Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
81Fisioter Pesq. 2010; 17(1) Reabilitação pulmonar na unidade de terapia intensiva: revisão de literatura Pulmonary rehabilitation in intensive care unit: a literature review Danielle Corrêa França1, Aléssia Quintão Apolinário2, Marcelo Velloso3, Verônica Franco Parreira4 Estudo desenvolvido na EEFFTO/UFMG – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil 1 Fisioterapeuta Ms.; doutoranda em Ciências da Reabilitação na EEFFTO/ UFMG 2 Fisioterapeuta; pós-graduanda em Ciências da Reabilitação na EEFFTO/ UFMG 3 Prof. Dr. adjunto do Depto. de Fisioterapia da EEFFTO/UFMG 4 Profa. Dra. associada do Depto. de Fisioterapia da EEFFTO/UFMG ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Danielle Corrêa França R. Rui Barbosa 498 35700-412 Sete Lagoas MG e-mail: daniellecf2005@yahoo.com.br APRESENTAÇÃO fev. 2009 ACEITO PARA PUBLICAÇÃO jan. 2010 RESUMO: O longo período de imobilidade na internação em unidade de terapia intensiva (UTI) desencadeia prejuízos aos sistemas musculoesquelético, cardiovascular, respiratório e neurológico. A reabilitação pulmonar na UTI, em especial o treinamento físico, visa restaurar a funcionalidade anterior ao episódio que determinou a necessidade da ventilação mecânica, reduzindo a dependência, prevenindo novas internações e, conseqüentemente, melhorando a qualidade de vida. Entretanto, é observada resistência na aplicação dessa modalidade de tratamento, devido ao receio das equipes. O objetivo do presente estudo foi efetuar uma revisão da literatura sobre as implicações dos programas de reabilitação pulmonar nas UTI. O levantamento bibliográfico foi feito nas bases de dados PubMed, Cochrane, PEDro e SciELO por meio dos descritores “reabilitação pulmonar” “no cuidado intensivo” e “na unidade de terapia intensiva”, além de estudos sugeridos por especialistas. Sete artigos (ensaios clínicos randomizados, estudos de coorte e retrospectivos) foram avaliados. Todos sugeriram que a reabilitação na UTI é benéfica e não causa efeitos colaterais. Os principais benefícios identificados foram a melhora da deambulação, aumento de força da musculatura respiratória e esquelética, além de melhora funcional ligada às atividades de vida diária. De acordo com os estudos analisados, a reabilitação pulmonar em UTI mostrou-se uma modalidade segura, bem tolerada e que determina efeitos positivos aos pacientes. DESCRITORES: Imobilização; Pneumopatias/reabilitação; Unidades de terapia intensiva ABSTRACT: The long period of immobility in intensive care units (ICU) may be harmful to patients’ musculoskeletal, cardiovascular, respiratory and neurological systems. Pulmonary rehabilitation in ICU, particularly the physical training, aims to restore previous functionality prior to the event that determined the need for mechanical ventilation, thus reducing dependence, preventing new admissions, and improving patients’ quality of life. However, resistance has been noticed among ICU staff to applying physical training. The purpose of this study was to perform a literature review on the implications of pulmonary rehabilitation programs in the ICU. Articles were sought for in PubMed, Cochane, PEDro and SciELO databases, by means of key words “pulmonary rehabilitation”, “intensive care”, and “intensive therapy”, in addition to studies suggested by experts. Seven articles (randomised clinical trials, cohort, and retrospective studies) were assessed. All of them suggested benefits by pulmonary rehabilitation in the ICU, in addition to the absence of side effects. Main benefits were ambulation improvement, increase on strength of respiratory and skeletal muscles, plus improvement in activities of daily living. According to the studies analyzed, pulmonary rehabilitation in the ICU proves to be beneficial to patients, being a safe and well tolerated means of rehabilitation. KEY WORDS: Immobilization; Intensive care units; Lung diseases/rehabilitation Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.17, n.1, p.81-7, jan/mar. 2010 ISSN 1809-2950 Fisioter Pesq. 2010; 17(1) : 81-7 82 Fisioter Pesq. 2010; 17(1) INTRODUÇÃO O desenvolvimento e os avanços das unidades de terapia intensiva (UTI), alia- dos aos da ventilação mecânica (VM) e dos cuidados intensivos, propiciam o aumento da sobrevida de pacientes criti- camente enfermos. Essa sobrevida é freqüentemente associada à VM prolon- gada e a período extenso de internação, com conseqüente imobilidade no leito1. A inatividade prolongada pode desen- cadear limitações e disfunções de órgãos e sistemas2. A restrição da atividade física tem sido associada a diferentes prejuízos aos sistemas corporais. No sistema mus- cular, a imobilidade prolongada