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Portfólio 6 Semestre Unopar - O Desenvolvimento da Competência Leitora no Ensino Médio

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adriana balbino palmeira
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE LETRAS
O DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA LEITORA NO ENSINO MÉDIO
Santos
2019
adriana balbino palmeira
o desenvolvimento da competência leitora no ensino médio
Produção Textual Interdisciplinar Individual (PTI), apresentado à Unopar, como requisito parcial à obtenção de média bimestral do Curso de Letras.
Docentes supervisores: Prof. Lucas Toledo de Andrade, Juliana Fogaça Sanches Simm, Antônio Lemes Guerra Júnior, Eliza Adriana Sheuer Nantes e Fabyanny de Fátima Ferreira dos Reis Willy.
Santos
2019
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	DESENVOLVIMENTO	4
3.	AVALIAÇÃO	11
CONSIDERAÇÕES FINAIS	11
REFERÊNCIAS	12
ANEXO	13
 
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa uma busca na melhoria da competência leitora, especialmente direcionada à leitura e compreensão textual, entendendo-se que é item fundamental no processo de aprendizagem e desenvolvimento que possibilita a construção de um leitor dotado de ferramentas que ampliem e aprofundem sua capacidade de compreensão de textos literários de forma que lhe sejam perceptíveis tantos os elementos estruturais que compõem o texto, como também o processo de construção de sentidos que permite a leitura não superficial. “Compreender pressupõe saber como um objeto simbólico produz sentidos, através da exposição à materialidade dos processos de significação presentes no texto” (Orlandi, 1.999, p. 26).
Esta Proposta Didática será fundamentada nas teorias da Semiótica, mais especificamente na chamada Semiótica Greimasiana – Percurso Gerativo de Sentido e será direcionada ao 3° Ano do Ensino Médio. 
A Proposta Didática que será apresentada ancora sua justificativa na constatação de que se faz necessário aclarar e ampliar o conceito de leitura e o ato de ler não ser tão somente decodificar e “entender” as frases que constituem um texto, e sim, ter em mente que o texto além de ser dialógico é também um processo de construção de sentido, e sem o domínio desse processo as relações e inserções sociais se tornam incompletas e ineficientes. Essa incompletude se evidencia e se constata nas salas de aula onde se tornam explícitas as deficiências de compreensão textual, que por vezes exigem um processo de cognição e abstração principalmente na leitura de textos literários de caráter conotativo, e a deficiência se dá na não absorção de sua significação e sentido pleno.
Pretende-se aqui, não uma abordagem altamente acadêmica da Semiótica Greimasiana, antes, porém, um debruçar-se em seus principais conceitos objetivando extrair ferramentas que auxiliem no desenvolvimento das habilidades e competências leitoras dos alunos, propondo um viés diferenciado, um olhar para o sentido, para tessitura textual, como ela se engendra e se estabelece em todo percurso narrativo, onde serão abordados conteúdos como: produção textual, leitura literária, análise de texto, compreensão textual, introdução a noções de Semiótica e Semiótica Greimasiana, objetivando o incentivo à leitura e fruição estética, Identificar as possíveis deficiências de compreensão textual e saná-las, aprofundar a compreensão textual, propiciar uma abordagem diferenciada e global da análise de textos literários, desenvolver habilidade e competência leitora, introduzir e aplicar noções de Semiótica Greimasiana como ferramenta auxiliar de análise textual.
Para elaboração e desenvolvimento desta Proposta Didática, seguiram-se as seguintes etapas:
Observações efetuadas durante as aulas de leitura e compreensão textual.
Percepção e constatação das dificuldades dos alunos em compreender textos literários de forma mais aprofundada após uma atividade de compreensão textual.
 Reunião com a Coordenação Pedagógica para propositura e implementação de uma Proposta Didática de ensino direcionada à leitura.
 Pesquisas efetuadas acerca da Semiótica e da Semiótica Greimasiana e sua aplicabilidade no processo de compreensão textual e sentido do texto.
 Elaboração da Proposta Didática voltada ao desenvolvimento de estratégias de leitura e compreensão textual contendo 05 (cinco) aulas específicas embasadas no tema proposto. 
