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Nome: Tamiris da Silva Oliveira RA: 20151475 Resumo do filme: "As duas faces de um crime" O filme conta a história de um jovem de dezenove anos chamado Aaron Stampler, que foi envolvido no assassinato do arcebispo de Chicago, Richard Rushman, morto com 78 facadas. O ex- promotor e advogado criminalista mais famoso da cidade, Martin Vail, embora muito talentoso, porém arrogante sai em busca de causas polêmicas e de grande repercussão para se promover pessoalmente, aceita defender o Aaron para livrá-lo do corredor da morte. A promotora Janet Vanable emprega esforços para levá-lo ao corredor da morte, com a orientação do Juiz John Shaughnessy. O atributo do advogado é sua moral, ou seja, a reputação desse profissional se mede por seu talento e por sua moral. Durante as suas investigações pessoais, na busca da elucidação dos fatos e elaboração de uma melhor tese de defesa, Vail descobre o lado negro do famoso religioso. Conseguindo burlar os meios legais para conseguir subtrair da casa do arcebispo (local do crime), uma fita de vídeo no qual mostrava atos libidinosos entre o religioso, seus coroinhas e a namorada de um deles. Não suportando tal conduta malévola do religioso, o jovem coroinha assassina o arcebispo com facadas. Ocorre que para evitar a pena de morte, Aaron Stampler simula um transtorno dissociativo de Múltipla Personalidade, enganando o advogado, a acusação (promotoria de justiça), o médico-perito, e a tribuna do Júri Popular, acarretando, por conseguinte, numa absolvição imprópria, sendo a ele aplicado uma medida de segurança. Como a ficção se espelha na realidade fica o questionamento: Até que ponto é falível o laudo de um médico-perito num incidente de insanidade no processo penal especificamente no caso de um Transtorno Dissociativo de Múltipla Personalidade? A simulação de um transtorno de personalidade em júri e confirmado por médico-perito pode levar a anulação do julgamento? Martin Vail (Richard Gere) busca insensatamente provas que façam com seu cliente seja inocentado pelo Tribunal do Júri. Vai em busca de um médico perito e o leva até Aaron Stampler que registra todas as conversas, chegando à conclusão que Aaron Stampler é portador de Transtorno Dissociativo de Identidade. É importante salientar que o juiz não está adstrito ao laudo pericial que é emitido pelo perito. Procedimento do Tribunal do Júri Suscitar um incidente de insanidade no curso de um processo é uma tática comumente utilizada por defensores para livrar o sujeito passivo da relação processual de uma condenação final, principalmente em se tratando de um crime contra a vida como o homicídio. No filme é exatamente o que o advogado Martin Vail procura imediatamente fazer quando “descobre” que o seu cliente é portador de um transtorno mental e que possivelmente ao tempo do cometimento da infração penal o acusado era portador da patologia. Os artigos 394 a 405 do Código de Processo Penal são comuns aos crimes de procedimento comum como os crimes de competência do Tribunal do Júri. Nos crimes de competência do Júri Popular o procedimento é igual ao juízo singular até a oitiva de testemunhas, depois continua o procedimento e ao invés de ter a sentença há a decisão de pronúncia, impronúncia ou absolvição sumária. No Tribunal Martin Vail provoca a promotoria para que interrogue o réu. Nesse momento Vail já sabe como irá acontecer, e vendo o seu cliente ser provocado até o limite da farsa, Aaron Stampler, se descontrola. Então, ele pega à promotora e agarre o seu pescoço tentando matá-la, a farsa é tão bem trabalhada por Aaron Stampler que engana a todos, inclusive ao seu advogado, acreditando na sua total inocência, desde então, foi considerado pelo Tribunal do Júri como um portador de Transtorno Dissociativo de Identidade. Com tudo, é possível verificar que não é tão difícil assim agir em conformidade com as normas, visto que para isso, basta ser uma pessoa correta, honesta, digna.
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