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FRATURAS DO ANTEBRAÇO – DIÁFISE E TERÇO DISTAL FRATURAS DO OLÉCRANO ! Devido a sua posição subcutânea é extremamente vulnerável a traumas diretos Mecanismo de lesão ! Queda sobre o cotovelo, golpe direto no olécrano : fx. cominutas ! Trauma indireto (queda sobre a mão estendida com o cotovelo em flexão, acompanhada de torte contração do triceps): fx. tranversa ou oblíqua Sinais e sintomas ! Derrame articular, dor , aumento de volume ! Pode haver sulco palpável no local da fratura e um arco de movimento doloroso ! Incapacidade de extensão ativa do cotovelo é o sinal mais importante ! Avaliar função do n. ulnar Classificação – Colton Tratamento ! Fraturas sem desvio: GBP em 45 a 90 graus de flexão por 3 semanas para permitir mobilização precoce. Porém como a consolidação não está completa até 6 a 8 semanas, deve-se evitar flexão acima de 90 graus até que a consolidação esteja completa Tratamento ! Fraturas com desvio: Redução aberta e fixação interna ou excisão primária são melhores indicadas como tratamento. Objetivos: manter a capacidade de extensão do cotovelo, evitar incongruência articular, restaurar a estabilidade do cotovelo e prevenir rigidez da articulação Métodos de tratamento preferidos pelos autores (Rockwood) ! Fx. sem desvio: imobilização seguida de mobilização ! Fx. por avulsão: excisão do fragmento e reparação do tendão do tríceps, ou banda de tensão ! Fx. transversas : banda de tensão ! Fx. oblíquas : parafusos bicorticais ou parafuso esponjoso da AO ! Fx. cominuta : excisão do olécrano e reinserção do tríceps, placa AO ! Fx.-luxação ; redução aberta mais fixação interna ! Fx. exposta : fixação interna após irrigação e desbridamento extenso Complicações ! Amplitude de movimento diminuída ! Artrose pós- traumática ! Pseudoartrose FRATURAS DO ANTEBRAÇO – ANATOMIA CIRÚRGICA ! Estruturas estabilizadoras proximais: capsula articular, ligamento anular ! Estrutuas estabilizadoras distais: cápsula articular, ligamentos radioulnares anterior e posterior, fibrocartilagem triangular (principal) ! Membrana interóssea ! Três músculos unem o radio e a ulna: supinador, pronador quadrado, pronador redondo ! Desvios: fxs do rádio distais à inserção do supinador e proximais à inserção do pronador redondo, o bíceps e o supinador supinam o fragmento radial proximal ! Fxs do rádio distais ao pronador redondo, o bíceps e o supinador são neutralizados, deixando o fragmento distal ligeiramente supinado ou neutro Desvios da fratura do rádio FRATURA ISOLADA DA ULNA (CASSETETE) ! Sem desvio: l São relativamente comum. l As da metade distal consolidam em boa posição se for usado um GBP por 3 sem l As da metade proximal são mais difíceis de manter a redução em GBP l Angulações de até 10 graus são aceitáveis ! Com desvio: l São as anguladas > 10 graus ou com menos de 50 % de contato l Quando o desvio é grande deve-se suspeitar de lesão do radio associada l Tto: RAFI com placa DCP 5 ou 6 furos l Fx do terço médio ou distal hastes intramedulares funcionam bem, principalmente se houver cominuição ou a fratura for segmentar l Nas fx proximais, o canal medular é grande e as hastes não fornecem fixação adequada FRATURA DE MONTEGGIA ! É uma fratura do terço proximal da ulna com lx anterior da cabeça do rádio Classificação - Bado Mecanismo de lesão ! Queda sobre o membro com pronação completa da mão e antebraço (tipo I) ! Trauma direto sobre a ulna (tipo I) ! O tipo II é uma variação da lx posteior do cotovelo, nestas lesões, as inserções ligamentares da ulna proximal são mais fortes que a própria ulna, ocorrendo fx da ulna e lx posterior da cabeça radial ! O tipo III é comum em crianças, sendo raro em adultos, ocorre por esforço em varo com o antebraço em hiperpronação Sinais e sintomas ! Tipo I: a cabeça radial pode ser palpada na fossa antecubital, encurtamento do antebraço com angulação anterior da ulna fraturada ! Tipo II: a cabeça radial pode ser palpada posteriormente ao úmero distal e há angulação