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Bases constitucionais

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Os princípios encontrados em nossa Constituição Federal são: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Esses apresentados, são referentes à administração pública. Todos eles estão presentes no artigo 37 da Constituição Federal.
Legalidade
A Legalidade está no alicerce do Estado de Direito, no princípio da autonomia da vontade. Baseia-se no pressuposto de que tudo o que não é proibido, é permitido por lei. Mas o administrador público deve fazer as coisas sob a regência da lei imposta. Portanto, só pode fazer o que a lei lhe autoriza.
Impessoalidade
A imagem de Administrador público não deve ser identificada quando a Administração Pública estiver atuando. Outro fator é que o administrador não pode fazer sua própria promoção, tendo em vista seu cargo, pois esse atua em nome do interesse público. E mais, ao representante público é proibido o privilégio de pessoas específicas. E deve tratar todos igualmente.
Moralidade
Esse princípio tem a junção de Legalidade com Finalidade, resultando em Moralidade. Ou seja, o administrador deve trabalhar com bases éticas na administração, lembrando que não pode ser limitada na distinção de bem ou mal. Não se deve visar apenas esses dois aspectos, adicionando a ideia de que o fim é sempre será o bem comum. A legalidade e finalidade devem andar juntas na conduta de qualquer servidor público, para o alcance da moralidade.
Publicidade
Na Publicidade, o gerenciamento deve ser feito de forma legal, não oculta. A publicação dos assuntos é importante para a fiscalização, o que contribui para ambos os lados, tanto para o administrador quanto para o público. Porém, a publicidade não pode ser usada de forma errada, para a propaganda pessoal, e, sim, para haver um verdadeiro controle social.
Eficiência
O administrador tem o dever de fazer uma boa gestão, é o que esse princípio afirma. O representante deve trazer as melhores saídas, sob a legalidade da lei, bem como mais efetiva. Com esse princípio, o administrador obtém a resposta do interesse público e o Estado possui maior eficácia na elaboração de suas ações.
Segundo Grupo
Dados tais princípios, pertencentes ao chamado 1º grupo, da administração pública. Agora vem o 2º grupo, que são os explícitos ou implícitos no texto constitucional, além dos que estão no art. 37.
Interesse Público
O princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado é intimamente unido em toda e qualquer sociedade organizada. Segundo a própria CF, “todo o poder emana do povo”, por isso, o interesse público irá trazer o benefício e bem-estar à população.
Princípio da Finalidade
É dever do administrador público buscar os resultados mais práticos e eficazes. Esses resultados devem estar ligados as necessidades e aspirações do interesse do público.
Princípio da Igualdade
No art. 5º da CF, prevê-se que todos temos direitos iguais sem qualquer distinção. Para o administrador não é diferente. Ele não pode distinguir as situações. Sendo obrigado, por lei, a agir de maneira igual em situações iguais e desigual em situações desiguais.
Boa-fé
A boa fé incorpora o valor ético da confiança. Confiança na forma de atuação que cabe esperar das pessoas com que nos relacionamos. É no âmbito das relações jurídico-administrativas que esse modo de atuar é esperado pela Administração Pública, em respeito ao administrado, e do administrado em relação à Administração Pública.
De fato, a confiança visa evitar que as pessoas sejam surpreendidas por modificações no direito positivo ou na conduta do Poder Público, que possam ferir direitos devidamente constituídos oriundos até mesmo de atos administrativos manifestamente ilegais, ou frustrar-lhes expectativas alimentadas pelo próprio Poder Público.
Motivação
Para todas as ações dos servidores públicos, deve existir uma explicação, um fundamento de base e direito. O princípio da Motivação é o que vai fundamentar todas as decisões que serão tomadas pelo agente público.
Razoabilidade e da Proporcionalidade
As competências da administração pública devem ser feitas proporcionalmente, sendo ponderadas, segundo as normas exigidas para cumprimento da finalidade do interesse público.
 
Bases Constitucionais da Administração Pública (NP1) 
Módulo 01 - Noções Gerais de Direito Administrativo 
NOÇÕES GERAIS 
1. Conceito de Direito Administrativo 
Em sentido amplo, o direito administrativo pode ser conceituado como um ramo do Direi to Público In terno que tem como 
objeto a busca p elo bem comum da coletividade e pelo interesse público. 
Contudo, na doutrina brasileira, o conceito de Direito Administrativo é tema de grande divergência. Essa polêmica decorre de 
uma definição clara quanto ao seu objeto, que vem sendo sistematicamente ampliado , modificado, ou mesmo reduzido em 
alguns pontos, em virtude de novos anseios da sociedade, como também mutações estatais que foram vivenciadas nas últimas 
décadas. 
Vejamos alguns: 
Para Celso Antônio Ban deira de Mello: “O direito a dministrativo é o ramo do direito público q ue disciplina a função 
administrativa”, bem como p essoas e órgãos que a exe rcem”. Percebe -se que o autor e nfatiza a ideia de função administrativa. 
Hely Lopes Meirelles, por sua vez, destaca o elemento finalí stico na conceituaçã o: os órgãos, agentes e atividad es 
administrativas como in strumentos para realização dos fin s desejados pelo E stado. Vejamos: “ O conceito d e Direito 
Administrativo Brasilei ro, para nós, sintetiza -se no c onjunto harmônico de princípios jurídicos qu e regem os órgãos, o s agentes e 
as atividades púb licas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejado s pelo Estado ”. 
Maria Sylvia Zanella Di Pi etro coloca em evidência como obj eto do Direito Administrativo os órgãos, agentes e as pes soas 
integrantes da Administração Pública n o campo jurídico não contencioso. Pa ra a autora o Direito admini strativo é o “ ramo do 
direito público q ue tem por objeto os ó rgãos, agentes e pessoas jurídica s administrativas que in tegram a Administração Púb lic a, 
a atividade ju rídica não contenciosa que exercer e os ben s de que se utiliza para a co nsecução de seus fins, de na tureza púb lica ”. 
E ainda, segund o José dos Santos Carvalho Fi lho, o Direito Administrati vo pode ser conceitu ado como ramo do Direito Púb lico 
que estuda princípios e no rmas reguladores do exer cício da função a dministrativa. 
Principalmente para fin s didáticos, o direi to divide-se em do is grandes ramos : o direito público e o d ireito privado. 
No direito privado vigora o princípio da autonomia da vontade, pelo qual as partes el egem livremente as finalidades q ue 
pretendem atingir e os m eios pelos quais atingirão tais fins, desde que fins e meio s não sejam proibid os pelo direito. 
No direito público não vigora o princípio da au tonomia da vontade , vige a ideia d e função, de dever do atendimento do interes se público 
conforme estabelecido e m lei. 
O direito administrativo é r amo do direito público, que cuida da fu nção administrativa e das p essoas, órgãos e agentes 
públicos incumbido s de desempenhá -la. 
2. Administração Pública 
A expressão administração pública pode ser utilizada em dois sentidos: No s entido objetivo, material ou funcion al: que equivale 
a função administrativa e n essa hipótese administração p ública escre ve-s e com iniciais minúscula s; e, no sentido subj etivo, 
formal ou orgânico: q ue equivale às pe ssoas, órgãos e agentes púb licos, sendo que nesse caso Administração púb lica escreve-se 
com iniciais maiúsculas. 
2.1) Administração pública e m sentido o bjetivo (função administrativa) 
 
Pode-se definir ad ministração pública como faz Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “Ativida de concreta e imediata que o Estado 
desenvolve, sob reg ime jurídico de d ireito público, para consecução de interesses coletivos ” . Como exemplo, podemos ci tar que a 
Função típica do Po der Executivo – exer cer administração pública. 
A função administrati va, também chamada de função ex ecutiva, é função t ípica ou p redominante d o poder executivo. No 
entanto, os pod eres legislativo e judiciário também exercem a função administrati va, mas como função a típica e assim o fazem 
quando o rdenam os seus serviços, quan do dispõe sobre seus bens e sobre a vida de seus servidores . Assim, por exemplo, a 
concessão de férias a s ervidor de qu alquer um dos 3 poderes é ato administrati vo, ou seja, pra ticado no exercício da função 
administrativa.
Características da função administrativa 
a) Concreta porque é d estimada a transformar a vontade da lei em ato concreto; 
b) Não inova inicialmente a ordem jurídica porque nos termos do art. 5º, II da CF somente a lei é que pode criar obrigações; 
c) Direta ou parcial porque o Estado exerce tal atividade como p arte interessada; e 
d) Subordinada porque está sujeita a controle jurisdicional já que o art. 5º, XXXV, d a CF estabelece que a lei não excluirá da 
apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito. 
e) Sujeita a regime jurídico de direito público: o qual é formado pelo binômio das prerrogativas e sujeições. As prerrogativas 
conferem à Administração pública a autoridade para que ela possa atender ao interesse público sempre lembrando a 
supremacia desse interes se em relação ao interes se privado. As sujeições d estimam -se a assegurar a liberdade dos indivíduos a 
fim de que não sejam indevidamente atingidos em sua liberdade. A principal sujeição é a submissão d a administração a o 
princípio da legalidade. 
f) Exercida de ofício : porque não depende da provocação do interessado. 
Classificação da Função Administrativa 
A função administrativa abrange o serviço público, a polícia administrativa, o fomento e a intervenção n o domínio econômico. 
A) Serviço Público: 
 
É a lei que vai dizer o que é serviço público e a primeira lei que diz isso é a CF. Então, não é pela substância da atividade que nós 
vamos saber o que é serviço público e sim o ordena mento jurídico mesmo. 
Para saber se uma atividade é serviço público, basta consultar a legislação porque será serviço público a atividade assim 
considerada pela lei. A primeira lei a ser consultada é a CF. 
