Espanha, o 2º Campeonato Mundial de Futebol de Salão organizado pela Fifusa. Novamente o Brasil venceu, e, em 1988 foi realizado, na Austrália, o 3º Mundial, com a vitória do Paraguai. Em setembro de 1988, Álvaro Melo Filho, na qualidade de Presidente da CBFS, face as dificuldades da Fifusa e projetando um futuro melhor para o futebol de salão, aceitou convite para encontro no Rio de Janeiro, arquitetado pelo dirigente do Bradesco Ararino Sallum, iniciando negociações com o então Presidente da Fifa, João Havelange, e seu secretário geral, Joseph Blatter, que veio ao Brasil especialmente para tratar de futsal, visando a que a Fifa encampasse a Fifusa e passasse a comandar, internacionalmente, o esporte.
Em janeiro de 1989, Álvaro Melo Filho autorizou a equipe do Bradesco a representar o Brasil, na Holanda, na 1º Copa do Mundo de Futsal da Fifa, obtendo o título de campeão mundial.
É interessante assinalar que o Brasil, que havia perdido o último mundial da Fifusa, realizado em novembro de 1988, recuperou o título no primeiro mundial da Fifa, disputado em janeiro de 89, ou seja, menos de dois meses depois. Logo após este mundial Álvaro Melo Filho, contando com a anuência e presença de Januário D'Alécio (Presidente da Fifusa), participou de várias reuniões na Fifa, ao longo do ano de 1989, onde sempre teve presença e atuação destacada, dentre outros, do secretario geral da Fifa, à época, Joseph Blatter, tendo as negociações, ao final, acordado a fusão Fifa/Fifusa, quando então foi constituída, na Fifa, com previsão estatutária, a Comissão de Futsal.
Em 02 de maio de 1990 o Brasil oficial e legalmente desligou-se da Fifusa em carta do presidente da CBFS Aécio de Borba Vasconcelos àquela entidade, com o aval das 26 Federações filiadas a CBFS, e, desde então, passou a adotar as novas regras de jogo emanadas da Fifa, tendo sempre como objetivos principais espraiar e desenvolver o Futsal (desporto de criação nacional) no mundo e levar a modalidade a integrar o programa dos Jogos Olímpicos, sonho de todos os salonistas.
A partir de 1992 as Copas do Mundo de Futsal da Fifa passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos, seguindo o mesmo modelo adotado para o futebol. O domínio brasileiro na modalidade é latente. Os brasileiros, além do título conquistado em 1989, na Holanda, venceram também as edições de 1992 (Hong Kong - China), 1996 (Espanha), 2008 (Brasil) e 2012(Tailândia). Enquanto os espanhóis, maiores adversários brasileiros, levantaram a taça em 2000 (Guatemala) e 2004 (Taipei-China).Galeria de campeões do Mundo
	Ano
	Campeão
	Local
	Entidade
	1982
	Brasil
	Brasil
	Fifusa
	1985
	Brasil
	Espanha
	Fifusa
	1988
	Paraguai
	Austrália
	Fifusa
	1989
	Brasil
	Holanda
	Fifa
	1992
	Brasil
	Hong Kong (China)
	Fifa
	1996
	Brasil
	Espanha
	Fifa
	2000
	Espanha
	Guatemala
	Fifa
	2004
	Espanha
	Taipei (China)
	Fifa
	2008
	Brasil
	Brasil
	Fifa
	2012
	Brasil
	Tailândia
	Fifa
Futsal Feminino
	O futsal feminino ganha espaço cada vez maior no Brasil e no mundo. Em terras brasileiras a modalidade entre as mulheres, além de ter campeonatos semelhantes ao masculino na Taça Brasil e no Campeonato Brasileiro de Seleções, desde 2005 é realizada, todos os anos, a Liga Futsal Feminina.
	A cada temporada o que se vê é o crescimento do número de participantes nos campeonatos, o que eleva a qualidade técnica e o interesse do torcedor. Aos poucos está havendo crescimento do investimento no futsal feminino. O desenvolvimento da categoria entre as mulheres é uma aposta em todo mundo, tanto que a Seleção Brasileira de Futsal feminina já é destaque internacional. A equipe brasileira é bicampeã sul-americana, nas edições realizadas aqui no Brasil, em 2005, e no Equador, em 2007 e pentacampeã mundial, nas edições 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.
As jogadoras, assim como os homens, também ganharam o mundo. Nos campeonatos dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia existem atletas do País atuando.
Fundamentos
Os principais fundamentos do futsal são:
·   Passe: É quando o jogador passa a bola para um companheiro da sua equipe.
·   Drible: É o ato em que o jogador usa a bola para enganar o adversário, deixando-o para trás.
·   Chute: É a ação de chutar a bola, quando a bola estiver parada ou em movimento, visando dar a ela uma trajetória em direção a um objetivo, seja este o gol, outro jogador ou tirá-la de jogo (existem varias formas de chute).
·   Recepção: É a ação de interromper a trajetória da bola vinda de passes da equipe adversária.
·  Condução: É a ação de progredir com a bola por todos os espaços possíveis de jogo.
·   Domínio de bola: É a ação de dominar a bola com qualquer parte do corpo, exceto as mãos (braços).
Caracterização e principais Regras do Futsal
	Com a constante evolução das regras, sistemas e manobras de jogo, o futsal tem-se tornado mais exigente com relação aos aspectos cognitivos, psicológicos e motores de seus participantes para a resolução de problemas de jogo, cada vez mais complexos. Por isso, torna-se importante, na formação de um jogador inteligente, a conscientização da necessidade de se ter uma variada gama de recursos que possam ser utilizados, de acordo com as situações vivenciadas.
	As capacidades técnicas no futsal representam os instrumentos que os jogadores possuem para resolver as tarefas/problemas com que eles se defrontam nas diferentes situações de jogo, ou seja, são os meios (passe, chute, drible, etc.) que eles utilizam para alcançar um objetivo previamente estabelecido (fazer o gol, dar uma assistência a um companheiro melhor posicionado, etc.)
