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Página 1 de 5 PILARES INTERNOS OU INTERMEDIÁRIOS São aqueles submetidos a compressão simples, ou seja, que não apresentam excentricidades iniciais. 1ª QUESTÃO: Dimensionar a armadura longitudinal vertical do pilar mostrado na figura, sendo conhecidos: • Nk = 785,7 kN ; seção transversal 20 x 50 (Ac = 1.000 cm2) • comprimento equivalente (de flambagem): lex = ley = 280 cm a) Esforços solicitantes A força normal de cálculo é: Nd = γn . γf . Nk = 1,0 . 1,4 . 785,7 = 1.100 kN com γn determinado na Tabela 13.1 da NBR 6118/2014, em função da menor largura da seção transversal do pilar. Tratando-se de um pilar intermediário, não existem momentos fletores e excentricidades de 1a ordem em ambas as direções do pilar. b) Índice de esbeltez O índice de esbeltez deve ser calculado para as direções x e y, conforme os eixos mostrados na figura. 𝝀𝒙 = 𝟑, 𝟒𝟔 . 𝒍𝒆𝒙 𝒉𝒙 = 𝟑, 𝟒𝟔 . 𝟐𝟖𝟎 𝟓𝟎 = 𝟏𝟗, 𝟒 𝝀𝒚 = 𝟑, 𝟒𝟔 . 𝒍𝒆𝒚 𝒉𝒚 = 𝟑, 𝟒𝟔 . 𝟐𝟖𝟎 𝟐𝟎 = 𝟒𝟖, 𝟒 c) Momento fletor mínimo O momento fletor mínimo, em cada direção, é calculado por: 𝑴𝟏𝒅,𝒎í𝒏 = 𝑵𝒅 (𝟏, 𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟑𝒉) Direção x 𝑴𝟏𝒅,𝒎í𝒏,𝒙 = 𝑵𝒅(𝟏, 𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟑𝒉) = 𝟏𝟏𝟎𝟎(𝟏, 𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟑. 𝟓𝟎) = 𝟑. 𝟑𝟎𝟎𝒌𝑵. 𝒄𝒎 𝒆𝟏𝒙,𝒎í𝒏 = 𝑴𝟏𝒅,𝒎í𝒏,𝒙 𝑵𝒅 = 𝟑. 𝟑𝟎𝟎 𝟏. 𝟏𝟎𝟎 = 𝟑, 𝟎𝟎 𝒄𝒎 Direção y Página 2 de 5 𝑴𝟏𝒅,𝒎í𝒏,𝒚 = 𝑵𝒅(𝟏, 𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟑𝒉) = 𝟏𝟏𝟎𝟎(𝟏, 𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟑. 𝟐𝟎) = 𝟐. 𝟑𝟏𝟎𝒌𝑵. 𝒄𝒎 𝒆𝟏𝒚,𝒎í𝒏 = 𝑴𝟏𝒅,𝒎í𝒏,𝒚 𝑵𝒅 = 𝟐. 𝟑𝟏𝟎 𝟏. 𝟏𝟎𝟎 = 𝟐, 𝟏𝟎 𝒄𝒎 d) Esbeltez limite 𝝀𝟏 = 𝟐𝟓 + 𝟏𝟐, 𝟓 . 𝒆𝟏 𝒉 𝜶𝒃 Com 35 < λ1 < 90. Nos pilares intermediários não ocorrem momentos fletores e excentricidades de 1ª ordem, daí e1 = 0 e αb = 1,0. Assim: λ1,x = λ1,y = 25 > 35 λ1,x = λ1,y = 35 Desse modo: λx = 19,4 < λ1,x : não são considerados os efeitos locais de 2ª ordem na direção x; λy = 48,4 > λ1,y : são considerados os efeitos locais de 2ª ordem na direção y. e) Momento fletor de 2ª ordem • Método do pilar-padrão com curvatura aproximada 𝑴𝒅,𝒕𝒐𝒕 = 𝜶𝒃 . 