A CF traz as atividades que são consideradas co mo serviços públicos. 
Exemplo: art. 21, X (serviço p ostal e de correio aeron acional) etc . 
As leis infraconstitucionais também pode m definir outras atividades co mo serviços públicos, desde que não invadam o campo da 
exploração da ordem econômica que foi deixado pela constituição a livre iniciativa dos particulares, conforme art. 170 d a CF. 
Assim, por exemplo, as leis orgânicas municipais costumam definir o serviço funerário co mo serviço público municipal. 
B) Polícia Administrativa : 
Compreende as restrições administrativas estabelecida s por lei ao exercício do direito individual em benefício do interesse 
coletivo. Exemplo: imposição d e sanções, fiscalização do exercício das atividades, concessão de licenças e autorizações, etc. 
C) Fomento : 
É o incentivo do poder público às atividades privadas de interesse coletivo e pode se dar de variadas for mas, tais como, 
transferência de recursos, financiamentos, concessão de favores fiscais, etc. 
Atualmente, pode- se citar o fomento relacionando as organizações não governamentais com o poder público já que elas estão 
no campo do terceiro setor e, portanto , justifica-s e a atuação do Estado pela atividade de fomento. 
D) Intervenção n a ordem econômica : 
A intervenção na ordem econômica pode se d ar direta ou indiretamente. O Estado intervém diretamente n a ordem econômica 
quando explora a atividade econômica por meio de empresas públicas e sociedade de economia mista, o que ele só pode fazer 
excepcionalmente. Ex.: Banco do Brasil e CEF. 
2.2) A Administração pública em sentido subjetivo 
(Pessoas, órgãos e agentes públicos), para p restar serviço público descentralizado, a administração pode criar: Autarquias, 
Fundação, Empresa Pública, Sociedade de economia mista. 
O Estado pode prestar a função administrativa por seus próprios meios ou en tão através de outras pessoas. 
3. Direito Administrativo c omo sub -ramo do Direito Públic o 
O Direito Administrati vo, como rege as relações ju rídicas do Poder Púb lico, este dotado de prerrogat ivas de autoridade na 
consecução do interes se público, con stituiu-se um ramo d o direito púb lico. 
É, portanto, u ma disciplina que estuda as relações entre a A dministra ção e os ad ministrados. Versará sobre ato s administrativo s 
(licenças, autorizações), desapropriações, respon sabilidade civil do Estado, autarquias, serviços pú blicos. Todos esses a ssun tos, e 
muitos outros são estudad os pelo ramo do Direito P úblico denomina do Direito Administ rativo. 
4. Relação do Direito Adminis trativo com ou tros Ramos 
Como vimos, o Direito Adm inistrativo é um ramo do Direito Público porq ue estuda a regulação jurídica d a atividade tipicamente 
estatais. Tem autonomia cien tífica como campo e specífico do saber humano e p rincípios e técnicas p róprios para comp reensão 
do seu objeto. En tretanto, não há dú vida de que o Direito Administrativo, embora a utônomo, possui diverso s pontos de conexão 
com outros ramos: 
- Direito Constitucional – a relação do Direito Administrativo com o Direito Con stitucional é profun da. A CF/88 dedicou u m 
capítulo (Cap. VII, d o Título III) ao regramento da atividade administrati va, denominado “Da Administração P ública”. 
- Direito Civil – o Dir eito Administrativo surgiu, n as decisões d o contencioso ad ministrativo francês, como u m conjunto de regras 
e técnicas derrogadoras do regime privado. 
- Direito Processual Civ il – o advento da lei federal do Processo Administrativo (le i 9.784/99) reforçou a ligação que o Direito 
Administrativo manté m com os institutos e tema s do Processo Civil. 
- Direito do Trabalho – o regime jurídico aplicado aos empregados pú blicos é, essencialmente, o previsto na Consolidaç ão das 
Leis do Trabalho. 
- Direito Penal – as condu tas reveladoras de ma ior lesividade à Administração Pú blica estão tip ificadas como “ Crimes c ontra a 
Administração Públic a”, cuja s sanções estão previ stas nos a rts. 312 a 319 do Código Penal. 
- Direito Tributário – é u ma especialização do Dir eito Admi nistrativo, tendo surgido a partir da identificação d e princípios 
específicos reguladores das at ividades estatais de criação e arrecadação de trib utos. 
Portanto, há relação do Direito Administrativo com tod os os ramos do Direito, tanto público como pr ivado. 
Fonte 
É o local de on de algo provém. No Direito, as fontes são o s fatos jurídicos de onde nasce m as normas emanam. 
As fontes jurídicas pode m ser de dois tipos: 
5.1 Primárias – nascedou ro principal e imediato das n ormas e; 
5.2 Secundárias – são in strumentos ace ssórios para originar normas, derivados de fonte s primárias. 
 No Direito Administrativo s, somente a lei constitui fonte p rimária na medida e m que as demais fontes (secundárias) estão a ela 
subordinadas. 
Doutrina, ju risprudência e costumes são fontes secun dárias. 
A lei é o único veículo h abilitado para criar d iretamente deveres e proibiçõe s, obrigações de fazer ou não fazer, no Direito 
Administrativo. (A rt. 5, II da CF) 
A doutrina não cria diretamente a no rma, mas esclarece o sentido e o alcance d as regras jurídicas cond uzindo o modo co mo os 
operadores do direito de vem compreender as determinaçõ es legais. 
A jurisprudência, entendida como reiterada s decisões dos tribu nais sobre determinado tema, n ãotem a fo rça cogente de uma 
norma criada pelo legi slador, mas influencia decisi vamente a maneira como a s regras passam a s er entendidas. 
Os costumes são prá ticos reiteradas da autoridade administra tiva capazes de estabelec er padrões obrigatórios d e 
comportamentos. Ao serem repetidos con stantemente, criam o hábito de os administra dos esperarem aquele modo de agir, 
causando incerteza e instab ilidade social sua rep entina alteração. Importan te relembrar que os costum es não têm força ju rídic a 
igual à da lei, razã o pela qual só pod em ser considerados vi gentes e exigíveis quando n ão contrariarem nenhuma regra ou 
princípio estabelecido n a legislação. Costumes contra leg em não se revestem d e obrigatoriedade. 
6. Sistemas Administrati vos 
Dois são os sistemas de con trole das a tividades administrativas : a) sistema de jurisdição una (modelo inglês); e b) si stema do 
contencioso administrativo ( modelo francês) 
6.1 Sistema de jur isdição una: Todas as cau sas, mesmo aquelas qu e envolvem interesse da Administração Pública, são j ulgadas 
pelo Poder Judiciário. É a for ma de controle exi stente atualmente no Bra sil (art. 5º, XXXV, da CF). 
6.2 Sistema do c ontencioso administrativo, ou mod elo francês : É o adotado especialmente na Fran ça e Grécia. O contencioso 
administrativo caracteriza -se pela participaçã o da função jurisdicional entre o P oder Judiciário e t ribunais administrativo s. 
Módulo 02 - Princípios da Administração Pública 
PRINCÍPIOS DA ADMINIS TRAÇÃO PÚBLICA 
O Direito Administrati vo brasileiro não é co dificado. Por isso, a s funções sistematizadora e u nificadora das leis, em outr os ramos 
desempenhadas por cód igos, no Direito Admini strativo cabem aos princípio s. 
Princípios: São regra s gerais que a do utrina identifica como condensad ores do s valores fund amentais de um sistema. P or meio 
de um processo lógico deno minado abstração indutiva, os estudiosos extrae m da totalidade de no rmas específicas as ideias -
chave que animam tod o o complexo de regras. A ssim, os princípios infor mam o sistema no rmativo. Informam porq ue 
armazenam e comunicam o n úcleo valorativo e ssencial da ordem jurídica. 
Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello, “Princípio é, pois, p or definição, mandame nto nuclear de um sistema, verdadeiro 
alicerce dele, d isposição fundamental q ue se irradia sobre d iferentes normas, compon do-lhes o e spírito e servindo de critério p ara 
exata com preensão e inteligência delas, exatamente porque define a lógica e racionalidade d o sistema normativo, conferindo -
lhes a tônica que lhe dá sentido harmônic o”. E completa: “ violar um princ ípio é muito mais grave do que violar uma n orma.” 
O Direito Administrati vo, como vimos anteriormente, como ramo que se destaca do Direi to Público, caracteriza -se por ser 
informado por princípio s próprios. 
Conforme ensina ain da o mestre Celso Anto nio Bandeira de M ello, “O Direito Administrativo é reg ido por dois supra princípios que são o d a: supremacia do interesse púb lico sobre o particular e a indisponibilidade do interesse públic o.”
que são o d a: supremacia do interesse púb lico sobre o particular e a indisponibilidade do interesse públic o.” 
O princípio da sup remacia do interesse público sobre o interesse privado, também chamado simplesmente de princípio do 
interesse público o u da finalidade pública , significa que os in teresses da coletividade são mais importa ntes que os interesses 
individuais, razão p ela qual a Administração, co mo defenso ra dos intere públicos, recebe da lei poderes especiais não e xtensivos 
aos particulares. A outorga d os citados podere s projeta a Administração Pública a uma po sição de superioridade diante do 
particular. Em termos prático s, cria uma desigualdad e ju rídica entre a Administração e o s administrados. 
São exemplos de prerro gativas especiais conferid as à Administração Pública e seus agentes decorrente s da supremacia d o 
interesse público: a po ssibilidade d e transformar compulsoriamente propriedade privada em públic a (desapropriação); 
autorização p ara usar propriedade privada e m situações de iminente pe rigo público (requisição de b ens); prazos processuais em 
dobro para recorrer e em q uádruplo para contesta r; presença de cláusulas exorbitante s nos contratos a dministrativos; 
impenhorabilidade dos bens públicos den tre outras . 
