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Artigo Animais Silvestres Atropelados BR 277-PNI - Estudo de Caso

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LEVANTAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES ATROPELADOS 
NA BR-277 ÀS MARGENS DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU: 
SUBSÍDIOS AO PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE PROTEÇÃO À FAUNA1 
 
LIMA, Sérgio Ferreira*; OBARA, Ana Tiyomi** 
* Gerente de Meio Ambiente da Concessionária Rodovia das Cataratas – Cascavel (PR). 
** Professora do Departamento de Biologia – Universidade Estadual de Maringá – UEM. 
 
RESUMO: Os impactos causados à fauna por atropelamentos nas estradas e rodovias têm 
recebido a atenção de pesquisadores em vários países. Quando os atropelamentos ocorrem em 
estradas e rodovias que se localizam no interior ou no entorno das Unidades de Conservação 
(UCs), o problema é, ainda, mais grave, uma vez que, em muitas destas áreas existem espécimes 
ameaçadas de extinção. O presente estudo teve como base as informações dos animais 
atropelados na rodovia BR-277, nas proximidades do Parque Nacional do Iguaçu – PR, num 
trecho de 32 Km de extensão. De outubro de 2001 a maio 2002, o total de animais atropelados foi 
de 165 exemplares, sendo 45% de mamíferos, 38% de aves, 16% de répteis e 1% de anfíbios. O 
teiú (Tupinambis sp) foi a espécie mais atropelada, com 21 exemplares, seguido pelo tatu-galinha 
(Dasypus novemcinctus), com 18 exemplares atropelados. Os trechos que tiveram maior 
freqüência de atropelamentos estão localizados entre os quilômetros 634 e 635, com onze 
ocorrências, seguido dos trechos entre os quilômetros 639 e 640, 619 e 620 com dez casos. A 
taxa de animais atropelados foi de 0,02 por quilômetros/dia. Estas informações são importantes e 
podem subsidiar programas e ações que visem reduzir o número de atropelamentos na BR-277. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Animais atropelados, rodovia BR-277, Parque Nacional do Iguaçu. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nos últimos anos, os impactos causados à fauna por atropelamentos nas estradas e rodovias 
têm recebido a atenção de pesquisadores nos vários países (Van der ZANDE et al., 1980; 
KUIKEN, 1988; PHILCOX et al., 1999; TROMBULAK & FRISSEL, 2000). No Brasil, a 
preocupação é mais recente e, quase sempre, associada às áreas de interesse de preservação 
(FISHER, 1997; FARIA & MORENI, 2000; SCOSS & JUNIOR, 2000; CANDIDO-Jr et al., 
2002; RODRIGUES et al., 2002). 
Os atropelamentos ocorrem em função de dois aspectos principais: 
1º - A rodovia corta o habitat de determinado taxon, interferindo na faixa de deslocamento natural 
da espécie, o mesmo acontecendo para uma rodovia estabelecida em área de migração. 
 
1 Área temática da extensão: Meio Ambiente Área do conhecimento CNPq: Ciências Biológicas 
2º - A disponibilidade de alimentos ao longo das rodovias, que serve de atrativo para fauna. 
Neste último caso, a presença de alimentos (grãos, sementes, frutas, plantas herbáceas, 
entre outros) na pista ou próxima dela, atua como atrativo para os animais silvestres que tem este 
hábito alimentar, podendo resultar no atropelamento do animal, cujo cadáver pode atrair a 
presença de outros animais carnívoros, criando-se um ciclo de atropelamento (Figura 1). 
 
FIGURA 1 Ciclo de atropelamentos de fauna na rodovia. 
 Grãos, frutos 
Roedores, 
aves 
Carnívoros Insetos 
 
 
 
 
Fonte: DNER/IME (2001) 
 