posterior da ulna ! Tipo III: a cabeça radial é palpada lateralmente, com angulação lateral da metáfise ulnar ! Tipo IV: a cabeça radial pode ser palpada antgeriormente, com dor e deformidade das diáfises ao nível da fratura ! A lesão neurológica ocorre em 17% dos casos e a mais comum é paralisia do ramo profundo do nervo radial Tratamento ! Em cças: redução fechada ! Adultos: fixação com placa DCP ! Fxs muito cominutas: pode ser usada haste intramedular, sempre usando enxerto autólogo ao redor da cominuição ! Se a lx da cabeça radial puder ser reduzida fechada, é desnecessária sua redução aberta ! Se for necessária a redução aberta da lx, e for executada secção do ligamento anular, este deve ser reparado após a redução ! Nas fxs do tipo IV , o radio e a ulna devem ser tratados com RAFI ! Pós-op l Lesões tipo I, III, IV: imobilização do cotovelo a 110 graus de flexão por 6 semanas l Lesões tipo II: imobilização a 70 graus de flexão por 6 sem FRATURAS ISOLADAS DO RÁDIO – 2 TERÇOS PROXIMAIS ! Incomuns em adultos ! Tratamento: l Sem desvio: GBP com supinação branda ou completa (se a fx é abaixo ou acima da inserção do pronador redondo) e controle radiográfico semanal l Fx com devio de quinto proximal: GBP supinado (muito proximais para cx.) ! Se não puderem ser reduzidas: RAFI com haste e imobilização com GBP supinado ou fixação com placa “terço de cana” Fx do rádio – terço distal (fx de Galeazzi) ! Associada a luxação ou subluxação da articulação radio- ulnar distal ! Mecanismo de lesão: l Golpes diretos no lado dorsolateral do punho l Quedas sobre a mão estendida, combinada com pronação acentuada do antebraço Sinais e sintomas ! Com pouco ou sem desvio: dor e aumento de volume sobre a fx ! Com desvios maiores: encurtamento do rádio e angulação póstero-lateral ! Subluxação ou luxação na articulação radioulnar distal é evidente, com proeminência da cabeça da ulna e dor ! A maioria é fechada, lesões vasculonervosas são raras Tratamento ! Placa e parafusos é o tto de eleição por acesso volar (Henry), podendo ser associado à fixação da ulna ao rádio com um ou dois fios de Kirschner transradioulnares, que devem ser removidos após 4 semanas ! Imobilização com tala gessada por 5 a 6 semanas FRATURAS DO RADIO E ULNA ! Mecanismo de lesão: l Trauma direto ( acidentes automobilísticos) mais comuns l Trauma indireto (quedas) l Patológicas (incomuns) Tratamento ! Fx sem desvio: raras no adulto – GBPbem moldado, a 90 graus e com prono-supinação neutra, pode ser feita argola no gesso, mas nunca distal à fx, pois pode desviar mais Tto fx com desvio: ! Redução fechada e imobilização externa: l Resultados insatisfatórios l Sarmiento aceita desvio angular ou rotatório de até 10 graus com pouco prejuizo funcional l Seguimento: 1o. Mês: rx semanal 2o. Mês em diante: rx 2/2sem trocar o gesso a cada 4 a 6 semanas ! Redução cruenta e fixação interna l Indicações: l Fx instáveis com desvio em adultos l Fx do radio com + de 10 graus de desvio ou subluxação da radioulnar proximal ou distal l Fx isoladas da ulna com + de 10 graus de desvio lFx de Monteggia, Galeazzi, expostas, Sd. comportimental ! Hastes intramedulares l Resultados ruins com Rush, Kunscher, Kirschner, Steinmann l Haste triangular de Sage:devem ser utilizadas nas fx do terço distal do rádio, onde o canal medular é largo, ou em pctes com canal medular menor que 3mm. Sage recomenda colocar enxerto de ilíaco em todas as fx de rádio e ulna com haste l Tto subsequente;GBP por 6 a 12 sem (até calo no rx) ! Placas e parafusos l Placas DCP com no mínimo 6 furos l Parafusos interfragmentários aumentam a resistência da montagem em até 40 % l Acessos: l Metade distal do rádio: Henry l Metade proximal do rádio: Henry ou Thompson (dorsal) l Terço médio do rádio: qualquer via l Fxs segmentares do rádio: placa dorsal no terço proximal e volar no terço distal l Ulna: placa volar ou dorsal Posicionamento da placa l Fechar somente o TCSC e pele, sem fechar a fascia profunda, pela chance de Sd. Compartimental l No