	No quadro a seguir, são apresentadas as capacidades técnicas básicas de ataque, defesa e do goleiro:
Quadro: Capacidades táticas no futsal. Fonte: Baseado em Greco, 1995.
	Observando o quadro anterior, vale ressaltar que a utilização de uma técnica de ataque e defesa depende basicamente da posse ou não da bola. 
	Com relação ao goleiro, podemos afirmar que existem dois tipos de capacidades diferentes. A primeira refere-se a seu comportamento padrão, ou seja, defendendo a sua meta e a reposição da bola em jogo, utilizando para isso as capacidades técnicas específicas. A segunda tem relação com a sua participação como um jogador de linha, utilizando todas as capacidades dos demais jogadores e sendo, atualmente, um importante elemento ofensivo, quando tem o perfeito domínio destas técnicas.
	O jogo de futsal é desenvolvido numa quadra onde os espaços devem ser devidamente explorados e ocupados através de ações comuns entre seus participantes. Estas ações são diferentes em função da posse ou não da bola.
	Ataque e defesa, no futsal, estão relacionados entre si e inseparavelmente ligados, como as atuações dos jogadores e das equipes. Conforme a posição de cada jogador na quadra, seus movimentos de ataque e defesa tomam uma determinada forma. Se a bola passa de uma equipe para a outra, essas posições se modificam instantaneamente. Todo jogador, em qualquer ponto da quadra, pode passar do ataque para a defesa e vice-versa.
	Com relação ao comportamento tático no futsal, no quadro a seguir, é apresentado um resumo das capacidades táticas, separadas em função de dois aspectos: função do jogador na quadra de jogo (mesmas do quadro anterior: ataque, defesa e goleiro) e a forma de comportamento do jogador (tática individual, de grupo e de conjunto/coletiva).
	As capacidades táticas apresentadas no quadro a seguir, estão fortemente caracterizadas pelas situações que acontecem durante o jogo: percepção, antecipação e tomada de decisão. 
Quadro: Capacidades táticas no futsal. Fonte: Baseado em Greco, 1995.
Futsal - Posições, Funções e Sistemas de Jogo
Introdução
No Futsal as colocações sempre são objetivas, como se estivéssemos diante de um tabuleiro de xadrez. Poucos são os profissionais que admitem falhas estratégicas em suas ações.
Sendo o Futsal um esporte de invasão, necessita de deslocamentos previamente ensaiados para que possamos induzir o adversário ao erro, tirando assim proveito na movimentação da bola para favorecer o gol.
Posições e Funções
Ao formar uma equipe de futsal visando o trabalho de uma temporada, o técnico deve se preocupar não só em preencher as posições em quadra ou deficiências da equipe, mas também em atribuir funções de acordo com as habilidades/qualidades de cada um dos atletas a sua disposição.
As funções a serem desempenhadas pelos atletas independem do esquema tático adotado pela equipe, além de nem sempre corresponder às posições em quadra. As funções a serem desempenhadas e as características do jogador para cada função são as seguintes:
Marcador
É aquele jogador que reúne as melhores condições de antecipação e marcação, às vezes coincide o fato de que seja o fixo da equipe. Possui bom senso de cobertura, sabe utilizar bem o corpo e geralmente tem bom nível de força física.
Passador
Geralmente é o jogador de melhor passe da equipe, dotado de uma boa visão de jogo e precisão nos lançamentos de longa distância.
Muitas vezes é o segundo jogador mais habilidoso da equipe, mas por ter um excelente senso de marcação, joga com segundo defensor cobrindo o fixo (marcador);
Armador
A maioria das vezes é o jogador mais rápido e habilidoso da equipe;
Possuidor de uma boa velocidade de raciocínio, quando jovem geralmente tem dificuldade de jogar para a equipe, sendo um jogador experiente tende a buscar o jogo coletivo sem anular sua habilidade natural;
Finalizador
É jogador com o talento natural para finalizar em gol. Antevê como poucos os lances que poderão resultar em gol.
Dotado de boa técnica e habilidade, tem na velocidade de reação e antecipação sua principal virtude físico-tática.
Para que entendamos a afirmação anterior que as funções nem sempre correspondem às posições em quadra, devemos conhecer as definições das posições dos atletas em quadra. Diversos autores tentam definir as posições no futsal, pessoalmente adotamos as definições de VOSER (2001) para as mesmas:
Goleiro
"Este é o responsável por defender e impedir que a bola ultrapasse a linha de gol. (...) As ultimas regras lhe dão a possibilidade de lançar a bola com as mãos diretamente para o outro lado da quadra. (...) observa-se que o goleiro de futsal deverá possuir também as mesmas qualidades técnicas dos demais jogadores de linha".
Fixo
"Sua função básica é defensiva, porém deve saber o momento exato participar de algumas manobras ofensivas, como organizador, abrindo espaços para os companheiros echegando como homem surpresa para o arremate a gol. Este jogador devera também orientar os colegas durante a marcação e ter um bom senso de cobertura".
Alas (direito e esquerdo)
"São os responsáveis pela construção das jogadas e tem a tarefa de marcar e atacar".
Pivô
"Este é o responsável pela distribuição das jogadas e, quando acionado, exerce as ações de finalização e de abrir espaços na área adversária para a penetração de seus companheiros. A sua característica básica é saber jogar de costas para o gol".
Como vimos anteriormente, o técnico de futsal não deve se ater a estas conceituações, na hora de atribuir as funções em quadra. Muitas vezes um jogador apesar de jogar numa determinada posição, exerce como maior eficiência uma função em quadra que aparentemente não seria a sua, podemos citar o exemplo de um ala ser o marcador ao invés do fixo, que seria a escolha natural. Ou um dos alas exercer a função de finalizador da equipe ao invés do pivô, que no caso em estudo rende mais como armador das jogadas da equipe.
A função de passador geralmente é exercida por um dos alas ou pelo fixo, quando este é detentor de um bom passe de media e longa distancia, além de bom nível de habilidade.
Sistemas Táticos de Jogo
Quanto aos sistemas a serem empregados, quer seja o 3-1, 2-2, 1-2-1, 4-0, todos da mais alta importância desde que sejam bem aplicados, respeitando, é claro a forma pela qual se apresenta o adversário no seu sistema defensivo e as características individuais, tanto da nossa quanto da equipe adversária.
