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Estrutura e Funcionamento da Educação Básica Professor-Autor Andréia Martins Lilianne Magalhães Equipe Coordenadoria de Educação a Distância Coordenador: Edgar Yukio Ishibashi Web designers: Viviane Vicente dos Santos e Sara Azevedo Benedicto Analista EaD: Erionaldo Teixeira Auxiliar EaD: Felipe Grande Equipe de Apoio Designer Instrucional: Viviane Vicente dos Santos Designer Gráfico e Ilustração: Viviane Vicente dos Santos Orientações Ícones Glossário Você sabia? Refletindo... Videoteca Atenção: A lei 9.394/96 e a organização da educação Olá alunos e alunas, nesse módulo nos dedicaremos a entender a estrutura da educação básica brasileira, discutindo os níveis e as modalidades de ensino que compõem a educação nacional. Esta tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. A educação escolar brasileira se divide em educação básica e ensino superior. No caso da educação básica temos uma subdivisão em educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Leia atentamente os artigos abaixo para entender como se estrutura a educação nacional: (...) Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não- seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei. Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino; III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação; VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis. Vimos que a educação básica é composta da seguinte forma: ( x ) educação infantil, ensino fundamental e médio Ainda de acordo com a LDB: Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento. Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo. Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. Educação Infantil Como primeira etapa da educação básica, a educação infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 5 anos de idade em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Como dever do estado a educação infantil é uma novidade da Constituição Federal de 1988. A educação infantil aparece na LDB/96 como incumbência dos municípios e deveria até 1.999 (três anos após a promulgação da LDB), estar integrada ao respectivo sistema estadual ou de com ele compor um sistema único de educação básica. A educação infantil deve ser oferecida em creches, ou entidades equivalentes, para crianças de 0 a 5 anos de idade. A Lei de diretrizes e bases da educação nacional traz as seguintes indicações referentes a educação infantil: Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de60% (sessenta por cento) do total de horas; V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. Ensino Fundamental O Ensino Fundamental è a etapa obrigatória da educação básica. Como dever do Estado, o acesso a esse ensino é direito público subjetivo, quer dizer, não exige regulamentação para ser cumprido. Seu não-oferecimento, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. A oferta do ensino fundamental gratuito estende-se a todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria, e não se restringe apenas aos 6 e 14 anos como previa a lei anterior. O ensino fundamental regular deve ser ministrado em língua portuguesa, assegurando às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e os processos próprios de aprendizagem, como a Constituição também expressa. O ensino fundamental, como também toda a educação básica, pode organizar- se por séries anuais, por períodos semestrais, por ciclos, por períodos de estudos, por grupos não seriados, por idade, competência, ou por qualquer outra forma que o processo de aprendizagem requeres. Leia abaixo a regulamentação proposta pela Lei 9.394/94 sobre o ensino fundamental: Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. § 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. § 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. § 5o O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático adequado. § 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal nos currículos do ensino fundamental. Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso." Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. § 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organização autorizadas nesta Lei. § 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. Sabemos que, atualmente o ensino fundamental foi: ( x ) ampliado, tendo duração de 9 anos Ensino Médio A LDB 9394/96 traz muitas novidades para o ensino médio. Como última etapa da educação básica e com três anos, no mínimo, de duração, esse nível de ensino perdeu a obrigatoriedade de habilitar para o trabalho, formando profissionais, algo que passou a ser facultativo. Os princípios pedagógicos estruturantes dos currículos do ensino médio são: identidade, diversidade e autonomia, interdisciplinaridade e contextualização. Os artigos 35 e 36 trazem a legislação referente ao ensino médio: Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes: I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania; II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes; III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição. IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio. § 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem; § 3º Os cursos do ensino médio terão equivalência legal e habilitarão ao prosseguimento de estudos. E o ensino superior? O capítulo IV da Lei de Diretrizes e Bases é dedicado ao ensino superior. Do artigo 43 ao artigo 57 são referentes ao tema. O primeiro ponto mencionado são as finalidades deste nível de ensino, a saber: I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V - suscitaro desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. A divisão do ensino superior também está prevista na legislação da seguinte maneira: • cursos sequenciais por campo de saber; • cursos de graduação cujo requisito é a conclusão do ensino médio sendo que o ingresso deve ser feito por processo seletivo; • cursos de pós-graduação. • Cursos de extensão A pós graduação no Brasil está dividida em strictu sensu: programas de mestrado e doutorado e latu sensu: cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros. Estes cursos como o próprio nome já diz só podem ser realizados após uma graduação, ou seja, são abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino; O artigo 46 da LDB discorre sobre a autorização e credenciamento de cursos e instituições. O artigo estabelece que “a autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo regular de avaliação”. Estes