O princípio da indisponibilidade do interesse público enunc ia que os agentes pú blicos não são donos d o interesse por eles 
defendido. Assim, no exercíc io da função administrativa os agentes público s estão obrigados a a tuar, não segundo sua própria 
vontade, mas do modo d eterminado pela legislação. 
Como decorrência de ssa indisponibilidade, n ão se admite tampouco que os agente s renunciem aos poder es legalmente 
conferidos ou que transacion em em ju ízo. 
Princípios Constitucionais do Dire ito Administrativo 
A Constituição Fed eral trouxe inovação ao faz er menção a alguns do s princípios a que se su bmete a Administração Públi ca. O ro l 
consta do ar tigo 37, mas não é taxativo, simple smente explicativo. I nicialmente con stavam os princípios da le galidade, 
impessoalidade, moralid ade e publicidad e. Com o advento da Emenda Constitucional nº 19, d e 04 -06-98, acrescentou- se o 
princípio da eficiência. 
Pode-se chamá -los de princípios constitucionais expressos o u explícitos. 
Para memorizar os nomes do s cincos princípios mencion ados no artigo 37, caput, pode ser usada a seguinte regra 
mnemônica: LIMP E = Legalidade, Imp essoalidade, Mor alidade, Publicidade e Eficiência). 
1- Princípio da Legalidade 
Já vimos anteriorment e que no Direito Privado vige o princípio da autonomia da vontad e, ou seja, as partes podem fazer tu do o 
que a lei não pro íbe, podendo livremente eleger os fins q ue pretendem alcançar e utilizar de todos os meios par a atingi -los, 
desde que fins e m eios não sejam proib idos pelo Direito. No Direito Pú blico, diferentemen te, a Administração Pública so mente 
pode praticar ato s previamente autorizad os pela lei, só lhe é permitido faz er o que a lei expressamente a utoriza. Vige a id ei a de 
função, de dever do a tendimento d o interesse público. 
Esse princípio está contid o no artigo 37, caput, bem como no a rtigo 5º, II, ambos da Con stituição Federal. 
Hely Lopes Meirelles o de fine com maestria: “Enqu anto na administração particu lar é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, 
na Administração Pública só é p ermitido fazer o qu e a lei autoriza. ” 
Assim, a Administração Pú blica, em toda sua atividade está presa aos man damentos da lei, deles não s e podendo afastar, sob 
pena de invalidade do ato e responsabilidade de seu auto r. 
A Administração, diferente mente do particular, só pode agir, quando, co mo e se a lei autoriza. Vale dizer, se a lei nada d ispuser, 
não pode a Ad ministração Pública agir, salvo em situações excepcionais (gra ve perturbação da ordem e guerra quand o 
irrompem inopinad amente). 
 2- Princípio da Impessoalida de 
 A atividade administrativa deve ser destinad a a todos o s administrados, dirigida a todos os cidadãos em geral, sem 
determinação de pes soa ou discriminação de q ualquer natureza. 
Este princípio estabelec e um dever de imparcialidade n a defesa do interes se público, impedindo d iscriminações ou privilégios 
indevidamente dispensad os a particulares no exer cício da função p ública. 
A relação desse princípio co m a noção de finalidade pública é i ndiscutível. Para Hely Lop es Meirelles, o princípio d a 
impessoalidade “nada mais é do qu e o clássico princípio da finalidad e, o qual impõe ao administrado r público que só pratiq ue o 
ato para seu fim legal. E o fim legal é unicamenteaq uele que a norma d e D ireito indica expressa ou virtu almente como objetivo do ato, de forma impessoal” .[2] Assim, ao a gir visando a finalidad e pública prevista na lei, a Administração Pública necessariamente imprim e impessoalidade e objetividad e na atuação, evitand o tomar decisões baseadas em p referência pessoal 
ou sentimento de persegu ição. 
A impessoalidade possui o utro aspecto. A atu ação dos agentes pú blicos é imputada ao Estado, significando u m agir impessoal da 
Administração. Assim, as r ealizações não devem ser atribuídas aos agentes p úblicos que os praticam, mas à pessoa jurídica a q ue 
os agentes se encontram vinculados. Trata -se da aplicaçã o da Teoria do Órgão. 
A própria Constituição Federal dá um exemplo da aplicação deste princípio ao estabelecer a vedação de que conste m nomes, 
símbolos ou imagens q ue caracterizem promoção pessoal de auto ridades ou servidores púb licos em publicidade de atos, 
programas, obras, serviços e campanhas d e órgãos pú blicos. (art. 37, parágra fo 1º). 
3- Princípio da mor alidade 
A moralidade tratada no cap ut, do artigo 37, é a mora lidade administrativa. Referido pri ncípio tem hoje status con stitucional. 
A moralidade admini strativa está intimamente ligada ao conceito de bom administrado r, aquele que, usando d e sua 
competência, determina -se não só pelos prec eitos legais vigentes, como tamb ém pela moral comum, prop ugnando pelo q ue for 
melhor e mais útil para o in teresse público. Por e ssa razão, veda -se à Administração Pública q ualquer comportamento que 
contrarie os princípios da lealdade, boa -fé, ética, probidad e, decoro e honestidade. 
Assim, o Administrador n ão deve agir apenas e tão so mente de acordo co m a lei, mas também de acord o com a moral . 
A legislação brasileira prevê diversos instru mentos de proteção da moralidade administra tiva. Merecem destaque: a Aç ão 
Popular; a Ação Civil Pública d e Improbidade Ad ministrativa (Lei de Improbid ade Administrativa – Lei 8.429/92); Controle 
exercido pelos Tribun ais de Contas e as Comissões Parlame ntares de Inquérito (CPI s). 
4- Princípio da Publicidade 
Esse princípio torna ob rigatória a divulgação o ficial dos atos administrativos. Todos os atos, con tratos e outros instru mento s 
celebrados pela Admini stração direta e indireta, devem s er levados a conhecim ento público para que possam surtir efeito. A 
publicidade dos ato s administrativos é a regra, sendo excep cionada nos casos de sigilo previstos em lei. 
 O próprio texto Co nstitucional definiu 3 exceções ao prin cípio da pu blicidade, autoriza ndo o sigilo nos casos de risco para: 
a) segurança do E stado (art. 5º, XXXIII, da CF). Exemplo: in formações militares; 
b) a segurança da sociedade (art. 5º, XXXIII, da CF ). Exempl o: sigilo das informações sobre o interior de usina nu clear para evitar 
atentados terroristas; 
c) a intimidade (art. 5º, X, da CF). Exemplo: p rocessos administrativo s disciplinares. 
Na Constituição Federal há disposições a respeito d a abrangência do p rincípio da pub licidade: 
Artigo 5º, inciso XIV: “é assegurad o a todos o acesso à informação e resguardad o o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional”; 
Artigo 5º, inciso XXXIII: “todos têm direito a rec eber dos órgãos públicos as infor mações de seu inter esse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas n o prazo da lei, sob p ena de responsabilidad e, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segu rança da sociedade e do E stado”; 
Artigo 5º, inciso LXXII: “con ceder-se-á habeas data: 
a. para assegurar o conheci mento de informações relativa s à pessoa do impetrante, con stantes de registro s ou bancos de d ados 
de entidades governam entais ou de caráter p úblico; 
b. para a retificação de d ados, quando não se prefira faz ê-lo por processo sigiloso, j udicial ou administrativo. ” 
A impetração do h abeas data é cabível quando a informação for relativa ao próprio impetra nte. Fora dessa hipótese a obtenção 
de informação sonegad a pelo Estado p ode ser viabilizada pela u tilização de mandado d e segurança individual e mandand o de 
segurança coletivo.
5- Princípio da Eficiênc ia 
Este princípio foi acresc entado ao artigo 37, “ caput”, da Constituição Federal pela Emend a Constitucional nº 19, d e 04 -06 -98. Foi 
um dos pilares da Refor ma Administrativa que procu rou implementar o mod elo de administração pública gerencial vol tara para 
um controle de resultad os de atuação estatal. 
A eficiência deve existir tanto na estruturação dos órgãos administrati vos, como também na atuação d os agentes públicos. 
Segundo Diógenes Gasparin i, a Administração Pública direta e indireta deve realizar sua s atribuições com rapidez, p erfeição e 
rendimento, alé m, por certo, de observar outra s regras, a exemplo da legalidad e. O desempenh o com rapidez, significa que o 
mesmo deve ser oferecido d e forma a satisfazer o s inter esses dos administrado s em particular d a coletividade em geral. Nada 
justifica qualquer procrastin ação. Assim, é inconc ebível o Estado, u ma vez solicitado colocar para-raios numa e scola e 
procrastina sua instalação. 
As atribuições també m devem ser exec utadas com perfeiç ão, valendo-s e das técnicas e conh ecimentos necessários a to rnar a 
execução a melhor possív el, evitando sua repetição e r eclamos por parte dos ad ministrados. Por fim, tais competências devem 
ser praticadas com rendimento, isto é, com re sultados p ositivos para o serviço pú blico e satisfatório para o in teresse da 
coletividade. Resultado s positivos não significam lu cros, embora, em algun s casos, possam existir. Dev e -se com esse 
desempenho, rápido e p erfeito, atingir um maior número d e beneficiados. Procura- se maximizar os resultad os em toda e 
qualquer intervenção da alçada da Administração Pú blica. 
Além dos princípios constituci onais previstos no caput do artigo 37 da CF, existem princípios infraconstitucion ais básicos que 
regem a Administraçã o Pública, em consonância com os pr eceitos da CF são ele s: 
1. Princípio da p resunção de legitimidade – como são prati cados exclusivament e com a finalidade de ap licação da lei, os atos 
administrativos beneficia m-se da legitimação d emocrática conferida pelo proce sso legislativo. Assim, o s atos administrativos são 
protegidos por uma presunção relativa (júris tantum) d e que foram praticados em con formidade com o ord enamento jurídico. 
