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s bases conceituais de novas arquiteturas
Os anos 1960 foram um divisor de águas quanto à utilização dos conceitos da arquitetura moderna presentes na primeira metade do século 20. As principais críticas a essa arquitetura vieram de profissionais e arquitetos dos Estados Unidos e em seguida alinharam-se também arquitetos europeus. Essa reflexão e crítica aos conceitos modernos geraram, a partir dos Estados Unidos, textos escritos por Jane Jacobs com "Morte e vida das grandes cidades" (1961), que foi o primeiro deles; Robert Venturi com "Complexidade e contradição na arquitetura" (1966); e na Europa por Aldo Rossi com "Arquitetura da cidade" (1966), Vittorio Gregotti com "Território da Arquitetura" (1966) e Hassan Fathy com "Construindo com o povo; arquitetura para os pobres" (1969), lançando um novo caminho para a arquitetura regional e vernacular.
Esse posicionamento crítico levou a um conjunto de movimentos e propostas arquitetônicas com características diferentes entre si. É esse conjunto de novas arquiteturas, que ocorrem entre 1960 e 2000, que são analisadas e explicadas nesta disciplina.
 
Arquitetura Radical
A arquitetura radical se manifesta durante as décadas de 1960 e 1970, em diversos países. A principal característica é a radicalidade, ou seja, suas propostas rediscutem todos os conceitos existentes, tanto na arquitetura quanto no urbanismo, gerando formas, soluções e construções que beiram a fantasia, usando o máximo da tecnologia disponível.
As propostas são tão ousadas que nem sempre puderam ser transferidas do papel para  a realidade, mas influenciaram muitos outros arquitetos. Muitas eram baseadas no uso de megaestruturas.
Os principais grupos dessa arquitetura são o Archigram (Inglaterra), os Metabolistas (Japão) e o Superstudio (Itália).
Um dos conceitos comuns a esses grupos de arquitetos era o da megaestrutura. Esse foi um conceito criado nos anos 1960 e que envolvia ao mesmo tempo arquitetura e urbanismo. A sua aplicação era essencialmente experimental e apareceu em diversas propostas desses grupos de arquitetos. A megaestrutura não é apenas uma estrutura gigantesca: esse conceito engloba a instalação, dentro dessa construção, de diversos usos e espaços que podem ser considerados urbanos, incluindo desde habitação, até comércio, serviços diversos, instalações de saúde, transporte, entre outros. A ideia é que seria possível reunir todos os aspectos da vida em uma cidade tradicional dentro dessa megaestrutura.
Arquitetura Radical - o grupo Archigram
O Archigram era formado por um grupo de arquitetos ingleses, entre eles Peter Cook, no início dos anos 1960. Suas propostas buscavam aplicar o máximo da tecnologia para gerar objetos e ambientes completamente diferentes do que era produzido na época, com um desenho futurista e ousado.
Em 1964 o grupo lança o projeto Walking City, ou Cidade Andante, que representa o auge do esforço criativo do grupo. Uma arquitetura sem fundações e sem raízes, constituída por imensos blocos metálicos com pernas tubulares que se deslocam pelo solo e pelas águas em constante movimento. Uma cidade sem lugar fixo, uma espécie de mistura de nave espacial com submarino atômico.
Figura 1: Walking city: um dos blocos com sua megaestrutura (1964).
Disponível em: <http://www.archigram.net/projects_pics/walkingcity/walking_city_1.jpg>. Acesso em 15 jan 2016.
 
Figura 2: Walking city: a proposta inserida em Nova Iorque.
Disponível em: <https://archkiosk.files.wordpress.com/2013/11/archigram-walking-city.jpg?w=800>. Acesso em 15 jan. 2016.
A Plug-in-City foi criada pelo Archigram como suporte de todo um sistema sofisticado de serviços. Além das residências básicas, em alguns nós dessa cidade-rede eram posicionadas unidades arquitetônicas “inteligentes” voltadas para todo tipo de serviços, com o objetivo de suprir todas as necessidades dos moradores. Nela podia-se encontrar hotéis, restaurantes, supermercados, farmácias, etc. No interior desses espaços encontrava-se todo tipo de instalações, equipadas com aparelhos eletrônicos de última geração, que tinham a função de apoiar as operações domésticas corriqueiras com um simples apertar de botão.
É importante destacar que as propostas do grupo Archigram eram projetos especulativos de alta tecnologia.
 
Figura 3: A proposta da Plug-in-City (Cidade conectada), feita em 1964.
Disponível em: <https://relationalthought.files.wordpress.com/2012/05/peter-cook-archizoom-maimum-pressure-area-plug-in-city-1962-64-section.jpg>. Acesso em 10 jan. 2016.
Arquitetura Radical - Metabolismo
Os Metabolistas eram um grupo de arquitetos que buscava aplicar a tecnologia da época para tentar resolver os problemas da alta densidade populacional nas cidades japonesas, durante a década de 1960. A preocupação com o meio ambiente também era parte integrante dos seus projetos.
Entre os arquitetos que fizeram parte desse grupo estão Kisho Kurokawa, Kenzo Tange, Arata Isozaki, Kiyonori Kikutake, Fumihiko Maki e Kunio Maekawa.
Sua arquitetura era baseada na fusão entre megaestruturas e formas biológicas, com aplicação de alta tecnologia.
As suas propostas também eram experimentais e de difícil execução, mas a partir da década de 1980 esses arquitetos começam a executar vários projetos reais.
Figura 4: Plano urbano para a Baía de Tóquio, proposta por Kenzo Tange (1960).
Disponível em: <https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/7e/b9/d5/7eb9d51bfa93328993292538a3dde049.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Figura 5: Hotel cápsula Nakagin (1970-1972), localizado em Tokyo, projeto de Kisho Kurokawa.
Disponível em: <http://grainedit.com/wp-content/uploads/2009/12/nakagin-capsule-1.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Arquitetura Radical – Superstudio
Em 1966, os arquitetos Adolfo Natalini e Cristiano Toraldo di Francia criaram o escritório de arquitetura Superstudio, em Florença, na Itália.
Assim como os outros grupos de arquitetura radical, suas propostas beiravam a ficção e tinham muita influência das histórias em quadrinhos.
O trabalho que lhes deu notoriedade foi o Monumento Contínuo: um modelo de arquitetura para urbanização total, de 1969. A proposta conceitual é de uma megaestrutura que engloba a cidade atual e nela se resolvem as principais questões urbanas.
Figura 6: Movimento Contínuo: um modelo arquitetônico para urbanização total (1969), proposta conceitual do Superstudio.
