Buscar

TRABALHO FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM - LAVAGEM DAS MÃOS

Prévia do material em texto

11
ensino 
SUPERIOR EM 
enfermagem
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM
:
Manual de Higienização das mãos em Serviços de Saúde
Praia Grande
2019
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM:
Manual de Higienização das mãos em Serviços de Saúde
Trabalho 
apresentado à 
Faculdade do Litoral Sul Paulista
, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de 
Fundamentos de Enfermagem
.
Praia Grande
2019
INTRODUÇÃO
	Nessa produção textual nos foi apresentado um caso clinico no qual a paciente foi submetido á uma prostatectonia, o mesmo manteve um cateter e 5 dias após a cirurgia foi diagnosticado infecção urinária por Staphylococcus aureus.
Esse caso aborda um tema de máxima importância, a Biossegurança no ambiente hospitalar, em específico o procedimento de higienização das mãos.
Com essas informações irei aprofundar os conhecimentos referente ao caso clinico apresentado, seus tratamentos e o mais importante a prevenção.
desenvolvimento
AP, 73 anos, sexo masculino, pardo, brasileiro, natural de Belém-Pa, evangélico, viúvo, tem 05 filhos, aposentado, semi-analfabeto, pedreiro, mora sozinho, alugado, em um quarto de alvenaria com banheiro, provido de saneamento básico e luz elétrica. Portador de hipertensão arterial, não sabendo informar há quanto tempo e hiperplasia prostática há 7 meses. 
Deu entrada no Pronto Socorro com retenção urinaria e muita dor na região supra púbica, realizado cateterismo vesical de alivio com drenagem de 300ml hematuri (urina com presença de sangue). Após exames de imagem foi diagnosticado tumor de próstata, tendo a necessidade de ser submetido à prostatectonia (retirada da próstata)
Ao retornar do Centro cirúrgico estava mantendo com cateter vesical de demora de 3 vias e com irrigação contínua.
Cinco dias de pós operatório, paciente desenvolvendo hipertermia, diurese de coloração escura, com presença de secreção e odor fétido. Diagnosticado infecção urinária por Staphylococcus aureus.
Quais os motivos prováveis que podem ter desencadeado a infecção urinária.
Ignaz Semmelweis um médico húngaro reduziu o numero de mortes de parturientes na maternidade de Viena em 1847, identificando as mãos como transporte de “partículas cadavéricas” o que fez foi elaborar uma medida de anti-sepsia das mãos ao entrar nas unidades com o acompanhamento houve queda de episódios de infecção puerperal.
Nossas mãos continuam sendo a maior forma de transmissão de microorganismos, são eles transmitidos através das mãos, esses microorganismos são divididos em microbiota residente e microbiota transitória.
Dentre essas microbiotas transitórias está a: Staphylococcus aureus que é uma bactéria estafilocócicas e pode ser muito difícil de tratar porque muitas bactérias desenvolveram resistência a antibióticos, essas bactérias são transmitidas principalmente pelo contato direto com uma pessoa infectada, a bactéria pode infectar praticamente qualquer local do corpo, em especial marca-passos cardíacos e cateteres inseridos pela pele nos vasos sanguíneos.
Portanto a provável forma desse paciente ter contraído a Infecção urinária por Staphylococcus aureus foi dentro do ambiente hospitalar através do cateter, pela microbiota transitória, sendo ele um paciente que faz parte de um grupo de risco facilitando essa contaminação.
Cite quais os momentos da necessidade da higienização das mãos e degermação da pele/ mãos.
O termo de “lavagem das mãos” foi substituído pelo termo higienização das mãos, devido a maior abrangência, que constituem no uso de:
Água – livre de contaminantes químicos e biológicos que sejam mantidas em reservatórios limpos e desinfetados com controle microbiológico semestral.
Sabões – sabão líquido em refil com registro na ANVISA/MS.
Agentes anti-sépticos – o mais utilizado ara lavagem das mãos e o álcool a 70%, porem também pode ser usado: clorexidina a 2% ou 4%, Composto de Iodo, Iodóforos e Triclosan todos devem ter o registro da ANVISA/MS.
Quando devemos higienizar as mãos:
-Antes de contato com paciente;
- Após o contato com o paciente;
- Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos;
- Antes de calçar as luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico;
- Após risco de exposição a fluidos corporais;
- Ao mudar de sítio corporal contaminado para outro limpo, durante o cuidado ao paciente;
- Após contato com objetos inanimados e superfícies próximas ao paciente;
- Antes e após a remoção de luvas;
- Outros procedimentos como: manipulação de invólucros de material estéril.
As técnicas de higienização das mãos podem variar dependendo da sua finalidade, são elas higienização simples, Higienização anti-séptica, fricção anti-séptica, anti-sepsia cirúrgica, degermação da pele.