Por isso, até prova em contrá rio, os atos administrati vos são considerados vál idos para o Direito, cab endo ao particular o ônus 
de provar eventual ilegalidad e na sua prática. 
2. Princípio da continu idade - os serviços p úblicos não podem parar, porque não p aram os anseios da coletividad e. Assim, os 
desejos dos administrad os são cont ínuos. Daí dizer q ue a atividade da Administra ção Pública é ininterrupta . 
3. Princípio da autotu tela - a Administração Pública está ob rigada a policiar, em relação a o mérito e à legalidade, o s atos 
administrativos que pratica. Cabe-lhe, as sim, retirar do ordenamento jurídico os atos inc onvenientes e inoportun os e ilegítimos. 
Os primeiros por meio da revoga ção e os últimos por meio d a invalidaçã o . Essa orientaçã o encontra apoio n a Súmula 473 do 
STF. 
4. Princípio da motivação – os atos admini strativos precisa m ser motivados. Dev em ser mencionados para a prática de qualq uer 
ato administrativo as razõ es de fato e de direito qu e levaram a Administração a proceder daq uele modo. A motivação é 
necessária em todo e qu alquer ato administrativo, consoan te já decidiu o STF (RDP, 34: 14 1). 
5- Princípio da razoabilidad e - ser razoá vel é uma exigência in erente ao exercício de qualquer função pública. So b a vigência do 
Estado de Direito não se pode admitir a utiliza ção de prerrogativas pública s sem moderação e racionalidade. 
6. Princípio da hierar quia – estabelece relação d e coordenação e subo rdinação entre órgão s da Administração Pública Direta. A 
hierarquia é princípio imp rescindível para a organ ização administrativa. De sse princípio decorrem prerrogati vas, ta i s como rever 
os atos dos subordinad os, delegar e avocar compet ências e pu nir os subordinados. 
Dentre outros princípios, tai s como: segurança jurídica, d escentralização ou especialid ade etc. 
Módulo 03 - Poderes da Administração Pública 
Poderes Administrativos 
Modernamente tem sido utilizada a expressão de veres administrativos ou aind a poderes -devere s, deveres-poderes p ara deixar 
claro que a administração só é dotada de poderes porque tem o dever de atuar, de exercer a função a dministrativa para o fim de 
atender ao interesse público. 
Os poderes-devere s são verdadeiros instru mentais para a defesa do in teresse público. 
Os poderes administrativo s são: 
- poder normativo 
- poder hierárquico 
- poder disciplinar e 
- poder de polícia 
OBS: A doutrina tra dicional ainda menciona o poder vinculado e o p oder discricionário. Todavia, entend emos que não existe um 
poder totalmente vinculad o ou discricionário, mas sim atos vinculados e atos d iscricionári os p raticados com fundament o nos 
outros poderes, daí, n ão iremos seguir tal abord agem. 
a) Poder Normativo 
Alguns autores menciona m poder regulamentar em vez de poder normativo. É p referível falar em poder normati vo porque o 
regulamento é apenas uma espécie de ato normativo já q ue convive com outros ato s normativos, como resoluçõ es, portarias, 
regimentos, instruções etc. De modo que, a exp ressão poder normativo é mai s abrangente e adequad a. 
O poder normativo é o de stinado a prática dos atos normativos. Os at os normat ivos institu em regras gerais e abstratas, aliás 
nesse ponto assemelham -se às leis. No enta nto, os atos normativo s diferenciam -se das leis porq ue não inovam inicialm ente no 
mundo jurídico já que nos termos do art. 5º, II da CF, são as leis que cria m direitos e obrigações. 
O regulamento é o ato normativo mais importante p orque é de compet ência exclusiva dos chefes do p oder executivo nas 
diversas esferas de govern o (Presid ente da República, gove rnadores e prefeitos ). 
O regulamento é veiculad o pelo decreto, qu er dizer, o regulamento é o con teúdo do ato e o decreto é a for ma do ato. A 
propósito, decreto é a for ma pela qual são veiculado s, exteriorizados os atos pra ticados pelos chefes d o poder executivo, sej am 
normativos ou co ncretos. Exem plos: decreto re gulamentar (ato no rmativo), decreto de desapropriação (a to concreto). 
 
Em doutrina, costu ma-se classificar o r egulamento em: 
1º) regulamento au tônomo ou independ ente; 
2º) regulamento e xecutivo ou para fiel execu ção das leis.
do ato, de forma impessoal” .[2] Assim, ao a gir visando a finalidad e pública prevista na lei, a Administração Pública
O regulamento autô nomo ou independente não se fundam enta em lei prévia e, p or isso, inova inicialmente a ord em jurídica. O 
regulamento executivo ou para fiel execução das le is fundamenta -se em l ei anterior e é destinado a explicitá-la. 
Nos países em q ue se admite o regulamento au tônomo ou independ ente, ele só pode tratar de matéria organ izativa ou de 
supremacia especial, qu er dizer, ele pode dispor sobre a o rganização da ad ministração pública ou então estabelecer regras a 
quem tem um vínculo dif erenciado co m a Administração Púb lica, tal como ocorre com os contratados, ou seja, o regulamento 
autônomo não poderá dispor sobre matéria de supre macia geral submetendo to dos os cidadãos. 
No Brasil, apesar das di vergências, tem prevalecido o entendimento de q ue o regulament o existente é o executivo ou p ara fiel 
execução das leis, con forme art. 84, IV da CF.[1] 
A partir da E C/32 de 2001, alguns autores (Maria Syl via Zanella di Pietro) pas saram a defender a existênc ia de regulamento 
autônomo no d ireito brasileiro, em matér ia organizativa já qu e o Presidente da República p assou a ter competência para d ispor 
mediante decreto sobre or ganização e funcionamento d a Administração Federal qu ando não implicar a umento de despesa nem 
criação ou extinção d e órgãos públicos ( art. 84, VI, a d a CF).[2] 
Diante do exposto, con clui-se qu e o regulamento regra no Brasil é o ex ecutivo, então é preciso enten der o que significa exp licitar 
a lei, que é a função d o regulamento executivo. 
 
b) Poder Hierárq uico 
Os órgãos e os agent es públicos estão estruturados de modo a ensejar uma relação de co ordenação e subord inação entre eles 
num relacionamento d e superior a subalterno . Para Celso Antonio Ban deira de Melo “a hierarquia po de ser definida como o 
vínculo de autoridad e que une órgãos e ag entes, atra vés de escalões sucessivos, nu ma relação de autoridad e, de superior a 
inferior, de hierarca a subalte rno”. 
Da hierarquia dec orrem alguns podere s para o superior hierárquico: 
1) de editar ato s normativos de efeitos apen as internos, tais como reso luções, portarias, instruções; 
2) de dar orde ns e ser obedecido pelos subord inados, salvo as ordens manifestame nte ilegais, como por e xemplo, a ordem 
dada a carce reiro para torturar preso. 
3) de fiscalizar os atos d o subordinado, pod endo anular os atos ile gais e revogar os atos legais por r azões de conveniência e 
oportunidade. 
4) de punir o sub ordinado que pratique infração ad ministrativa. 
A hierarquia não existe no p oder legislativo e no p oder judiciário no qu e se refere às funções típicas de tais p oderes que são, 
respectivamente, a de l egislar e a de julgar. Não obstante a partir da EC 45/04 alguns, como MSZDP, pas saram a admitir a 
existência e hierarquia parcial na função j urisdicional porque, nos termos do art. 103-A e §3º da CF, caso o magistrad o decida 
contrariamente a sú mula vinculante ou in devidamente a aplique cab e reclamação no STF qu e julgando -a p rocedente cassará a 
decisão judicial e determ inará que outra seja p roferida com ou sem a aplicação d a súmula, conforme o caso. 
A propósito, a súmula vinculante n ão obriga só o pod er judiciário a sua observância, mas também a administração pú blica direta 
e indireta em todas as e sferas de governo, cabendo recla mação para atacar ato administrativo que con trariar a súmula o u que 
indevidamente a aplicar e o S TF julgan do-a procedente anu lará o ato a dministrativo, nos termos do a rt. 103 -A e §3º da CF. 
c) Poder d isciplinar 
É o que credencia a administração a ap urar as infrações cometidas pelos ag entes públicos e por d emais pessoas sub metidas a 
disciplina administrati va, tal como ocorre co m os contratados. No que se refere aos agentes púb licos, notadamente os 
servidores públicos, o p oder disciplinar decorre do h ierárquico. 
Eventual punição d e alguém não submetido a disciplina administrativa tem fund amento no po der de polícia. 
Exemplo: imposição d e multa ao estabelecimento p oluente, ao motorista infrator etc. 
Costuma-se dizer qu e o poder disciplinar é d iscricionário o que d eve ser entendido nos seus exatos ter mos. Primeiramen te é 
preciso saber o que isso n ão significa. Dizer que o po der disciplinar é discricionár io não significa que exista liberdad e para a 
autoridade escolher entre a gir ou deixar d e agir para apurar a infração cometida diante da notícia d e infração a autoridade d eve 
agir sob pena de praticar condescendê ncia criminosa pre vista no art. 320 do CP.
d) Poder d e polícia 
Neste tema é possível con statar facilmente,a presença do binômio ou da bipolaridad e do regime jurídico administrativo 
envolvendo as prerrogativa s e sujeições. 
O conceito para Hely L opes Meireles de “p oder de polícia é a faculdade de que dispõe a dministração pública pa ra condicionar e 
restringir o uso e g ozo de bens, atividades e d ireitos individuais, em be nefício da coletividade ou do próprio estado ”. 
