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corpus juris civilis

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE DIREITO
CAUANE
GABRIELLA GUIMARÃES
GERALD
GISLAINE
LUIS GUILHERME
HISTÓRIA DO DIREITO
JUSTINIANO: “Corpus Iuris Civilis”
LIMEIRA- SP
2019
INTRODUÇÃO 
Justiniano “Corpus Iuris Civilis”
JUSTINIANO foi um Imperador bizantino, nasceu em Constantinopla. Enxergou a necessidade de reerguer o Direito Romano para estruturar seu Império. Assim, teve a preocupação de organizar a legislação da época como um dos meios de unificar e expandir o Império Bizantino.
Nomeou uma comissão para catalogar as constituições imperiais vigentes em fevereiro de 528 comandada por TRIBONIANO.
A obra está dividida em quatro partes e é uma revolução no âmbito jurídico, pois organizou de forma sistemática a legislação e a jurisprudência romana da época, sendo uma das estruturas para o Direito Civil moderno.
Corpus Iuris Civilis
2.1 CODEX 
Esse termo vem do latim e quer dizer tronco da arvore. O código significa o suporte do sistema legal. Teve como objetivo compilar todas as constituições vigentes no direito romano, para que se conhecessem as leis que vigoravam e a partir da organização, selecionar os estudos que seriam aproveitáveis.
Entrou em vigor em 16 março 529 com 12 livros para homenagear a lei das XII Tábuas. O livro I cuidou do direito eclesiástico, das fontes do Direito e das funções de servidores públicos. O livro II a VIII do direito privado. O livro IX dos delitos e os livros X a XII regras administrativas
Fixou profundas alterações nas interpretações do Direito Romano
Exemplos de regras:
NINGUÉM SOFRERÁ PENALIDADE PELO O QUE PENSA.
NINGUÉM PODE SER RETIRADO A FORÇA DE SUA PRÓPRIA CASA.
DIGESTO (PANDECTAS)
Particípio passado do verbo digero, que significa separar, classificar, distribuir, pôr em ordem, o Digesto de Justiniano é exatamente isso: reunião, seleção de decisões e textos célebres de jurisconsultos romanos do período clássico em um só local, a fim de guardá-los para a posteridade e preservar-lhes a autenticidade. 
O Digesto é composta por 50 livros, sendo uma enorme compilação de extratos de mais de 1500 livros escritos por jurisconsultos da época clássica. 
O objetivo do Digesto, conhecido igualmente pelo nome grego Pandectas, era o de cessar as contradições, corrigir os textos e eliminar os institutos em desuso. 
O Digesto era a compilação do ponto de vista de renomados juristas clássicos, tais como Papiniano, Ulpiano, Celso, Gaio, entre outros. É o que atualmente denominamos jurisprudência.
Critérios de interpretação utilizados até os dias de hoje: 
O instituto da boa-fé já era previsto no direito romano, como assim já asseverava Gaio, em enunciado incluído no Digesto e repetido no Codex. Referidos conceitos são bastante semelhantes aos existentes nos artigos 422 e 940 do Código Civil
Outra questão apresentada pelo Digesto era a questão sobre a inviolabilidade do domicílio, que também ainda hoje é resguardada pela nossa Carta Magna em seu artigo 5º, inciso XI: “que a casa seja para cada um o refúgio e o receptáculo seguríssimo (Digesto II, 4, fr. 18). ”
INSTITUTAS: 
Antes de o digesto ser promulgado, Justiniano escolheu três compiladores – Triboniano (jurista bizantino), Doroteu e Teófilo (professores das escolas de Constantinopla e de Bento) – para a organização de um manual introdutório às normas inclusas no Digesto.
Foi um manual introdutório às normas inclusas no Digesto. As Institutas foram publicadas um mês antes do Digesto, em 21 de novembro de 533, para que fosse possível o estudo prévio das normas que em breve entrariam em vigor. Sendo destinada ao ensino, as Institutas têm como característica o ponto de vista teórico, expondo noções gerais, definições e classificações dos dispositivos presentes no Digesto. 
O livro I trata das noções gerais do direito e da personalidade. O livro II trata do testamento e usucapião, o livro III trata das obrigações e por último o livro IV trata dos delitos, das ações, dos julgadores e do processo. 
Em resumo tratam: o primeiro livro das pessoas; o segundo das coisas, propriedades, direitos reais e testamentos; o terceiro da sucessão intestada, das obrigações em geral e das obrigações ex contractu; o quarto das obrigações ex delicto, das actiones do processo civil e do direito criminal. 
Nas Institutas eram consideradas fontes jurídicas: o jus naturale, o jus gentium, o jus civile, e o jus scriptum e o non scriptum. Esse trabalho teve a mesma divisão das Institutas, de Gaio: pessoas, coisas e ações.
Relação das Institutas com a legislação brasileira atual
Na legislação civil atual, a filha, independentemente de já ter se casado ou não, e a esposa são sucessoras legítimas de seu pai e marido respectivamente. Em Gaio e nas Institutas de Justiniano, a filha só é considerada como herdeira de seu pai se lhe estivesse subordinada no momento da morte, e se fosse casada ela já não seria mais a herdeira, pois não estaria sob autoridade do pai.
 
