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A INCLUSÃO DE ALUNOS PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO REGULAR

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 EDUCAÇÃO INCLUSIVA	�
52.1 COMO A ESCOLA DEVE SE ORGANIZAR PARA RECER ALUNOS DA PAEE..	�
52.1.1 ALGUMAS LEIS QUE CORROBORAM PARA ACEITAÇÃO DO PAEE	�
73 PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA COM ALUNOS DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)	�
93.1 COMO A FAMÍLIA PODE AUXILIAR O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM TEA	�
114 CONCLUSÃO	�
12REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
O tema a ser tratado é a educação inclusiva na escola de ensino regular, o qual é importante para que haja a adaptação das pessoas com deficiências e também para que os outros alunos aprendam a conviver com pessoas com características diferentes.
Mostra a importância de o professor buscar especializações, e como é importante estabelecer contato com a família do aluno. O qual se estimulado de forma correta pode desenvolver rapidamente suas habilidades.
Cabe a família buscar e lutar para que os direitos da criança sejam concretizados, para que não haja a exclusão desta da sociedade. Nos mostra a criança que tem o transtorno do espectro autista (TEA), aprende com facilidade e pode sim ser socializada, não devendo ser excluída em nenhuma hipótese.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A Educação Inclusiva se deu início na década de 70, onde as escolas regulares passaram a aceitar alguns alunos deficientes em salas comuns, e estes alunos tiveram que se adaptar aos métodos de ensino dos quais eram impostos. No final da década de 80, após a Constituição Federal de 1988, ocorrem os primeiros movimentos em direção da educação inclusiva no Brasil, passando a existir somente um tipo de educação: educação para todos, sem exclusão de classes sociais, raça e cor.
Na década de 90, a Declaração Mundial de sobre a Educação para Todos em Jomtien, na Tailândia, gera várias discussões com o tema “inclusão social”. O qual teve como objetivo satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos, entendendo a educação como um direito fundamental de todos. Logo depois, o documento considerado um dos mais importantes que visam a inclusão social se deu origem: A Declaração de Salamanca (Espanha, 1994), que é uma resolução das Nações Unidas que trata dos princípios, política e prática em educação especial. Esta foi referencia para educação inclusiva no mundo.
Ficava estabelecido então, que todas as crianças com deficiência ou superdotadas, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de populações remotas ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais, todas teriam direito a mesma educação.
Nesse contexto da educação inclusiva, muitos professores do ensino regular não se sentem preparados para trabalhar com estes alunos. Assim, para que a inclusão ocorra, é preciso que o sistema de ensino tenha recursos educacionais especiais para atender às necessidades educacionais especiais. SANTOS (2002 apud VOIVODIC, 2008) revela que: 
“[...] a inclusão se reflete no desenvolvimento de estratégias que procuram proporcionar igualdade de oportunidades. O princípio da escola inclusiva é que todas crianças aprendam juntas, independente das diferenças que possam ter. As escolas inclusivas devem reconhecer as diversas necessidades dos alunos e dar uma resposta a cada uma delas, assegurando educação de qualidade a todos, através de currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias. Para isso, as crianças com necessidades especiais devem receber os apoios extras que necessitam para que tenham uma educação efetiva. (p. 30)”.
Quando se fala em educação inclusiva, ainda existem muitas escolas que não estão adaptadas para receber essas crianças no que diz respeito à adaptação. Há poucos professores capacitados para atender essa diversidade, falta organização no funcionamento e na estrutura de muitas instituições de ensino. Estas dificuldades precisam ser eliminadas, para que possamos ter educação de qualidade para todos. 
COMO A ESCOLA DEVE SE ORGANIZAR PARA RECER ALUNOS DA PAEE
Primeiramente a escola deve mudar seu espaço físico para receber alunos com diversos tipos de deficiências. A escola deve desenvolver programas de conscientização, mostrar a sociedade e aos profissionais da área de ensino a importância da inclusão de alunos deficientes, sejam eles físicos, mentais ou intelectuais, na educação regular. Mostrar aos alunos que cada um tem sua particularidade, ensiná-los a ajudar o colega com necessidades especiais.
É extremamente importante que os professores façam as adaptações necessárias em suas atividades para receber alunos da PAEE. A escola também deve disponibilizar profissionais para dar apoio ao professor dentro da sala de aula, já que não adianta levar o aluno para sala de aula, se o professor não está qualificado para atendê-lo.
ALGUMAS LEIS QUE CORROBORAM PARA ACEITAÇÃO DO PAEE
Algumas leis que corroboram para a aceitação do PAEE, estão listadas abaixo seguindo uma breve descrição e a lei: 
Estabelecimento de normas e regras para a aplicação da educação e conceptualizações de família e suas implicações no que tange as crianças e adolescentes, no 11° artigo: lei n° 8.069.
Estabelecimento de normas e regras para a aplicação da educação (o que inclui o direito de educação especial gratuita, no 4° artigo): lei n° 9.394.