Porém existe um fundamento que tem sido motivo de muito comentário entre os que militam no futsal, que é o drible.
Por várias vezes assistimos equipes saírem vitoriosas em quadra, com jogadas de puro individualismo de seus jogadores.
Com a formação da equipe, seus aspectos iniciais, competirá ao técnico e/ou treinador, idealizador de acordo com o material humano de que dispõe, a forma tática que irá atuar em suas partidas, inclusive contando com todas as alterações que poderão ocorrer mesmo durante o transcorrer desta. A esquematização de jogo é fator preponderante em uma equipe, pois sem esta atividade, não se terá uma equipe e sim um grupo de elementos que estarão praticando um esporte sem um objetivo específico. Como já foi observada, a tática de jogo pode e deve variar, normalmente durante o transcorrer da partida, competindo ao profissional responsável as devidas orientações neste sentido, no intuito de não fracassar em seu trabalho, mas, sempre tendo em mente que uma derrota deve ser assimilada pelo grupo como um resultado previsto dentro de uma competição, tendo sempre em mente que o importante será anotar e observar as falhas para que, assim que corrigidas, venham a surtir o efeito desejado em um próximo confronto. Tática nada mais é do que a teoria (técnica) colocada em prática na quadra de jogo, com todas as suas variações que poderão acontecer conforme o desenvolvido pelo adversário.
Esquema de Jogo
Os esquemas de jogo mais adotado pelas equipes são: 2-2, 1-3, 3-1, 1-2-1. Estes esquemas são os comumente praticados durante o desenvolver de uma partida, sendo que uma equipe varia constantemente tais esquemas, de acordo com as necessidades e principalmente de acordo com o adversário.
Esquema 2-2: é um esquema defensivo, geralmente empregado por equipes iniciantes ou de categorias menores, tendo como principal característica dificultar a dilatação do placar no caso de inferioridade em relação ao adversário. Ofensivamente apresenta pouca objetividade, pois sua movimentação é restrita. Em relação ao grupo de atletas, restringe as habilidades, pelo fato de não oferecer uma mobilidade durante o desenvolver da partida, dificultando trabalho com bola, lançamentos. Deve-se ter em mente que em determinados momentos, um esquema como este, o determinado "caixote", quando bem aplicado, e muito bem treinado, realmente dificulta o adversário a penetração no campo de ação da equipe, restando normalmente a esta, os chutes de média e longa distância, que poderão resultar em algo, de acordo com o tamanho da quadra de jogo.
Esquema 3-1, 1-3, 1-2-1: estes esquemas são os mais empregados pelas equipes, pois apresentam dupla objetividade: OFENSIVA E DEFENSIVA. Favorece aos atletas uma maior mobilidade, criatividade e desenvolvimento de suas características técnicas, dando uma movimentação maior no desenrolar da partida. As posições de cada atleta são pré-determinadas durante os treinamentos, onde cada qual, dentro de suas características, desenvolverá o seu trabalho, mas nunca ficando restrito a um posicionamento fixo, cada esquema destes, será aplicado conforme orientação do profissional responsável pela equipe e principalmente de acordo com as características do adversário.
Esquema 3-1: é um esquema mais defensivo, onde a equipe em determinados momentos da partida, utilizará para evitar o crescimento do adversário e consequentemente a marcação de gols por parte destes. Oferece, no entanto a possibilidade de um contra ataque, valendo-se de um pivô habilidoso para surpreender o adversário;
Esquema 1-3: é o esquema utilizado com o objetivo de mudar o resultado de uma partida, onde somente a vitória interessa, e neste caso, a equipe valendo-se de um bom fixo, libera os demais, alas e pivô, para sob pressão objetivar a mudança de resultado de acordo com o que importa para a equipe;
Esquema 1-2-1: é o esquema utilizado em uma partida tranquila, com o desenvolvimento normal das jogadas, que propiciam o desenvolvimento do jogo e principalmente a movimentação dos atletas, variando as jogadas e alternando-se nos posicionamentos com o intuito de envolver o adversário.
Sistema de Marcação
Por Homem a Homem
Na marcação homem a homem ou individual, o defensor marca individualmente o jogador que lhe indicado acompanhando-o por toda a quadra. Esse sistema pode ser dividido em marcação sob pressão e meia pressão. Neste sistema marca-se o jogador, não a bola.
A marcação sob pressão exige que o marcador exerça o combate direto ao oponente em qualquer setor da quadra, procurando evitar que o oponente receba a bola. E entende-se por meia pressão o combate no setor de ataque somente sobre o oponente que recebe ou que está de posse da bola, não sendo necessário o combate sobre o jogador que está sem bola, ficando o responsável por este jogador adversário mais retraído a fim de dar cobertura ao companheiro que efetua o combate direto sobre aquele que está com a bola, além de guarnecer o setor central da quadra. No setor defensivo a marcação é efetuada sob pressão.
Por Zona
O sistema de marcação por zona consiste em atribuir a cada jogador da equipe uma zona definida de defesa com a incumbência de ocupá-la e defendê-la integralmente. Neste sistema marca-se a bola, não o jogador. Na marcação por zona o combate é exercido sobre o jogador contrário mais diretamente quando ele penetra na zona confiada ao defensor, sem que, no entanto, este seja obrigado a acompanhá-lo fora dela.
O sistema de marcação por zona é muito vantajoso pois favorece a cobertura de defesa, tornando a marcação altamente eficaz, além de ser muito propício aos contra-ataques toda vez que a bola é tomada do adversário.
Referencias:
Voser, R. C.; (2001) Futsal: princípios técnicos e táticos. Rio de Janeiro : Sprint.
Tenroller. C. A.; Futsal: ensino e prática. Editora da ULBRA. 2004.
