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Introdução à Farmacologia Veterinária Conceitos Farmacologia: ciência que estuda a ação de substancias química em um organismo vivo. Droga: qualquer substância química que, em quantidade suficiente, possa agir sobre um organismo vivo, produzindo alterações. Medicamentos: qualquer substância química empregada em um organismo vivo, visando-se obter efeitos benéficos. Fármaco: substância química conhecida e de estrutura química definida, dotada de propriedade farmacológica. (Sinônimo de droga e medicamentos) Remédio: tudo aquilo que cura, alivia ou evita uma enfermidade. (Agentes químicos e físicos) Farmacodinâmica: estuda os mecanismos de ação dos medicamentos. Farmacocinética: estuda o caminho percorrido pelo medicamento no organismo animal. Farmacognosia: trata da obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos. Farmacologia clínica: compatibiliza as informações obtidas no laboratório avaliado em animais saudáveis com aquelas obtidas no animal-alvo enfermo. Posologia: é o estudo das dosagens do medicamento com fins terapêuticos. Dose: refere-se á quantidade do medicamento necessária para promover a resposta terapêutica. Dosagem: inclui, além da dose, a frequência de administração e a duração do tratamento. S.I.D.: uma vez ao dia (a cada 24 horas) B.I.D.: duas vezes ao dia (a cada 12 horas) T.I.D.: três vezes ao dia (a cada 8 horas) Q.I.D.: quatro vezes ao dia (a cada 6 horas) Farmacocinética É o estudo dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção de um medicamento no interior de um organismo vivo. Absorção: uma série de processos pelos quais uma substância externa a um ser vivo nele penetre sem lesão traumática, chegando até o sangue. Biotransformação: consiste na transformação química de substâncias, visando fornecer sua eliminação. Toda substância química absorvida pelo trato gastrointestinal vai obrigatoriamente até o fígado através da veia porta, onde é biotransformada, para posteriormente poder alcançar o restante do organismo. Nos processos de biotransformação de medicamentos têm-se duas etapas (fase I e II). As reações de fase I acontecem, normalmente, no sistema microssomal hepático no interior do Retículo Endoplasmático Liso. Estas reações em geral convertem o medicamento original em metabólitos mais polares por oxidação, redução ou hidrólise. Reações de fase II envolvem o acoplamento entre o medicamento ou seu metabólito a um substrato endógeno, como o ácido glicurônico, radicais sulfatos, acetatos ou, ainda, aminoácidos. Excreção: um medicamento pode ser excretado após biotransformação ou mesmo na sua forma inalterada. Os três principais órgãos responsáveis pela excreção de medicamentos são os rins, onde os medicamentos hidrossolúveis são excretados; o fígado, onde após a biotransformação os medicamentos são excretados pela bile; e os pulmões, responsáveis pela excreção de medicamentos voláteis. Pequenas quantidades de medicamentos podem também ser excretadas pela saliva ou pelo suor. Meia vida de Eliminação: é o tempo necessário para que a concentração plasmática de um determinado agente terapêutico se reduza à metade. Farmacodinâmica Medicamentos estruturalmente inespecíficos: são aqueles cujo efeito farmacológico não decorre diretamente da estrutura química da molécula agindo em um determinado receptor, mas sim provocando alterações nas propriedades físico-químicas, acarretando mudanças em mecanismo importantes das funções celulares e levando à desorganização de uma série de processos metabólicos. Medicamentos estruturalmente específicos: são aqueles cuja ação biológica decorre essencialmente de sua estrutura química. Esses medicamentos se ligam a receptores, isto é, macromoléculas existentes no organismo, formando com eles um complexo, o que leva a uma determinada alteração na função celular. Potência: é representada ao longo do eixo da concentração ou dose, isto é, quanto menor a concentração ou dose do medicamento necessária para desencadear determinado efeito mais potente é esse medicamento. Eficácia máxima: determinado por propriedades inerentes à ligação medicamento-receptor e ilustrados como um platô na curva dose-resposta. Sinergismo: o efeito de dois medicamentos ocorrendo na mesma direção. Sinergismo por adição: o efeito combinado de dois ou mais medicamentos é igual à soma dos efeitos isolados de cada um deles. Sinergismo por potenciação: o efeito combinado de dois ou mais medicamentos é maior do que a somo dos efeitos isolados. Antagonismo: a interação de dois medicamentos pode levar à diminuição ou anulação completa dos efeitos de um deles. Antagonismo fisiológico: ocorre quando dois agonistas interagem em sistemas de receptores independentes, porém produzindo efeitos opostos que se anulam. Antagonismo químico: as duas substâncias não reagem com os receptores do organismo, mas sim reagem quimicamente, em solução, entre si antagonizando. Antagonismo farmacológico: quando há competição pelo mesmo receptor, o antagonista impede ou dificulta a formação do complexo agonista-receptor. Antagonismo farmacológico competitivo: o antagonista compete com o agonista pelos mesmos locais receptores, formando com o mesmo um complexo inativo. Competitivo reversível: o agonista menos eficaz nessa situação, atua como antagonista parcial do agonista principal. Competitivo irreversível: ocorre quando o antagonista de dissocia muito lentamente dos receptores ou não se dissocia destes. Antagonismo farmacológico não competitivo: o antagonista bloqueia, em algum ponto, a cadeia de eventos que levaria à resposta desencadeada pelo agonista.
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