Arquitetura High-Tech
A arquitetura High-Tech é baseada na aplicação de alta tecnologia na construção civil. Ela inicia na década de 1970 e é realizada até hoje, pois muitos de seus arquitetos ainda trabalham dentro dessa lógica arquitetônica. As características dessa arquitetura são a leveza, flexibilidade e transparência vinculadas à aplicação da tecnologia em arquitetura. Note-se que esse vínculo é essencialmente conceitual, pois outros arquitetos também utilizam a tecnologia em seus projetos, mas não dessa maneira.
Os principais arquitetos que seguem esse conceito são Norman Foster, Renzo Piano, Richard Rogers e Jean Nouvel. Eles atuam por meio de grandes escritórios com dezenas ou centenas de arquitetos e engenheiros.
A aplicação da alta tecnologia nos projetos dessa categoria não se limita à estrutura ou aos revestimentos. Ela transparece em todos os aspectos do projeto, incluindo instalações, como iluminação, elevadores e condicionamento térmico, consumo energético e economia de recursos naturais.
O termo High-Tech também significa que a arquitetura, em sua leitura formal e espacial, é materializada por essa tecnologia de ponta. Ou seja, a própria arquitetura não é um mero invólucro, ela se materializa formalmente com a aplicação tecnológica de materiais, instalações e técnicas construtivas.
Arquitetura High-Tech – Norman Foster
Certamente ele é o mais conhecido dos arquitetos da linha High-Tech, com projetos distribuídos por vários países. Foster, de origem inglesa, acredita que a tecnologia na arquitetura é endêmica, ou seja, é parte integrante da própria arquitetura e sem ela não pode ser feita.
Os projetos desenvolvidospor seu escritório envolvem dezenas e às vezes centenas de profissionais. O projeto arquitetônico inclui a elaboração de peças específicas com materiais nobres, elevando bastante o custo da construção.
Uma das características de suas obras é que a estrutura aparece com clareza como elemento definidor da volumetria arquitetônica, como se vê no edifício Gherkin.
 
Figura 1: Edifício Gherkin (30 St Mary Axe), projeto de Norman Foster Associates (2001-2003).
Disponível em: <http://personaltravelshopper.blogs.elle.es/files/2013/03/flat550x550075f.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
 Arquitetura High-Tech – Renzo Piano
A primeira grande obra do arquiteto italiano Renzo Piano, o Centro Pompidou, foi feita em conjunto com Richard Rogers e Gianfranco Franchini. Esse projeto contém algumas das principais características da arquitetura High Tech que fariam parte da carreira de Piano: aplicação extensiva da tecnologia, uso das instalações e estrutura como elementos formais da arquitetura, espaços internos conectados com o exterior, e a influência das propostas do Archigram inglês.
Ao longo do tempo, Renzo Piano modifica o seu repertório arquitetônico, mas mantém o uso de alta tecnologia em suas obras. Em seus projetos amplia a relação com o meio ambiente e busca soluções arquitetônicas mais específicas para o lugar.
Figura 2: Centro Cultural Jean Marie Tjibaou (1993-1998), Nova Caledônia, Polinésia Francesa, projeto de Renzo Piano Building Workshop.
Disponível em: <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAgrJ0AJ-10.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Arquitetura High-Tech – Richard Rogers
O arquiteto ítalo-inglês Richard Rogers é um dos precursores da arquitetura High-Tech, como se vê na sua primeira grande obra, o Centro Pompidou, feito em conjunto com Renzo Piano e Gianfranco Franchini. Nesse centro cultural já estão todas as características da arquitetura que Rogers desenvolveria ao longo do tempo. Uma das principais é o desnudamento do edifício, colocando as instalações (canos de água, dutos de fiação elétrica e de ar condicionado) e elementos estruturais do lado externo da edificação.
Essas características aparecem em outras obras como a sede da seguradora inglesa Lloyd’s (1978-1986), em Londres.
Rogers é autor de Cidades para um pequeno planeta, influente livro sobre urbanização contemporânea.
 
Figura 3: Centro Pompidou, Paris, França, conhecido como Beaubourg. Projeto feito por Richard Rogers, Renzo Piano e Gianfranco Franchini, foi inaugurado em 1977.
Disponível em: <http://www.oguiadeparis.com.br/wp-content/uploads/2015/02/centro-georges-pompidou_museu-de-arte-moderna-de-paris-1024x768.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Em 1997 é publicado um livro intitulado Cities for a Small Planet (Cidades para um pequeno planeta), do arquiteto Richard Rogers, no qual, segundo Leonardo Benevolo “a arquitetura aparece como instrumento de reunião das funções habitualmente segregadas e, pela complexidade das funções e das relações espaciais, assume características novas, que ele tenta antecipar em suas construções: a importância das transparências, a sobreposição das imagens, as parafernálias sem espessura que se estendam livremente no ar”. Benevolo cita em sua publicação “Arquitetura no novo milênio” um trecho do livro de Rogers:
“A arquitetura está mudando em resposta às exigências ambientais e à disponibilidade de novos materiais de desempenho extremo e biologicamente legitimado. Le Corbusier definiu a arquitetura como ‘o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes reunidos sob a luz’. No futuro, ao contrário, os edifícios tenderão a desmaterializar-se. O ambiente será caracterizado não pelas massas, mas pela transparência e pelos véus, por estruturas indeterminadas, adaptáveis, flutuantes, em relação às mudanças ambientais cotidianas e à variedade dos usos. Os edifícios do futuro [...] poderiam assemelhar-se, mais que aos imutáveis monumentos do passado, a modernos autômatos móveis, pensantes e orgânicos. Essas novas arquiteturas mudarão o caráter do espaço público. Enquanto as estruturas se tornarão mais leves, os edifícios se tornarão mais permeáveis. Os pedestres irão mover-se não em torno, mas através dos edifícios. A rua e o parque entrarão no edifício, ou o edifício planará acima.” Cit. in BENEVOLO, Leonardo. “Arquitetura no novo milênio”. São Paulo: Estação Liberdade, 2007, págs. 161-162.
Na sua proposta de idealizar uma arquitetura do futuro, Rogers define as principais características dos novos edifícios.
Arquitetura High-Tech – Jean Nouvel
Jean Nouvel é um arquiteto francês, e sua primeira obra de grande porte foi o Instituto do Mundo Árabe, em Paris. Nesse projeto, a volumetria relativamente simples (o conjunto é formado por dois blocos, um linear e um curvo) esconde a sofisticada trama mecânica de controle da luminosidade das fachadas, que lembra a forma dos arabescos característicos da arquitetura islâmica.
Um dos seus mais ousados projetos é a Torre Agbar, em Barcelona, na Espanha. A torre usa um sistema construtivo baseado em uma casca externa de concreto e um núcleo rígido. Entre esses dois elementos situam-se os pavimentos, que acompanham a forma externa da edificação.
Figura 4: Torre Agbar, Barcelona, Espanha, projeto de Jean Nouvel e b720 Arquitectos (2000-2003).
