Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Necessidades Nutrcionais Básicas Cristiane Pavan Pereira Nutrição Normal Necessidades e Recomendações de Nutrientes Necessidade Nutricional Nutrientes/ Energias dos alimentos para serem ingeridos Necessidades fisiológicas normais Prevenir deficiências Médias para grupos semelhantes da população Necessidades e Recomendações de nutrientes Necessidades de Energia e Proteína – FAO (Food and Drug Organization) Necessidades média de energia e Nível de ingestão seguro para proteína Recomendações nutricionais (Recommended Dietary Allowances - RDAs Food and Nutrition Board (FBN) desde 1941 Histórico 1938: Recomm anadá owances) De 1941 a 198 revisados peri 1990: Lançame 1997: Primeira (Dietary Refere eended Nutrient Intakes (RNIs)-‐ C 9: RDA (Recommended Dietary All odicamente – EUA nto da 10ª edição das RDAs – EUA publicação das DRIs nce Intakes) . Necessidades e Recomendações de nutrientes RDAs – ingestão de nutrientes adequados para cobrir necessidades de indivíduos saudáveis 1990 – SBAN analisou e adaptou 1997 – DRIs (Dietary Reference Intake) ou IDR (Ingestão Dietética de Referênca) Subdivididos em 4 conceitos de referência para consumo de nutrientes Para os DRIs, um requisito é definido como: menor nível de ingestão contínua de um nutriente que, para um indicador específico de adequação, irá manter o indivíduo nutrido para um nutriente específico. Necessidades e Recomendações de nutrientes – Necessidade média estimada : cobrir a necessidade de 50% dos saudáveis (faixa etária, estado fisiológico e sexo) aplicação em grupos populacionais EAR (Estimated Average Requirement) 7 Quota diária recomendada Cobrir necessidades de 97/98% dos saudáveis Aplicação individual Necessidades e Recomendações de nutrientes RDA (Recommended Dietary Allowances Necessidades e Recomendações de nutrientes RDA = EAR + 2DP ( EAR ) Ingestão adequada – quando não se tem EAR Aplicação individual Necessidades e Recomendações de nutrientes AI (Adequate Intake) Nível de Ingestão máxima tolerável ingestão segura, isenta de riscos/efeitos adversos Necessidades e Recomendações de nutrientes UL (Tolerable Upper Intake Levels) COMO UTILIZAR OS CONCEITOS??? Necessidades e Recomendações de nutrientes Planejamento Mas qual DRI devo usar? RDA: META DE INGESTÃO AI: META Dietary Reference Intakes: Guiding Principles for Nutrition Labeling and Fortification, 2003. UL: GUIA PARA LIMITAR CONSUMO Categorias das DRIs Aplicação das DRIs para os indivíduos Categorias das DRIs Aplicação das DRIs para os indivíduos Mas qual DRI devo usar? AVALIAÇÃO EAR: VERIFICAR POSSIBILIDADE DE INADEQUADAÇÃO AI: INGESTÃO NESTE NÍVEL TEM BAIXA PROBABILIDADE DE INADEQUAÇÃO UL: POSSIBILIDADE DE VERIFICAR CONSUMO EXCESSIVO Dietary Reference Intakes: Guiding Principles for Nutrition Labeling and Fortification, 2003. Categorias das DRIs Aplicação das DRIs para os indivíduos RESUMINDO: EAR: Examina a possibilidade de inadequação. RDA: Ingestão usual acima deste nível tem baixa probabilidade de inadequação. AI: Ingestão usual igual ou acima deste valor tem baixa probabilidade de inadequação. UL: Ingestão usual acima deste nível coloca o indivíduo em risco de efeito adverso. Categorias das DRIs Acceptable Macronutrient Distribution Ranges (AMDR) Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes. Esses intervalos de distribuição de macronutrientes estão associados com o risco reduzido de doenças crônicas, proporcionando ingestão recomendada de outros nutrientes essenciais. Categorias das DRIs Acceptable Macronutrient Distribution Ranges (AMDR) Carboidratos totais AMDR: 45 – 65 % do Valor Calórico Total (VET) RDA: 130g/dia para adultos, baseado na quantidade MÍNIMA média de glicose