Apresentação da Proposta Didática à Coordenação Pedagógica para aprovação e implementação permanente direcionada aos alunos do 3° Ano do Ensino Médio.
DESENVOLVIMENTO 
a ) Revisão Bibliográfica SEMIÓTICA
A origem etimológica da palavra semiótica é oriunda do vocábulo grego ‘semêion’, cuja tradução e significado é: signo, que neste contexto pode ser conceituado através de Peirce, 
como um (representamêm) é aquilo que, sob certo aspecto ou modo, representa algo para alguém. Dirige-se a alguém, isto é, cria, na mente dessa pessoa, um signo equivalente, ou talvez um signo mais desenvolvido. Ao signo assim criado denomino interpretante do primeiro signo. O signo representa alguma coisa, seu objeto. Representa esse objeto não em todos os seus aspectos, mas com referência a um tipo de ideia que eu, por vezes, denominei fundamento do representâmen (2005, p. 46).
 sendo a palavra semiótica também do grego ‘semeiotiké’, que significa a arte dos sinais. Por definição, Semiótica é a ciência geral dos signos, ou ainda: a Semiótica é o estudo da construção de significado, o estudo do processo de signo (semiose) e do significado de comunicação, também podemos defini-la como sendo a ciência que estuda os diferentes tipos de símbolos e linguagens através dos signos, e de forma mais sucinta, afirma-se que “Semiótica é a ciência que estuda os signos e as linguagens em geral” (SANTAELLA, 2004, p.7).
 A Semiótica tem como objeto de estudos a forma como se dá e ocorre a produção de sentidos em diferentes códigos e linguagens, daí seu caráter de ciência geral, pois seu objeto de estudo abrange toda e qualquer tipo de linguagem.
São três as principais correntes de estudos semióticos: A Semiótica Peirciana, também conhecida como semiótica americana - teoria criada e desenvolvida pelo físico, matemático, filósofo e linguista, Charles Sanders Peirce que desenvolveu o conceito de signo (representação), voltada para os estudos de todo e qualquer tipo de representação, inclusive as de comunicação, para Peirce, “Toda e qualquer produção, realização e expressão humana é uma questão semiótica”. A Semiótica da Cultura, também conhecida como semiótica russa por ter sido desenvolvida na Rússia, na década de 60 no Departamento de Semiótica da Universidade de Tartú-Moscou, Estônia tendo como foco de seus estudos o conceito de cultura, sendo seu principal teórico Yuri Lotman, historiador e semioticista russo. Lotman define cultura como “Conjunto de informações não- hereditárias, que as diversas coletividades da sociedade humana acumulam, conservam e transmitem” (LOTMAN 2010, p. 31) e por fim, temos a Semiótica Greimasiana, na qual essa Proposta Didática estará fundamentada e em seu Percurso Gerativo de Sentido (PGS); de origem francesa, também conhecida como Semiótica Discursiva ou Semiótica Narrativa, criada desenvolvida e preconizada por Algirdas Julien Greimas (1917-1992), fundador da Escola de Semiótica de Paris.
 A Semiótica Greimasiana, embora tenha seus fundamentos no Estruturalismo de Saussure, não se atém a pesquisar o signo estrutural (significado/significante), Greimas analisa a linguagem sob uma ótica mais inteiriça e abrangente, direcionando sua pesquisa e teoria para os planos de linguagem onde esses signos se encontram inseridos. Sua teoria passa a verificar todo o plano de linguagem (conteúdo e expressão).
Se a Semiótica de modo geral em seus estudos e pesquisas direciona seus interesses na investigação da construção de significado, a Semiótica Greimasiana tem como objeto de estudos e pesquisas o texto; este torna-se objeto de significação em sua totalidade percorrendo o caminho para entender e descrever o queo texto diz e como fez para dize-lo, até que se alcance seu sentido. “A semiótica tem por objeto o texto, ou melhor, procura descrever e explicar o que o texto diz e como ele faz para dizer o que diz” (BARROS, 2008, p. 7).