Arquitetura Pós-moderna
A arquitetura pós-moderna inicia na década de 1960 e se estende até os anos 1980, como uma resposta de jovens arquitetos às posturas funcionalistas, universais e formais da arquitetura moderna (1920-1940) e do Estilo Internacional (1950-1960). É caracterizada, de um lado, pela busca de uma nova arquitetura, menos dogmática e universal e, por outro lado, pelo uso constante de referências formais do passado histórico, sem se preocupar em legitimar essas escolhas por razões lógicas.
Essa postura crítica dos arquitetos pós-modernos era acompanhada, em certos momentos, de uma atitude irônica e caricatural, usando elementos antigos de maneira ousada e livre.
Para compreender melhor a postura crítica e a busca de uma nova forma de fazer arquitetura por parte dos pós-modernos veja a seguinte comparação entre as propostas modernas, do início do século 20 e as características dos projetos pós-modernos.
Os arquitetos modernos adotaram um conceito sobre o homem para propor uma arquitetura que fosse universal e pudesse se adequar a todas as culturas e a todo o mundo. Isso é visível, por exemplo, no trecho da Carta de Atenas, mostrado a seguir, em que todo o conceito de urbanismo se reduz a quatro funções. Essa simplificação da vida é característica da arquitetura e do urbanismo modernos:
	“O dimensionamento de todas as coisas no dispositivo urbano só pode ser regido pela escala humana. A medida natural do homem deve servir de base a todas as escalas que estarão relacionadas à vida e às diversas funções do ser. Escala das medidas, que se aplicarão às superfícies ou às distâncias; escalas das distâncias que serão consideradas em sua relação com o ritmo natural do homem; escala dos horários, que devem ser determinados considerando-se o trajeto cotidiano do sol. As chaves do urbanismo estão nas quatro funções: habitar, trabalhar, recrear-se (nas horas livres), circular.”
Trecho da Carta de Atenas, de 1933, elaborada Assembleia do CIAM – Congresso Internacional de Arquitetura Moderna.
A proposta arquitetônica pós-moderna teve várias vertentes, mas é possível fazer um resumo de algumas características comuns a todas elas:
I – Crítica a homogeneidade e a padronização da arquitetura moderna, evitando ignorar os avanços produzidos por essa mesma arquitetura;
II – Valorização da arquitetura histórica, usando referências formais e conceituais de estilos do passado: nos Estados Unidos muitos arquitetos se vinculavam a essa linha de raciocínio acrescentando a visão de que a arquitetura pode ser usada como meio de comunicação.
III – Reinterpretação da arquitetura vernacular (arquitetura produzida localmente, cuja origem é popular e desenvolvida espontaneamente) local e tradicional.
IV – Essa arquitetura surgeem locais que tentam resistir à forte influência da ideia de “universalização da forma de viver”, proveniente de alguns centros considerados mais desenvolvidos.
Também é possível dividir a arquitetura pós-moderna em duas vertentes principais. Uma de caráter historicista, muito presente nos EUA, e da qual participam Robert Venturi e Charles Moore, entre muitos outros. Nessa vertente o uso de imagens populares, presentes na história da arquitetura ou nas edificações mais comuns da região, era uma maneira de tentar tornar os edifícios mais próximos das pessoas: era uma tentativa de usar o edifício como meio de comunicação. A outra, de caráter mais tipológico, buscava usar as formas arquitetônicas do passado e de outras culturas, porém buscando uma coerência com os contextos projetuais e urbanos. Essa vertente é mais comum na Europa, com arquitetos como James Stirling, Aldo Rossi, Ricardo Bofill e Paolo Portoghesi.
A influência do pós-moderno chega ao Brasil, mas de maneira mais superficial. O pós-modernismo aparece com mais intensidade nas obras de Sylvio Podestá, Éolo Maia e Jô Vasconcellos nas décadas de 1970 e 1980.
Arquitetura Pós-moderna – Robert Venturi
Venturi é um arquiteto norte-americano, principal fundador do escritório Venturi, Scott Brown Associates e um dos mais influentes teóricos da arquitetura pós-moderna. Tão importante quanto seus projetos são os livros que publicou e que foram divulgados mundialmente: Complexidade e Contradição na Arquitetura e Aprendendo com Las Vegas. Mais do que criticar a arquitetura moderna (1920-1940) e o Estilo Internacional (1950-1960), Venturi propõe uma nova abordagem formal e espacial, evitando o racionalismo e buscando soluções na arquitetura popular e na historiografia.
Seus projetos são pautados pelo uso de formas arquitetônicas do passado de maneira livre, evitando soluções universais.
Figura 1: Residência de Vanna Venturi, projetada por seu filho Robert Venturi e construída entre 1962-1964 na Pensilvânia, EUA.
Disponível em: <http://cdn.cstatic.net/images/gridfs/55a8188ef92ea12a4100e66d/ld2e05445-m1r.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Arquitetura Pós-moderna – Charles Moore
Dos arquitetos pós-modernos, Charles Moore é considerado um dos mais irônicos e sarcásticos. Ele acreditava que os edifícios podiam e deviam falar, estabelecendo ligações com o passado e contando histórias. No projeto da Piazza (praça) d’Italia, o arquiteto transportou cenários das cidades italianas e da história da arquitetura para Nova Orleans, nos EUA. O que se vê da praça não é funcional ou estruturalmente verdadeiro. Tudo é revestido e a própria praça não tem a função de local de reunião social. Ela é, de fato, um cenário com um discurso irônico e contraditório sobre a arquitetura.
Além de atuar como autor de projetos, foi professor e escreveu vários livros. Sua forma de projetar é tão exagerada que é considerada kitsch por seus críticos.
Figura 2: Piazza d’Italia, Nova Orleans, EUA (1978). Projeto de Charles Moore e Perez Architects.
Disponível em: <http://www.gonola.com/images/piazza.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Arquitetura Pós-moderna – Paolo Portoghesi
Paolo Portoghesi é um arquiteto italiano cuja carreira começa como estudioso da arquitetura clássica e barroca.  A partir da década de 1960 abre um escritório de arquitetura, e com a ampliação dos seus estudos sobre arquitetura moderna, começa a buscar formas mais orgânicas, influenciado pelo seu colega, o historiador italiano Bruno Zevi.
Uma das características de seus trabalhos é o uso coerente e cuidadoso de elementos históricos. Essa preocupação aparece claramente em suas obras, como a Mesquita de Roma. Nela, o uso dos sofisticados desenhos geométricos da arquitetura árabe aparecem na estrutura, assim como outros elementos típicos de uma mesquita, mas aplicados dentro de uma tecnologia construtiva atual.
 
Figura 3: Mesquita de Roma (1974), Itália, projeto de Paolo Portoghesi, Vittorio Gigliotti e Sami Mousawi.