utilizada pelo cérebro Açúcares: não está definido a UL para açúcares totais ou de adição, mas é sugerido um nível de ingestão máximo de 25% ou menos de energia proveniente de açúcares de adição. Categorias das DRIs Acceptable Macronutrient Distribution Ranges (AMDR) Proteinas AMDR: 10 – 35 % do Valor Calórico Total (VET) RDA para homens e mulheres acima de 18 anos de idade é de 0,8g/kg/dia de proteína de boa qualidade. Categorias das DRIs Acceptable Macronutrient Distribution Ranges (AMDR) Não foram estabelecidas AI, RDA, ou UL. Lipídeos AMDR: 10 – 35 % do Valor Calórico Total (VET). Cálculo do Metabolismo Basal e VET (Valor Energético Total) NECESSIDADES ENERGÉTICAS É a quantidade de energia que deve ser ingerida para equilibrar o gasto energético de um indivíduo cuja compleição física, composição da massa corporal e o nível de atividade física são compatíveis com a boa saúde a longo prazo. (FAO/OMS , 1985) Balanço Energético É encontrado quando a entrada (consumo energético) é igual à saída (gasto energético total) mais a energia necessária para o crescimento na infância e gravidez e a produção do leite durante a lactação. Quando o balanço energético é mantido por um período prolongado, o peso do indivíduo tende a permanecer estável. Isto pode incluir períodos curtos durante os quais o balanço do dia a dia entre o consumo e o gasto pode não ocorrer. Balanço Energético Um peso estável ótimo é encontrado quando o consumo energético compensa o gasto energético total, contribuindo para o crescimento adequado na infância, gravidez e lactação. Componentes do Gasto Energético 1. Metabolismo Basal Refere-se a taxa mínima de gasto energético compatível com a vida, que compreende uma série de funções que são essenciais para a vida: função e substituição celular; síntese, secreção e metabolismo de enzimas e hormônios para o transporte de proteínas e outras substâncias e moléculas; a manutenção da temperatura corpórea; a não interrupção do trabalho cardíaco e músculos respiratórios; função cerebral. Componentes do Gasto Energético Taxa de Metabolismo Basal (TMB): quantidade de energia necessária para o metabolismo basal em um período de tempo. A TMB é medida em condições padronizadas: indivíduo acordado, em posição decúbito dorsal, após 10 -12 hs da última refeição e 8hs de descanso em um ambiente tranquilo e em temperatura agradável. Deve ser aferida pela manhã, logo após o despertar, antes da prática de qualquer atividade pelo indivíduo. Componentes do Gasto Energético A TMB é o maior componente do gasto energético. Dependendo da idade, e estilo de vida representa 45 a 70% do gasto energético total e é determinado principalmente pela idade, sexo, tamanho corporal e composição corporal. Componentes do Gasto Energético Fatores que afetam e aumentam a TMB: Fatores Consequênciassobre a TMB Composição Corporal Quanto > a % de tecido muscular > aTMB Estatura Quanto > a estatura > é a área de superfície corporal e > a TMB Idade Quanto > aidade < a atividade física < tecido muscular , assim < TMB Crescimento Crianças e gestantes > TMB Temperatura Temperaturas + baixas > TMB Jejum/Desnutrição < TMB Febre TMB Estresse TMB Tiroxina Hormônio regulador da TMB, quanto> a produção, > TMB Componentes do Gasto Energético 2. Atividade Física O tipo de atividade física exercida pelo indivíduo deve ser considerada para a determinação das necessidades energéticas. Pode variar desde 10% para confinados ao leito até 50% em atletas. Componentes do Gasto Energético Classificação do tipo de atividade física: ClassificaçãoAF Descrição Leve Desenvolvida em ambiente fechado, com o indivíduo sentado, como escriturário, costureiro, desenhista,motorista, estudante, digitadores, etc. Moderada