Quando os atropelamentos ocorrem em estradas e rodovias que se localizam no interior ou 
no entorno de Unidades de Conservação (UCs), o problema é, ainda, mais grave, uma vez que, 
em muitas destas áreas existem espécimes ameaçadas de extinção. Por exemplo, estudo realizado 
na Estação Ecológica de Águas Emendadas, localizada ao norte do Distrito Federal, revelou que, 
em média, 4,5 lobos-guarás morrem anualmente nas estradas que margeiam a área, valor 
equivalente à metade dos filhotes nascidos ao ano (RODRIGUES et al., 2002). 
O presente trabalho teve como objetivo identificar os pontos de maior incidência de 
atropelamentos e as espécies mais afetadas, num trecho de 32 Km da BR-277, rodovia que 
margeia o Parque Nacional do Iguaçu – PR. Estas informações vão subsidiar as pesquisas 
existentes sobre a influência da BR-277 sobre a fauna presente na UC em questão, bem como, as 
ações e estratégias, técnicas e educativas, a serem tomadas em conjunto pela concessionária 
responsável pelo trecho (Concessionária Rodovia das Cataratas S.A.) e os demais órgãos e 
instituições envolvidos (IBAMA e Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE) no 
Programa de Estudos da Biologia dos Animais Silvestres Atropelados na BR-277. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
A rodovia BR-277 atravessa o Estado do Paraná, do município de Paranaguá, no litoral 
paranaense, à Foz do Iguaçu, no extremo oeste do Estado. Esta rodovia é considerada a principal 
via de transporte de produtos e de passageiros, no eixo litoral - Foz do Iguaçu. 
Após passar pelo município de Cascavel, a rodovia margeia o Parque Nacional do Iguaçu 
(25o 03’S, 53o 38’W) e o faz em sua porção norte por 32 Km (até 25o 11’S, 53o 53’W). 
Na ocasião da proposta de duplicação da Rodovia BR-277, um dos compromissos da 
Concessionária Rodovia das Cataratas S.A., responsável pelo trecho da rodovia que faz limite 
com o Parque Nacional do Iguaçu, foi a realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), com 
respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), na perspectiva de diagnosticar os possíveis 
danos ambientais com a duplicação da mesma. 
No presente estudo, o trecho da BR-277 a ser investigado tem 32 Km de extensão e está 
localizado entre os municípios de Santa Tereza d’Oeste e Céu Azul. 
A coleta dos animais atropelados foi executada pela equipe de inspeção da Concessionária, 
que atua 24 horas em todos os dias da semana, passando pelos mesmos locais com uma 
freqüência média de noventa minutos. 
Esta equipe ao encontrar um espécime atropelado, recolhe o mesmo, acondicionando-o 
num saco plástico, anotando em ficha e etiqueta específica o tipo do animal, a hora da coleta e a 
localização. Em seguida, o material é encaminhado até uma unidade do IBAMA, no município 
de Céu Azul, onde fica acondicionado em um freezer, para posterior análise no laboratório de 
Zoologia da UNIOESTE. No laboratório, os animais são identificados, sexados, medidos e 
examinados em busca de ectoparasitas (CANDIDO Jr. et al, 2002). 
 
RESULTADOS 
 
No período de outubro de 2001 a maio de 2002, nos 32 Km da BR-277, que margeia o 
Parque Nacional do Iguaçu, a equipe da Concessionária Rodovia das Cataratas S.A. encontrou 
165 animais vertebrados atropelados. Do total de animais atropelados, após identificação 
constatou-se que 45% pertenciam a classe dos mamíferos, 38% das aves e os 17% restantes 
estavam divididos entre anfíbios (1%) e répteis (16%) . 
Ao analisarmos a Figura 2, é possível comparar a freqüência das espécies mais atropeladas 
nos grupos e nas diferentes classes. Dentro do grupo de répteis, o Teiú (Tupinambis sp) foi a 
espécie mais atropelada (21 exemplares). No grupo de mamíferos, o Tatu-galinha (Dasypus 
novemcinctus), foi a espécie mais atropelada (18 exemplares), seguido pelo Gambá-de-orelhas-
pretas (Didelphis marsupialis), pelo Gambá-de-orelhas-brancas (Didelphis albiventris) e pelo 
Ouriço Cacheiro (Coendou spinosus), todos com doze (12) ocorrências. No grupo das aves, os 
animais mais afetados foram o Anu-preto (Crotophaga ani), com 12 exemplares atropelados; a 
Suindara (Thyto alba), com 9 ocorrências e a Perdiz (Rynchothus rufescens), com 5 ocorrências. 
Considerando a extensão investigada (quilômetro 611 a 642), o trecho que apresentou 
maior número de atropelamentos está entre os quilômetros 634 e 635 com onze ocorrências, 
seguido dos trechos entre os quilômetros 639 e 640, 619 e 620 com dez casos. Outros cincos 
pontos identificados com oito animais atropelados estãoentre os quilômetros 614 e 615, 620 e 
621, 626 e 627, 628 e 629 e 641 e 642. 
O número de animais silvestres mortos por atropelamentos representa uma taxa de 0,02 
animais atropelados por quilômetros/dia. 
 