Para Celso Antonio Bandeira de Melo: “ O poder de po lícia condiciona a liberdade e propriedade em prol do interesse público ”, o 
autor entende aind a, que não é correto dizer qu e este poder de polícia restringe estes direitos, pois a prop riedade e a liber dade 
somadas aos condicion amentos as restriç ões ao poder de p olícia é que formam o p erfil destes direitos. 
OBS: O Código Tributá rio Nacional (CTN) no seu artigo 7 8, traz um conceito d e poder de polícia já qu e seu exercício é um dos 
fatos geradores da taxa. 
Como exemplos práticos d o direito de políci a, pod emos citar as restriçõe s quanto construção (lei d e zoneamento), alimentos e m 
restaurantes (vigilância sanitá ria) e etc. 
Fundamento 
Poder de polícia fundamenta -se na supre macia geral da administração p ública sobre os administrados, isso decorr e da pr ópria 
supremacia do interesse pú blico sobre o intere sse particular, vale dizer não é necessário q ue haja um vínculo especial de 
sujeição do particular administrado para o poder de polícia seja exercido, ou seja, que o administrativo seja empregado, 
funcionário ou etc. como a autuação d e infração de trânsito. 
Meios de Atuação d o Poder de Polícia 
O poder de polícia po de ser exercido pelo Poder Legislativo e pelo Poder Executivo. O Po der Legislativo cria, p or lei, as cha madas 
limitações administrativa s à propriedad e e à liberdade. 
O Poder Executivo, no exer cício do pod er de polícia regulamenta as leis e contro la sua aplicação, q uer dizer, expede ora atos 
normativos, ora ato s concretos. 
Os atos concretos podem ser preventivos ou repressi vos, conforme se destine m a evitar um dano ao interesse público, ou a 
cessar eventual dano a esse interesse. Assi m, como ex emplo são atos preventivo s do poder de polícia a fiscalização, a concessão 
de licenças e autorizaçõe s; e são atos repressi vos o embargo de ob ra, a interdição d e estabelecimento a apreensão de 
mercadorias deteriorada s, etc., bem como o ex ercício do poder de p olícia pelo executivo também é conhecido como pol ícia 
administrativa. 
Modernamente o poder de p olícia refere -se aos mais varia dos setores da admini stração p ública, tais como, segurança, saúde, 
educação, meio ambiente, co nsumidor, patrimônio histórico e cultural etc. 
Características ou at ributos do poder de polícia 
São atributos ou características do poder de p olícia a discricionariedade, a a uto executoriedade, e a co ercibilidade. 
i) Discricionariedade : se considerarmos a atu ação do legisla tivo, é correto dizer que o po der de polícia é discricionár io, porqu e 
na definição do con teúdo da limitação administrativa, o legislador tem liberdad e de atuaçã o de mod o que ele poderá criar u ma 
limitação mais ou meno s abrangente, conforme entend a ser o razoável par a as situações descrita s. 
Quanto a a tuação do executivo, no mais das vez es, ela é discricionária porq ue a lei costuma dar à autoridade administrativa 
certa liberdade de atuaçã o, possibilitando, por exe mplo, que ela escolha q ual a sanção que melhor repri me a infração cometida , 
caso em que a auto ridade deverá se pautar p elos princípios da proporcionalidad e e da razoabilidade em sua atuação. 
Não obstante, existem atos vinculad os do poder de polícia, como é o caso d a licença para con struir, para dirigir. 
A licença deve ser deferida ao administrado q ue preencher os requisitos legais à sua obtenção, n ão podendo ser negada. Diz -se, 
então, que a licença tend e a direito subjeti vo de quem requer. 
 A licença contrapõe -se à autorização do poder de polícia porque a au torização é discricionária e pode ser negada por razões de 
interesse público, mesmo q ue o interessado t enha preenchido eventuais r equisitos legais, p or e xemplo, auto rização para porte 
de arma. Diz-se, então, q ue a autorização atende a mero interesse de qu em requer. 
ii) Auto executoriedad e: Pela auto executo riedade, a administração pode pôr em prática as suas d ecisões por seus pró prios 
meios, isto é, direta mente, sem precisar bu scar autorização prévia no p oder judiciário.
Assim, por exemplo, ela ap reende mercadoria s deterioradas, multa fábrica poluente, interdita estabelecimento etc. Quanto a 
multa, a administração p ode impô-la, ma s a cobrança depend e do aju izamento de execução, no s termos da lei 6830/80. 
Há quem desdobre o atrib uto do auto executoriedade em: exigibilidade e ex ecutoriedade. 
Pela exigibilidade a ad ministração põe em prática o q ue decidiu ind ependentemente da auto rização do judiciário e p ode us ar 
meios indiretos de coação . Ex.: notificação do mun ícipe a limpar seu terreno sob pena de multa. 
Pela executoriedade, a a dministração pode exe cutar diretamente as decisõe s tomadas, podend o até mesmo usar meios diretos 
de coação, se necessário e na medida do necessário. 
A executoriedad e pressupõe a exigibilidade e po r ser mais gravosa do que a exigibilidade só é adm itida se: 
1) houver previsão legal; 
2) houver razão de urgência que determine a necessidade da medida par a o fim de resguardar o intere sse pú blico. 
Quanto a multa do poder de polícia, ela é exigív el, tanto que será cobrada em ex ecução fiscal. Todavia, ela não é executória, 
justamente porque sua cob rança depende d e ajuizamento de execução. Para qu em não desdobrar o a tributo da auto 
executoriedade, a resposta é a de que a mu lta não é auto executória. 
iii) Coercibilidade: Pe la coercibilidade, a a dministração pode impor coativa mente aos administrados as m edidas adotadas, 
usando até mesmo de for ça física, se neces sário. A bem da verdade, a co ercibili dade e a au to executoriedade estão intimam ente 
relacionadas, não p odendo ser apartadas. 
 
Módulo 04: Atos Adm inistrativos 
Atos Administrativos 
Cada poder do E stado tem sua função p rincipal: ao Legislativo, cabe editar as leis, ao Jud iciário exercer a jurisdição, o u seja, 
dizer o direito aplicável a o caso concreto e, finalm ente, ao Executivo compete exercer a função a dministrativa ou executiva q u e 
é destinada a prática dos atos admi nistrativos.
Não obstante, o s poderes legislativos e judiciário s também exercem suas fun ções administrativa s ou executiva em car áter 
secundário quand o ordena-se o s serviços dispõe sobre seus b ens ou dispõe sobre a vida d e seus servidores, assim por exemp lo a 
aposentadoria a servidor de qualquer um dos três poder es é ato administrativo. 
O ato administrativo é e spécie do gênero ato jurídico. Este é todo ato licito, q ue tem por fim imediato adqu irir, declarar, 
resguardar, transferir, modific ar ou extinguir d ireitos. Para que o ato administrativo s e destaque do ato jurídico é necessário 
acrescentar ao conceito vi sto a administração pública como a expedidora d o ato, bem como a sua sub missão ao regime juríd ico 
administrativo com de staque para a finalidad e púb lica do ato. 
Conforme Hely Lopes Meir elles: “ato adm inistrativo é toda a m anifestação unilateral d e vontade da ad ministração pública, 
que agindo n esta qualidade, tenha por fim m ediato adquirir, resguardar, tr ansferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou 
impor obrigações aos ad ministrados ou a si pr ópria. ” 
Portanto, A ad ministração Pública, no exercício de suas diversificadas tarefa s, pratica algumas modalidade s de atos jurídicos qu e 
não seenquadram no conceito de atos ad ministrativos. Nem tod o ato da Administração é ato adm inistrativo. As sim, não se 
enquadram em atos admini strativos: 
a) Contratos admini strativos, pois são atos bilaterais; 
b) Atos regidos pelo direito p rivado ou atos d e gestão: constituem casos raros em que a Administração P ública ingressa em 
relação jurídica submetida ao direito privado, ocu pando posição de iguald ade perante o particu lar, isto é, destituído de p oder de 
império. Exemplo: locação i mobiliária e contra to de compra e venda. 
c) Atos meramente materiais – consistem n a prestação concreta d e serviços, faltando -lhes o ca ráter prescritivo próprio dos atos 
administrativos, como por ex emplo, construção de uma po nte, ministério de uma au la na escola pública. 
d) Atos políticos ou de govern o, que são os p raticados em obediência direta a co nstituição federal. Exe mplo a sanção e veto de 
Lei, a intervenção federal do s estados e etc. 
ATRIBUTOS OU CAR ACTERÍSTICAS DO A TO ADMINISTRAT IVO 
O ato administrativo é in formado por at ributos ou características própria s que são: 
a) A presunção de legalidade (legitimidade) e de ver acidade : 
O atributo da presunção de legitimidade, também con hecido como presunção d e legalidade ou pre sunção d e veracidade, 
significa que o ato a dministrativo, até prova em contrá rio, é considerado válido p ara o Direito. 
Trata-se de uma deri vação da supremacia do interesse público, razão pela qual sua existência independe de previsão le gal 
específica. 
A presunção de legitimidad e é um atributo u niversal aplicável a todos os ato s administrativos e da Ad ministração. 
Importante destacar que s e trata de uma presunção relativa ou juris tantu m, isto é que admitem pro va em con trário. O efeito 
prático das presunçõe s é de inverter o ônu s de agir, cabendo a o interessado lesado pelo ato o ônus de atu ar para afastar as 
presunções seja na esfera administrativa ou jud icial. 