reduz o potencial e a eficácia para realizar exercícios, particularmente os aeróbi- cos2,3. No sistema esquelético o repouso prolongado leva à desmineralização, diminuição da densidade óssea e fraturas decorrentes de pequenos impactos2. No sistema respiratório, a imobilidade pode diminuir a capacidade residual funcional e a complacência pulmonar, ocasionan- do atelectasias, retenção de secreções e, em alguns casos, a pneumonia e mor- te3. As adaptações cardiovasculares à atividade reduzida são consideradas prejudiciais para a saúde do indivíduo e a inatividade crônica é identificada como um fator de risco para doença cardiovascular3. Em relação ao sistema nervoso central, o repouso prolongado induz ao deficit de equilíbrio e redução da capacidade de manutenção em ortos- tatismo e desempenho em testes da função intelectual4. Os prejuízos deter- minados pela imobilização durante a hospitalização prolongada podem po- tencialmente agravar o curso clínico da doença de base5. Entretanto, esse de- clínio da capacidade funcional pode ser atenuado por um programa de reabili- tação pulmonar na UTI, que tem sido associado a um menor deficit funcional após a alta hospitalar6,7. A reabilitação pulmonar é um progra- ma multidisciplinar de cuidado para pacientes com doença respiratória crô- nica, individualmente planejado para otimizar o desempenho físico, social e autonomia do paciente8-10. A reabilitação pulmonar na UTI objetiva aplicar moda- lidades terapêuticas que restaurem a funcionalidade anterior ao episódio que determinou a necessidade da VM. Essa modalidade da reabilitação reduz a dependência do paciente em relação às atividades de vida diária, previne novas internações e melhora a qualidade de vida do paciente3. O treinamento físico é um compo- nente essencial do programa de reabili- tação na UTI3, associado a incremento da força muscular e otimização do tem- po fora da VM. Tais benefícios favorecem a restauração precoce dos sistemas cor- porais, evitam complicações associadas à imobilidade prolongada e contribuem para a melhora da qualidade de vida após VM prolongada1. Entretanto, observa-se resistência na aplicação do treinamento físico, determinada pelo receio das equipes de UTI diante da gravidade do quadro clínico dos pacientes em VM. Outros fatores que contribuem para a resistência na aplicação desse treina- mento são a intensidade de trabalho das UTI e a necessidade de pessoal treinado para efetuar o treinamento físico11. Diante dos défices determinados pela imobilidade e dos benefícios provenien- tes do treinamento físico dos programas de reabilitação precoce, o objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre os resultados dos programas de reabilitação pulmonar nas UTI. METODOLOGIA Foi realizada uma revisão da litera- tura. As seguintes etapas foram seguidas: identificação do problema e formulação da pergunta – Quais são as evidências científicas sobre os programas de reabi- litação pulmonar nas UTI? –, localização e seleção dos estudos, coleta de dados, análise e interpretação dos dados, avaliação crítica dos estudos.O levantamento bibliográfico foi feito nas bases de dados PubMed, Cochrane, PEDro e SciELO por meio dos descri- tores, em português e inglês, reabilitação pulmonar no cuidado intensivo e reabi- litação pulmonar na unidade de terapia intensiva. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra que abordaram o treinamento físico em um programa de reabilitação pulmonar em pacientes adultos, hospitalizados em UTI, publi- cados em inglês, espanhol ou português. Não foram incluídas as revisões biblio- gráficas. A data da publicação não foi limitada devido ao escasso número de estudos sobre o tema. As referências bibliográficas de todos os artigos foram verificadas e foi realiza- do contato com especialista no assunto, que ofereceu outros estudos. Os artigos foram selecionados mediante leitura cri- teriosa do título e resumo. Foram excluí- dos da análise estudos que desviaram do tema proposto. A análise feita foi des- critiva. RESULTADOS No levantamento bibliográfico, foram localizadas 16 referências na PubMed, 10 na Cochrane, uma na SciELO e cinco na PEDro. No entanto, a maioria das re- ferências foi encontrada em mais de uma base. Grande parte dos estudos foi excluída por desviar do tema ao abordar reabilitação pulmonar após alta da UTI. Após a análise, de acordo com os cri- térios de inclusão, dois artigos foram selecionados. Nestes foram encontrados seis artigos listados nas referências bi- bliográficas, dos quais dois foram incluídos após leitura criteriosa. Também foram incluídos três artigos não dispo- níveis nas bases de dados, sugeridos pelo especialista, totalizando uma amostra final de sete