Greco, P. J. (org.) Iniciação esportiva universal: metodologia da iniciação esportiva na escola e no cluba. Belo Horizonte : Ed. UFMG, 1998
Unidade Didática de Exercício Físico
Texto 5: Frequência Cardíaca de Repouso e Zona Alvo de Treinamento
				A Sua Frequência de Repouso pode ser utilizada como um indicador da saúde e da aptidão física. Se esta for alta, pode ser uma indicação de doença ou baixo condicionamento físico. Se ela for baixa, seu músculo cardíaco é eficiente e bombeia mais sangue com cada batimento. Isso pode ser uma indicação de um bom condicionamento físicoe Frequência Cardíaca (FC) boa no repouso e no exercício. Isso faz com que eles tenham mais consciência de sua saúde e lembre-se que FC de repouso pode ser afetada pela medicação, condições ambientais, estresse, cafeína, nicotina, dentre outros fatores. 
Uma FC de repouso confiável é aquela medida por 3 manhãs, logo ao acordar e antes de levantar da cama, depois tira-se a média, na posição supinada (de barriga para cima). Há alteração para medição sentado.
Como Medir a FC de Repouso: 
1. A FC é mais bem mensurada na artéria radial localizada na porção lateral do punho, alinhada com a base do polegar;
2. As pontas do indicador e do dedo médio devem ser utilizadas em vez do polegar. O polegar tem um pulso próprio.
3. Inicie o cronômetro simultaneamente com o batimento;
4. Conte o primeiro batimento como zero;
5. Continue a contagem por 30" e depois multiplique por dois para ter a FC por minuto.
Obs: Para medir a FC de repouso para cálculo rápido antes do exercício poderá fazer sentado, mas espere por 5' sem movimento e comece a contar quando a FC cardíaca estiver no valor mais baixo (somente com o Frequencímetro). Para exercícios aquáticos isso deve ser feito dentro da água.
Valores para Frequência Cardíaca de Repouso
	IDADE EM ANOS
	18-25
	26-35
	36-45
	46-55
	56-65
	>65
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Gênero
	M
	F
	M
	F
	M
	F
	M
	F
	M
	F
	M
	F
	Excelente
	49-55
	54-60
	49-54
	54-59
	50-56
	54-59
	50-57
	54-60
	51-56
	54-59
	50-55
	54-59
	Bom
	57-61
	61-56
	57-61
	60-64
	60-62
	62-64
	69-63
	61-65
	59-61
	61-64
	58-61
	60-64
	Acima da Média
	63-65
	66-69
	62-65
	66-68
	64-66
	66-69
	64-67
	66-69
	64-67
	67-69
	62-65
	66-68
	Média
	67-69
	70-73
	66-70
	69-71
	68-70
	70-72
	68-71
	70-73
	68-71
	71-73
	66-69
	70-72
	Abaixo da Média
	71-73
	74-78
	72-74
	75-76
	73-76
	74-78
	73-76
	74-77
	72-75
	75-77
	70-73
	73-76
	Ruim
	76-81
	80-84
	77-81
	78-82
	77-82
	79-82
	79-83
	78-84
	76-81
	79-81
	75-81
	75-79
	Muito Ruim
	84-95
	86-100
	84-94
	84-94
	86-96
	84-92
	85-97
	85-96
	84-94
	85-96
	83-98
	88-96
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Fonte: Manual do Profissional de Fitness Aquático - AEA - 5ª Ed. 2008 Pág.168.
Segundo McARDLE e col, 1997, "a capacidade aeróbica melhorará se o exercício for de intensidade suficiente para fazer aumentar a frequência cardíaca até pelo menos 70% da FCM". Apesar dos indivíduos pensarem que quanto mais intenso for o exercício melhor será para aprimorar o condicionamento, a ideia é falsa, pois, há um limiar onde o indivíduo não obterá ganhos adicionais. Por isso estabelece-se uma Zona Alvo de Treinamento com valores mínimos e máximos para melhor aproveitamento tanto cardíaco como no condicionamento físico geral, de acordo com a idade do indivíduo.
Cálculo da Frequência Cardíaca Máxima
(Fonte: Guedes, Guedes, 1995 e Filho, José Fernandes,1999)
Frequência Cardíaca Máxima (FCM) = 220 - idade da pessoa (Karvonen e col., 1957) - margem de abrangência (desvio padrão)+ ou - 10 até 25 anos e a partir de 25 permite-se uma abrangência maior de + ou - 12. Exemplo: FCM =200, abrangência de 210 limite superior e 190 limite inferior. *Conclusão= FCM pode oscilar de 190 a 210.
Frequência Cardíaca de Reserva = FCM - FC Repouso
Frequência Cardíaca Máxima (FCM para indivíduos destreinados - Sheffield e col,1965) = 205 - (0,42 x idade)
Frequência Cardíaca Máxima (FCM para indivíduos treinados- Sheffield e col,1965) = 198 - (0,42 x idade)
Frequência Cardíaca Máxima (FCM - Jones e col,1965) = 210 - (0,65 x idade)
Segundo João Carlos Bouzas Marins, fisiologista do Laboratório de Performance Humana da Universidade Federal de Viçosa, MG. A Frequência Cardíaca Máxima (FCM) não depende apenas da idade, mas também do sexo e o tipo de exercício. Dr. Nabil Ghorayeb, responsável pelo setor de Esporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia, “a fórmula antiga traz riscos à saúde e estas novas são mais precisas”. Mas ele lembra que o exame ergoespirométrico ainda é a melhor forma para determinar o limite cardíaco.
Portanto ele sugere: Veja como calcular a sua Frequência Cardíaca Máxima (FCM):
- Caminhada, corrida e remo (homem e mulher): FCM = 208,75 - (0,73 x idade)
- Ciclismo (homem) : FCM = 202 - (0,72 x idade)
- Ciclismo (mulher) : FCM = 189 - (0,56 x idade)
- Natação (homem e mulher): FCM = 204 - (1,7 x idade)
- (FCT): FC repouso + [(percentual de trabalho) x (FCM - FCrepouso)]
Obs: FC repouso: Em repouso, conte os batimentos cardíacos de 1 minuto. 
Percentual de trabalho: Para queimar gordura, use 0,5 ou 0,65. Para a capacidade cardiorrespiratória, use o valor 0,75. 