Arquitetura Desconstrutivista
O Descontrutivismo surge na arquitetura na segunda metade dos anos 1980, tendo como base aspectos filosóficos. Essa origem conceitual se traduz em uma forma de operar que “desconstrói” os conceitos de fechamento e de tipologias. Essa arquitetura, partindo de dentro do conceito do projeto para fora, abre a construção e os espaços, evitando soluções tipológicas convencionais.
No início, a maioria dos arquitetos que seguiam essa linha projetual desconstruíam sistemas cartesianos simples, como se vê nas folies do Parc La Villette, projeto de Bernard Tschumi, ou nas primeiras propostas conceituais de Peter Eisenmann.
Mais tarde, a partir dos anos 1990, a profundidade das desconstruções vão além de sistemas compostos por uma geometria comum distorcida, e se amplia em direção a formas abertas e livres, cujo único vínculo é o espaço que a construção precisa criar para se tornar um edifício. Nessa forma de trabalhar se encaixam as primeiras obras da arquiteta Zaha Hadid e Frank Gehry. Suas obras são formalmente e espacialmente ousadas.
Nessa arquitetura não há uma relação direta entre os espaços internos e os externos, e a estrutura do edifício não é, necessariamente, um elemento definidor do volume.
 Arquitetura Desconstrutivista – Bernard Tschumi
Bernard Tschumi é um arquiteto suíço, que inicia sua carreira como intelectual, pesquisador e professor, logo depois de se formar. Nas suas pesquisas começa a desenvolver novos conceitos arquitetônicos e urbanos, que teriam de esperar uma oportunidade para serem aplicados na prática.
Essa oportunidade surge com o concurso para o Parque La Villette, em Paris. É o seu primeiro grande projeto executado, em que ele pôde propor os conceitos arquitetônicos e urbanos que estava desenvolvendo. A proposta é uma nova estratégia de organização urbana, um novo tipo de parque, baseado mais em um conceito de cultura do que no conceito de natureza. A partir dele inicia o seu escritório de arquitetura, Bernard Tschumi Architects.
 
Figura 1: Parque La Villette (1982-1998), Paris, França. A percepção do seu espaço é, em grande parte ,definida pelas folies de cor vermelha.
Disponível em: <http://images.lesechos.sdv.fr/archives/2012/LesEchos/21096/ECH21096037_1.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Figura 2: Vista de uma das folies. Essas pequenas construções de cor vermelha marcam espacialmente a área do parque. Cada uma é o resultado de uma variação espacial em torno de um volume cúbico de 9m x 9m x 9m.
Disponível em: <http://www.lemoniteur.fr/media/IMAGE/2010/02/25/IMAGE_2010_02_25_1069812.jpg>. Acesso em 20 jan. 2016.
Arquitetura Desconstrutivista – Zaha Hadid
A estação de combate a incêndio do Museu Vitra, na Alemanha em 1993, foi a primeira obra construída de Zaha Hadid, e a projetou internacionalmente. Nesse projeto já estão presentes as características formais e de organização espacial dos seus futuros projetos: decomposição das formas em elementos autônomos, ausência de simetria e de ortogonalidade, organização interna fluida e uso de formas abertas.
Além de ter ganho vários prêmios, ela foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Pritzker de Arquitetura, em 2004.
As suas obras mais recentes possuem volumes menos desconstruídos e mais flexíveis e curvos.
Figura 3: Estação de Bombeiros e de combate a incêndio (1993), Museu Vitra, Weil am Rheim, Alemanha.
Disponível em: <https://archeetah.files.wordpress.com/2012/11/zahahadidfirestationmain.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Arquitetura Desconstrutivista – Frank Gehry
Frank Gehry, arquiteto naturalizado norte-americano, começa a carreira com projetos relativamente comuns. Em uma mudança radical em sua vida, começa a propôr uma arquitetura deslocada e formalmente desmontada, com uma lógica construtiva ousada.
O Museu Guggenheim, situado em Bilbao, na Espanha, é um dos mais importantes projetos do escritório desse arquiteto. Essa obra foi parte de um esforço para revitalizar aquela cidade e hoje recebe visitantes de todo o mundo. De acordo com Leonardo Benevolo esse museu é um artefatoinsólito, onde a aparência externa é mais importante do que os espaços internos.
Figura 4: Museu Guggenheim (1992-1997), Bilbao, Espanha. Projeto de Frank Gehry para a Fundação Solomon R. Guggenheim.
Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/de/Guggenheim-bilbao-jan05.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
O conceito de museu durante a maior parte do século 20 se baseia em duas finalidades desse tipo de projeto, ainda vinculadas à sua origem, no século 19: a constituição de um acervo, que deve ser preservado, e a exposição ao público, seja desse mesmo acervo ou de outros conteúdos provenientes de outros lugares. Nesse contexto, a exposição ao público é de suma importância e justificaria por si só a existência desse espaço. No entanto, a partir dos anos 1990 consolida-se um tipo de espaço também chamado de museu, em que a arquitetura começa a concorrer com a finalidade de exposição e de acervo. Nesse tipo de museu, torna-se tão ou mais importante do que conhecer a exposição ou a própria existência de um acervo, a arquitetura.
Nesse sentido, é possível considerar que a filial do Museu Guggenheim em Bilbao pertence a esse tipo de edificação. Nele a aparência externa e a voluptuosidade dos espaços internos sobrepõem-se com relativa intensidade ao caráter de museu, no sentido tradicional da palavra. Isso não é uma característica da arquitetura desconstrutivista, mas as formas expansivas, irregulares e voluntariosas dessa arquitetura, ainda mais quando proveniente das mãos de Frank Gehry, contribuem significativamente para a geração desse novo tipo de museu.
Figura 5: Vista interna do Museu Guggenheim em Bilbao (note a escala humana).
Disponível em <http://www.spanishcontemporaryart.gallery/wp-content/uploads/2015/06/f9.jpg>. Acesso em 22 jul. 2016.
Arquitetura Desconstrutivista – Daniel Libeskind
Daniel Libeskind é um arquiteto norte-americano de origem polonesa, e seu primeiro grande projeto internacional foi a ampliação do Museu Judaico. Apesar de a sua arquitetura ser considerada desconstrutivista, seus projetos não são definidos pela justaposição de elementos formais discrepantes ou desconexos. Sua arquitetura é principalmente formada por volumes fechados, com ângulos variados. Essa solução formal permite uma inserção no terreno mais livre, principalmente quando se trata de criar ampliações de edifícios existentes.
Atualmente, tornou-se conhecido por ser o arquiteto principal da construção do novo World Trade Center, cujas torres foram destruídas nos ataques a Nova Iorque em 2001.
Figura 6: Anexo e ampliação do Museu Judaico (aberto em 2001), Berlim, Alemanha. Projeto do Studio Daniel Libeskind.