Há quem diferencie presu nção de legitimidade (ou lega lidade) e pres unção de veracidade. A presunção de legitim idade diria 
respeito à validade do ato em si, enquanto a p resunção de veracidade consag raria a verdade d os fatos motivadores d o ato. 
b) A imperatividade ou coercibilidade: 
Pela imperatividade a admini strativos que cria obrigaçõ es aos administrati vos independen temente de sua concordân cia. A 
imperatividade também é cha mada de poder extroverso, porque os atos administrati vos interferem na e sfera jurídica dos 
administrativos tão so mente pela vontade a ad ministração publica. E xemplo imposição de multa ao motorista infrator, ou seja, a 
administração publica é in trometida e extro vertida, poder extroverso. 
O atributo da imperatividade só esta presente nos atos ad ministrativos que cria m obrigações aos ad ministrativos, estes atribu tos 
não estão presentes nos atos ch amados de atos negocias q ue conferem direitos aos ad ministrativos, bem como e ste atributo 
também não esta pres ente nos atos enunciativos, tais co mo certidão p or tempo de serviço, a testado de invalidez do servidor 
etc.
c) A auto execu toriedade: 
Pela auto executoriedade a a dministração põe e m prática seus atos utilizand o meios coercitivos próp rios. Há quem divida o 
atributo da auto executoriedade em: exigibilidade e ex ecutoriedade. 
Pela exigibilidade a ad ministração pode fazer uso d e meios indiret os de coação. E x: notifica o munícipe a limpar seu terreno sob 
pena de multa. Pela ex ecutoriedade a administração pode utilizar meios direito s de coação. E x: apreensão de mercadoria 
vencida, interdição de e stabelecimento e etc. 
A executoriedade é mai s do que a elegibilidad e e só existe nos seguint es casos: 
i) se houver pr evisão legal; 
ii) usando houver r azão de urgência que impo nha a pratica do ato so b pena do interesse p úblico ser irre mediavelmente 
comprometido. 
d) A tipicidade: 
Pela tipicidade deve o ato administrati vo deve se ajustar o disciplinado em lei para atingir sua finalid ade especialmente 
pretendida pela administraçã o p ública. Ex: para atender a necessidade de serviço o ato é a remoção do servido. 
O ato está perfeito q uando completa o ciclo de sua formação, o ato e valido, quando esta ajustado as exigências normativas, e o 
ato e eficaz quando esta pronto a prod uzir seus efeitos. O ato aind a não esta eficaz se: 
i) sujeito a condição su spensiva; 
ii) sujeito a termo inicial; 
iii) sujeito a ato con trolados por parte de outr a autoridade. 
REQUISITOS DO ATO A DMINISTRATIVO 
A doutrina d iverge quanto à quantidade d e requisitos de validade do ato a dministrativo. Como o tema não foi o bjeto de 
tratamento legislativo d ireto, cada au tor tem liberdade para ap ontar a divisão que entender mais con veniente. Há basicamente 
duas correntes: a clás sica e a corrente mais mod erna. 
A corrente c lássica defendida por Hely Lopes M eirelles e majoritária para c oncursos públicos está baseada no artigo 2º da Lei 
nº 4.7171/65, segundo o qual “são nu los os atos lesivos ao pat rimônio das entidades men cionadas no artigo a nterior, nos casos 
de: a) incompetência; b) v ício de forma; c) ilega lidade do objeto; d)inexi stência dos motivos; e) d esvio de fi nalidade”. 
De acordo com essa vi são, os req uisitos do ato administrativo são: com petência, objeto, forma, m otivo e finalidade . 
São cinco os elemento s ou requisitos dos atos adm inistrativos, sujeito ou co mpetência, objeto, forma, mot ivo e finalidad e = 
FF.COM 
a) Sujeito ou com petência: 
 A competência é requisito vinculado. Para q ue o ato seja válido, inicialmente é preciso verificar se foi pra ticado pelo agent e 
competente segundo a legislação para a p rática da conduta. No Direito Administrati vo, é sempre a lei que define as 
competências conferidas a ca da agente, limitando sua atuação àqu ela seara específica de atrib uições. 
Assim, não é competente q uem quer mais qu em a lei determina.. 
Como vimos a compet ência para a prática d o ato administrativo não se pre sum e, dependendo sempre de pre visão legal. 
Características da co mpetência: 
 A competência representa re gra de exercício obrigatório para órgãos e agentes pú blicos, sempre caracterizad o o interesse 
público. Portan to, exercitá-la n ão é livre de decisão de qu em a titulariza. (po der-dever do a dministrador). 
Essa competência é irrenunciável, o que se justifica em razão de que o agente púb lico exerce uma função púb lica, isto é, exerce 
atividade em nome e int eresse do povo, sendo inad missível em virtude do p rincíp io da indisponibilidad e do interesse público, 
que o administrador p úblico abra mão de algo que não lhe pertence. 
O exercício da compet ência também não admite transação ou acordo , de tal sorte que descaberia repassá -la a outrem , salvo 
quando expressamente a utoriza do por lei.
Ela é também imodi ficável por ato d e seu titular, não podendo o a dministrador, por intermédio de ato administrati vo, dilatá -la 
ou restringi-la, con siderando que sua fonte definidora é a lei, logo, um ato superior na estrutu ra do ordenam ento jurídico. 
A competência, igualment e, não po de ser afetada pela prescrição ( imprescritível ), o que significa dizer que, mesmo qu ando não 
utilizada, ind ependentemente do tempo, o a gente continuará sendo compet ente. 
E para a comp etência administrativa não se admite prorrogação. Assim, a incompetência não se transmuda em compet ência, ou 
seja, se um agente ou órgão p úblico n ão tiverem competência par a certa função, não p oderão vir a tê -la po steriormente, pela 
simples ausência de que stionamentos, a menos que a no rma definidora seja modificad a. 
b) Objeto 
 Também é denom inado de conteúdo do ato administrativo, é o efeito jurídico im ediato que o ato p roduz é aquilo que se cria, 
declara, se extingue, modif ica no a ord em jurídica. Ex: o objeto de um ato d a desapro priaçã o e a própria perda da propriedade 
para o desapropriad o. 
 O objeto deve ser licito, aju stado as existências normati vas; possível, realizáv el nos mundos do s atos dos direito; certo, d e finido 
com precisão moral, de acord o com as exigência s de boa -fé ética e honestidade s. 
c) Forma 
Pode ser tomada em um sentido amplo e nu m sentido restrito, no sentido restrito, forma a exteriorização d o ato, no sentido 
restrito. 
Como exemplo os ato s praticados pelos che fes do executivo são exterioriza dos pela forma d o de creto. No sentido a mplo, forma 
verifica também todas as formalidades dispostas em lei para a prática do ato. 
A regra e que o ato ad ministrativo seja praticado pela for ma escrita e se envol ver direito real sobre imóvel, exige -se escritu ra 
publica. Admitem -se também ordens v erbais e sinais convencion ais como formas do ato ad ministrativo. As placas de sin alização 
do transito, os silvos dos guar das de transito são sinai s convencionai s. 
d) Motivo: 
É o pressuposto de fato e d e direito que embasa a pratica do ato, ou seja, o pressuposto de fato e o acontecimento com todas as 
suas circunstancias qu e levam a ad ministração a praticar o ato , o pressuposto de direito e o d ispositivo normativo que 
fundamenta a pratica do ato. 
Motivo e diferente de motivação embor a estejam intim amente relacionados, m otivação e a exposição dos m otivos. 
Discute-se na do utrina se a motivação é obrigat ória nos atos vinculad os e nos atos discric ionários, há três correntes de 
pensamento: 
i) a motivação e obr igatória nos atos vinculados; 
ii) a motivação e obr igatória nos atos d iscricionários; 
iii) a motivação e obr igatória tanto nos atos vincu lados e nos atos discricionários. 
A última corrente é a p redominante, a motivação n o ato vinculado é mais sucinta do a que a motivação no ato discricion ário, já 
que basta que o a dministrador demonstre que exist e em concreto a situaçã o descrita de modo preciso pe lo legislador. E x: a 
concessão de aposentaria ao servidor que preenche o s requisitos do artigo 40, parágrafo primeiro, inc. III alínea "a". 
 A motivação som ente não será necessária, se a lei n ão descrever o motivo d a pratica do ato, como ocorre p or exemplo a 
exoneração ad n utum dos ocup antes dos cargos em comi ssão, trata -se de exoneração a qu alquer tempo e sem justifica tiva. Não 
obstante ainda q ue a lei não descreva o s motivos da pratica do ato, se o administrado in dicar os motivos, então e stes devem ser 
verdadeiros e existentes sob pena do ato estar viciado, trata -se a aplicação da teoria d os motivos determinantes. 
Ligada a motivação exi ste a teor ia dos motivos dete rminantes, pela qual a administração se vincula aos moti vos que elegeu para 
a prática do a to, de tal sorte que, se os motivos se re velarem inexistentes ou n ão verdadeiros o ato estará viciado, e se suj eitara 
a anulação, mesmo que na hipótese não fosse exigido que a administração declina -se o motivo. 
 Como exemplo, temos o s ervidor ocup ante em cargo de comissão qu e é exonerado para a redução de despesa com o pessoal, e 
no dia imediato, é nomeado outro o cupante para o cargo. O exon erado pode re querer a exon eração do ato alegand o 
inexistência do motivo, já q ue a administração esta vinculada ao s motivos que elegeu par a a prática do a to ainda que na 
hipótese não lhe foss e exigido declinar o motivo.
e) Finalidade 
É o resultado pretendid o pela admin istração, porém a finalid ade pode ser tomada em um sentido amplo e em um s entido 
restrito. No sentido a mplo, significa que o ato a dministrativo deve ser praticado p ara atender o interesse público. Ved ando-se 
que seja praticado p ara o fim deliberado de prej udicar ou favorec er alguém. 