𝑴𝟏𝒅,𝑨 + 𝑵𝒅 . 𝒍𝒆 𝟐 𝟏𝟎 . 𝟏 𝒓 ≥ 𝑴𝟏𝒅,𝑨 𝒐𝒖 𝑴𝟏𝒅,𝒎í𝒏 M1d,A > M1d,mín Força normal adimensional: 𝝂 = 𝑵𝒅 𝑨𝒄 . 𝒇𝒄𝒅 = 𝟏. 𝟏𝟎𝟎 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 . 𝟐, 𝟎 𝟏, 𝟒 = 𝟎, 𝟕𝟕 Curvatura na direção y sujeita aos momentos fletores de 2ª ordem: 𝟏 𝐫 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟓 𝐡 (𝛎 + 𝟎, 𝟓𝟎) = 𝟎, 𝟎𝟎𝟓 𝟐𝟎 . (𝟎, 𝟕𝟕 + 𝟎, 𝟓) = 𝟏, 𝟗𝟔𝟖𝟓 𝐱 𝟏𝟎−𝟒 𝐜𝐦−𝟏 ≤ 𝟎, 𝟎𝟎𝟓 𝟐𝟎 = 𝟐, 𝟓 𝐱 𝟏𝟎−𝟒 𝐜𝐦−𝟏 A excentricidade máxima de 2ª ordem na direção y é: 𝒆𝟐𝒚 = 𝒍𝒆 𝟐 𝟏𝟎 . 𝟏 𝒓 = 𝟐𝟖𝟎𝟐 𝟏𝟎 . 𝟏, 𝟗𝟔𝟖𝟓 𝒙 𝟏𝟎−𝟒 = 𝟏, 𝟓𝟒 𝒄𝒎 Com αb = 1,0 e fazendo M1d,A = M1d,mín em cada direção, tem-se os momentos fletores totais em cada direção do pilar: Direção x Md,tot,x = M1d,mín,x = 3.300 kN.cm Direção y 𝑴𝒅,𝒕𝒐𝒕,𝒚 = 𝟏, 𝟎 . 𝟐𝟑𝟏𝟎 + 𝟏𝟏𝟎𝟎 . 𝟐𝟖𝟎𝟐 𝟏𝟎 . 𝟏, 𝟗𝟔𝟖𝟓 𝒙 𝟏𝟎−𝟒 = 𝟒. 𝟎𝟎𝟖 𝒌𝑵. 𝒄𝒎 Md,tot,y = 4.008 kN.cm > M1d,mín,y = 2.310 kN.cm Página 3 de 5 O cálculo de dimensionamento da armadura longitudinal do pilar pode seguir após determinados os momentos fletores totais: A análise dos momentos fletores totais e das excentricidades permite observar que a direção crítica do pilar é a direção y, dado que o maior momento fletor total (Md,tot,y de 4.008 kN.cm) é relativo à menor dimensão do pilar (largura hy = 20 cm). A 2ª situação de cálculo, com a maior excentricidade total, na direção da largura do pilar, também mostra o fato, comprovado pelo cálculo da armadura longitudinal. A armadura pode ser calculada apenas para a direção crítica y, porém, com o objetivo de ilustrar os cuidados que devem ser tomados, a armadura é calculada para as duas direções principais do pilar. f) Cálculo das armaduras Com ν = 0,77 e utilizando os ábacos de VENTURINI para Flexão Reta, faz-se o cálculo de μ e d’/h, segundo as direções x e y: Direção x: 𝝁 = 𝑴𝒅,𝒕𝒐𝒕,𝒙 𝒉𝒙𝑨𝒄𝒇𝒄𝒅 = 𝟑𝟑𝟎𝟎 𝟓𝟎 . 𝟏𝟎𝟎𝟎. 𝟐, 𝟎 𝟏, 𝟒 = 𝟎, 𝟎𝟓 𝝁 = 𝝂 . 𝒆𝒙 𝒉𝒙 = 𝟎, 𝟕𝟕 . 