cursos podem, eventualmente, serem desativados ou suspensos. Assim como no ensino fundamental o ano letivo neste nível de ensino também é de duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, ou seja, exclui-se o tempo reservado aos exames finais, caso eles existam. Algo que é permitido pela legislação são os casos de diminuição da duração do curso. È previsto que os alunos que tenham um aproveitamento excepcional e que seja demonstrado por meio de instrumentos de avaliação específicos poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino. Legislação estabelece ainda que os cursos de graduação devem ser oferecidos no turno noturno. Estes cursos devem ser oferecidos nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno. No artigo 52 da LDB ficam esclarecidas as características das universidades. Estas se caracterizam pela produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas relevantes, o corpo docentes destas instituições devem ter mestrado ou doutorado e, além disso um terço deles devem ter tempo A responsabilidade pelo ensino superior fica a cargo da União que deve assegurar anualmente recursos para manutenção e desenvolvimento das instituições de educação superior que são por ele mantidas, ou seja, as universidades públicas. No caso da graduação, sabemos que muitos jovens no Brasil ainda não conseguem acessar este nível de ensino. Os vestibulares estão cada vez mais concorridos e seletivos e, na maioria das vezes, alunos que compõem as camadas menos favorecidas da sociedade acabam ficando excluídos do nível superior, principalmente nas universidades públicas e gratuitas. Sabe-se que o ensino superior têm se expandido por todo Brasil não só no que tange a esfera federal, mas principalmente na esfera privada. De acordo o senso da educação superior, em 2009, 958 mil estudantes obtiveram a graduação superior quase o triplo dos formandos em 2002. Esse aumento também é verificado se observarmos as matrículas nos cursos de graduação. As políticas e programas voltados para este nível de ensino ocasionaram um aumento expressivo de faculdades e centros universitários do setor privado e a consequente abertura de vários cursos, inclusive cursos de pedagogia e normal superior. Atualmente temos o Programa Universidade para todos – Prouni. No entanto, este programa tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de ensino superior privadas. O Prouni foi criado pelo Governo Federal em 2004 e é regulamentado pela Lei nº 11.096, de 2005. Para que a oferta de bolsas seja feita o governo federal oferece às instituições privadas a isenção de tributos. Muitos pesquisadores criticam o programa o vendo-o apenas como transferência de verba pública para o setor privado. Algumas condições precisam ser respeitadas para aqueles que desejam concorrer a bolsas: 1 - ser egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais; 2 - ter renda familiar per capita máxima de três salários mínimos, Os candidatos do Prouni são selecionados pelas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio – o popular ENEM, ou seja, a bolsa é oferecida para os estudante que tem maior desempenho acadêmico. De acordo com o Portal do Prouni o programa já atendeu, desde sua criação até 2014, mais de 1,4 milhão de estudantes, sendo 70% deles com bolsas integrais o que é um numero significativo. De acordo com Saviani (2010, p.13) “em 1996 nós tínhamos 922 instituições de nível superior, sendo 211 públicas (23%) e 711 privadas (77%). Em 2005 o número total das instituições se elevou para 2.165 com 231 públicas (10,7%) e 1.934 privadas (89,3%).” MODALIDADES DE ENSINO A LDB/96 apresenta três modalidades de ensino: a educação de jovens e adultos, educação profissional e educação especial. Mas o que seriam modalidade? Essa é uma classificação dada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, a determinadas formas de educação que podem localizar-se nos diferentes níveis da educação escolar (educação básica e educação superior). Dessa forma, por exemplo, a educação de jovens e adultos pode ser ofertada como ensino fundamental ou médio. A educação especial, por sua vez, tanto pode acontecer na educação infantil, como nos demais níveis da educação básica e da educação superior. As modalidade de ensino, portanto, perpassam os níveis de ensino, Agora, vamos falar um pouco sobre estas modalidade? Educação de Jovens e Adultos A educação de jovens e adultos destina-se aos que não tiveram, na idade própria, acesso ao ensino fundamental e médio ou continuidade de estudos nesses níveis de ensino. Embora o texto legal estimule o acesso do trabalhador à escola e sua permanência nela, além de definir os sistemas de ensino como responsáveis por garantir a gratuidade nessa modalidade de educação, ele não detalha, como fazia o original dessa lei, quais são as ações que vão garantir a permanência dos jovens e adultos na instituição escolar. A educação de jovens e adultos prevê cursos e exames supletivos a ser realizados no nível de conclusão do ensino fundamental, para maiores de 14 anos, e no nível de conclusão do ensino médio, para maiores de 18 anos. Nos artigos 37 e 38 da Lei de Diretrizes e Bases traz a seguinte indicação sobre a educação de jovens e adultos como uma modalidade de ensino: Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. § 2º O Poder Público viabilizará eestimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. § 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. § 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames. Vimos que a educação de jovens e adultos deve: ( x ) ser preferencialmente articulada com a educação profissional Educação profissional A educação profissional deve estar integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia e visa ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Deve ser desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho. Destina-se ao aluno matriculado no ensino fundamental, médio ou superior ou egresso deles, bem como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto. Para isso, apresenta-se em três níveis: básico, técnico e tecnológico. As disciplinas do currículo do ensino técnico podem ser agrupadas por módulo, os quais podem ter caráter terminativo, dando direito a certificado de qualificação profissional. O conjunto de certificados de uma habilitação profissional dá direito ao diploma de técnico de nível médio. Os cursos de nível superior conferem diploma de tecnólogo. Os artigos 39, 40, 41 e 42 tratam sobre a educação profissional, afirmando que: Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. § 1o Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nível de ensino. § 2o A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes cursos: I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissional II – de educação profissional técnica de nível médio; III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação. § 3o Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós- graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação. Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho. Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos. Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade. ] Educação Especial No Brasil, cerca de 10% da população tem necessidades especiais, e mais da metade dos casos pode ser evitada com assistência médica, adequada no pré- natal, no momento do parto, nas doenças infantis, em cidades, etc. A oferta de educação especial é dever do Estado, esta expressa na Constituição Federal e na LDB de 1996 no artigo 58 parágrafo 3º. Como podemos verificar abaixo: Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. § 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. CONSIDERAÇÕES FINAIS Entender como se organiza a educação básica brasileira é fundamental para o exercício profissional de futuros professores e professoras. Em nosso próximo módulo nos dedicaremos e estudar as indicações da legislação sobre os profissionais de ensino, e retomaremos a dois artigos da lei de diretrizes e bases que discutem pontos muitos polêmicos, um é o artigo 26 que trata da inserção das questões étnico-racial e o artigo 33 que insere o ensino religioso como obrigatório para a escola e facultativo para os alunos. Até breve!!!!! Referência Bibliográfica: BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf acesso em 04/07/2013 LIBÂNEO, José Carlos. Educação escolar: políticas, estrutura e organização / José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira, Mirza Seabra Toschi – 7 ed. – São Paulo: Cortez, 2009. –(Coleção Docência em Formação / Coordenação Antônio Joaquim Severino, Selma Garrido Pimenta. Exercícios: Sobre a finalidade da educação básica podemos dizer que esta deve prezar pelo pleno desenvolvimento do educando, ou seja, para que o aluno se desenvolva plenamente é necessário que a escola lhe ofereça condições. A educação básica deve prepara o sujeito para o exercício da cidadania já eu é preciso que todo cidadão tenha seus direitos respeitados e seja cumpridor de seus deveres. Também podemos falar na importância da educação básica na qualificação para o trabalho. Assim, podemos dizer que a finalidade da educação básica é: a) transformar a mentalidade dos educandos b) desenvolver o pensamento filosófico dentro das instituiçõesescolares c) desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania d) promover a pedagogia baseada na solidariedade e) promover a igualdade racial na sociedade. O conceito de educação básica foi ampliado a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, pois a lei anterior estabelecia como básico o antigo primeiro grau. A LDB atribui à educação básica a finalidade de desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum essencial para exercer a cidadania, prosseguir seus estudos e ingressar no mercado de trabalho. Sobre a composição dos níveis de ensino do sistema educacional brasileiro, podemos dizer que: a) o sistema educacional brasileiro se divide em educação básica (composta pela educação infantil, ensino fundamental, ensino médio) e ensino superior. b) o sistema educacional brasileiro se divide em pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e ensino superior c) o sistema educacional brasileiro se divide em educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior e pós graduação d) o sistema educacional brasileiro se divide em educação infantil, ensino fundamental, segundo grau e ensino superior. e) o sistema educacional brasileiro se divide em ginásio, científico, colegial e terceiro grau. Para garantir o acesso a educação buscou-se criar as modalidades de ensino, sendo que através destas, alunos que não tiveram oportunidade de estudos no tempo regular agora tem acesso à educação, alunos encontram possibilidades dentro de uma formação especifica, pessoas com necessidades especiais podem ser inclusos. Nosso sistema de ensino se divide em níveis e modalidades. São modalidades de ensino: a) educação especial, educação de jovens e adultos e educação profissional b) educação infantil, educação de jovens e adultos e educação profissional c) educação física, educação de jovens e adultos e educação profissional d) educação especial, educação superior e educação profissional e) educação de jovens e adultos, educação infantil e pré-escola. A educação escolar brasileira se divide em educação básica e ensino superior. No caso da educação básica temos uma subdivisão em educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. E educação básica prevê uma forma de organização que se configura da seguinte forma: a) Somente em ciclos e séries anuais. b) Somente em grupos não-seriados, com base na idade. c) em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. d) A organização do ensino se dá em ciclos no ensino público e em séries anuais com base na idade nas instituições privadas. e) Supletivos semestrais e anuais. Em relação as modalidades de ensino, aquela que é oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Estamos nos referindo a educação: a) Especial b) De jovens e adultos c) Profissional d) Integral e) À distância Preencha a lacuna abaixo com a alternativa correta: Entre as modalidades de ensino a __________________ visa o permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Deve ser desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas. a) Educação Profissional b) Educação Especial c) Educação de Jovens e Adultos d) Educação Infantil e) Educação Superior Em relação as disciplinas no conteúdo programático das escolas podemos afirmar que no ensino médio uma língua estrangeira moderna é uma disciplina: a) obrigatória, escolhida pela comunidade escolar. b) facultativa, cabendo a escola promover. c) opcional, cabe o aluno decidir, mas a escola deve oferecer. d) obrigatória somente para alunos estrangeiros com residência permanente no país. e) opcional, a escola pode optar em nem oferecer a disciplina aos alunos.
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