Regionalismo crítico
O momento na arquitetura denominado de Regionalismo crítico (1960-1980), também chamado de Contextualismo crítico ou neorracionalismo, foi identificado pelo historiador Kenneth Frampton. Segundo ele, os arquitetos que se encaixam nessa categoria, como herdeiros das críticas feitas sobre o Estilo Internacional e sobre o Modernismo, fazem propostas profundamente vinculadas às realidades dos locais onde os projetos são feitos, evitando soluções genéricas.
As características dessa arquitetura são: o respeito ao contexto de implantação do projeto (relevo, meio ambiente, edificações existentes), adequação à cultura local, uso de materiais e técnicas construtivas da região e reinterpretação de formas arquitetônicas tradicionais.
Dentro dessa categoria estão incluídos arquitetos como Tadao Ando (principalmente nos primeiros anos de sua carreira como arquiteto), Luís Barragán, Álvaro Siza, Vittorio Gregotti e Rafael Moneo.
A preocupação em fazer projetos que respeitem as características do local é totalmente oposta às propostas universalizantes e repetitivas feitas a partir da década de 1950 pelos profissionais diretamente relacionados com a arquitetura moderna. Mas também não podem ser considerados arquitetos pós-modernos, pois sua relação com a história da arquitetura não é formalista (eles não buscam usar formas históricas) nem tipológica. O seu interesse é principalmente cultural e local, sem retrocessos formais, buscando novas soluções arquitetônicas.
Regionalismo crítico – Tadao Ando
Tadao Ando é um arquiteto japonês, autodidata, e que em suas primeiras obras fez uma interpretação contemporânea da arquitetura tradicional japonesa. Ando reduz a arquitetura aos seus elementos mínimos (muitas vezes é chamado de minimalista) para ressaltar a sua interpretação das tradições construtivas e filosóficas japonesas.
O uso intenso do concreto armado aparente é feito para evitar elementos construtivos complementares, como na residência Azuma. Nela o arquiteto estabelece uma relação direta entre o interior da casa e alguns dos elementos naturais (sol chuva, neve, vento), em uma solução que choca com os costumes ocidentais, mas que foi feita dentro da cultura do cliente, além de ampliar o pequeno espaço interno da casa.
 
Figura 1: Residência Azuma (1976), Osaka, Japão . Fachada, plantas, vista axonométrica (note que o pátio não tem cobertura).
Disponível em: <https://c2.staticflickr.com/4/3436/3890107884_1e7f8d52e5_b.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Regionalismo crítico – Luís Barragán
Barragán (1902-1988), arquiteto mexicano, no começo de sua carreira era muito influenciado pelas propostas de Le Corbusier e pelo funcionalismo modernista. Porém, criticando essas propostas começa a reinterpretar a arquitetura mexicana. Ele fez projetos que valorizam fatores específicos do lugar, como clima, insolação, relevo, luminosidade.
Ao reinterpretar a arquitetura vernacular local e tradicional, Barragán não estava negando as conquistas modernas, nem buscando reviver o passado, mas sim propondo uma nova arquitetura local.
Ele é um dos arquitetos que conseguiu resistir à forte influência da ideia de “civilização universal”, proveniente de alguns centros considerados mais desenvolvidos.
Figura 2: Residência e haras San Cristóbal (1966-1968), Cidade do México, México.
Disponível em: <http://adbr001cdn.archdaily.net/wp-content/uploads/2012/09/1346515961_cortes2-530x354.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Figura 3: Residência e haras San Cristóbal (1966-1968), Cidade do México, México. Vista da área aberta do haras.
Disponível em: <http://design.designmuseum.org/media/item/3856/-1/1_4Lg.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Regionalismo crítico – Álvaro Siza
Álvaro Siza é um arquiteto português cuja formação inicial foi muito influenciada pelas propostas de Fernando Távora e outros profissionais que começaram, nas décadas de 1950 e 1960 , a valorizar e reinterpretar as tradições construtivas e arquitetônicas de Portugal.
Siza começa com projetos de pequeno porte, mas logo assume grandes encargos, apoiando-se no respeito ao contexto, tanto em áreas abertas, quanto em áreas urbanas. No entanto isso não o impediu de aplicar, sempre que fosse adequado, formas de organização espaciais internas mais livres, pouco ortogonais, usando ângulos variados e criando situações inusitadas. Ele também evita usar as mesmas soluções arquitetônicas em projetos diferentes.
Figura 4: Casa de Chá Boa Nova (1958-1963), Matosinhos, Portugal.
Disponível em: <http://archtendencias.com.br/wp-content/uploads/2014/07/casa-de-cha-boa-nova-alvaro-siza-vieira-31.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Regionalismo crítico – Vittorio Gregotti
O arquiteto italiano Vittorio Gregotti começa sua carreira com uma postura crítica à arquitetura moderna na década de 1960, usando elementos racionais, porém respeitando o contexto local, como no Palazzo per Uffici, em Novara. Ele tem sido solicitado para fazer projetos em locais com tradições arquitetônicas antigas pelo seu respeito às características do lugar, como no projeto do Centro Cultural de Belém.
No projeto em Belém as formas e cores utilizadas são uma maneira de respeitar a arquitetura do passado, pois as construções existentes na região possuem cores e formas semelhantes; o revestimento é uma pedra comum em construções antigas, assim como a forma, que é resultadoda união de vários volumes retangulares com diferentes tamanhos.
 
Figura 5: Centro Cultural de Belém, Belém, Portugal (1988-1993). Projeto da firma Gregotti Associati.
Disponível em: <http://consulmar.pt/wp-content/uploads/ccb-1_FW.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Regionalismo crítico - Rafael Moneo
Rafael Moneo é um arquiteto espanhol nascido em 1937 e cujas obras se caracterizam por, ao mesmo tempo, respeitar a escala e a história, usando formas originais e inovadoras. O historiador Leonardo Benevolo assinala Rafael Moneo como um dos mais importantes arquitetos da atualidade e para caracterizar sua arquitetura descreve o seu raciocínio arquitetônico: “Nesse jogo, o personagem mais original, que emerge progressivamente e se impõe em campo internacional, é Rafael Moneo Vallés. Suas variadíssimas escolhas, que são quase infalivelmente apropriadas aos lugares e trabalhosas funções dos projetos, fazem entrever a possibilidade de um ecletismo atualizado, sem a componente irônica e polêmica, própria de seu tempo, de Stirling a Venturi, mas cultivado seriamente, como no passado, o que evita o desgaste da repetição e conserva a espontaneidade das experiências singulares. Seus principais talentos são o interesse específico em cada um dos temas em que trabalha e o correspondente desinteresse em cultivar um repertório genérico, pessoal ou de grupo. Declara precocemente: ‘Gostaria de não cair no ridículo do equívoco linguístico, a sensação que temos frequentemente quando contemplamos algumas das arquiteturas recentes, destruídas pela intenção de identificar paradigmas, esquecendo os problemas reais.’ Reais, nesse discurso, são os problemas que cada ocasião individual coloca, irreais são os paradigmas abstratos. Assim ele se reconhece fora das oposições estilísticas já no período de sua formação. Essa abordagem lhe serve para resolver os quesitos específicos dos novos tempos, e o coloca naturalmente em sintonia com a virada inovadora dos anos 90.”