	Zona Alvo de Treinamento 
(Karvonen e col., 195 7)
(o indivíduo deve procurar controlar seus batimentos entre 
a faixa mínima e máxima durante o exercício)
	FCM x 0,60 = frequência cardíaca mínima
	FCM x 0,70 = frequência ideal na atividade aeróbica
	FCM x 0,85 = frequência cardíaca máxima
	FCT = [FCM - FCR (FCM - FC Repouso)] x INTENSIDADE (40%, 50%, 60%, 70%, 80%, 85%,90% ou 95% de acordo com o objetivo)+ FCR (medida 5 minutos após repouso)
OU
	Zona Alvo de Treinamento 
(o indivíduo deve procurar controlar seus batimentos dentro dos limites inferior e superior, durante o exercício)
(ACSM - fonte: Filho, José Fernandes, 1999 )
	FCM=210- (0,65 x idade) (Jones e col, 1975)
	FCM=FCbasal + 0,6 (FCM - FCbasal) = Limite inferior (LI)
	FCM=LI + 0,675 (FCM- LI)= Limite superior (LS)
	FCRecuperação= FCbasal + 0,56 (FCmáx - FCbasal)
	Legenda:
FCbasal= média da medida ao acordar, ainda na cama, durante 3 dias consecutivos
Tabela comparativa entre FC e FCReserva
	FC
	FCReserva
	100
	100%
	90
	83%
	80
	70%
	70
	56%
	60
	42%
	50
	28%
	Existem 6 zonas diferentes de treinamento que correspondem a diferença de níveis de intensidade de exercício e que correspondem a vários mecanismos de transporte metabólico e respiratório no organismo:
(ACSM - fonte: Filho, José Fernandes, 1999 )
	Zona de Frequência
	FCM
	VO2 máx
	Duração
	Sistema de trabalho
	Ritmo Máximo
	Ritmo de Trabalho
	Atividade Regenerativa (reabilitação)
	40-60%
	Até 40%
	Aprox. 20 min
	Reabilitação cardiorrespiratória ou osteomuscular
	-
	Ritmo do paciente
	Zona de atividade moderada
	50-60%
	Até 50%
	+ de 30 min
	Queima metabólica
	Caminhada rápida
	Ritmo fácil
	Zona de controle de Peso
	60-70%
	Até 50% a 60%
	+ de 60 min
	Cardiorrespiratória
	Maratona
	Trabalho base
	Zona aeróbica
	70-80%
	Até 60% a 75%
	8-30 min
	Aeróbica
	10 km
	Longo
	Zona de limiar anaeróbico
	80-90%
	75% a 85%
	5-6 min
	Absorção de lactato
	3 km a 5 km
	Tempo
	Zona de esforço máximo
	90-100%
	85% a 100%
	1-5 min
	Anaeróbico
	800m a 
1500 m
	Curto
Tempo de Recuperação de Acordo com a Intensidade do Exercício 
50% até 85% = de 6 hrs a 24 hrs 
85% até 90% = de 12 hrs a 24 hrs
90% até 95% = de 12hrs a 48 hrs
95% até 100% = - 12 hrs a 72 hrs
A medição da pulsação deve ser tomada com os dedos indicador e médio abaixo da orelha (qualquer lado) antes, durante e após os exercícios. Contando em 10 seg e multiplicando-se em seguida por 6, obtendo o resultado para comparação em sua tabela individual de Zona Alvo de Treinamento.
Teste Para Saber Se Você Precisa Praticar Exercícios
A finalidade do exercício não é somente a proteção do aparelho cardiovascular, mas também a manutenção do bom funcionamento da estrutura corporal. Observe-se e responda:
	» No dia seguinte a um maior esforço físico você acorda todo dolorido?
» Você acha difícil curvar-se, virar-se ou fazer uma rotação de tronco?
» Você se sente frequentemente cansado mesmo sem ter feito nenhum exercício especial?
» Tem dificuldades em conciliar o sono mesmo quando está muito cansado?
» Quando você corre pequenas distâncias ou sobe escadas fica sem fôlego?  Você está com seu peso acima do ideal?
Se você respondeusim para qualquer uma das perguntas acima, procure praticar uma atividade física que lhe proporcione prazer. Movimente-se, pois as pessoas que sofrem de cansaço generalizado, sem causas médicas, se beneficiam com "mais" exercícios que com "mais" descanso. (Alberto e Jacques, 1998)
Texto 6: Capacidades Físicas Básicas
Na área da Educação Física e do desporto, “capacidades motoras” são pressupostos dos movimentos que permitem que as qualidades inatas de uma pessoa, como um talento, ou um potencial se evidenciem. Exemplos: força, resistência, flexibilidade, etc.
CARACTERÍSTICAS:
• São elementos essenciais para o rendimento motor;
• São determinadas geneticamente;
• Desenvolvem-se através do treino.
CLASSIFICAÇÃO:
1. Condicionais – são as capacidades determinadas pelos processos energéticos e metabólicos – obtenção e transformação da energia. Por isso, são condicionadas pela energia disponível nos músculos e pelos mecanismos que lhe regulam a distribuição – carácter quantitativo.
2. Coordenativas – são essencialmente determinadas pelos processos de organização, controle e regulação do movimento. Estas são condicionadas pela capacidade de elaboração das informações por parte dos analisadores implicados na formação e realização do movimento – caráter qualitativo.
“Habilidade motora” é uma forma de movimento específico, dependente da experiência e da automatização resultante da repetição.
NOTA: toda a pessoa nasce com uma determinada quantidade de força, ou flexibilidade, mas ninguém nasce com habilidade para jogar futebol, ou handebol. Tem que ser desenvolvido, aprendido. Segundo Magill (1984) as capacidades constituem a base de todas as habilidades motoras.
DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS:
Quando se procura desenvolver uma das nossas capacidades motoras, todas as outras são influenciadas. A grandeza dessa influência depende de dois fatores:
• a característica da sobrecarga utilizada;
• o nível de treino físico.
-Nas pessoas com baixos níveis de preparação física, os exercícios para o desenvolvimento de uma capacidade específica terão efeito nas demais.