Lei estabelecendo regras que visam “o bem” do PAEE: lei n° 10.098
Lei visando estabelecer regras para com o tratamento e atendimento de deficientes auditivos: lei n° 10.436.
Ademais, tem também a Constituição Brasileira, com artigos que se assemelham ao que foi proposto em leis supracitadas. Exemplo de artigo é o 208, que coloca que o “estado terá feito seu dever com a educação quando conseguir prover, de maneira satisfatória, atendimento especializado”.
Existem diversas outras leis e artigos que asseguram o direito a educação inclusiva para o público alvo PAEE, lembrando que cabe aos pais bucar os direitos de seus filhos. 
PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA COM ALUNOS DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
Primeiramente, a escola deve fazer todas as adaptações necessárias para receber o aluno com deficiência, instruir todos os profissionais e mostrar a eles a importância de inserir esses alunos no ensino regular. E cabe ao professor mostrar a todos os alunos de forma geral que cada pessoa é diferente, ninguém é igual a ninguém, cada ser tem suas características físicas, independente de ter ou não alguma deficiência física, mental ou intelectual. Por assim, já se quebra a barreira da discriminação.
Na Situação Geradora de Aprendizagem, Paulo, é um menino de 8 anos que esta frequentando o ensino regular, mas que não conta com os recursos da educação inclusiva. Como ajuda-lo a se sentir incluído e dar a ele a mesma oportunidade de educação dada aos demais alunos?
O educador juntamente com a família e com os demais profissionais que fazem o atendimento a esse aluno autista deve estar sempre estabelecendo contato, e ajuda-lo a parar de usar fraldas é um beneficio para ele em qualquer ambiente. O professor pode e deve conversar com a família dele para estar ensinando-o a fazer suas necessidades no banheiro, para que ele consiga ser mais independente, o que pode fazer com que sua relação com seus colegas também seja mais fácil.
O professor deve conhecer as habilidades e capacidade de seu aluno, nunca esquecendo que ele tem certa limitação, mas da maneira correta pode ser totalmente explorado. Incluído em todas as atividades, manter uma rotina, fazer com que ele estabeleça contato com seus colegas.
O professor que trabalha com alunos do TEA podem contar com algumas sugestões, como:
Seguir a mesma rotina todos os dias;
Alunos com TEA tem uma inteligência visual mais aguçada. Eles pensam por imagens e não por linguagem. Desta forma é importante que o educador use recursosvisuais (imagens) em suas salas de aulas como forma de se comunicar e explicar as atividades.
Realizar atividades curtas com duração de ate 10 minutos, e com dificuldade crescente, acrescentando materiais gradativamente, para que o aluno se sinta confortavem em realiza-la;
Seja direto ao falar com o aluno, evite frases indiretas pois podem não surtir o efeito desejado, uma vez que o aluno autista tem dificuldade de compreensão de sentidos figurados ou indiretos;
Atraia a atenção da criança. Toque nela, diga o nome dela, dirija o olhar dela para você antes de iniciar uma conversa. Ao conseguir a atenção do aluno elogie, mostre visualmente através de gestos, como o do polegar estendido que ele compreendeu o que esta sendo pedido, dando-lhe uma recompensa visual;
Autistas não verbais tem maior facilidade de aprender com o uso do tato. Use blocos, letras de plástico ou eva, e materiais com textura e dimensões variadas para facilitar a aprendizagem destes alunos;
Os alunos autistas aprenderão melhor os números se associa-los a imagens. O uso de dominós, jogos de memoria, quebra-cabeça que criem associações entre números e quantidades ou palavras são grandes ferramentas de ensino;
Alunos autistas tem facilidade em retratar imagens, sendo bons desenhistas;
Estimula-los a participarem de tarefas em sala de aula como ajudantes;
É importante que o educador detecte se o aluno aprende com maior facilidade a memorização das palavras ou através de métodos fônicos.
Criar atividades que contemplem a fixação de cada criança autista, dessa forma ele manterá a atenção e o interesse pelo assunto;
Ao entrega-lo algo coloque diante de seus olhos para que ele possa pegar o objeto e veja o adulto dentro do seu campo de visão;
Alunos com TEA tem sensibilidade a sons altos, é preciso observar que sons causam essas alterações nesses alunos;
O uso de computadores ou tablets deve ser inserido, nos casos em que suas habilidades motoras estão danificadas;
Evitar ter coisas que chamem a atenção do aluno autista, pois eles se distraem e se irritam com estímulos visuais;
O uso de duplas facilita a sua socialização e aprendizagem;
Permitir que ele responda oralmente trabalhos e atividades manuais;
Em momentos de birras ou explosões emocionais, é importante que o educador mantenha-se calmo;
Há momentos em que é preciso deixar que o aluno saia, se movimente, esses momentos ajudam-no a se acalmar;
E talvez o tópico mais importante para o bem estar e desenvolvimento da criança autista é que haja um apoio mútuo e comunicação ativa entre escola, professores, pais e equipe multidisciplinar, e principalmente que todos levem em consideração que antes de serem autistas, esses alunos são crianças, e devem ser tratadas e respeitadas como tal, com suas belezas, suas descobertas e com suas inseguranças.
