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Isolamento microbiológico do canal auditivo de cães saudáveis e com otite externa na região metropolitana de Recife, Pernambuco Acadêmicas: Ana Luiza Lopes, Bruna Schuster, Isadora Henn, Isadora Jacobs, Ketlin Streck, Leticia Iser e Nathália Kist O termo otite refere-se à inflamação na orelha média ou externa, assim como na mucosa do ouvido ou no tímpano. Sua principal característica é a dor de ouvido e é causada, principalmente, pela entrada de microrganismos na orelha. Questão Motriz: Um médico veterinário recebeu em sua clínica um cão da raça shih tzu, que aparentava intenso prurido, seguido pelo excesso de cerúmen com coloração escura, mau cheiro e eritema. A tutora, por sua vez, relatou ao médico que suspeitava de otite, mas o trouxe para ter certeza do diagnóstico. Após fazer um exame utilizando um swab, o médico relatou que havia a presença de infecções bacterianas e fúngicas no canal auditivo do paciente. Introdução Otite externa = inflamação do epitélio que reveste o conduto auditivo externo; Presente em todas as espécies e frequente na clínica médica; Investigar a microbiota de cães com otite e cães com canal saudável; Através de isolamento bacteriano e fúngico > Staphylococcus spp. e Malassezia pachydermatis; Infecções bacterianas e fúngicas > agentes residentes > oportunistas > desequilíbrios no ambiente auricular; Carência de estudos locais > região metropolitana Recife; Está presente em todas as espécies mas mais frequente em cães. As infecções bacterianas e fungicas fazem parte da microbiota do canal auditivo e tornam-se patógenos oportunistas quando há desequilibrios no ambiente auricular. Os microorganismos mais isolados sao Staphylococcus spp. e Malassezia pachydermatis. O estudo foi feito pois ainda há uma ausência de estudos locais sobre otite externa em cães. Otite externa em cães Legenda 1- Pavilhão auricular 2- Poro acústico 3- Ramo vertical 4- Ramo horizontal 5- Membrana timpânica 6- Ossículos 7- Canais semicirculares 8- Cóclea 9- Bula timpânica 10- Tuba auditiva keti Classificação da otite Otite externa: inflamação do tecido que reveste o canal auditivo externos; Orelha externa: pavilhão auricular, poro acústico e meato acústico externo; Ceruminosa, eczematosa, purulenta, hiperplásica e estenosante; Mais frequente em cães; Otite média: consequência da otite externa > após ruptura da membrana do tímpano; Orelha média: face interna do tímpano, bula timpânica, ossículos e tuba auditiva; Produção de muco é drenado para a tuba auditiva > orofaringe; Otite interna: mais especializada; Orelha interna: canais semicirculares, cóclea e nervo acústico; Desorientação e desequilíbrio; Média e interna > estruturas nervosas > problemas neurológicos. Otite externa = inflamação do tecido que reveste o canal auditivo externo; orelha externa: pavilhão auricular, poro acústico e meato acústico externo (forma de L) > revestidos de pele; mais frequente em cães. ceruminosa, eczematosa, purulenta, hiperplásica e estenosante. Otite média: mtas vzes é consequência da otite externa após ruptura da membrana do tímpano; inicia-se na face interna do tímpano; composta pelos ossículos, bula e tuba auditiva; produção de muco é drenado para a tuba até a orofaringe; Média e interna = apresentam delicadas estruturas nervosas > sintomatologia neurológica quando inflamadas (caracterizando otite média e interna); Otite interna: mais especializada; canais semicirculares, cóclea e nervo acústico (liga todo o conjunto diretamente com o cérebro); pode dar origem a alterações mais graves = desorientação e desequilíbrio. Classificação da otite Otite crônica: bloqueio da trompa auditiva (canal que liga o orelha média à faringe). Ocorre na orelha média: pode se agravar se o animal entrar em contato com a água, pois o tîmpano está perfurado; Secreção de pus com odor forte. Pode haver a formação de protuberâncias denominadas pólipos que atravessam a perfuração timpânica e chegam ao canal auricular; Otite aguda: infecção provocada por vírus ou bactéria, causada por excesso de muco e líquido no ouvido, não drenado naturalmente; Ocorre na orelha média: evoluindo para otite crônica se não houver tratamento; Pode se espalhar para o osso mastóide (atrás do ouvido) ou ouvido interno; Se a otite se espalhar pode ocorrer meningite ou abscesso no cérebro ou ao redor dele; Pólipos: crescimento anormal de tecido, geralmente benigno. A crônica é causada pela aguda. Diagnóstico Baseiam-se numa detalhada anamnese e num