Greimas, ressignificou o conceito de signo e o chama de “aspecto textual”, tendo como objetivo a análise do discurso inserido no plano de conteúdo de um texto para perceber como é engendrado o sentido e cria o Percurso Gerativo de Sentido (PGS). Trata-se uma Gramática autônoma constituída por três níveis interdependentes, à saber:
1° Nível Fundamental ou Profundo: Considerado o mais simples e abstrato, é onde surge o cerne, o sentido do texto através de uma oposição semântica mínima (ex : tolerância x intolerância, vida x morte) e onde se estabelece e se pode verificar os traços de euforia/disforia (positividade/negatividade). “[...] procuram explicar os níveis mais abstratos da produção, do funcionamento e da interpretação dos discursos”. (Fiorin, 2005, p. 24).
2° Nível Narrativo: Aqui estão os actantes sendo eles: Sujeito: aquele que deseja, que busca o valor; Objeto de Valor: alvo da busca, do desejo desse sujeito. É onde ocorre a transformação de estado de um sujeito em relação ao objeto e essa transformação, pode colocar o sujeito (actante) em estado de conjunção ou disjunção com o objeto. (ex: O cabelo de Maria não está bonito hoje, logo, o cabelo de Maria está em disjunção/disforia com o objeto beleza), chamados de enunciados de estado, porém pode ocorrer a transformação através do enunciado de fazer (ex: O cabelo de Maria está bonito hoje, após ela o ter cortado; logo, o cabelo de Maria passou a estar em conjunção/euforia com o objeto beleza). São onde as oposições semânticas identificadas no primeiro nível se transformam em valores circulando entre os sujeitos dentro da narrativa. Nesse nível ocorrem as ações da narrativa através de quatro fases: manipulação, competência, performance e sanção.
3° Nível Discursivo: Está relacionado ao plano de expressão do texto, o discurso propriamente dito, onde se dá o encadeamento e as relações de temas e figuras. Todo e qualquer texto, seja ele (escrito, visual, oral) tem como primazia o conteúdo que é idealizado “sob a forma de um percurso gerativo de sentido” (BARROS, 2008, p. 8).
b) Proposta Didática: Para o desenvolvimento desta Proposta Didática serão utilizados os conceitos teóricos da Semiótica Greimasiana - Percurso Gerativo de Sentido, que embora possua três níveis: Nível Fundamental, Nível Narrativo e Nível Discursivo, nessa Proposta Didática se aterá apenas aos primeiros dois níveis para efetuar a análise textual do conto “A fronteira de asfalto”, do escritor angolano José Luandino Vieira e as atividades realizadas serão as seguintes:
Aula expositiva dialogada para apresentar aos alunos os conceitos introdutórios de semiótica em sentido geral (signos e significados) para isso serão mostrados nos slides: figuras, palavras e símbolos diversos e contrastantes com o intuito de aclarar esses conceitos e já introduzir a noção de oposição semântica. Após, os alunos farão redação com as impressões e compreensão referentes ao assunto.
Aula expositiva dialogada para apresentar aos alunos os conceitos introdutórios de texto através da semiótica greimasiana (tudo é um texto), para isso serão agora mostrados slides com vários tipos de textos: cartaz de um filme, carta, capa de revista, trecho de livro, propaganda de margarina, etc. Serão explicitados aqui, os conceitos greimasianos de: sujeito, objeto de valor, conjunção, disjunção, euforia e disforia.
Aula expositiva dialogada com leitura do conto “A fronteira de asfalto”, do escritor angolano José Luandino Vieira, após a leitura e comentários referente a obra, será feita uma atividade de análise de texto no caderno, com o auxílio da professora usando como ferramenta o PGS para que os alunos identifiquem no nível fundamental as principais oposições semânticas e em que momentos elas se transformam em valores positivos ou negativos (euforia/disforia) e conjunção e disjunção ( nível narrativo).
Aula expositiva dialogada para apresentar e explicar as quatro fases da narrativa: manipulação, competência, performance e sanção (nível narrativo). Em seguida, será dada continuidade a análise de texto, com o auxílio e mediação da professora do conto solicitando aos alunos que identifiquem no texto trechos que exemplifiquem essas quatro fases.