FIGURA 2 Número de animais atropelados por tipo nos 32 Kms que margeia o Parque 
 Nacional do Iguaçu na BR-277. 
Número de Animais Atropelados por Tipo
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Al
m
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e G
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Tipos de animais
Q
td
e.
 
DISCUSSÃO 
 
O número de 165 vertebrados atropelados, em oito meses, pode ser considerado alto, 
quando comparado à alguns números levantados em outros estudos. Por exemplo, um estudo feito 
na rodovia SP-613, que corta o Parque Estadual do Morro do Diabo–SP, num monitoramento 
feito durante 10 anos, contabilizou 182 animais mortos por atropelamento (FARIA & MORENI, 
2000). Contudo, se comparamos com o número levantado nos 66 Km da rodovia que atravessa a 
Estação Ecológica do Taim – RS, onde foram registrados 188 aves atropeladas em apenas 4 
meses, sem considerar as outras classes de vertebrados (OLMOS, 1996), o número levantado 
neste trabalho torna-se pouco expressivo. 
Convém destacar que, o número de mortes por atropelamento na BR-277 pode ter sido 
subestimado, considerando que outros espécimes podem ter sido atropelados e jogados para fora 
da pista ou, ainda, se refugiado na mata, morrendo em seguida. Existe, ainda, a possibilidade de 
alguns animais atropelados terem sido removido por urubus ou outro tipo de animal carnívoro, 
como cachorros-do-mato e carcarás (RODRIGUES, et al., 2002). 
CANDIDO Jr. et al.(2002) registraram 431 atropelamentos, em cinco meses, na mesma 
rodovia (BR-277), num trecho de 132 km entre Cascavel e Foz do Iguaçu, num total de 62 
espécies de vertebrados, o que resulta em 3,265 animais atropelados por quilômetro. 
Com relação às diferenças nas freqüências de atropelamentos, nos diferentes trechos da 
rodovia, estas podem ter várias origens. Uma hipótese seria que o tipo de paisagem presente na 
borda ou no lado oposto ao parque (cultura de grãos, pastagem, mata natural,...), poderia atrair os 
animais, que saem à procura de alimentos. Um outro aspecto seria a característica física da 
rodovia. Segundo os especialistas, a maior incidência de atropelamentos ocorre em trechos de 
declive, onde os veículos trafegam em alta velocidade. 
 
CONCLUSÕES 
 
Uma das estratégias para reduzir os atropelamentos, seria a criação de um grupo 
multidisciplinar, envolvendo biólogos, técnicos ambientais, engenheiros de tráfego, incluindo as 
instituições que já participam do levantamento dos animais atropelados, que trabalhariam na 
perspectiva de estabelecer um conjunto de ações mitigadoras. Entre as ações previstas estariam: 
a) o estudo da biologia/ecologia das espécies atropeladas (em andamento pela UNIOESTE); b) a 
implantação de dispositivos e mecanismos que impeçam ou facilitem a passagem dos animais 
pela rodovia de maneira segura (túneis, pontes, cercas, refletores, redutores de velocidade e 
placas de sinalização); c) a criação de um Programa de Educação Ambiental direcionado à 
comunidade que vive no entorno do parque e aos usuários da BR- 277, conscientizando-os das 
implicações dos atropelamentos para a fauna local. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Ao coordenador do Programa de Estudos da Biologia dos Animais Silvestres Atropelados na BR-
277, Professor José Flávio Cândido Jr. e à sua equipe (UNIOESTE, IBAMA, Concessionária 
Rodovia das Cataratas), por disponibilizar os dados de coleta e classificação das espécies 
atropeladas. À Universidade Paranaense (UNIPAR) - Campus Guaíra – Programa de Pós-
graduação em Gestão Ambiental, que possibilitou a elaboração do trabalho. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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