publicações (Figura 1). O Quadro 1 apresenta uma sinopse dos sete estudos selecionados, destacando suas principais características. De acordo com a literatura pesqui- sada, Make et al.12 foram os primeiros autores a publicarem um manuscrito sobre a reabilitação pulmonar na UTI. Esses autores estudaram 16 pacientes cronicamente ventilados de forma invasiva, 10 com doença pulmonar obs- trutiva crônica (DPOC) (grupo 1) e 6 com alteração respiratória restritiva devido a doença neuromuscular (grupo 2), refe- renciados a uma unidade de reabilitação. O programa de reabilitação pulmonar consistiu em: estabilização; avaliação; planejamento da reabilitação com moti- vação para mobilização; treinamento físico, que incluía exercícios de força e resistência dos membros inferiores Fisioter Pesq. 2010; 17(1) :81-7 83Fisioter Pesq. 2010; 17(1) (MMII), técnicas de conservação de energia, deambulação e treino e enco- rajamento de atividades de vida diária; e planejamento da alta, com envolvi- mento de familiares. Os dados foram apresentados de forma descritiva. Segundo os autores, os aspectos chave do programa foram o uso de ventiladores móveis e períodos de desmame superio- res a duas horas, que permitiam inde- pendência e mobilidade. Ao final do estudo foi observada ampla variação na independência para atividades de vida diária. Quatro pacientes com DPOC e dois com doença neuromuscular eram minimamente independentes ou total- mente dependentes, enquanto 12 pacientes permaneciam de 2 a 24 h/dia fora do ventilador e eram moderada ou totalmente independentes. Os autores su- geriram que o programa de reabilitação para pacientes cronicamente depen- dentes da VM pode melhorar a funcio- nalidade e qualidade de vida desses pacientes. Nava et al.6, em 1998, avaliaram 80 pacientes com DPOC em recuperação de episódio de insuficiência respiratória aguda, clinicamente estáveis, internados em UTI, em VM ou espontânea. Dentre os 80, 60 pacientes foram submetidos à terapia padrão – que consistia em trata- mento medicamentoso para as doenças de base e possíveis complicações e suporte nutricional – acrescida de um programa de reabilitação (grupo A), enquanto os outros 20 pacientes foram submetidos à terapia padrão associada apenas à deambulação progressiva (grupo B). Na admissão, 78% dos pacientes do grupo A e 70% do gruo B eram ventilados me- canicamente, por ventilação invasiva ou não-invasiva. O programa de reabilita- ção consistia em duas sessões diárias de 30 a 45 minutos e foi dividido em quatro fases. As duas primeiras foram conside- radas treinamento para deambulação progressiva, comum aos dois grupos de pacientes: consistiam em treino com sobrecarga crescente, de manutenção de posturas a deambulação independente. As fases III e IV, realizadas apenas pelos pacientes do grupo A, consistiam em treinamento dos músculos respiratórios, pedalagem em cicloergômetro e cami- nhada em esteira a 70% da carga atingi- da no teste incremental realizado. Os principais achados foram: não foi obser- vada diferença significativa na porcen- tagem de óbitos e de dias de internação entre os grupos; durante a alta, 87% dos pacientes do Grupo A apresentaram autonomia para deambulação, enquanto apenas 70% dos pacientes do grupo B apresentaram esse resultado; pacientes do grupo A apresentaram benefícios não-evidenciados no grupo B, como aumento significativo da distância per- corrida no teste de seis minutos (p<0,001) e da força dos músculos inspi- ratórios (p<0,05), e diminuição significa- tiva da freqüência cardíaca após o teste de caminhada (p<0,01) e da taxa de dispnéia na alta da UTI. Para os autores, os resultados sugerem que pacientes com DPOC admitidos em UTI, após episódio de falência respiratória e que na maior parte eram ventilados mecani- camente, se beneficiaram de um progra- ma de reabilitação pulmonar precoce. Porta et al.13 avaliaram se a adição de treinamento dos membros superiores (MMSS) à fisioterapia global é aplicável e se resulta em benefícios adicionais aos pacientes recentemente desmamados da VM. Foram avaliados 66 pacientes clini- camente estáveis, internados em UTI e desmamados 48 a 96 horas antes do início do treinamento. Os pacientes foram alocados aleatoriamente em dois grupos: 1, intervenção e 2, controle (fisioterapia global). A intervenção con- sistiu em sessões de 20 minutos de treinamento muscular específico de MMSS em cicloergômetro, além da fisio- terapia global. Vinte e cinco pacientes de cada grupo completaram o protocolo. Em relação ao grupo controle, o grupo intervenção apresentou melhora mais notável na capacidade de exercício, evidenciada pela maior tolerância ao teste incremental (p=0,003) e de resis- tência (p=0,021) dos MMSS, menor taxa de