Buscar

Relatório Origem das Políticas Sociais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Origem das Políticas Sociais
 A partir do Capitalismo, surge a politica social, construída por meio das mobilizações das classes operárias advindas das revoluções industriais no século XIX. A politica social foi, então, entendida como estratégia de intervenção do governo nas relações sociais originadas da produção, ou seja, foi relacionada a um processo de mediação, como estratégia estatal entre interesses conflitivos. 
 O processo de globalização que está em curso provoca profundas mudanças em vários setores da sociedade em um movimento acelerado de reorganização social, cultural e institucional subordinado em linhas gerais à economia. 
 Um dos maiores desafios a ser enfrentado nesse processo está na identificação do papel a ser desenvolvido pelo Estado-nação, pois esse tem perdido gradativamente algumas de suas prerrogativas – tanto econômico politicas e culturais quanto sociais.
 As politicas públicas passam a serem discutidas em espaços transnacionais, cujos acordos são impostos a aceitos a ponto de modificarem e influírem na execução e definição das politicas nacionais.
 Diante dos desafios apontados, é necessário o serviço social desenvolver ações relativas ao planejamento estratégico ante a nova gestão dos serviços. O projeto ético-politico aborda o reconhecimento da liberdade como valor ético central – a liberdade concedida historicamente, como possibilidade de escolher entre alternativas concretas, e é neste sentido que surge o compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais.
 O projeto profissional vincula-se a um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero. Não podendo desvincular esses valores da história do Serviço Social, assim como das influências que foram construídas historicamente. 
 As politicas sociais são classificadas e definidas conforme suas especificidades e seus objetivos imediatos, como curativas e preventivas, primarias, secundarias e terciárias, terapêuticas e promocionais. São apresentadas de acordo com o público-alvo: crianças, jovens e idosos e por critérios de normalidade/anormalidade, doentes, excepcionais, inválidos, psicóticos, desaptados sociais etc. Essas classificações acabavam por fragmentar, isolar e controlar as politicas sociais. 
 Dentro dessa logica, a politica social acaba por estigmatizar a população, quando as separa por idade, normalidade/anormalidade, transformando e reforçando a concepção de desviantes e desintegrados. No entanto, apesar de sua origem de defesa dos direitos dos trabalhadores, origem esta calcada na luta dos trabalhadores, a política social passou a atender os interesses dos capitalistas, a transformar os direitos dos trabalhadores em capital privado lucrativo. Em ultima instancia a política social da sociedade capitalista atende aos interesses dos capitalistas. Funcionais ao capitalismo, as políticas sociais se metamorfoseiam em ajuda, em benefícios sociais, em solidariedade entre as pessoas, em ações governamentais para acabar com as desigualdades sociais, por exemplo: direito a alimentação, à saúde, ao saneamento básico, à educação.
 O Estado coloca como se ele estivesse preocupado com estas questões, mas, ao mesmo tempo, não as resolve, e só demostra preocupação nos discursos, mas mesmo existindo, por exemplo, amplos conhecimentos para implantação do saneamento básico, ainda há brasileiros morando com esgoto em céu aberto. Descola-se, assim, a política social de sua base real de existência: a contradição entre a forma social da produção e a apropriação privada do produto socialmente produzido, que é o que o funda o modo capitalista de produção. 
 O Serviço Social busca o fortalecimento da pratica institucional entendendo-se como uma profissão que irá realizar a mediação entre o Estado e a Sociedade civil. A dimensão politico-organizativa pressupõe em serviço social capaz de propor alternativas de ações e não mero executor de suas ações. Isso, juntamente com a participação dos estudantes, engajou a organização de seu compromisso político-partidário, e é nesse contexto que a ABESS (Associação Brasileira de Ensino em Serviço Social) e o CFAS (Concelho Nacional de Assistência Social), em 1983, apoiando a reativação do movimento dos estudantes do serviço social no movimento de lutas no âmbito universitário em geral, No plano da reflexão e da normatização ética, o Código de Ética Profissional de 1986 foi uma expressão daquelas conquistas e ganhos. 
Construía-se um projeto profissional que, vinculado a um projeto social radicalmente democrático, redimensionava a inserção do Serviço Social na vida brasileira, compromissando- o com os interesses da massa da população trabalhadora.
 O amadurecimento deste projeto profissional, mais as alterações ocorrentes na sociedade brasileira, passaram a exigir uma melhor explicitação do sentido imanente do Código de 1986. Tratava-se de objetivar com mais rigor as implantações dos princípios conquistados e plasmados naquele documento, tanto para fundar mais adequadamente os seus parâmetros éticos quanto para permitir uma melhor instrumentalização deles na prática cotidiana do exercício profissional. 
 É ao projeto social ai implicado que se conecta o projeto profissional do Serviço Social – e cabe pensar a ética como pressuposto teórico político que remete para o enfrentamento das contradições postas a Profissão, a partir de uma visão crítica, e fundamentada teoricamente, das derivações ético-políticas do agir profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Código de Ética Profissional do Assistente Social. Brasília: CFESS, 1993.
http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/o-cfess
Regulamentação da Profissão de Assistente Social. Lei nº. 8662 jun, 1993.
http://www.cfess.org.br/arquivos/legislacao_lei_8662.pdf
file:///C:/Users/Usuario/Documents/...SERVI%C3%87O%20SOCIAL%204%C2%BA%20PERIODO/SEMI_Fundamentos_das_Politicas_Sociais_1_2p.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rk/v16nspe/05.pdf

Continue navegando