exame clínico completo; Exame clínico através de: Otoscopia; Citologia auricular; Cultura e antibiograma; Biópsia; Radiografia; Anamnese completa é importante para determinar a causa de uma otite externa ID precoce de fatores predisponentes e/ou primários pode facilitar a prevenção da cronicidade Testes de cultura e antibiograma são recomendados quando há suspeita de cepas resistentes de bactérias. Em todos os casos de otite externa crônica ou recidivante, onde a membrana timpânica está anormal ou não pode ser observada, deve-se radiografar a bula timpânica Tratamento: Sempre manter higienizado o canal auditivo; Limpeza de 2 a 3x ao dia; Tirar o excesso de pelos; Ter cuidado no banho para que não entre água, contribuindo para a proliferação de microrganismos; Materiais e métodos Coletados 82 amostras de suabes otológicos de cães; 11 animais com otite externa bilateral e 30 sem sinais clínicos de otite; Isolamento de Mollicutes e Malassezia em swabs; Semeadas em ágar base enriquecido com 5% de sangue ovino desfibrinado (Ágar sangue); Incubadas em estufa bacteriológica a 37°C; Leituras realizadas após 24, 48 e 72h; Gêneros identificados; Artigo: Isolamento microbiológico do canal auditivo de cães saudáveis e com otite externa na região metropolitana de Recife, Pernambuco 82 > 41 de ambos sexos, de um a 9 meses de idade e de diferentes raças e os gêneros identificados com base na morfologia das colônias e nas características microscópicas observadas após coloração pelo método de GRAM - protocolo de Tuleski No isolamento da Malassezia ocorre o mesmo processo de Tuleski mas c exame direto na lamina e feito semeadura em ágar fungobiótico enriquecido com azeite a 2%. > Observação a cada 48h e 15 dias para aparecimento de colonias Discussão do artigo Pode ter consequências graves; Em ambos os grupos foi isolado leveduras e bactérias Gram positivas; A presença de Malassezia sp. e Staphylococcus sp. foi mais evidente nos cães com otopatia; Staphylococcus sp. predominou em cães otopatas; Infecções oportunistas; Artigo: Isolamento microbiológico do canal auditivo de cães saudáveis e com otite externa na região metropolitana de Recife, Pernambuco Discussão do artigo Malassezia sp. teve positividade 2,5x maior no exame direto e 1,6x maior na cultura; Lipídeos presentes no cerúmen atuam nas células epiteliais do canal auditivo, fator essencial para o desenvolvimento das infecções; Relação direta com a nutrição, aderência e multiplicação da infecção; Níveis elevados de ácidos graxos no cerúmen é fator de risco para o desenvolvimento de otite; Discussão do artigo Cães com orelhas pendiculares, hipertricose, e ainda com excesso de umidade possuem predisposição para otite externa; Pode não ser um fator determinante; Cães saudáveis e otopatas não apresentaram diferenças entre os fatores Mesmo o tipo de orelha sendo um importante determinante, a de forma pendular não influencia tanto na retenção de calor e umidade; Conclusão Isolamento de gêneros microbianos entre cães otopatas e os com orelhas saudáveis se mostraram idênticos; Referências ALMEIDA, Maína de S.; SANTOS, Sandra B.; MOTA, André da R.; SILVA, Luana T. R.; SILVA, Leonildo B. G.; MOTA, Rinaldo A. Pesquisa Veterinária Brasileira,Recife, 2016. Isolamento microbiano do canal auditivo de cães saudáveis e com otite externa na região metropolitana de Recife, Pernambuco. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pvb/v36n1/1678-5150-pvb-36-01-00029.pd> ALVES, Sara Verónica Gonçalves. Lisboa, 2016. Identificação de otite externa em cães apresentados à consulta vacinal. Disponível em: <http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/7095/Dissertac%CC%A7a%CC%83o%20Sara%20Alves%202.06.2016.pdf?sequence=1> LINZMEIER, Geise Lissiane; ENDO, Rosilaine Mieko; LOT, Rômulo Francis Estangari. Revista Científica Eletrônica De Medicina Veterinária, 2009. Otite Externa. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/ZjT2hdBx69kFTWR_2013-6-21-12-3-2.p> Isolamento microbiológico do canal auditivo de cães saudáveis e com otite externa na região metropolitana de Recife, Pernambuco Acadêmicas: Ana Luiza Lopes, Bruna Schuster, Isadora Henn, Isadora Jacobs, Ketlin Streck, Leticia Iser e Nathália Kist Obrigada pela atenção! O termo otite refere-se à inflamação na orelha média ou externa, assim como na mucosa do ouvido ou no tímpano. Sua principal característica é a dor de ouvido e é causada, principalmente, pela entrada de microrganismos na orelha.
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