fadiga durante os testes incremental (p=0,001) e de resistência (p=0,005) e menor dispnéia durante o teste de resis- tência (p=0,01). Ambos os grupos apre- sentaram melhora na força dos músculos inspiratórios e da taxa de dispnéia du- rante o teste incremental, sem diferença entre os grupos. Os autores concluem que o treinamento precoce dos MMSS é um programa seguro, aplicável em UTI, que pode melhorar a tolerância ao exer- cício e reforçar os efeitos de um progra- ma de reabilitação global. Em uma análise retrospectiva de 49 pacientes dependentes crônicos de VM, Martin et al.11 avaliaram a prevalência e Figura 1 Esquema ilustrativo do processo de seleção dos artigos sobre reabilitação pulmonar em unidade de terapia intensiva Artigos selecionados PubMed Cochrane SciELO PEDro • 16 referências • Selecionada: 1 – 15 desviaram do tema • 10 referências • Selecionada: 1 – 9 desviaram do tema • 1 referência • Selecionada: 0 – 1 repetida • 5 referências • Selecionada: 0 – 4 desviaram do tema – 1 repetida Localização de referências - citadas nas publicações selecionadas - nas bases de dados - sugeridas por especialista • 6 referências • Selecionadas: 2 – 4 desviaram do tema • 8 referências • Selecionadas: 3 – 4 repetidas – 1 revisão 3 2 2 Total: 7 artigos França et al. Reabilitação pulmonar na UTI Fisioter Pesq. 2010; 17(1) : 81-784 Fisioter Pesq. 2010; 17(1) Q ua dr o 1 S in op se (p rin ci pa is in fo rm aç õe s e re ss al va s) d os s et e es tu do s in cl uí do s na re vi sã o A ut or ia e tip o O bj et iv o A m os tra In te rv en çã o C on tro le R es ul ta do s R es sa lv as 12 M ak e et a l. 19 84 D es cr i- tiv o R ep or ta r m ét od os e su m ar iz ar re su lta do s da re ab ili ta çã o pu lm on ar de 1 6 pc ts c ro ni ca m en te ve nt ila do s 16 p ct s de pe nd en - te s de V M , 1 0 c/ D PO C e 6 c / al te ra çõ es re st rit iv as A V D , d ea m bu la çã o, tre in am en to d e fo rç a e re si st ên ci a do s M M II, té cn ic as de c on se rv aç ão d e en er gi a N ão s e ap lic a N a al ta : i nd ep en dê nc ia p ar a A V D v ar io u: 4 pc ts c / D PO C e 2 c / d oe nç a ne ur om us - cu la r m in im am en te in de pe nd en te s ou to ta lm en te d ep en de nt es ; 1 2 pc ts d e 2 a 24 h /d ia fo ra d o ve nt ila do r • G ra nd es di fe re nç as e nt re os p ct s 6 N av a, 19 98 EC R C om pa ra r e fe ito s da re ab ili ta çã o pu lm on ar pr ec oc e c / o s da d ea m - bu la çã o pr og re ss iv a em pc ts c / D PO C c / i ns uf i- ci ên ci a re sp ira tó ria 80 p ct s c/ D PO C em re cu pe ra çã o de in su fic iê nc ia re sp ira tó ria , c om V M o u ve nt ila çã o es po nt ân ea G ru po A – re ab ili ta çã o pu lm on ar : t er ap ia p ad rã o + tre in o de d ea m bu la çã o pr og re ss iv a + d e m ús cu lo s re sp ira tó rio s + p ed al ag em e m ci cl oe rg ôm et ro + c am in ha da em e st ei ra c om c ar ga d e 70 % de te st e in cr em en ta l G ru po B - te ra pi a pa dr ão + tr ei no d e de am bu la çã o pr og re ss iv a • A ut on om ia p ar a de am bu la çã o: 8 7% gr up o A e 7 0% g ru po B • N os d oi s gr up os m el ho ra d a fu nç ão pu lm on ar , s em d ife re nç a en tre e le s • G ru po A : P Im áx s ig ni fic at iv am en te > , m el ho ra s ig ni fic at iv a da s en sa çã o de di sp né ia e d a to le râ nc ia a o ex er cí ci o • G ra nd e di st in çã o en tre o s gr up os • S em c eg am en to 13 Po rta e t al ., 20 05 EC R A va lia r s e a ad iç ão d e tre in am en to d os M M SS à ft gl ob al é a pl ic áv el e se re su lta e m b en ef íc io s ad ic io na is a p ct s re ce n- te m en te re tir ad os d a V M 6 6 pc ts re cé m - de sm am ad os G ru po 1 : F t g lo ba l ( de am bu - la çã o, c on tro le d e tro nc o e ft re sp ira tó ria ) + s es sõ es d iá ria s de c ic lo er gô m et ro d e br aç o du ra nt e 20 m in ut os , c om au m en to d a ca rg a de a co rd o co m a d is pn éi a G ru po 2 : F t gl ob al s em tre in o es pe cí fic o de M M SS • A um en to d a PI m áx e m el ho ra d a se ns aç ão d e di sp né ia e m a m bo s os gr up os , s em d ife re nç a en tre e le s. G ru po 1 > c ap ac id ad e de e xe rc íc io d os M M SS (t es te in cr em en ta l e d e re si st ên ci a) • S em c eg am en to 11 M ar tin e t al ., 20 05 R et ro s- pe ct iv o A va lia r p re va lê nc ia e m ag ni tu de d a fra qu ez a m us cu la r e o im pa ct o da re ab ili ta çã o em p ct s cr on ic am en te v en til ad os 4 9 pc ts de pe nd en te s cr ôn ic os d e V M Ex er cí ci os d e co nt ro le d e tro nc o, m an ut en çã o da po st ur a, p as si vo s e de re si s- tê nc ia p ar a M M SS e M M II, de am bu la çã o em b ar ra s pa ra le la s (s es sõ es 3 0 a 60 m in ) N ão s e ap lic a • A um en to s ig ni fic at iv o da fo rç a do s M