Já no sentido restrito, o ato deve atender ao fim especial mente previsto em lei para a hipótese. Caso não se at enda a finalid ade 
tomada no sentido a mplo ou restrito existira o vicio ch amado desvio de finalid ade, também denominad o d e desvio de poder. Ex: 
de desvio de finalidade no sentido a mplo, desapropriação para prejudicar um inimigo político. E x: de desvio de finalidad e no 
sentido restrito, remoção do s ervido com a finalidade d e puni -lo quando o estatuto correspondente estabel ece que a fi nalidade 
da remoção é a de atender a necessidade do s erviço. 
 
DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO 
Na prática do s atos administrativos, a administra ção hora atua sem liber dade alguma, ora atua c om certa margem d e 
liberdade. N o primeiro caso, quan to atua sem liberdade al guma, este é denominado de vinculado ou regrado, em que o 
administrador não tem liberd ade de atuação , pois todos os elementos do ato fora m descritos na lei de modo p reciso. Ex: 
aposentadoria voluntária do art. 40, parágra fo primeiro, i nc. III alínea "a". 
No segundo caso o ao ser pra ticado o ato este é discricionário, po is a administração poderá escolher dentre as possibilidad es 
legais aquela que melhor solu ciona o caso concreto, se gundo os princípios da proporcionalidad e, mediante juízo de conveniência 
e oportunidad e. 
 Como exemplo da e scolha da punição d o servidor faltoso a lei costuma p ossibilitar ao superior hierárqu ico mais de uma 
possibilidade de pena levand o em consideração a pessoa do infrator, a gravidade da infração, os danos ca usados ao serviço e 
etc. 
Para saber se o ato a ser praticado é vinculado ou discricionário, deve ser consultad o a legislação. Expressõ es do tipo, será , 
deverá ser, por critério vinculado outra s equivalentes, indica que o ato a ser praticado é vinculado, p o r outro lado expressões do 
tipo, poderá ser, é faculdade, por razoes de con veniência e oportun idade, por razoes de interesse p úblico, mediante j uízo 
discricionário e outras equ ivalentes, indicam que o ato a ser praticado é d iscricionário. 
i) Sujeito: é elemento s empre vinculado, p ois a lei estabelece quem é o co mpetente para à p ratica do ato. 
 
ii) Finalidade: para a doutrina tradicion al é elemento vinculado, p ois o ato deve atender o ato d e interesse publico, considerado 
genericamente e também a o fim especi ficamente previsto e m lei para a hipótese. A doutri na moderna, ressalva qu e a finalidade 
pode permitir um juízo d iscricionário se a lei mencionar a finalidad e por meio de conceitos indeterminad os, fluidos, imprecis os, 
tais como ordem púb lica, paz social, saudad e publica, etc. 
iii) Forma: A forma n ormalmente é vinculada, q ue a lei costuma dizer como o ato será exteriorizad o, se houver opção d e forma 
ela será discricionária. 
iv) Motivo: o motivo p ode ser vinculado o u discricionário, seja vinculado se a lei usar pala vras precisas, para dizer do motivo. Ex: 
o motivo da aposentado ria compulsória do servidor é o que completar 70 ano s de idade. Será discricionár io se a lei usar 
conceitos indeterminados, p ara falar do mot ivo. Exemplo: praticar cond uta escandalosa na repartição é motivo para p unição do 
servidor. 
v) Objeto ou co nteúdo: do a to pode ser vinculado ou discricionár io, será vinculado se a l ei estabelecer qual o conteúd o do ato 
para atender ao fim persegui do. Ex: praticad a a infração x a pena é y e n enhuma outra . Será discricionário o conteúdo d o ato se 
a lei estabelecer mais de um c onteúdo possível para atender o fim perseguido. Ex: pratica da a infração x as penas pode ser y ou 
z. 
Conclui-se então qu e a discricionariedad e considerando -se os elementos d o ato administ rativo normalmente residira n o motivo 
e no objeto.
 
CLASSIFICAÇÃO DOS A TOS ADMINISTRATI VOSQuanto aos d estinatários do ato: o s atos classificam-se e m gerais e individuais. O s atos gerais são o s atos normativos, e qu e se 
destinam a todos que s e encontrem nu ma mesma situação, indistintamente. Ex: regulam ento do IR. Sujeitam - se à disciplina 
peculiar: 
Quanto ao alcan ce: os atos classificam- se em internos e externo s. Os primeiros são os q ue produzem efeitos no interio r das 
repartições públicas, e, e ntão, não exigem publicação para deflagração dos efeitos, bastando a cientificação dos interessados. 
Como exemplo uma escala de plan tão de servidor. 
Os segundos são os que pro duzem efeito s para além do interior das repartiçõ es e exigem pu blicação para defl agra ção de seus 
efeitos. Como ex emplo um edital de concorrência p ública. 
Quanto ao o bjeto do ato: os atos classificam -se em “de im pério”, “de gestão” e “de exp ediente”. 
Os atos de império caract erizam- se por sua imposição coat iva aos administrados, fund ado s nas prerrogativas de auto ridade 
conferidas à Administração P ública, sob regime ju rídico de direito público q ue é exorbitante do regime de direito co mu m. 
Os atos de gestão são o s praticados pela Admini stração sem prerrogati vas de autoridade visando g erir seus ben s e seus serviços, 
como qualquer pessoa o faz. 
Os atos de expediente, po r sua vez, são os que não têm conteúdo d ecisório e se destinam a dar andamento aos variados 
requerimentos, papéis, proce ssos, nas repartições púb licas. 
Quanto ao r egramento do ato: classifica m-se em atos discr icionários e atos vinculados (t ambém chamados de regrad os), já 
analisados anteriormente. 
Quanto à for mação do ato: os atos classificam-se em simpl es, complexos e compo stos. 
Simples são os atos qu e decorrem da manifesta ção de vont ade de um só órgão, seja ele unitário ou colegiado. Como exemplo 
decreto de nomeação d e um servidor para compo r uma comissão de e studo; 
Atos complexos, por sua v ez, são os que decorrem da conjugação de vontad es de mais de um órgão, u nitários ou colegiados, 
formando um ato ú nico. Ex: decreto do Pre sidente da República referend ado pelo Ministro d a pasta referente ao objeto d o ato. 
Finalmente, os atos compo stos são os que r esultam da vontad e de um órgão, mas que é d ependente da manifestação p révia ou 
posterior por parte de ou tro órgão. Ex: apo sentadoria por invalidez que depend e de laudo médico q ue ateste a invalidez. 
Ordinariamente, os ato s que dependem de autorização , homologação, laudo técnico, etc. são co nsiderados composto s. 
Há autores que clas sificam os atos tão soment e em simples e complexos, s endo que os atos compl exos são os que resul tam da 
manifestação de vontade de mais de um órgão. E x: nomeação de alguém bas eada em lista d e nomes elaborada por o utro órgão. 
ATOS ADMINISTRATIV OS EM ESPÉCIE 
Dividiremos os atos quan to ao conte údo e quanto à forma. 
Quanto ao c onteúdo: 
a) atos administrativos ne gociais: a autorização, a licença, a permissão e a admissão. 
A autorização é ato unilateral e discricionário p elo qual a Administração Púb lica defere ao interessado a prática de ato material 
com base no poder de po lícia, como por exemplo, a autorização p ara porte de arma, ou então defere o uso privativo de bem 
público. A auto rização fundada no p oder de polícia contrapõe -se a licença, quando ela também é fu ndada n o mesmo poder. 
A autorização d e uso de bem público co ntrapõe -se a permissão de uso de b em público. Nesse ca so destina -se ao uso episódico, 
temporário de bem pú blico, por exemplo, autoriza ção para instalação de circo p ara temporada, em área municipal . A 
autorização é deferida no interesse predominan te do particular, d e forma que, mesmo obtid a a autorização, caso ele n ão utiliz e 
o bem público, nad a lhe ocorrerá. 
A permissão de uso de b em público, p or sua vez, é ato unilateral e discricion ário pelo qual se defere ao particular o us o privativo 
de bem público, sem o cará ter episódico da auto rização, mas sujeita a revogação po r razões de interesse público, ex emplo, 
permissão de uso de parte d a calçada p ara instalação de banca de jornal. 
 
Além da permissão d e uso de bem púb lico, existe também a p ermissão de serviço público. A permissão de ser viço público 
tradicionalmente era entend ida como ato a dministrativo unilateral ad ministrativo unilateral e discricionário pelo qual se 
transferia a alguém a presta ção de u m serviço público, e na hipó tese de se submeter a prazo , isto é, de permissão cond icionada 
ou qualificada a revogação antes do fim do pra zo acarretava indeniza ção. 
A partir da CF/88 o art. 175 confere natureza con tratual a permissão de serviço público e a lei 8.987/95, no art. 40, inicia 
estabelecendo que a permi ssão de serviço púb lico é contrato d e adesão (todo contrato administrati vo é de adesão), mas finaliz a 
estabelecendo que é r evogável e precário, como s e a permissão fosse ato u nilateral. Em razão di sso, a doutrin a se divide, uns 
sustentando que ela é contra to administrativo e outros que ela é ato administrati vo. Em prova de teste preferir a o pção 
contrato. 
Por fim, a admissão é ato a dministrativo unilateral e vinculado a qu em atende aos requisitos le gai s a inclusão em 
estabelecimento governam ental para fruição de um serviço púb lico. Exemplo, admissão em u niversidade pública. 
b) Atos administrativos de c ontrole : aprovação e homolog ação. 
A aprovação é um ato a dministrativo unilateral e di scricionário pelo qual a administração exerce o controle sobre certo ato 
jurídico, manifestand o-se prévia ou p osteriormente a sua p rática. Exemplo, art. 5º d a Lei 9.986/2000. 
 Homologação é ato a dministrativo unilateral e vincu lado pelo qual a ad ministração pública exe rc e o controle de legalidad e 
sobre certo ato admini strativo a p osteriori. Exemplo, art. 4 3, VI, da Lei nº 8.666/93. 
c) Atos administrativos enu nciativos: pare cer e visto. 