Nesta última aula, serão discutidos os aspectos da obra analisada e quais foram suas impressões e aprendizados de leitura e compreensão textual proporcionados pela Semiótica Greimasiana e a análise de textos feita através do Percurso Gerativo de Sentido, ao final, será acessada a internet/youtube para a exibição de um vídeo com a música/texto Ebony and Ivory, cantada por Stevie Wonder e Paul McCartney, para posteriores reflexões acerca do assunto. Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=YYopmwFbpvk
 
	Aula 1
	Aula expositiva dialogada inicia com a professora explicando que serão dadas algumas aulas sobre Semiótica que servirão como ferramenta auxiliar para as aulas de compreensão textual, sobretudo de textos literários. Em seguida, prossegue conceituando semiótica etimologicamente e seus principais conceitos de signo e significação, tomando como base a Semiótica Peirciana que preconiza que “toda produção e expressão humana é semiótica”; para exemplificar esse conceito serão apresentados no quadro através de slides, figuras, fotos, palavras e símbolos diversos possibilitando aos alunos o entendimento, em seguida será apresentado brevemente uma introdução do conceito de oposição semântica (professora tira dúvidas e solicita aos alunos que façam anotações em seu cadernos). Após será solicitado aos alunos que façam uma redação com o tema “Semiótica” com as impressões e o que foi entendido acerca do tema.
	Aula 2
	Aula expositiva dialogada iniciará com a professora apresentando no quadro slides, agora contendo vários tipos de textos, tais como: capa de revista, trecho de livro, carta, cartaz de filme, etc. com o intuito de que os alunos percebam e compreendam que tudo é texto e possui significação conforme preconiza a Semiótica Greimasiana. Para Greimas, “A teoria semiótica deve apresentar-se inicialmente como o que ela é, ou seja, uma teoria da significação” (Greimas e Courtés, 2008, p. 455). Em seguida, será explicado aos alunos o Percurso Gerativo de Sentido e explicitados os conceitos de: sujeito, objeto de valor, conjunção, disjunção, euforia e disforia e sua importância na tessitura textual, e por conseguinte, na compreensão do texto.
	Aula 3
	Nesta aula, a professora dará início, distribuindo folhas (xerox) aos alunos contendo o conto “A fronteira de asfalto” do escritor angolano José Luandino Vieira, após a leitura será iniciada uma atividade de análise textual em que a professora auxiliará os alunos, buscando nesse primeiro momento que eles consigam identificar no 1° nível (fundamental), as oposições semânticas apresentadas no texto e em quais momentos elas se transformam em valores sejam eles disfóricos ou eufóricos. Ex: de oposições semânticas: asfalto vs areia, igualdade vs desigualdade (...Do outro lado da rua asfaltada.vs As ruas de areia eram sinuosas...) Neste caso, o asfalto faz uma oposição semântica com a areia, pois do lado que Ricardo mora a rua não é asfaltada e sim de areia, evidenciado aqui já uma diferença que o separa de Marina: a desigualdade social, ou de classe econômica; portanto, apresenta-se aqui um traço de disforia/negatividade. Passado vs presente, criança vs adulto (...Marina lembras-te da nossa infância?... E tua achas que está tudo como então?...). Aqui, nesse trecho, pode-se verificar o estado de conjunção e disjunção do sujeito, pois no passado quando criança, Ricardo de certa forma se encontrava em conjunção com o objeto de valor (a amizade de Marina), porém agora adultos essa amizade é motivo de ressentimento e tristeza devido suas “diferenças”, logo, o sujeito Ricardoinicialmente estava em estado de conjunção em relação a esse valor (amizade), porém, no presente, na vida adulta ele passa a entrar em estado de disjunção em relação a esse objeto, ou seja, ocorre uma transformação de estado.