M SS e M M II, c ap ac id ad e le va nt ar e de am bu la r a pó s in te rv en çã o • F or ça in ic ia l d os M M SS fo i in ve rs am en te c or re la ci on ad a co m te m po de d es m am e da V M (r = 0, 72 , p < 0, 00 1) • E st ud o re tro sp ec tiv o 1 C hi an g et al ., 20 06 EC R A va lia r e fe ito s de pr og ra m a de 6 s em an as de tr ei na m en to fí si co n o es ta do fu nc io na l e fo rç a m us cu la r e m p ct s em V M p ro lo ng ad a 39 p ct s em V M po r m ai s de 1 4 di as Te ra pi a pa dr ão p ar a a do en ça su bj ac en te + tr ei na m en to 5 X po r s em an a po r 6 s em an as : ex er cí ci os d e fo rta le ci m en to do s M M SS e M M II, n a be ira d o le ito , tre in o de tr an sf ., de am - bu la çã o e at iv id ad es fu nc io na is A po io n ut ric io - na l + p os ic io na - m en to a de qu a- do , a ss is tê nc ia em A V D , en co - raja m en to à m ob ili za çã o • G ru po in te rv en çã o: > fo rç a do s m ús cu lo s es qu el ét ic os e re sp ira tó rio s (s ig ni fic an te ) e m re la çã o ao g ru po co nt ro le , a lé m d e m el ho ra d o es ta do fu nc io na l • P ct s c/ d ife re nt es di ag nó st ic os e et io lo gi as , a m os tra re la tiv am en te pe qu en a • S em c eg am en to 14 B ai le y et al ., 20 07 C oo rt e D et er m in ar s e at iv id ad e pr ec oc e é vi áv el e se gu ra e m p ct s co m in su fic iê nc ia re sp ira tó ria 1 03 p ct s co m m ai s de 4 d ia s de V M A tiv id ad es p ro gr es si va s, d ua s X ao d ia : s en ta r- se à b ei ra d o le ito s/ e nc os to , t ra ns f. da c am a pa ra ca de ira , e d ea m bu la çã o c/ o u s/ a ux íli o, u sa nd o um a nd ad or e/ ou a po io d o pr of is si on al N ão s e ap lic a • R ea liz ad as 1 44 9 at iv id ad es Ef ei to s ad ve rs os : 9 p ct s (8 ,7 % ) e m 1 4 at iv id ad es (0 ,9 6% ): 5 qu ed as , 4 h ip ot en - sõ es , 3 d es sa tu ra çõ es , 1 h ip er te ns ão , 1 re m oç ão d e so nd a al im en ta r. • A us ên ci a de e xt ub aç ão e c om pl ic aç õe s • A us ên ci a de gr up o co nt ro le 15 Th om se n et a l., 20 08 C oo rt e V er ifi ca r s e pc ts tra ns fe rid os p ar a U TI e m qu e se p rio riz a a at iv id a- de p re co ce a pr es en ta m m el ho r d ea m bu la çã o 10 4 pc ts c om m ai s de 4 d ia s de V M A tiv id ad es p ro gr es si va s: s en ta r- se à b ei ra d o le ito s / e nc os to , tra ns fe rê nc ia d a ca m a pa ra ca de ira , d ea m bu la çã o c/ o u s/ au xí lio , c / a nd ad or e /o u ap oi o do p es so al d ua s X a o di a N ão s e ap lic a • r 5 5% d os p ct s: a um en to d e at iv id ad es ap ós 2 4h d a tra ns fe rê nc ia • % d e pc ts q ue d ea m bu la va m p as so u de r 5% p ar a > 4 0% a pó s 48 h d a tra ns fe rê nc ia • N I: fre qü ên ci a do tra ta m en to , p or qu em fo i a pl ic ad o • S em g ru po co nt ro le EC R = E ns ai o cl ín ic o ra nd om iz ad o; P ct s = p ac ie nt es ; F t = fi si ot er ap ia ; V M = v en til aç ão m ec ân ic a; D PO C = d oe nç a pu lm on ar o bs tru tiv a cr ôn ic a; A V D = a tiv id ad e da v id a di ár ia ; M M II = m em br os in fe rio re s; M M SS = m em br os s up er io re s; tr an sf = tr an sf er ên ci a; U TI = u ni da de d e te ra pi a in te ns iv a; P Im áx = p re ss ão in sp ira tó ria m áx im a; N I = N ão in di ca do Fisioter Pesq. 2010; 17(1) :81-7 85Fisioter Pesq. 2010; 17(1) a magnitude da fraqueza muscular e o impacto da reabilitação em pacientes cronicamente ventilados, internados em uma unidade de reabilitação multidisci- plinar. Na admissão os pacientes apre- sentaram fraqueza muscular importante e descondicionamento severo. O progra- ma de reabilitação era conduzido por fisioterapeutas, cinco dias por semana em um ginásio construído dentro da unidade de reabilitação. Consistia em sessões de 30 a 60 minutos de duração, com exercícios de controle de tronco, manutenção da postura, exercícios pas- sivos e de resistência para MMSS e MMII, além de deambulação em barras para- lelas. O programa foi realizado com pacientes em VM ou ventilação espon- tânea – quando o paciente conseguia permanecer por mais de quatro horas fora do respirador, em respiração espon- tânea. Os principais resultados obser- vados foram o aumento significativo da força dos MMSS e MMII (p<0,01), da habilidade de transferir-se de supino para sentado (p<0,01) e de sentado para em pé (p<0,01), e de deambular (p<0,05), além de relação significativa indireta de magnitude moderada entre a força dos MMSS na admissão e o tempo de desmame (r=0,72, p<0,001). Os autores sugerem que pacientes cro- nicamente ventilados apresentam fra- queza e descondicionamento, mas res- pondem positivamente à reabilitação, com melhora da força, dos resultados do desmame e da funcionalidade. Chiang et al.1 