Ao mesmo tempo que Moneo se identifica com as propostas do regionalismo crítico, nas sua relação respeitosa e de leitura atenta em relação ao lugar da arquitetura, ele propõe um novo olhar sobre o projeto, com a inserção de formas interessantes e adequadas à inserção urbana.
Um exemplo dessa atitude é o projeto da ampliação da prefeitura de Múrcia, uma peuqena cidade na Espanha, em um local de difícil implantação, no meio de uma área muito adensada, e em frente a um largo. Sobre esse projeto o historiador Leonardo Benevolo destaca: “A ampliação do edifício da prefeitura de Múrcia (1991-1998) está em um arriscado cenário histórico, ao lado dos monumentos principais da cidade. A escolha de tratá-lo como um edifício tradicional gera a exigência, igualmente tradicional, de dar-lhe uma veste decorativa individual. Moneo inventa uma elegante fachada-retablo em pedra local, no eixo da igreja, mas contida em uma rua lateral, que, pelo desenho assimétrico e pela colocação “fora de prumo” de algumas pilastras, afasta-se do contexto antigo (...)”. BENEVOLO, Leonardo. A arquitetura no novo milênio. São Paulo: Estação Liberdade, 2007, pág. 107. A fachada-retablo é uma forma de descrever a fachada voltada para a praça como um elemento de contemplação (Figura 1), como os antigos retábulos de igrejas católicas, diante do qual o espectador deveria ficar admirado.
Figura 1: Vista geral da implantação da ampliação da prefeitura de Múrcia, Espanha, voltada para o largo. Disponível em <https://umbrasileironaespanha.files.wordpress.com/2016/04/p3090188.jpg?w=584&h=438>. Acesso em 19 jul. 2016.
Figura 2: Fachada principal da ampliação da Prefeitura de Múrcia. Disponível em <https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/37/d0/7c/37d07c443091a258e449c4a6b598bbd4.jpg>. Acesso em 19 jul. 2016.
Figura 3: Implantação da ampliação (em destaque) da Prefeitura de Múrcia. Disponível em <https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRntJCYv1cZgJM6E0FiVkLygZPfFFa84CY0alGNi17y5XApq1qBsQ>. Acesso em 19 jul. 2016.
Essas características são nítidas nos seus projetos, como a reforma da estação de trem Atocha, em Madri, Espanha. Nesse projeto, Moneo transforma a antiga plataforma de trens (figura 2) em um grande jardim coberto. Ao lado desse antigo e grande edifício ele projeta o novo acesso principal da estação (figura 1) e as modernas plataformas de trem. O novo acesso mostra nitidamente uma referência à antiga gare, com o uso de cores, materiais e um ritmo de fachada que remetem plasticamente ao prédio antigo.
Figura 1: Novo acesso da estação de trem Atocha. Dispnível em <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3d/Estación_de_Atocha_(Madrid)_02.jpg>. Acesso em 19 jul. 2016.
Figura 2: Entrada principal da antiga gare da estação, onde ficavam as plataformas de trem. Disponível em 
Pluralismo moderno
Os principais arquitetos que seguem esse conceito são Zaha Hadid (em seus trabalhos posteriores a 1990), Santiago Calatrava, Herzog & de Meuron e Rem Koolhaas. Em seus escritórios, o pluralismo se manifesta na diversidade de soluções arquitetônicas e formas inusitadas, decorrentes de novas formas de projetar e do uso de novos softwares para arquitetura e construção civil. Também colaboram para a realização de projetos únicos a farta disponibilidade de materiais construtivos e de linguagens formais muito diferentes do que tem sido feito até a década de 1990.
Uma das características dessa categoria é que não se trata de um movimento, e sim de um ambiente global que cria oportunidades para a realização de projetos ousados.
Esse pluralismo persiste até hoje e é muito adequado a um tipo de necessidade arquitetônica que, apesar da diversidade de programas que os clientes tem necessidade de resolver, tem um fato em comum: quando um arquiteto, entre os citados, é chamado para fazer um projeto, não se espera dele ou dela outra coisa senão uma arquitetura única, particular, ousada, capaz de se destacar não apenas regionalmente, mas muitas vezes mundialmente.
Portanto, essa arquitetura é específica, não do lugar apenas, mas nas formas e no uso criativo dos materiais; espera-se dela que se destaque no cenário arquitetônico; valorize o seu uso e, muitas vezes, contribua para divulgar o local e a finalidade do projeto na mídia em geral.
Pluralismo moderno – Zaha Hadid
Após um período inicial desconstrutivista, Zaha Hadid amplia o seu repertório formal e volta-se para uma composição mais volumétrica, ainda que não menos ousada. Alguns de seus projetos lembram as famosas curvas dos projetos de Oscar Niemeyer, mas com uma liberdade de eixos construtivos e de uso dos materiais muito maior.
Um dos projetos que demonstram esse momento é o Centro Cultural Heydar Aliyev. O Azerbaijão é um país que, após conquistar sua independência da extinta União Soviética, está modernizando seu urbanismo e sua arquitetura, e para isso chamou para fazer esse centro uma arquiteta conhecida por seus projetos ousados e inovadores. Essa é uma das características dessa categoria arquitetônica.
Figura 1: Centro Cultural Heydar Aliyev (2007-2012), Baku, Azerbaijão.
Disponível em: <http://www.designboom.com/wp-content/uploads/2011/09/zaha.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Pluralismo moderno – Santiago Calatrava
Santiago Calatrava é um arquiteto espanhol em cujas obras a engenharia estrutural é o destaque. As formas ousadas e inovadoras, beirando a fantasia, também são parte integrante de suas propostas, mas o aspecto construtivo se destaca.
Em suas obras as partes móveis do projeto sempre chamam a atenção: coberturas, portas, quebra-sóis e aberturas que se movimentam mecanicamente são uma importante característica. Essa linha projetual é por vezes criticada, seja pelo alto custo de execução e manutenção desses mecanismos, seja pela sobreposição desses artifícios mecânicos à organização espacial e à forma do projeto.
Suas obras são únicas, como se vê no Museu do Amanhã concluído em 2015.
Figura 2: Museu do Amanhã (2010-2015) Rio de Janeiro, Brasil. O projeto é parte da revitalização da área portuáriada cidade.
Disponível em: <http://www.jornalgrandebahia.com.br/wp-content/uploads/2015/12/Museu-do-Amanhã-loclaizado-na-cidade-do-Rio-de-Janeiro-5.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Pluralismo moderno – Herzog & de Meuron
Herzog & de Meuron é uma grande firma de arquitetura fundada por Jacques Herzog e Pierre de Meuron em 1978, na Suíça. Desde então tem feito um amplo leque de projetos, desde os de pequena escala, como residências, até grandes projetos urbanos.