	Aula 4
	Será iniciada, com a professora dando continuidade as explicações de forma expositiva dialogada e usando o quadro para explicar o Percurso Gerativo de Sentido, explicitando as quatro fases da narrativa: manipulação, competência, performance e sanção. Após, será dada continuidade a atividade de análise textual com o auxílio e mediação da professora, solicitando que os alunos leiam o conto e identifiquem trechos onde aparecem essas quatro fases da narrativa.
Ex. manipulação: ... Não era assim que te chamavam? – gritou ele. (provocação)
Ex. competência: ... E sentiu a necessidade imperiosa de falar-lhe. (competência = o querer falar com Marina)
Ex. performance:.. Deu por si a atravessar a fronteira... (ação para alcançar o objeto de valor)
Ex. sanção: ... Ricardo, estendido do lado de cá da fronteira,...(o sujeito Ricardo é castigado e morre do lado asfaltado da fronteira).
	Aula 5
	Nesta última aula, professora e alunos conversarão sobre o conteúdo dado durante as aulas anteriores e como ele pode ser um excelente instrumento para auxiliar na compreensão de textos e também sobre o que nos diz o conto e como o autor fez para dize-lo, sempre verificando se existem dúvidas à serem sanadas. Em seguida, a professora acessará a internet/youtube para apresentar um vídeo aos alunos com a canção Ebony and Ivory (Stevie Wonder e Paul McCartney) e ao final do vídeo sugere que eles reflitam acerca do tema. Link para acesso ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=YYopmwFbpvk
AVALIAÇÃO
	A avaliação se dará de forma contínua em caráter formativo, observando durante as aulas, a participação dos alunos e como ela se dá, o processo de evolução e compreensão do conteúdo, estimulando-os a fazerem perguntas e questionamentos referentes ao tema e ao texto apresentado no decorrer do processo, e havendo necessidade adequar e ajustar a metodologia aplicada corrigindo possíveis deficiências. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
6
O desenvolvimento desta Proposta Didática, revelou-se extremamente gratificante e positiva pelo seu caráter amplamente pedagógico que oportuniza aplicabilidade efetiva em sala de aula dos conceitos semióticos como uma conveniente ferramenta auxiliar à ser utilizada durante as aulas de leitura e compreensão textual, propiciando um mergulho no sentido e na profundidade do texto, aguçando a capacidade de percepção dos inúmeros aspectos textuais e com isso, construindo e viabilizando um leitor consciente, atuante, crítico e apreciador da leitura.
REFERÊNCIAS
BARROS, D. L. P. de. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Ática, 2008.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. 4. Ed. São Paulo: Ática, 2008
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2005.
GREIMAS, A. J.; COURTÉS, J. Dicionário de semiótica. São Paulo: Contexto, 2008.
LOTMAN, I. M. Sobre o problema da Tipologia da Cultura. In: SCHNAIDERMAN, Boris. (Org.). Semiótica Russa. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.
Orlandi, E.P. Discurso e Leitura. 7ª ed. – São Paulo: Cortez, 2006.
PEIRCE, Charles Sanders (2005). Semiótica. São Paulo: Perspectiva.
SANTAELLA, Lúcia (2004). O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense
VIEIRA, José Luandino. “A fronteira de asfalto”. In: A cidade e a infância: contos. São Paulo: Companhia das Letras: 2007. Disponível em: <https://bit.ly/2PLtNdI>. Acesso em: 05 Maio. 2019. (Anexo 1)
EBONY and Ivory (Tradução). SALLES, L.J. 3’59’’. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=YYopmwFbpvk>. Acesso em: 08 de maio de 2019.
MORAES, Jorge Viana de. Estrutura da Narrativa – O Percurso Gerativo Do Sentido. UOL. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/estrutura-da-narrativa-o-percurso-gerativo-do-sentido.htm>. Acesso em: 06 de maio de 2019.
PROJEÇÕES discursivas. Greimas. Disponível em: <http://greimasfacopp.weebly.com/>. Acesso em: 06 de maio de 2019.
VASCONCELOS, Edjar Dias de. O que é semiótica. Recanto das Letras, 2019. Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-cultura/6575073>. Acesso em: 07 de maio de 2019.
ANEXO I

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