avaliaram 39 pacientes com o intuito de verificar a hipótese de que um programa de treinamento físico de pacientes em VM prolongada poderia melhorar a força muscular respiratória, aumentar o tempo fora da VM e melhorar o estado funcional. Os pacientes foram divididos em dois grupos, intervenção e controle. Pacientes do grupo intervenção foram submetidos a sessões supervisio- nadas por fisioterapeutas, cinco vezes por semana por seis semanas. As sessões consistiam em exercícios de fortaleci- mento na beira do leito para os MMSS e MMII, treinamento de atividades funcionais e deambulação, assim que os pacientes suportassem. A intensidade dos exercícios foi determinada de acor- do com a classificação da escala de Borg. O grupo controle recebeu terapia padrão para a doença subjacente, apoio nutricional e cuidados que incluíam posicionamento adequado e assistência nas atividades de vida diária. A mobili- zação física poderia ser encorajada verbalmente, mas não era rotineiramente realizada pela equipe. Os autores obser- varam aumento significativo da força dos músculos esqueléticos (p<0,05), da musculatura respiratória (p<0,01), do tempo livre fora do respirador (p<0,01) e do estado funcional (p<0,001) nos pacientes submetidos à reabilitação precoce, enquanto pacientes do grupo controle apresentaram deterioração da força dos músculos esqueléticos e respiratórios e uma diferença não signifi- cativa do tempo fora do respirador. Os autores concluíram que os benefícios proporcionados pelo treinamento físico possivelmente acentuaram a melhora funcional desses pacientes. Com o objetivo de verificar se a ativi- dade precoce é segura e viável em pacientes com insuficiência respiratória, Bailey et al.14 avaliaram todos os pacien- tes admitidos na UTI, no período de junho a dezembro de 2003, e que neces- sitaram de mais de quatro dias de VM. As atividades foram realizadas duas vezes por semana a partir da estabiliza- ção clínica. Foraminstituídas, progres- sivamente, atividades como sentar-se à beira do leito, transferência da cama para cadeira, deambulação com ou sem auxílio, usando um andador e/ou apoio da equipe. Para adequar a ventilação, foram realizados ajustes nos parâmetros ventilatórios, quando necessário. Em relação à viabilidade, a equipe foi treina- da e a unidade reorganizada para priori- zar as atividades dos pacientes. Foram avaliadas 1449 atividades em 103 pacientes. Efeitos adversos foram obser- vados em 14 atividades (0,96%), em nove pacientes: cinco quedas sem lesões, quatro episódios de hipotensão, três de dessaturação, um de hipertensão e um de remoção de sonda alimentar. Nenhum dos eventos adversos resultou em extubação, complicações que exi- giriam terapia adicional, ou longo tempo de hospitalização. Os autores sugeriram que a atividade precoce é segura e viável em pacientes ventilados artificialmente. Recentemente Thomsen et al.15 estu- daram 104 pacientes com insuficiência respiratória que foram transferidos de UTI convencionais para uma unidade in- tensiva respiratória onde a atividade precoce é o ponto chave do tratamento do paciente. A intervenção consistiu de atividades progressivas, iniciadas com o sentar à beira do leito sem encosto e evoluindo para transferência da cama para cadeira, deambulação com ou sem auxílio, de andador e/ou apoio do pro- fissional, duas vezes ao dia. Foram estu- dados 104 pacientes que requereram VM por período superior a quatro dias. Foi observado que após a transferência houve um aumento substancial da deambulação (p<0,0001) e que, em ape- nas dois dias na unidade intensiva respiratória, o número de pacientes que deambulava aumentou três vezes em comparação com o período pré-transfe- rência. A transferência para a unidade de treinamento precoce (p<0,0001), o sexo feminino (p=0,019), a ausência de sedativos (p=0,009) e o menor escore (p=0,017) no questionário Apache, de avaliação do estado fisiológico agudo e crônico (Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II), que estima o prog- nóstico do paciente, foram considerados preditores do aumento da deambulação. Os autores concluem que, em um ambien- te que propicia imobilidade, o treinamento físico na UTI pode contribuir para aumentar a deambulação, independente da fisiopatologia subjacente. DISCUSSÃO A presente revisão analisou sete es- tudos, todos publicados no idioma in- glês, que avaliaram os efeitos de diferen- tes programas de reabilitação pulmonar em pacientes internados em UTI. Destes, três correspondem a ensaios clínicos randomizados, um a estudo descritivo, dois a estudos de coorte e um a estudo retrospectivo. Quanto ao delineamento metodológico, nenhum artigo apre- sentou cegamento. Quanto ao país de origem, quatro foram