Assim como os outros projetos dessa categoria arquitetônica, o escritório Herzog & de Meuron se notabilizou pela diversidade formal e construtiva de seus projetos. Esse foi, inclusive, um dos motivos citados para justificar sua escolha para fazer o Complexo Cultural Luz, no centro da cidade de São Paulo, como parte do processo de revitalização do bairro da Luz.
Figura 3: Complexo Cultural Luz (projeto de 2009, ainda não executado), São Paulo, Brasil. Vista superior.
Disponível em: <http://revistaveneza.files.wordpress.com/2011/02/divulgacao_01.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Figura 4: Complexo Cultural Luz (projeto de 2009, ainda não executado), São Paulo, Brasil. Vista interna.
Disponível em: <http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/03/21/projeto-2--verde.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Pluralismo moderno – Rem Koolhaas
Rem Koolhaas é um arquiteto holandês, fundador do O.M.A. (Office for Metropolitan Architecture – Escritório para Arquitetura Metropolitana). Desde o início de carreira sempre defendeu ideias controversas, como demonstram o título e o conteúdo de seus dois livros mais famosos: Nova Iorque Delirante e S,M,L,XL. A proposta de trabalhar como artista conceitual, criando formas e soluções inusitadas, que vão desde uma balão como cobertura para um stand em um parque, até edifícios que parecem envelopados, não o impediu de receber grandes encargos em várias partes do mundo.
Um exemplo disso é a sede da Televisão Estatal da China (CCTV), que gerou grande polêmica e cumpriu seu papel de criar um edifício único, com uma geometria especial.
Figura 5: Sede da CCTV (2002-2008), Pequim, China, projeto do O.M.A.
Bioarquitetura
A bioarquitetura é uma forma de projetar edifícios que tenham baixo impacto no meio ambiente em que são realizados e tenham, ao longo de sua vida útil, uma baixo consumo energético e um reduzido consumo para manutenção e conservação.
A bioarquitetura também é denominada de arquitetura verde ou sustentável.
Os elementos que tornam a bioarquitetura efetiva são: os materiais da construção, a execução da obra, o consumo energético e de insumos (água, gás, etc.) do edifício e a relação com o meio ambiente. A bioarquitetura efetiva depende de como eles são usados e aplicados no projeto, na obra e no uso do edifício. A relação com o meio ambiente é provavelmente o aspecto mais extenso da bioarquitetura pois tem início com o projeto (definições das características ambientais dos espaços, do consumo de energia, da escolha de materiais, etc.), passa pela execução da obra e se estende por todo o tempo de existência da edificação (consumo, forma de uso dos espaços, manutenção, reformas, etc).
Bioarquitetura - critérios projetuais
Portanto, para que um projeto seja enquadrado na bioarquitetura os critérios projetuais a serem usados na definição dos elementos e fatores arquitetônicos são os seguintes:
A execução da obra deve gerar a menor quantidade possível de resíduos, e quando isso for inevitável, os resíduos devem ser devidamente tratados.
O consumo energético e de insumos deve ser o mais econômico e o de menor impacto ambiental. O reuso de água, captação de águas pluviais, uso de equipamentos e instalações que consomem menos energia elétrica e/ou gás são exemplos de soluções muito usadas.
Os materiais da construção devem ser preferencialmente recicláveis e de fontes renováveis.
A relação com o meio ambiente deve permitir o máximo de aproveitamento do que o meio ambiente pode fornecer, como iluminação natural, ventilação, insolação, vegetação, etc.
Um outro critério projetual da bioarquitetura, pouco usado na prática, é a preocupação em usar materiais e mão-de-obra da região em que o projeto é executado. Quando há essa preocupação, há uma grande economia indireta na redução do transporte desses fatores.
Bioarquitetura – definições projetuais
Assim, um exemplo de projeto que se enquadraria de forma plena nos critérios de bioarquitetura deve usar:
Materiais naturais (não industrializados, como terra).
Materiais recicláveis e renováveis (madeira, bambu).
Reduzir ao máximo o uso de materiais industrializados (vidro, cimento, aço, alumínio).
Usar técnicas construtivas de baixo impacto ambiental (construção com terra ou que reduz a quantidade de pilares e de fundações)
Usar equipamentos e instalações de baixo consumo energético.
Aproveitar ao máximo a luz e o vento naturais.
Realizar um projeto com materiais e aberturas que reduzam a necessidade de aquecimento e/ou resfriamento mecânico.
Definir implantações que diminuam a necessidade de movimentação de terra e evitar sempre que possível a impermeabilização do solo.
Utilizar fontes renováveis de energia e de água (captação de energia solar e/ou eólica, captação de águas pluviais).
Elaborar projetos complementares de hidráulica que reutilizem parte ou toda a água consumida na edificação.
Um dos escritórios que desenvolve projetos com essas características é o Renzo Piano Building Workshop. Como exemplo temos a Academia de Ciências da Califórnia.
Figura 1: Academia de Ciências da Califórnia (2000-2008, nova sede), Califórnia, EUA. Fundada em 1853, teve sua nova sede projetada pelo Renzo Piano Building Workshop.
Disponível em: <http://www.calacademy.org/sites/default/files/assets/images/KW_IMAGES_DO_NOT_USE/_a6y3982-edit.jpg>. Acesso em 03 fev 2016.
Bioarquitetura – limites
Apesar de a bioarquitetura ser reconhecidamente importante para a preservação do meio ambiente e para a qualidade de vida, nem todo projeto arquitetônico consegue aplicar em uma construção os critérios projetuais citados anteriormente.
Há alguns selos de qualidade que destacam as construções que conseguem atingir altos níveis de sustentabilidade, mas que, mesmo assim, não usam todos os critérios citados.
Exemplo: em um edifício como o Museu do Amanhã, em que os projetistas afirmam que o consumo energético é até 40% inferior ao que ocorre em um edifício semelhante, foi usado o aço como elemento estrutural. Mas o aço, para ser produzido, consome volumes enormes de energia e de matéria-prima não renovável. Portanto, ele é um material que é, ao mesmo tempo, reciclável (pode ser reutilizado de inúmeras maneiras) mas não renovável (o aço é feito a partir de minérios que não se reproduzem).