Desenvolvidaem ambiente fechado, mas com o indivíduo em pé, como vendedores, professores, balconistas, cabeleireiros, donas de casa, etc. Intensa Desenvolvida ao ar livre,com intenso gasto energético, como lixeiros, carpinteiros, gari, pedreiros,carteiros, etc. Componentes do Gasto Energético 3. Termogênese induzida pelos alimentos É a energia necessária para a digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes. Componentes do Gasto Energético Distribuição do percentual do gasto energético: 25% - 35% atividade física 5% - 10% efeito térmico do alimento 60% - 65% TMB Passo a passo para determinação do GET ou VET diário (Kcal/dia) Passo 1 – calcular GEB / estado nutricional Passo 2 – conhecer nível de atividade física (FA) Passo 3 – GET = GEB x FA Determinação do Gasto Energético Basal (GEB) Passo 1 Para se determinar o gasto energético deve-se avaliar o seu estado nutricional atual pelo cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC): IMC=Peso (kg)/Altura(m)² Classificar de acordo com a referência. Determinação do Gasto Energético Basal (GEB) Classificação IMC (kg/m²) Baixo peso < 16,0 Baixo peso moderado 16,0 – 16,99 Baixo pesosuave 17,0 – 18,49 Desnutrição <18,5 Eutrofia 18,5 – 24,99 Sobrepeso 25,0 -29,99 Obesidade grau I 30,0 – 34,99 Obesidade grau II 35,0 – 39,99 Obesidade grau III ≥ 40,0 Fonte: OMS (1997) Classificação do IMC Determinação do Gasto Energético Basal (GEB) Se o indivíduo estiver fora do padrão de eutrofia, deve-se indicar o peso ideal (PI), podendo utilizar o IMC médio de eutrofia. PI= 21,7kg/m² x estatura² Após identificar o peso que será utilizado para determinação do GEB, é preciso aplicá-lo na fórmula da Organização Mundial de Saúde (OMS). Determinação do Gasto Energético Basal (GEB) Cálculo do GEB pela FAO/OMS, 1985 Idade Mulheres Homens 18 a 30 anos 14,7 x P + 496 15,3 x P + 679 30 a 60 anos 8,7 x P + 829 11,6 x P + 879 + de 60 anos 10,5 x P + 596 13,5 xP +487 Determinação do Gasto Energético Basal (GEB) Cálculo do GEB segundo Harris Benedict Homens: GEB (kcal/dia)=66 + (13,7 x P) + (5 x E) – (6,8 x I) Mulheres: GEB (Kcal/dia)= 655 + (9,6 x P) + (1,7 x E) – (4,6 x I) P(kg), E (cm), I (anos) Determinação do Gasto Energético Total (GET) Após determinação do GEB, determina-se o VET; Multiplica-se o valor referente ao GEB pelo Fator Atividade (FA), correspondente à atividade física realizada pelo indivíduo. Natureza da atividade Fator Atividade Física Leve 1,56 Moderada 1,64 Intensa 1,82 Cálculo da necessidade energética basal e total Caso: Homem de 45 anos Peso: 79 kg Estatura: 180 cm Horas de sono: 8h Sentado trabalhando: 9h Sentado vendo tv: 3,58h De pé: 1h Andando de um lado para outro: 1h Caminhando rápido: 1 h todos os dias Atividade Física: futebol 3h por semana GEB: FAO/OMS:1795 kcal Harris Benedict: 1742 kcal Fator Atividade FA=1,39 Cálculo do GET GET= GEB x Fator Atividade GET= 1795x 1,39 GET=2495 kcal Determinação do VET Dietary Reference Intake Homem= 662 – (9.53 x idade [a]) + FA x {(15.91 x peso [kg]) + (539.6 x altura [m])} Mulher= 354 – (6.91 x idade [a]) + FA x {(9.36 x peso [kg]) + (726 x altura [m])} Atividade Proposta Faça o cálculo do seu Gasto Energético Basal (GEB) e Gasto Energético Total (GET), considerando seus dados pessoais e fator atividade. Referências Bibliográficas CANDIDO, C. C.; GOMES, C. E. T; SANTOS, E. C.; GAMES, G. M. O.; CANOTILHO, A. C. C.; MARQUES, K. G. Nutrição: Guia Prático. 3 ed. São Paulo: Iátria, 2010. CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição clínica no adulto. 2 ed. São Paulo: Manole, 2005. VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2010. Dietary Reference Intakes: Guiding Principles for Nutrition Labeling and Fortification, 2003
Compartilhar