feitos nos Estados Unidos, um na China e um na Itália. Em relação à qualidade da evidência dos estudos, de acordo com a escala PEDro16, os ensaios clínicos apresentam baixa pontuação, Nava et al.6 com pontuação (4/10), Porta et al.13 (5/10) e Chiang et al.1 (4/10). Aos quatro estudos restantes não se aplica essa escala. França et al. Reabilitação pulmonar na UTI Fisioter Pesq. 2010; 17(1) : 81-7 86 Fisioter Pesq. 2010; 17(1) Em seis artigos a amostra era composta de pacientes pós-insuficiência respiratória, que apresentavam estabilidade clínica, ausência de comprometimento neuro- muscular grave e nível de consciência satisfatório; entretanto a doença de base diferiu entre eles. Houve predomínio de pneumonia como causa de insuficiência respiratória em um estudo11, sepse em dois14,15, DPOC em três1,6,13 e em um estudo12 não foi identificada a doença de base predominante. Neste último, Make et al.12 avaliaram pacientes croni- camente ventilados, submetidos à VM devido a acidose respiratória progressiva. Em relação à intervenção aplicada, todos os estudos apresentam tratamento a pacientes internados em UTI, mas cada estudo utiliza um protocolo distinto de atividades. A maior parte dos estudos preconiza o treinamento global, baseado em mobilização precoce, fortalecimento de musculatura respiratória de MMSS e MMII, estabilização de tronco, transfe- rências e deambulação. Em um estudo foi realizado treinamento de resistência dos MMII, como nos programas ambu- latoriais8-10, e em outro foi priorizado o treinamento de MMSS13. Os autores utilizaram períodos distin- tos de VM como critério de inclusão nos estudos. Thomsen et al.15 e Bailey et al.14 incluíram pacientes ventilados mecani- camente há mais de quatro dias e Chiang et al.1 e Martin et al.11, há mais de 14 dias. No estudo de Nava et al.6, 78% dos pacientes estavam em VM, mas os auto- res não utilizaram o período em venti- lação como critério de inclusão. Make et al.12 estudaram pacientes dependentes de VM, entretanto não mencionaram o período de ventilação. Já Porta et al.13 estudaram pacientes com mais de 96 horas de extubação. Em três dos sete estudos analisados os autores avaliaram pacientes em grupo controle. Nos de Nava et al.6 e Chiang et al.1, os pacientes do grupo controle foram submetidos a terapia médica padrão para a doença subjacente e apoio nutricional. O primeiro também acres- centou deambulação progressiva e o segun- do, posicionamento adequado e mobi- lização encorajada apenas verbalmente. No estudo realizado por Porta et al.13 o grupo controle foi submetido à fisiote- rapia global sem programa específico de MMSS, esta considerada a intervenção aplicada ao grupo tratado. Vale ressaltar que nos grupos controle desses três estu- dos os pacientes foram submetidos a programas pouco convencionais na prá- tica clínica e que, apesar de menores em relação aos grupos intervenção estu- dados, também apresentaram benefícios à funcionalidade e força muscular. Nenhum dos estudos analisados re- latou prejuízos determinados pela reabi- litação na UTI, demonstrando a viabili- dade da atividade precoce. Bailey et al.14, que avaliaram a segurança e viabi- lidade da reabilitação na UTI, mostraram que menos de 1% das atividades reali- zadas correlacionaram-se com efeitos adversos simples, sem complicações. Em relação ao custo-benefício, Hopkins et al.5 relataram que a mudança cultural dentro de uma UTI visando a mobiliza- ção precoce não exige aumento de gas- tos, e que é possível desenvolver um programa de reabilitação precoce desde que haja planejamento, preparação da equipe e organização do serviço. Apesar da diversidade de protocolos, características dos participantes e instru- mentos, além da ausência de cegamento e da baixa nota na escala PEDro, todos os estudos sugeriram benefícios diante de programas de reabilitação pulmonar na UTI. Os principais benefícios deter- minados pela reabilitação identificados nos estudos analisados foram aumento da deambulação, aumento da força da musculatura respiratória e esquelética e melhora funcional relacionada às ativi- dades de vida diária. Na busca de evidência científica, foram pesquisadas revisões bibliográ- ficas que analisaram os efeitos da fisiote- rapia precoce em pacientes internados em UTI. Clini e Ambrosino17, em 2004, avaliaram a efetividade clínica de proto- colos de desmame e de intervenções fisioterápicas específicas, dentre as quais destacam-se a mobilização de membros e o treinamento da musculatura esque- lética, consideradas modalidades da reabilitação na UTI. Os autores suge- riram que os exercícios passivos e ativos dos MMSS e MMII podem ser emprega- dos para reduzir os efeitos deletérios da imobilização, e destacaram os bene- fícios