Lembrando que cabe ao educador, mostrar a seus alunos que cada ser tem uma habilidade diferente e que todos nós temos capacidade de ser aquilo que queremos ser, independente de cor, raça, classe social, se tem deficiência ou não.
COMO A FAMÍLIA PODE AUXILIAR O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM TEA
Aos pais não é fácil a primeira situação de diagnostico de transtorno do espectro autista, demora um pouco, mas a ficha cai e quando ela cai, começam as primeiras perguntas de como ajudar no desenvolvimento e socialização da criança. No ato do diagnóstico o médico orientará sobre a necessidade de uma intervenção multidisciplinar.
O profissional essencial para o inicio da intervenção em casos de TEA é o médico psiquiatra ou neurologista ( em caso de criança como na Situação Geradora de Aprendizagem, o neuropediatra), que é quem vai fazer o diagnóstico e, no decorrer da intervenção, receita medicações para alguns sintomas, como, agitação, auto lesões, irritabilidade, etc.
Outro profissional de extrema importância, que a família deve procurar é o fonoaudiólogo, já que um dos principais déficits do autismo esta no desenvolvimento da linguagem. Já o Terapeuta Ocupacional, trabalhará formas de tornar essa criança mais independente, estimulando aquelas áreas em que elas mais sofrerão alterações, ele desempenhará importante papel no treino das habilidades de coordenação motora fina. A autonomia das atividades diárias também será trabalhada pelo TO.
O pedagogo, tanto das escolas, quanto os particulares, psicopedagogos, são importantes no processo de inclusão, afinal cabe a ele decidir que conteúdos apresentar em cada momento e em qual velocidade (por via visual, oral auditiva, com material concreto, etc.), o pedagogo orienta professores, auxiliares, sobre como apresentar às atividades a criança com autismo.
Muitos outros profissionais podem acabar fazendo parte desta equipe de intervenção em algum momento, depende das necessidades de cada caso. O importante é que essa equipe seja parceira, mantenha contato frequente e siga rumo a uma meta comum, o desenvolvimento e a melhora na qualidade de vida da criança com TEA.
A família pode estimular a criança em casa com brincadeiras, conversas, levar a criança em ambientes que ela possa se socializar com outras pessoas, estimulá-la a ter contato físico com elas. Cuidar de uma criança autista pode trazer frustrações e as vezes medo do futuro, mas é importante entender que cada estímulo desenvolve a capacidade dela e as demonstrações de afeto por ela, diminuem as rejeições que ela possa sofrer fora do ambiente de casa.
Sendo assim cabe a família lutar pelos direitos da criança autista, buscar pelos atendimentos necessários e não esquecer nunca que ela precisa de carinho 
CONCLUSÃO
Dessa forma, pode-se concluir que a criança que tem o transtorno do espectro autista (TEA), apesar de ter problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social, se estimulada e incluída na sociedade, pode ter alto grau de desenvolvimento e aprendizagem.
A família, o professor e a sociedade, deve aceitar esse individuo com suas características diferentes, estimulá-lo a fazer aquilo que ele gosta e respeitar o seu espaço. Na Situação Geradora de Aprendizagem. Paulo, precisa e muito da interação social e a criação da sua independência, para que possa realizar sozinho suas necessidades, fazer suas atividades e se tornar um adulto que não dependa sempre da ajuda de outras pessoas em tarefas que ele consegue realizar sozinho.
Autismo, não é uma doença, a pessoa que tem TEA é muito inteligente basta saber dar a ela o estimulo necessário. Para isso família e escola devem permanecer unidos em busca de uma meta comum, o desenvolvimento da criança autista.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e Secretária de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 
Inclusão: Revista. Educ. Esp., Brasília, v. 4, n. 1, p. 7-17, jan./jul.2008. Ed. Especial.
SCHMIDT, C. et al. Inclusão escolar e autismo: uma análise da percepção docente e práticas pedagógicas. Revista Psicologia: Teoria e Prática, 17(3), 222-235. São Paulo, SP, jan.-abr. 2016.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC, 2001.
Os Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência: Lei nº. 78853/89, Decreto nº 914/93. Brasília: CORDE, 1996 
MAZZOTA, M. J. da S. Trabalho docente e formação de professores de educação especial. São Paulo: EPU, 1993.
Sistema de Ensino 100% online [t1]
pedagogia
elisabete aparecida brandão
educação inclusiva:
A INCLUSÃO DE ALUNOS PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO REGULAR
Manhuaçu
2018
elisabete aparecida BRANDÃO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
A INCLUSÃO DE ALUNOS PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO REGULAR
Trabalho de Pedagogia,apresentado à Universidade Norte do Paraná-Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Educação Inclusiva, Língua Brasileira de Sinais, Tecnologia da Educação, Prática Pedagógica, Identidade Docente.
Orientador: Profª: CLAUDIA GAMBA DO NASCIMENTO 
Manhuaçu
Ano2018

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