 Parecer é a opinião exarada por órgãos consultivos sobre assuntos técnicos ou jurídi cos de sua compet ência. 
O visto por sua vez é ato u nilateral de controle formal sobre certo ato jurídico, n ão implica concordân cia quanto a seu conte údo. 
Ex.: visto do chefe imediato encaminhado p or servidor ao chefe mediato. 
Quando a for ma: 
 
decreto, resolução, p ortaria, circular, despach o e alvará. 
a) Decreto é a for ma pela qual os atos d e competência privat iva dos chefes do Poder E xecutivo são praticados, abrangend o tanto 
ato individual qu anto geral. Ex.: decreto de nomeação de servidores, decreto regu la mentar. 
b) A resolução e portaria são formas pelas qu ais são praticados os atos ge rais e individuais p or autoridades diversas do s chefes 
do Poder Executivo. No E stado de São Paulo pela lei nº 10.177/98 a r esolução é ato de competência pri vativa dos Secre tários de 
Estado, do Pro curador Geral do Estado e d os Reitores das Universidades 
Públicas e a portaria é a to de competência de tod as as autoridades até o nível d o diretor de serviço, além das auto ridades 
policiais, dos dirigentes de entidades descentraliz adas e de eventuais outras auto ridades previstas em leis próp rias. 
c) Circular é a for ma pela qual são transmitidas ord ens escritas, internas e u niformes dos superiore s aos seus subordin ados 
visando ao ordenamento d o serviço. 
e) Despacho: são a s decisões p roferidas nos requerimentos, processos sujeitos a apreciaç ão da autoridad e administrativa. 
 O despacho é normati vo quando acolh e parecer sobre certa matéria e dec ide o caso concreto d ando efeito normativo par a 
reger os casos semelhan tes futuros conforme o que ficou d ecidido. 
f) Alvará: é a for ma pela qual são exterior izadas a licença e a au torização para ato ssubmetidos ao poder de p olícia. 
EXTINÇÃO DO ATO ADM INISTRATIVO 
O ato administrativo é pratica do, produ z efeitos e desapar ece. Seu ciclo vital encerra-se de diversas maneiras, conhecidas como 
forma de extinção do ato administrativo. 
A. CUMPRIMENTO DE SEUS EFEITOS : em razão do tempo o u do con teúdo do ato; ex. gozo de férias d e um funcionário; 
permissão de uso de b em público por determinado t empo; licença para con struir; 
B. DESAPARECIMENTO DO SUJEITO OU DO OB JETO: mort e do funcionário público ou do permissionário; tomad a pelo mar de 
um terreno da marinha d ado em aforamento extingu e a enfiteuse; 
 
C. REVOGAÇÃO: te m lugar quando u ma autoridade, no exer cício de sua competência ad ministrativa, conclui que um dado ato 
ou relação jurídica não atendem ao interesse público e p or isso resolve eliminá -lo s a fim de prover de maneira mai s satisfatória 
às conveniências ad ministrativas. É a extinção de u m ato admin istrativo ou de seu s efeitos por outro ato administrativo, 
efetuada por razões de con veniência e oportun idade, respeitando -se os ef eitos precedentes. O agent e que revoga tanto p ode 
ser aquele que prod uziu o ato quan to autoridade superior no exercício do po der hierárqu ico (a lei é que define a competên cia da 
revogação); o objeto d a revogação é um ato ad ministrativo válido ou uma relação ju rídica válida dele decorr ente; A faculdad e d e 
revogar está fundada no poder genérico de agir d e dado órgão d a Administraç ão Pública. Mas só se encontra onde exis te a 
prerrogativa de modificar ulte riormente a relação jurídica oriunda do ato anterior. 
O motivo da revogação é a in conveniência ou inopo rtunidade do ato ou da situação gerada por ele. É o resultad o de uma 
reapreciação sobre certa situação administrativa que con clui por sua inad equação ao interesse público. É consequência de um 
juízo feito hoje sobre o q ue foi produzid o ontem, resultando no en tendimento de que a solu ção tomada não co nvém agora aos 
interesses administra tivos; A revogação, quan do legítima, de regra, não dá margem à indenização . Com efeito, quan do existe o 
poder de revogar perante a ordem normativa, sua ef etivação normalmente não lesa d ireito algum de terceiro. Con tudo, não se 
pode excluir a hipótese, ta nto mais po rque, como é sabido, exist e responsabilidade do E stado por ato lícito (ex. d ecreto 
municipal que fecha as rua s centrais da cida de para veículos automotore s, ocasionando dan os aos edifícios -garagens que tin ham 
autorização p ara desempenharem suas atividades); 
Não podem ser revoga dos os atos vinculad os, pois não há liberdade de escolha; os que já exauriram seus efeito s ou quando o 
agente já exauriu sua competência para o ato e não podem ser revogados os atos qu e geram direitos adquiridos. 
D. ANULAÇ ÃO ou invalidação é o desfazimento do ato administrativo por razões de ileg alidade. Como a desconformi dade com 
a lei atinge o ato em sua s origens, a anulação produz efeitos retroativos à dat a em que foi emitido ( ex tunc) ou seja, desde então. 
A anulação po de ser feita pela própria administração com base no seu p oder de autotutel a sobre os próprios atos e, p ode ser 
feita também, pelo Poder Judi ciário, mediante provocaçã o dos interessados, que pod erão utilizar, p ara esse fim, quer as ações 
ordinárias e especiai s previstas na legislação p rocessual, quer os remédios con stitucionais de contro le judicial da Administração 
Pública. 
Maria Sylvia Zanella di Pietro defende que a Administração tem, em regra, o de ver de anular os atos ilegais, sob pena de cair p or 
terra o princípio d a legalidade. No entanto , poderá deixar de fazê -lo, em circun stâncias determinadas, q uando o p rejuízo 
resultante da anulação puder ser maior do q ue o decorrente da manutenção do ato ilegal; nesse caso, é o interesse público qu e 
norteará a decisão (S eabra Fagundes), desd e que não haja dolo, d ele não resulte prejuízo ao erário, nem a direitos de terceiro s 
(atos praticados por fun cionário de fato ( não universitário pa ra os cargos que exige m essa capacidade; o u praticado por agente 
que após atin gir a idade limite para apo sentadoria compulsória, continua no cargo, ou após vencido o prazo para contratação). 
Assim, a ilegalidade do ato poderá ser quando h ouver: 
Vício relativo ao sujeito : incompetência e incapacidade; pr aticado com abuso de po der: excesso d e poder e desvio de poder ou 
de finalidade; 
Vício relativo ao objet o: proibido p or lei (desapropriação de um bem da União efetuada pelo município); a utoridade a plica pena 
de remoção ex offic io e esta não é p ena ou de demissão quan do o caso era só de re preensão; no meação para um cargo 
inexistente; 
Vício relativo a forma: o ato é ilegal qu ando a lei expressamente a exig e ou quando determinada finalidade só pos sa ser 
alcançada por d eterminada forma. Ex. o decreto é a for ma que deve revestir o a to do Chefe d o Poder Executivo; o edital é a 
única forma possível para convocar interessados e m participar de con corrência; 
Vício quanto ao m otivo: falsidad e ou inexistência de motivo; pu nição de funcionário e este n ão praticou qu alquer infração ou os 
fatos são falsos; 
Vício relativo à finalidade : desvio de poder, o a gente desvia -se ou afasta- se da finalidade qu e deveria atingir para alcançar o 
resultado diverso, não a mparado pela lei. Ex. desaprop riação para perseguir determinada p essoa ou para favorecer outra . 
HELY LOPES MEIRE LLES não admite a existência de ato s administrativos anuláv eis, pela impossibilidade de p reponderar o 
interesse privado sobre atos i legais, ainda qu e assim o desejem as parte s, porque a isso se op õe a exigência da legalidade 
administrativa. Daí a impossibilidade ju rídica de convalidar -se o ato considerado an ulável que n ão passa de um ato 
originariamente nulo. 
Convalidação: é o ato a dministrativo pelo q ual é suprido o vício exi stente em um ato ilega l, com efeitos retroativo s à data em 
que este foi praticad o. É ato discricionário, mas a administração não pode convalidar u m ato que cause prejuízo a terceiros ou 
que tenha sido pro duzido de má-fé. 
Se o vício é quanto ao sujeito e não seja o caso d e co mpetência exclusiva, po de ser convalidado pelo superior hierárqu ico; mas 
não se admite a ratificação q uando haj a incompetência em razão d a matéria, por ex., quando u m Ministério pratica ato de 
competência de outro . 
Quanto ao mot ivo e à finalidade não po de haver convalidação; se o fato n ão ocorreu , não j ustifica a prática daquele ato, não há 
o que se convalidar. Do mesmo modo quan to ao objeto; se este não é l egal, não pode ser con validado, mas pode ser, como 
exceção à regra, con vertido (conversão). 
 PORTANTO: 
 REVOGAÇÃO: - di scricionariedad e da Administração 
Efeitos "ex nunc"- a partir de agora 
Quem tem competência ? 
Enquanto a a nulação pode ser feita pelo Judiciário e pela Administração, a re vogação é privativa desta ú ltima porque seus 
fundamentos - oportu nidade e conveniência - são vedados à apreciação do Poder Judiciário. 
ANULAÇÃO: - ato s viciados, ilegítimo s ou ilegais 
Efeitos "ex tunc"- de sde então 
Quem tem competência ? 
 Pode ser feita pelo Judiciário e pela a Administração. 
E. RENÚNCIA – ocorre quand o o próprio b eneficiário do ato abre mão da s ituação proporcionada pelo ato. Exemplo: exoneração 
de cargo a pedido d o ocupante.

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