𝟑, 𝟎𝟎 𝟓𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟓 Página 4 de 5 𝒅𝒙 ′ 𝒉𝒙 = 𝟒, 𝟎 𝟓𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟖 ≅ 𝟎, 𝟏𝟎 Ábaco: ω = 0,05 Outros ábacos diferentes do A-25 podem ser utilizados, no entanto, este ábaco é interessante porque não fixa o número de barras a serem dispostas na seção transversal, fixa apenas as faces do pilar que devem alojar as barras. Neste caso, o ábaco A-25 proporciona que as barras sejam distribuídas no lado maior do pilar. Observe que o ábaco A-25 tem a armadura posicionada na direção paralela à excentricidade – e (ver figura no ábaco) da força normal Nd , portanto, na direção horizontal paralela à excentricidade e1x,mín da 1ª situação de cálculo, coincidente com o lado maior do pilar. Direção y 𝝁 = 𝑴𝒅,𝒕𝒐𝒕,𝒚 𝒉𝒚𝑨𝒄𝒇𝒄𝒅 = 𝟒𝟎𝟎𝟖 𝟐𝟎 . 𝟏𝟎𝟎𝟎. 𝟐, 𝟎 𝟏, 𝟒 = 𝟎, 𝟏𝟒 𝝁 = 𝝂 . 𝒆𝒚 𝒉𝒚 = 𝟎, 𝟕𝟕 . 𝟑, 𝟔𝟒 𝟐𝟎 = 𝟎, 𝟏𝟒 𝒅𝒚 ′ 𝒉𝒚 = 𝟒 𝟐𝟎 = 𝟎, 𝟐𝟎 d’ = c + ϕt + ϕl/2 = 3,00 + 0,50 + 1,00/2 = 3,00 + 0,50 + 0,50 = 4,00 cm Ábaco: ω = 0,50 Para a solicitação na direção y o ábaco A-4 é compatível com o ábaco A-25 da direção x, pois proporciona o mesmo arranjo de barras do ábaco A-25 na seção transversal, ou seja, as barras distribuídas ao longo do lado maior do pilar. Isso é mostrado na figura do ábaco A-4, onde a armadura é posicionada na direção perpendicular à excentricidade da força normal Nd, portanto, na direção horizontal perpendicular à excentricidade total da 2ª situação de cálculo, e coincidente com o lado maior do pilar. g) Cálculo das armaduras 𝑨𝒔 = 𝝎 𝑨𝒄 𝒇𝒄𝒅 𝒇𝒚𝒅 = 𝟎, 𝟓𝟎 . 𝟏𝟎𝟎𝟎 . 𝟐, 𝟎 𝟏, 𝟒 𝟓𝟎 𝟏, 𝟏𝟓 = 𝟏𝟔, 𝟒𝟑 𝒄𝒎𝟐 8 ϕ 16 mm => As = 16,08 cm2 h) Disposições construtivas: Diâmetro mínimo > 10 mm ϕl ≤ 𝒃 𝟖 = 𝟐𝟎𝟎 𝟖 = 𝟐𝟓 𝒎𝒎 Página 5 de 5 Distribuição transversal 2 cm emín,livre > ϕl = 1,60 cm 1,2 dmáx,agreg = 1,2 . 2,50 cm = 3,00 cm. Armadura mínima 𝑨𝒔,𝒎í𝒏 = 𝟎, 𝟏𝟓 . 𝑵𝒅 𝒇𝒚𝒅 ≥ 𝟎, 𝟎𝟎𝟒 𝑨𝒄 𝑨𝒔,𝒎í𝒏 = 𝟎, 𝟏𝟓 . 𝟏𝟏𝟎𝟎 𝟓𝟎 𝟏, 𝟏𝟓 = 𝟑, 𝟖𝟎 𝒄𝒎𝟐 ≥ 𝟎, 𝟎𝟎𝟒 . 𝟏𝟎𝟎𝟎 = 𝟒, 𝟎𝟎 𝒄𝒎𝟐 As = 12,49 cm2 > As,mín = 4,00 cm2 Armadura máxima As,máx. = 0,08 Ac = 0,08 . 1000 = 80,00 cm 2 Taxa de armadura 𝝆 = 𝑨𝒔 𝑨𝒄 . 𝟏𝟎𝟎 = 𝟏𝟔, 𝟎𝟖 𝟏𝟎𝟎𝟎 . 𝟏𝟎𝟎 = 𝟏, 𝟔𝟏 % < 𝝆𝒎á𝒙. = 𝟒, 𝟎𝟎 % Diâmetro e espaçamento máximos da armadura transversal (estribos) 5 mm ϕt > 𝝓𝒍 𝟒 = 𝟏𝟔 𝟒 = 𝟒 𝒎𝒎 20 cm smáx < b = 20 cm 12 ϕl = 12 . 1,60 = 19,20 cm smáx = 20 cm Proteção contra flambagem
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