-O maior grau de desenvolvimento de uma capacidade motora específica (força, resistência, velocidade, etc) pode somente ser alcançado se as outras forem também desenvolvidas a certo nível. Por isso, torna-se necessário desenvolver todas as capacidades motoras de uma forma harmoniosa.
-O desenvolvimento das capacidades motoras não é linear, isto é, existem períodos mais ou menos propícios denominados fases sensíveis. A capacidade de treino é particularmente elevada nesses períodos.
CLASSIFICAÇÃO DAS CAPACIDADES FÍSICAS CONDICIONAIS
    1.  FORÇA: Habilidade que permite um músculo ou grupo de músculos produzirem uma tensão e vencer ou igualar-se a uma resistência na ação de empurrar, tracionar ou elevar. 
     a. Força Isotônica (Dinâmica) – É o tipo de força que envolve os músculos dos membros em movimento ou suportando o peso do próprio corpo em movimentos repetidos.
     b. Força Isométrica (Estática) – É o tipo de força que explica o fato de haver força produzindo calor e não havendo produção de trabalho em forma de movimento.
 c.  Força Explosiva (Potência) – Habilidade de exercer o máximo de energia em um ato explosivo.
O DESENVOLVIMENTO DA FORÇA PODE SER:
GERAL – quando visamos o desenvolvimento de todos os grupos musculares;
ESPECÍFICO – quando visamos o desenvolvimento de um ou vários grupos musculares característicos dos gestos de cada modalidade.
TIPOS DE FORÇA:
Força máxima – é a força mais elevada que um indivíduo consegue desenvolver com uma contração voluntária máxima.
a) estática – quando a contração é executada contra uma resistência fixa que não pode ser superada.
b) dinâmica – quando a contração é executada contra uma resistência fixa que pode ser superada.
Força rápida ou veloz – é a força mais rápida que pode ser desenvolvida voluntariamente e na unidade de tempo, para a execução de um movimento pré-determinado.
a) inicial – capacidade de um músculo expressar rapidamente a força no momento inicial da tensão criada.
b) explosiva – capacidade de obter valores elevados de força em tempo muito curto.
c) de resistência – capacidade de manter ou repetir a tensão muscular estática e dinâmica, respectivamente, durante um longo período de tempo.
     2.FLEXIBILIDADE: Pode ser evidenciada pela amplitude dos movimentos das diferentes partes do corpo. É dependente da elasticidade muscular e da mobilidade articular. A mobilidade articular é expressa pelas propriedades anatômicas das articulações e a elasticidade muscular é projetada pelo grau de estiramento dos músculos envolvidos. Portanto, a flexibilidade, capacita as pessoas a aumentarem a extensão dos movimentos, numa articulação determinada.
O DESENVOLVIMENTO DA FLEXIBILIDADE PODE SER:
GERAL – consiste na amplitude normal de oscilação das articulações, especialmente nas principais articulações: ombros, anca e coluna vertebral.
ESPECÍFICA – consiste na amplitude necessária para a realização de movimentos específicos de cada modalidade.
TIPOS DE FLEXIBILIDADE:
Flexibilidade Geral
Flexibilidade Específica
Flexibilidade Ativa
Flexibilidade Passiva
Flexibilidade Estática
Flexibilidade Dinâmica
      3. RESISTÊNCIA: Qualidade física que permite um continuado esforço durante um determinado tempo.
Resistência Aeróbica: Permite manter por um determinado período de tempo, um esforço em que o consumo de O2 equilibra-se com a sua absorção (STEADY – STATE), sendo os esforços de fraca ou média intensidade.
Resistência aeróbica
O exercício aeróbico  é aquele que usa oxigênio no processo de geração de energia dos músculos. Esse tipo de exercício trabalha uma grande quantidade de grupos musculares de forma rítmica. Andar, correr, nadar e pedalar são alguns dos principais exemplos de exercícios aeróbicos.
Os exercícios aeróbicos típicos são contínuos e prolongados, realizados com movimentos muito rápidos. Esta categoria de exercício é a que traz mais benefícios ao organismo, diminuindo a chance de doenças cardiovasculares e melhorando qualidade e expectativa de vida, pois somente os exercícios aeróbicos de longa duração queimam as reservas de gordura do corpo humano.
Como o exercício aeróbico atua na queima de gorduras 
Quando se pratica exercícios aeróbicos, ocorre que as células musculares consomem mais oxigênio para produzir energia. Comparando com o exercício anaeróbico, que são de maior intensidade e de menor duração ocorre que, neste caso, nos primeiros segundos o organismo quebra o ATP (molécula que armazena energia) que existe em estoque dentro das células musculares e só depois passa a transformar a glicose existente no corpo em ATP para poder continuar a usá-la. Em exercícios aeróbicos, que são de menos intensidade, porém de grande duração, o corpo irá exigir muito mais energia, porém terá mais tempo para produzi-la. Neste caso a glicose se transforma em ácido pirúvico que entra na mitocôndria (uma estrutura da célula) e produz a enzima Aacetil-coA que por fim reage com o oxigênio da respiração e produz em torno de dezoito vezes mais ATP do que os exercícios anaeróbicos. Mas, como a glicose é uma substância vital para o funcionamento do cérebro, o corpo evita utilizá-la em grande quantidade e então passa a utilizar as moléculas de gordura no lugar da glicose para produzir energia. Por isso, o exercício aeróbico consome não só a gordura dos músculos como também a de outras partes do corpo.
Benefícios para a saúde 
Entre os benefícios para a saúde de fazer regularmente exercícios aeróbicos estão:
Fortalecimento dos músculos envolvidos na respiração.
Fortalecimento e aumento do músculo cardíaco.
Tonificação da musculatura.
Diminuição da pressão arterial.
Elevação do número de células vermelhas do sangue.
Melhoria da circulação sanguínea.
Elevação das reservas de energia nos músculos, o que aumenta a resistência.
Aumento do fluxo sanguíneo nos músculos.