na oxigenação, estimulo gravi- tacional, restauração da distribuição do fluido corporal, manutenção da ampli- tude de movimento e prevenção do tromboembolismo. Em relação ao treina- mento da musculatura esquelética, os autores analisaram o estudo realizado por Nava6, também incluído na presente revisão. Recentemente,a Sociedade Respira- tória Européia18 publicou recomen- dações para as ações da fisioterapia na UTI, as quais incluem treinamento dos músculos esqueléticos, mobilização e posicionamento. Os autores enfatizaram a segurança e importância dessas moda- lidades para a prevenção dos prejuízos causados pela imobilidade no leito e propuseram um fluxograma para início da mobilização na UTI. Também desta- caram os níveis de evidência das técni- cas e procedimentos realizados pela fisioterapia na UTI. Outro aspecto enfatizado foi a falta de dados e a neces- sidade de padronização de programas de atendimento, que poderão potencia- lizar os benefícios da prevenção e tratamento da imobilidade e do descon- dicionamento, freqüentemente observa- dos em pacientes da UTI. CONCLUSÃO Com base nos estudos analisados, conclui-se que a reabilitação pulmonar precoce realizada na UTI tem efeitos positivos na recuperação da falência respiratória dos pacientes, inclusive naqueles em VM. Em adição, esse pro- cedimento mostrou-se seguro e bem tolerado, já que não foram demonstrados efeitos colaterais em nenhum dos estu- dos analisados. Entretanto, são neces- sárias novas investigações para determi- nar a freqüência, tempo de início e técni- cas de aplicação mais adequadas a serem utilizadas. Fisioter Pesq. 2010; 17(1) :81-7 87Fisioter Pesq. 2010; 17(1) 1 Chiang LI, Wang LY, Wu CP, Wu HD, Wu YT. Effects of physical training on functional status in patients with prolonged mechanical ventilation. Phys Ther. 2006;86(9):1271-81. 2 Topp R, Ditmyer M, King K, Doherty K, Hornyak J 3rd. The effect of bed rest and potential of prehabilitation on patients in the intensive care unit. AACN Clin Issues. 2002;13(2):263-76. 3 Nava S, Piaggig, Mattia E, Carlucci A. Muscle retraining in the ICU patients. Minerva Anestesiol. 2002;68(5):341-5. 4 Downs F. Bed rest and sensory disturbances. Am J Nurs. 1974;74:434-8. 5 Hopkins Ro, Spuhler VJ, Thomsen GE. Transforming ICU culture to facilitate early mobility. Crit Care Clin. 2007;23(1):81-96. 6 Nava S. Rehabilitation of patients admitted to a respiratory intensive care unit. Arch Phys Med Rehabil. 1998;79:849-54. 7 Cini EM, Romagnoli M. Inpatient pulmonary rehabilitation: does it make sense? Chron Respir Dis. 2005;2:43-6. 8 British Thoracic Society. Pulmonary rehabilitation. Thorax. 2001;56:827-34. 9 Nici L, Donner C, Wouters E, Zuwallack R, Ambrosino N, Bourbeau J, et al. American Thoracic Society /European Respiratory Society statement on pulmonary rehabilitation. Am J Respir Crit Care Med. 2006;173(12):1390-413. 10 GOLD - Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global strategy for the diagnosis, management and prevention of COPD: 2007 update [citado set 2008]. Disponível em: http://www.goldcopd.org/ GuidelineItem.asp?intId=1816. 11 Martin UJ, Hincapie L, Nimchuk M, Gaughan J, Criner GJ. Impact of whole-body rehabilitation in patients receiving chronic mechanical ventilation. Crit Care Med. 2005;33(10):2259-65. 12 Make B, Gilmartin M, Brody JS. Rehabilitation of ventilator-dependent subjects with lung diseases: the concept and initial experience. Chest. 1984;86(3):358-65. 13 Porta R, Vitacca M, Gilè LS, Clini E, Bianchi L, Zanotti E, et al. Supported arm training in patients recently weaned from mechanical ventilation. Chest. 2005;128(4):2511-20. 14 Bailey P, Thomsen GE, Spuhler VJ, Blair R, Jewkes J, Bezdjian L, et al. Early activity is feasible and safe in respiratory failure patients. Crit Care Med. 2007;35(01):139-45. 15 Thomsen GE, Snow GI, Rodriguez L, Hopkins RO. Patients with respiratory failure increase ambulation after transfer to an intensive care unit where early activity is a priority. Crit Care Med. 2008;36(4):1119-24. 16 PEDro – Physiotherapy Evidence Database. PEDro scale: last amended 1999. Disponível em: http:// www.pedro.org.au/english/downloads/pedro-scale. 17 Clini E, Ambrosino N. Early physiotherapy in the respiratory intensive care unit. Respir Med. 2005;99:1096-104. 18 Gosselink R, Bott J, Johnson M, Dean E, Nava S, Norrenberg M, et al. Physiotherapy for adult patients with critical illness: recommendations of the European Respiratory Society and European Society of Intensive Care Medicine Task Force on physiotherapy for critically ill patients. Intensive Care Med. 2008;34:1188-99. REFERÊNCIAS França et al. Reabilitação pulmonar na UTI Fisioter Pesq. 2010; 17(1) : 81-7
Compartilhar