2.4 NOVELAS 	
O quarto livro, denominado Novelas (Novellae, Autênticas ou Plácida) traz a legislação, as leis bizantinas, ditas de Justiniano e pertencentes ao Império Romano do Oriente. Trata-se de leis imperiais não contidas no Codex.
Fazem parte, porém, do direito romano, como componente do Corpus Juris Civilis, uma vez que Justiniano sempre postulou pela fidelidade ao direito da antiga Roma. Como são leis posteriores, modernizaram as leis romanas. A maioria das novelas foram escritas em grego, uma vez que este era o idioma preferido pela cultura bizantina.
A ideia original de justiniano teria sido a de recolher em um código definitivo as novas constituições aprovadas sob o seu império a partir do ano de 535, plano que não conseguiu concretizar-se e, o que hoje conhecemos como novelas de Justiniano, nunca foram oficialmente reunidas sob a sua gestão. 
Foi muito tempo depois que foram publicadas coleções delas, sancionadas não só para regular questões secundárias mas também para reordenar e regular importantes instituições do direito privado.
As Nouellae são constituídas por prefácio, capítulos e epílogo. Sabe-se que existiram três versões:
● Epítome das Novelas de Juliano: Contém 122 constituições dispostas por ordem cronológica e terá sido elaborado por Juliano, provavelmente Professor de Constantinopla, em 555/556.
● Autêntico (Aunthenticum): Contém 134 novelas desde os anos 535 a 556, escritas em grego e traduzidas em latim. Encontram-se ordenadas cronologicamente até ao número 127.
● Coletânea grega: Contém 168 novelas redigidas em grego e foi elaborada por um autor desconhecido no reinado de Tibério II, talvez no ano 580. A maioria está disposta por ordem cronológica. Vigorou na Grécia até ao ano 1940.
CURIOSIDADE
JUSTINIANO foi um codificador do direito, séculos mais tarde DENNIS GODEFROY batizou a obra de JUSTINIANO em 1583 de “Corpus Iuris Civilis” (O corpo do Direito Civil), expressão que perdura até hoje aceita mundialmente, as obras de Justiniano formam testemunhas únicas do Direito Romano.
3. BIBLIOGRAFIA
Venosa, Sílvio de Salvo. Introdução ao estudo do direito: primeiras linhas. 5. ed. rev. e atual São Paulo: Atlas, 2016.
Disponível em: <http://historiadodireitofmp.blogspot.com/2015/06/comparacao-entre-o-digesto-e-legislacao.html> Acesso em: 26 de setembro de 2019
Disponível em: <https://www.migalhas.com.br/LaudaLegal/41,MI158400,61044-Digesto+de+Justiniano> Acesso em: 26 de setembro de 2019
Disponível em: <http://historiadodireitofmp.blogspot.com/2015/09/jurisconsultos-e-os-estudos-do-direito.html> Acesso em: 26 de setembro de 2019
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/52740/a-vida-de-justiniano-e-a-sua-contribuicao-para-o-direito-romano> Acesso em: 29 de setembro de 2019
Disponível em: <https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2018/02/19/mandado-de-busca-e-apreensao-coletivo-violacao-constitucional-ou-alternativa-viavel-quando-impossivel-individualizacao-imovel/> Acesso em: 29 de setembro de 2019

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