Benefícios dos exercíciosAUMENTANDO O METABOLISMO
Algumas pessoas erroneamente acreditam que exercícios não valem a pena o esforço por causa do pequeno número de calorias gastas. Por exemplo, andar queima aproximadamente 5 calorias por minuto. Devido ao fato de ter 7700 calorias em um quilo de gordura, iria parecer que você teria que andar 25 horas e 36 minutos para perder 1 quilo de gordura.
Porém a verdade é que mesmo os exercícios moderados aumentam seu metabolismo (queimando calorias) 3 a 8 vezes, durante horas depois do exercício. O efeito residual do exercício, e não o próprio exercício é o maior responsável pela queima de calorias.
MANTENDO OS MÚSCULOS ATIVOS
Já que cada quilo de músculo requer 110-220 calorias para se sustentar e que a gordura é queimada quase que exclusivamente nos músculos, manter seus músculos torna-se crucial se você deseja perder gordura.
Os exercícios requerem que você use seus músculos, o que te permite manter (ou ainda aumentar) a quantidade de massa muscular que você tem. Não fazendo exercício, você irá perder massa muscular e reduzir sua habilidade de queimar gordura.
Lembre-se que exercícios podem lhe permitir aumentar sua massa muscular ao mesmo tempo em que você está perdendo gordura, e seu peso pode não alterar. Você irá aproveitar todos os benefícios (visuais e de saúde) de uma melhor proporção gordura/músculo, e é isso o que importa.
AUMENTANDO AS ENZIMAS QUE OXIDAM GORDURAS
Você não pode perder gordura sem que a queime em seus músculos. Os músculos têm enzimas muito específicas que queimam apenas gordura.
Pesquisas demonstram que pessoas que se exercitam regularmente têm muito mais enzimas que queimam gordura nos músculos do que pessoas que não se exercitam.
Em outras palavras, os exercícios aumentam a habilidade de o corpo queimar gordura mais eficientemente. Isto significa que quanto mais você se exercitar, quanto mais você usar seus músculos, mais enzimas que queimam gordura seus músculos irão desenvolver para queimar mais gordura.
Resistência Anaeróbica: Permite manter por um determinado período de tempo, um esforço em que o consumo de O2 é superior a sua absorção, acarretando um débito de O2 e que somente será recompensado em repouso, sendo os esforços de grande intensidade.
Resistência Anaeróbica
É a capacidade física que permite a um atleta sustentar, o maior tempo possível, urna atividade física em condições anaeróbicas, isto é, numa situação de débito de oxigênio.
Um esforço anaeróbico pode ser explicado pelas solicitações fisiológicas de oxigênio de um atleta no esforço, em condições superiores a sua capacidade de consumo, provocando um débito de oxigênio, que deverá ser reparado após o término desse esforço.
DIFERENÇA ENTRE OS EXERCÍCIOS AERÓBICOS E ANAERÓBICOS
Todo mundo fala sobre exercícios aeróbicos e anaeróbicos, mas o que significam esses termos? Aeróbico ou anaeróbico está ligado ao tipo de metabolismo energético que está sendo utilizado preferencialmente. Isto não tem relação com os efeitos salutares dos exercícios.
Ambos os tipos de exercícios podem ser de intensidade leve, moderada ou forte.
No exercício aeróbico o oxigênio funciona como fonte de queima dos substratos que produzirão a energia transportada para o músculo em atividade. O exercício aeróbico é um exercício de longa duração, contínuo e de baixa e moderada intensidade. Estimula a função dos sistemas cardiorrespiratório e vascular e também o metabolismo, porque aumenta a capacidade cardíaca e pulmonar para suprir de energia o músculo a partir do consumo do oxigênio (daí o nome aeróbico).
São exemplos de exercícios aeróbicos: Caminhar, correr, andar, pedalar, nadar, dançar. Estes exercícios utilizam vários grupos musculares ao mesmo tempo. Nestes exercícios, a duração dos movimentos influencia mais do que a velocidade para caracterizar se a atividade é suave, moderada ou exaustiva.
O exercício anaeróbico utiliza uma forma de energia que independe do uso do oxigênio, daí o termo anaeróbico. É um exercício de alta intensidade e curta duração. Envolve um esforço intenso realizado por um número limitado de músculos e há produção de ácido lático.
São exemplos de exercícios anaeróbicos os exercícios de velocidade com ou sem carga, de curta duração e alta intensidade, como a corrida de cem metros rasos, os saltos, o arremesso de peso. Exercícios de força ou exercícios resistidos, com peso como a musculação também é considerada um exercício anaeróbio.
Os movimentos que realizamos no nosso dia-a-dia são um misto de atividades físicas aeróbicas e anaeróbicas.
Sempre citamos que um programa completo de exercícios deve apresentar os dois tipos de atividade física, para melhorar a resistência cardiorrespiratória, fortalecer músculos, desacelerar a perda de massa muscular e evitar a perda de massa óssea, além de muito alongamento para manter e melhorar a flexibilidade muscular.
Para perda de gordura corporal, ambos os exercícios (aeróbicos e anaeróbicos) produzem efeitos, pois ambos irão acelerar o metabolismo. Mas, o ideal é associar estes dois tipos de exercícios a dieta alimentar.
Os exercícios físicos terão a função de acelerar o metabolismo. A dieta, de produzir um pequeno déficit calórico, obrigando o organismo a metabolizar as reservas de gordura.
Do ponto de vista de substratos energéticos metabolizados durante o exercício, apenas o exercício aeróbico pode metabolizar gorduras para a produção de energia necessária ao esforço físico. Entretanto, esta quantidade é extremamente baixa em vista das quantidades necessárias em um processo de perda de gordura corporal.
     c. Resistência Muscular Localizada (RML): Capacidade individual de realizar num maior tempo possível a repetição de um determinado movimento, em um mesmo ritmo e com a mesma eficiência. É a capacidade de repetir várias vezes uma mesma tarefa utilizando-se baixos níveis de força. É a capacidade do músculo em trabalhar contra uma resistência moderada durante longos períodos de tempo.
O DESENVOLVIMENTO DA RESISTÊNCIA SEGUNDO A MASSA MUSCULAR MOBILIZADA, PODE SER:
GERAL – quando é solicitada mais de 1/6 da massa muscular total.
LOCAL – quando é solicitada menos de 1/6 da massa muscular total.