A escolha dos materiais a serem usados em uma construção é um importante aspecto na definição da bioarquitetura. Os materiais podem ser renováveis (podem ser gerados naturalmente ou artificialmente, usando poucos recursos), recicláveis (o material pode ser usado e depois de descartado pode ser manipulado e voltar a ser usado como material de construção) e reutilizável (um elemento construtivo, como uma janela de madeira, pode ser usado em uma obra e depois retirado e utilizado novamente em outra). Mas essas categorias não são exatas. Um exemplo é o concreto: atualmente ele pode ser reciclado, mas com limites, pois não o material resultante não pode ser usado novamente como concreto plenamente, anão ser que seja usado como agregado em uma nova mistura. Um outro exemplo é a madeira: seuma peça de madeira, como uma porta, está tão desgastada que não pode voltar a ser usada como porta é possível reciclar esse material, mas normalmente haverá uma perda de massa na sua manipulação (serras e cortes tiram pedaços da madeira), ou seja, não é possível reciclar o material integralmente.
Essa situação é mostrada de uma maneira genérica na tabela abaixo:
	MATERIAL
	Reciclável
	Renovável
	Reutilizável*
	Concreto
	parcialmente
	não
	não
	Madeira
	sim
	sim
	sim
	Vidro
	sim
	não
	simAço
	sim
	não
	sim
	Alumínio
	sim
	não
	sim
	Ferro
	sim
	não
	sim
	Cerâmica**
	parcialmente
	não
	parcialmente
	Polímeros***
	parcialmente
	não
	parcialmente
	Cimento****
	parcialmente
	não
	não
* O conceito de reutilizável depende muito da maneira que o material foi usado. Exemplo: uma telha feita de concreto pode ser reutilizada várias vezes, pois é muito resistente e pode ser levada de uma obra para outra, mas a superestrutura de um edifício feita em concreto armado moldado in loco não pode ser reutilizada depois de demolida. Nesse item foi usado o critério da situação mais comum para aquele material, mas sempre há exceções.
** As cerâmicas aparecem na construção civil em forma de blocos, pisos, elementos vazados, telhas e revestimentos.
*** Os polímeros são materiais produzidos artificialmente através de processos químicos e são muito comuns no nosso cotidiano. Exemplos de polímeros usados com frequência na construção civil: Isopor (poliestireno) é usado como material inerte em estruturas de concreto, PVC (policloreto de vinilo) é usado em esquadrias, portas, forros e revestimentos, Policarbonato é usado como substituto para o vidro, etc.
**** O cimento é um dos principais componentes do concreto, mas foi colocado separado pois também é utilizado como material principal em argamassas diferentes do concreto, usadas em assentamento de pisos e revestimentos, inclusive ele próprio como piso e revestimento, produção de elementos construtivos (telhas de fibrocimento, placas de vedação, etc).
Arquitetura nos países emergentes
No final do século 20 e início do século 21, alguns economistas criaram o conceito de países emergentes. São nações que conseguiram sair de um estado de subdesenvolvimento, em comparação com parâmetros ocidentais dos países considerados ricos, e estão caminhando para se equipar a eles em termos principalmente econômicos, mas também no que se refere à qualidade de vida.
Dentre esses países destacam-se os BRICS, sigla em inglês que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (South Africa, em inglês).
Apesar dos critérios para essa definição serem discutíveis, esses países se destacaram mundialmente de fato.
Arquitetura - China
O arquiteto chinês Wang Shu fundou em 1997, com sua esposa Lu Wenyu, o escritório Amateur Architecture Studio, no qual desenvolveu um tipo de regionalismo crítico chinês. Ganhador do prêmio Pritzker de arquitetura em 2012, sua arquitetura tem sido vista por críticos como uma abertura de novos horizontes, ao mesmo tempo que se relaciona com o lugar e a memória.
O escritório tem uma postura crítica em relação à produção imobiliária chinesa, que tem demolido vários quarteirões de construções tradicionais. Em seus projetos, tenta recuperar parte das tradições e imagens locais chinesas, que estão desaparecendo em face do intenso desenvolvimento econômico daquele país.
Figura 1: Academia de Arte da China – fase I (2004), Hangzhou, China. A forma evoca o relevo chinês que está desaparecendo rapidamente. A fase II (2007) do campus também foi feita pelo Amateur Architecture Studio.
Disponível em: <http://www.zeng-han.com/files/gimgs/32_wang-shu-hangzhou-china-academy-of-art-13.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Arquitetura – Brasil
Gustavo Penna é um dos arquitetos brasileiros que tem contribuído para realizar no país uma arquitetura em sintonia com o design atual, usando formas que, se de um lado lembram a voluptuosidade da arquitetura moderna carioca dos anos 1950 e 1960, por outro são inovadoras na riqueza de soluções arquitetônicas e urbanas.
Seu escritório, Gustavo Penna Arquiteto & Associados tem desenvolvido vários projetos nas mais diversas escalas. O design característico é marcado pelo uso de formas sólidas que se mesclam em relevos, aberturas e topografias criando edifícios e espaços únicos, sem criar soluções padronizadas.
Figura 2: Sede da Rede Bandeirantes de Rádio e TV (2009-2010), São Paulo, Brasil.
Disponível em: <http://www.gustavopenna.com.br/img/projetos/gd/20110609144930.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Arquitetura – Rússia
O arquiteto russo Mikhail Khazanov desenvolveu no início do século 21 importantes obras em seu país, como o conjunto residencial em Serebriany Bor (1998-2002), a reconstrução e restauração do Teatro Bolshoy (1999-2002)  e o Centro Nacional de Artes Contemporâneas (2001-2002), todos situados em Moscou, Rússia.
Suas propostas de recuperação de edifícios antigos para novos usos geram formas provocativas, sem destruir aspectos da arquitetura pré-existente.
Figura 3: Centro Nacional de Arte Contemporânea (2001-2002), Moscou, Russia. O edifício reformado era um antigo galpão de produção de cenários para teatro. A intervenção, do lado externo, abraça a construção antiga.
Disponível em: <http://images.adsttc.com/media/images/524d/7bb6/e8e4/4e67/bf00/0455/newsletter/NCCA.jpg?1380809649>. Acesso em 20 jan 2016.
Arquitetura – Índia
Balakrishna Vithaldas Doshi é considerado um dos mais importantes arquitetos indianos pela sua habilidade em combinar técnicas tradicionais com tecnologia moderna em uma arquitetura funcional com uma estética própria. Atualmente é uma das figuras centrais na Índia dentro do debate sobre arquitetura sustentável.
Seu trabalho é muito influenciado pela arquitetura tradicional indiana, e foi um dos pioneiros no desenvolvimento de projetos sustentáveis, começando as suas pesquisas em 1955. Sua carreira já completou 60 anos e recebeu inúmeros prêmios na Índia pelo seu trabalho.
Figura 4: Amdavad ni Gufa (1992-1995), Ahmedabad, Índia. Galeria de arte subterrânea feita para expor o trabalho do artista plástico Maqbool Fida Husain. Vista externa.
Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9f/Amdavad_ni_gufa.jpg>. Acesso em 20 jan 2016.
Figura 5: Amdavad ni Gufa (1992-1995), Ahmedabad, Índia. Vista interna.

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