pós-op: livre se o pcte for confiável e a fx ficou estável, com mobilização precoce. Caso contrário tala por 6 sem l Indicações para retirar as placas: l Retorno a esportes de contato l Placa proeminente no subcutâneo Fraturas da Região Distal do Rádio e da Ulna Parâmetros anatômicos Mecanismos de lesão ! Dependem : l Posição da mão e do antebraço l Qualidade do osso l Quantidade de força aplicada l Tipo de movimento ! A fratura com desvio dorsal ocorre geralmente por uma força aplicada quando o punho se encontra em flexão dorsal e o antebraço encontra-se pronado Tipos de fraturas do rádio distal ! Fratura-extensão-compressão (Pouteau-Colles)- envolve a metáfise distal do rádio, que é desviada e angulada dorsalmente. Ocorre dentro de 2 cm da superfície articular, e pode estender-se à articulação radiocárpica ou radioulnar distais ! Fratura por flexão-compressão com deslocamento volar (Goyrand-Smith): é uma fratura angulada volar do rádio distal com deformidade em “pá de jardim” ! Fratura da apófise estilóide radial (Chauffeur) ! Fratura-luxação do punho volar ou dorsal(Barton): é diferente de uma fratura de Colles ou de Smith porque a luxação é a anormalidade mais óbvia clínica e radiograficamente, a fratura sendo observada secundariamente ! Fratura-compressão pelo semilunar Classificações - Frykman Classificação AO Classificação Universal Classificação de Thomas para fraturas de Smith ! Tipo I: extra-articular ! Tipo II: traço de fratura atravessa para dentro da superfície articular dorsal ! Tipo III: penetra na articulação radio- cárpica (Barton volar) Classificação de Melone ! Melone reconhece as fraturas articulares como compreendendo quatro componentes: l Diáfise l Estilóide radial l Componente medial dorsal l Componente medial volar Classificação de Melone ! Tipo I: sem desvio e minimamente cominutivo ! Tipo II: são instáveis com desvio moderado a grava ! Tipo III: envolvem um componente adicional de fratura da diáfise do rádio que pode projetar-se no compartimento flexor ! Tipo IV : envolvem uma divisão transversa das superfícies articulares com desvio rotacional Tratamento ! Os objetivos do tto vão de encontro às necessidades do pcte e a sua demanda funcional ! Deve-se visar o retorno dos diversos componentes característicos do rádio distal a sua posição anatômica inicial (inclinações , congruência articular,etc) ! Knirk et al, Bradway et al : obtiveram resultados piores que ótimos quando: l Incongruência articular maior que 2mm l Encurtamento radial maior que 5mm l Angulação dorsal acima de 20 graus Tratamento ! Fratura sem desvio: imobilização gessada por 3 a 6 semanas ! fraturas desviadas: l Redução incruenta e gesso l Fixação percutânea com fios de Kirschner l Fixação com placas (dorsal, palmar ou ambas) l Fixação com placas de suporte subcondral l Fixação interna fragmento-específica l Fixação interna combinada de Ulson l Fixador externo transarticular l Fixador externo metafisário ! Redução incruenta e gesso para fx de Colles: l Anestesia local ou plexular l Tração e contra-tração nos três primeiros dedos e braço l Gesso em posição de Cotton-Loder por 3 semanas e luva em posição neutra por mais 3 semanas Fixação percutânea com fios de Kirschner Tratamento ! Fratura volar do tipo Barton ou Smith: l Placa de sustentasão tipo Ellis por incisão volar Tratamento ! Redução incruenta está sempre indicada na incongruência articular maior do que 2mm Tratamento ! Fixação externa: geralmente indicada nas fraturas instáveis com grande cominuição l Tipos VII e VIII de Frykman l Tipos II, IVA, IVB (universal) l Também indicada nas fraturas que perderam redução com outros métodos de tratamento Tratamento ! Fratura do processo estilóide da ulna pode estar associado com avulsão da fibrocartilagem triangular, relacionada diretamente com a estabilidade carpal. Desta forma, quando houver um fragmento grande do estilóide ou instabilidade grosseira, deve ser considerada a fixação do mesmo
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