A RESISTÊNCIA MANIFESTA-SE:
1. Segundo a especificidade da modalidade desportiva
a) resistência de base – é a capacidade de executar, durante um longo período, uma carga correlacionada com o rendimento específico da competição, e que exige a utilização de muitos grupos musculares.
b) resistência específica – é a capacidade que permite ao desportista manter um elevado nível de rendimento durante a competição na modalidade em causa.
2. Segundo as formas de mobilização bioenergética
a) resistência aeróbia – pressupõe um equilíbrio entre o oxigénio que está a ser necessário para o trabalho muscular e o que está a ser transportado na circulação até ao tecido muscular.
b) resistência anaeróbia – devido à grande intensidade da carga, o metabolismo energético processa-se em dívida de oxigénio. Assim, a energia é também mobilizada por via anoxidativa (resistência anaeróbia aláctica e láctica).
3. Segundo a duração do esforço
a) resistência de curta duração – é aquela em que as cargas máximas se situam entre os 45 seg. e os dois min. E a energia necessária é obtida essencialmente através do metabolismo anaeróbio.
b) resistência de média duração – atividade ou modalidades que exigem esforços entre os 2 e o 8 minutos. A energia é obtida através do metabolismo misto aeróbio/anaeróbio.
c) resistência de longa duração – atividades, modalidades ou disciplinas, em que a duração do esforço é superior a 8 min., sendo a energia obtida essencialmente através do metabolismo aeróbio.
4. Segundo a forma de manifestação do esforço
a) resistência de força
b) resistência de velocidade
c) resistência de potência
4.VELOCIDADE: Capacidade física particular do músculo e das coordenações neuromusculares, que permite a execução de uma sucessão rápida de gestos, que em seu encadeamento constitui uma só e mesmaação, de intensidade máxima e duração breve ou muito breve. 
1. Velocidade de reação – é a capacidade de reagir tão rápido quanto possível a um estímulo ou a um sinal.
2. Velocidade máxima cíclica/velocidade de deslocamento – é a capacidade de executar ações motoras com a maior rapidez possível na unidade de tempo.
3. Velocidade máxima acíclica/velocidade de execução – é a capacidade de executar uma ação motora (gesto unitário) com a máxima rapidez de contração muscular.
CLASSIFICAÇÃO DAS CAPACIDADES FÍSICAS COORDENATIVAS
- Permitem que o indivíduo consiga dominar de forma segura e económica as ações motoras, tanto em ações previsíveis como imprevisíveis. São capacidades determinadas essencialmente por componentes onde predominam os processos de condução nervosa, isto é, possuem a capacidade de organizar e regular o movimento, constituindo-se na base para a aprendizagem, execução e domínio dos gestos técnicos.
- Fundamentam-se na elaboração da informação e no controle da execução sendo desenvolvidas pelos:
1.  Analisadores táteis – informam sobre a pressão nas diferentes partes do corpo;
2.  Analisadores visuais – recolhem a imagem do mundo exterior;
3.  Analisadores estático-dinâmicos – informam sobre a aceleração do corpo, particularmente sobre a posição da cabeça, colaborando desta forma para a manutenção do equilíbrio;
4.  Analisadores acústicos – informam-nos dos sons e ruídos;
5.  Analisadores cinestésicos – através deles recebemos informações sobre as tensões produzidas pelos músculos.
     1.      EQUILÍBRIO: Capacidade para assumir e sustentar qualquer posição do corpo contra a força da gravidade.
     a.  Equlíbrio Estático: adquirido em determinada posição;
     b.  Equilíbrio Dinâmico: adquirido durante o movimento;
    c.  Equilíbrio Recuperado: explica a recuperação do equilíbrio após o corpo ter estado em movimento.
    2. COORDENAÇÃO: Capacidade de executar movimentos complexos de modo conveniente, para que possam ser realizados com o mínimo de esforço. Constitui-se uma atividade psicomotora indispensável em todas as habilidades desportivas, devendo ser trabalhada em todos os programas de Educação Física desde os primeiros níveis. A repetição contínua de movimentos combinados melhora gradualmente a coordenação. É o resultado de um trabalho conjunto do sistema nervoso e o muscular, mostrando-se os movimentos coordenados, amplos e econômicos, sem desnecessárias contrações.
 
AGILIDADE: 
Habilidade que se tem para mover o corpo no espaço. Habilidade do corpo inteiro, ou de um segmento, em realizar um movimento, mudando a direção, rápida e precisamente. Requer uma combinação de várias qualidades físicas e embora dependa da carga hereditária, pode ser bastante melhorada com o treinamento.
 
RITMO: É a ordenação dos movimentos. Sequência de movimentos repetidos várias vezes, de forma equilibrada e harmônica.
     
6. DESCONTRAÇÃO: É um fenômeno neuromuscular, resultante da redução de tensão na musculatura esquelética.
     a. Descontração Total: Capacita o indivíduo a recuperar-se de esforços realizados. Relaxamento de todos os músculos do corpo, o máximo possível.
     b. Descontração Diferencial: Diferenciação entre os músculos que são necessários para determinada atividade e aqueles que não são. Qualidade física que permite a descontração dos grupos musculares que não são necessários à execução de um movimento específico.
Referências:
Almeida, M. Resistência aeróbica e anaeróbica. Disponível em: <http://professormarcosalmeida.blogspot.com.br/2014/03/resistencia-aerobica-e-anaerobica.html> Acesso em: 09 mar. 2016.
       
Guedes, D.P. & Guedes, J.E.R.P. Exercício Físico na Promoção da Saúde. Londrina. Mediograf. 1995.
        Katch, V. L. et alii. Fundamentos da Fisiologia do Exercício. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2005
Leite, A. T. Estudando educação física: capacidades físicas. Disponível em: <http://estudandoeducacaofisica.blogspot.com.br/2012/08/capacidades-fisicas.html > Acesso em: 05 abr. 2016.
Wikipédia, a enciclopédia livre. Exercício aeróbico. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Exerc%C3%ADcio_aer%C3%B3bico> Acesso em: 09 mar. 2016.

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