Degermação da pele: utilizada antes da realização de procedimentos invasivos e no pré-operatório antes de qualquer procedimento cirúrgico, também indicada para toda equipe cirúrgica, é feita com anti-séptico degermante, sabão contendo um agente anti-séptico em sua formulação; Exemplo: Clorexidina degermante a 4%; PVPI a 10%.
A Fricção anti-séptica das mãos com preparação alcoólicas, podem substituir a higienização das mãos? Justifique.
	A fricção anti-séptica tem a função de reduzir a carga microbiana das mãos com a utilização de gel ou solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina, é feito os mesmos procedimentos da higienização das mãos sem o uso de água e sabão somente utilizando a solução alcoólica tem a duração de 20 a 30 segundos e as mãos secam naturalmente.
A fricção anti-séptica não remove as sujidades essa técnica é utilizada quando as mãos não estiverem visivelmente sujas somente nesse caso ela dispensa a higienização das mãos.
Explique a microbiota transitória e a residente das mãos e quais os patógenos mais frequentes e como eliminá-los.
Nossas mãos possuem um possível reservatório de microorganismos se tornando assim a principal forma de transmissão desses microorganismos através de contato direto (pele com pele) ou indireto (por meio de objetos e superfícies contaminadas).
Esses microorganismos que são transmitidos através das mãos são divididos em microbiota residente (colonizada nas camadas mais internas da pele) e microbiota transitória (colonizada na camada superficial da pele).
A microbiota residente é constituída por organismos da baixa virulência, como Estafilococos, Corine-bactérias e Micrococos, pouco associados ás infecções veiculadas pelas mãos é mais difícil ser removida pela higienização das mãos uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele.
A microbiota transitória coloniza a camada superficial da pele o que permite a sua remoção mecânica através de Higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade com soluções anti-sépticas. È representada típicamente pelas bactérias Gram-negativas, como enterobactérias, bactérias fermentadoras além de fungos e vírus.
Os patógenos hospitalares mais relevantes são: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Enterococcus spp, Pseudomonas aeruginosa, Klebsietta spp, Enterobacter spp e leveduras do gênero Candida.
Cite as características dos principais anti-sépticos utilizados para a higienização das mãos
	Os anti-sépticos são substâncias aplicadas á pele para redução do número de microbiotas transitória e residente, são utiliazados por todo profissional que tenha contato direito ou indireto com o paciente. Dos anti-sépticos o mais utilizado para higienização das mãos e o álcool a 70%, porém também pode ser usado: clorexidina a 2% ou 4%, Composto de Iodo, Iodóforos e Triclosan todos devem ter o registro da ANVISA/MS.
-Álcool á 70%: tem uma ação rápida e ótima concentração além de não apresentar efeito residual.
-Clorexidina a 2% ou 4%: tem uma ação intermediária, apresenta efeito residual e são raras as reações alérgicas.- Composto de Iodo: tem uma ação intermediária, causam queimaduras e quando usados na higienização das mãos causam irritação.
- Iodóforos: tem uma absorção intermediária, causam irritação na pele menor que a de composto de Iodo também apresenta efeito residual e tem uma aceitabilidade variável para as mãos.
- Triclosan: tem uma absorção intermediária, e tem uma aceitabilidade variável para as mãos.
3 CONCLUSÃO: 
A higienização das mãos é um ato de tamanha importância e muito rápido de ser executado (de 40 a 60 segundos),mesmo assim ainda ocorrem problemas com a falta desse procedimento, mesmo tendo embasamento científico desde 1847 quando ainda não existia tanta tecnologia a nosso favor, nos dias de hoje com exames laboratoriais, recursos tecnológicos sendo provados e até mesmo classificados os microorganismos e suas patologias, ainda existem descrença quanto á higienização das mãos.
Nossas mãos e o ambiente hospitalar devem levar segurança e saúde á nossos pacientes, é preocupante os dados informados em pesquisas sobre as IRAS (Infecção Relacionadas á Assistência á Saúde), onde os mais prejudicados são os pacientes que mais precisam de assistência que fazem parte do grupo de risco (pacientes em extremos de idade, pessoas com diabetes, câncer, em tratamento ou com doenças imunossupressoras, com lesões expostas, submetidas a cirurgias,obesas e fumantes).
Como profissionais temos obrigação de higienizar nossas mãos e orientarmos nossos pacientes a também fazerem, pois no ambiente hospitalar todos devem aderir a esse procedimento assim como familiares antes de sua visita e orientá-los para não tocar em feridas e curativos dos pacientes.
A higienização das mãos é um ato essencial para saúde de todos.
4 REFERÊNCIAS bibliográficas
www.anvisa.gov.br / Áreas de Atuação / Serviços de Saúde / Publicações / Higienização das mãos em serviços de saúde.
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo3/gramp_staphylo.htm
5 ANEXOS:
ANEXO 1
QUANDO HIGIENIZAR AS MÃOS?
ANEXO 2
COMO HIGIENIZAR AS MÃOS E FAZER A FRICÇÃO ANTI-SÉPTICA:

Continue navegando