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HABILITAÇÃO DO CASAMENTO

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Direito Civil V
Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2019
Continuação aula passada...
Da habilitação para o casamento – Lei de registros públicos
Os proclamas são publicados por 15 dias no cartório, de forma pública.
O impedimento pode ser arguida a qualquer tempo pelo parquet ou interessados legítimos. E o prazo de 15 dias para qualquer do povo.
Prof. “Havendo oposição de impedimentos o oficial deverá cientificar os nubentes entregando-lhes nota de oposição, com prazo de 3 dias para que se manifestem.”
O oficial chamará os nubentes até o cartório e informará a identidade da pessoa que impugnou, esta impugnação não pode ser sigilosa. Pois o casamento tem interesse público. Não há necessidade de advogado.
Quais informações constam na impugnação? Quais informações constam nos proclamas?
Ônus da [...] áudio
Se não há impugnação, presume-se não haver impedimento.
Registro e Emissão de Certidão
Após passado o prazo, sem impugnação, os nubentes se dirigem ao cartório par informar que não houve impugnação. Em um prazo decadencial (não se interrompe e não se suspende) de 90 dias, haverá o casamento. 
Prof. “Inexistindo impugnação de terceiros ou do MP, o oficial procederá o regular registro expedindo certidão habilitatória que concederá o prazo decadencial de 90 dias para a celebração do casamento.”
Art. 1.527 do CC
 Exemplos de urgência: mudança permanente a trabalho para o exterior, risco iminente de morte de um dos nubentes etc.
Casamentos militares – Lei 6.880, Art. 144 e 145.
O servidor do serviço exterior brasileiro – Lei 11.440, art. 33
Em ambos os casos acima, havendo o casamento, ele será válido, mas o militar ou servidor será exonerado do cargo. O casamento é norma de ordem pública. As leis supracitadas não influenciam no casamento, pois ele é protegido constitucionalmente. Uma lei ordinária não pode invalidar o casamento.
Estrutura do Casamento
3 planos = Existência, validade e eficácia. O casamento é analisado através destes 3 planos, tal como o negócio jurídico.
Negócio jurídico existente – deve existir declaração de vontade para que seja existente o casamento.
Prof. “No plano da existência existem 2 requisitos essenciais ao casamento: manifestação de vontade dos nubentes e a celebração do casamento por uma autoridade.”
Art. 1.535 do CC – A existência requer que haja uma autoridade que precisa ser competente, habilitada para tal.
Art. 1544 do CC – Autoridade para celebrar casamento: depende do Estado. No RJ segue-se o CODIGERJ, que declara que o oficial do cartório, juiz de direito, juiz de paz e autoridades eclesiásticas.
Negócio jurídico válido: causas de nulidade e anulabilidade
Prof. “Analisa-se aqui a incidência ou não de nulidades (art. 1.548 do CC) e anulabilidade (Art. 1550 do CC).”
Nulo – não produz efeitos, não convalida
Anulável – valida, prescreve. 
OUVIR O ÁUDIO !!! ART. 1.548 E SEUS INCISOS
Erro essencial contra a pessoa do cônjuge = transexual, pessoa infértil, pré-existência de doença infectocontagiosa.
Saí da sala...
Caso Concreto 4
Prof. ..a) por culpa de um dos nubentes. No caso narrado, porém, isso não ocorreu, vez que a suspensão se deu pela morte da autoridade celebrante, podendo, portanto, ser continuado por outra autoridade que por ventura se fizer presente”
b) Não, uma vez que inexistiu a declaração pela autoridade celebrante, conf prevista no art. 1.535 do CC
Objetiva
D – incorreta
Prof. “O casamento nulo, embora fulminado por um vício de ordem pública e insanável, existe e por isso poderá produzir efeitos perante terceiros, por exemplo/; a presunção de paternidade dos filhos havidos na constância do casamento, art. 1.597 do CC e em relação ao próprios consortes, como o reconhecimento da comunhão de bens.”
O casamento, mesmo nulo é capaz de produzir efeitos. 
Caso Concreto 5
a) sim, vez que o casamento é norma de ordem pública, cabendo ao MP sua fiscalização.
b) não. Pois é uma causa impeditiva, portanto, gerando nulidade ao casamento, não convalida, sendo portanto imprescritível. 
c) Na verdade existe vínculo de parentesco sendo este por afinidade.
Objetiva
E - 
Parte 2
Casamento ineficaz é aquele que não alcançou seus objetivos (comunhão plena de vida), não produz efeitos práticos para o casamento. Não há que se falar em prazo, diz respeito apenas as partes.
Quais os deveres dos cônjuges? 
Prof. “Por fim, o casamento ineficaz não produzirá efeitos práticos no casamento, por ausência de previsão legal. Não havendo o que se falar em intervenção de terceiros ou do MP, podendo, porém, influenciar em eventual divórcio.
Casamento Putativo
Prof. “Chama-se putativo o casamento inválido (nulo ou anulável) que foi contraído de boa-fé por um ou ambos os nubentes incorrendo em erro, permitindo o aproveitamento dos efeitos jurídicos decorrentes do casamento.”
Requisitos:
Casamento válido
Boa-fé de um ou ambos
Deve existir um erro desculpável, plausível, razoável
A putatividade só pode ser declarada por decisão judicial
Prof. “O erro que caracteriza a putatividade pode ser tanto de fato quanto de direito, constituindo exceção a regra da vedação ao erro de direito (o não conhecimento do fato, pois a lei todos devem saber).
A putatividade pode ser declarada na sentença que torna nulo o casamento ou que o desconstitui caso seja alegado pelas partes durante o procedimento.”
“Dentre os efeitos jurídicos que podem decorrer da putatividade, podemos citar:
- Presunção do esforço comum
Casamento em caso de iminente risco de morte – Art. 1.539 e 1.541 do CC
 Prof. “Caso os nubentes já estejam habilitados regularmente mas que não possam aguardar que a celebração ocorra em dia, local e hora previamente agendados, pois um ou os dois deles encontra-se acometido de grave moléstia que por sua natureza não permita a locomoção e/ ou a espera, incidirá o artigo 1.539 do CC.
Em tal situação o juiz acompanhado do oficial (ou na falta deste, de pessoa nomeada para este ato) celebrará o casamento onde encontrar-se os nubentes.
A outra modalidade excepcional de casamento é chamada casamento nunn cupativo – art. 1.540 do CC ou em iminente risco de vida (risco de morte) sendo chamado ainda de casamento in extremes vitare – na extremidade da vida. Neste caso, ante a urgencia do caso e absoluta falta de tempo serão flexibilizadas todas as solenidades legalmente exigidas para o casamento.”

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