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Autor: Kevin Willys 
 
Histologia do Testículo 
 Túnica albugínea: uma grossa cápsula de 
tecido conjuntivo denso que envolve cada testículo. 
Ela é espessada na superfície dorsal dos testículos 
para formar o mediastino do testículo, do qual 
partem septos fibrosos. Esses septos penetram o 
testículo, dividindo-o em aproximadamente 250 
compartimentos piramidais chamados lóbulos 
testiculares. 
 
 Geralmente há intercomunicação entre os 
lóbulos. Cada lóbulo é ocupado por 1 a 4 túbulos 
seminíferos rico em vasos sanguíneos e linfáticos, 
nervos e células intersticiais (células de Leydig). 
 Túbulos seminíferos: produzem células 
reprodutoras masculinas. 
 Células de Leydig: secretam andrógeno 
testicular. 
 Túnica vaginal: consiste em uma camada 
parietal exterior e uma camada visceral interna, que 
recobrem a túnica albugínea nas porções laterais e 
anterior do testículo. 
Túbulos seminíferos 
 Os espermatozoides são produzidos nos 
túbulos seminíferos, que são túbulos enovelados. O 
comprimento combinado dos túbulos de um 
testículo de 250m. 
 Os túbulos estão dispostos em alças, e suas 
extremidades se continuam com curtos tubos 
conhecidos por túbulos retos. 
 Os túbulos retos ligam os túbulos 
seminíferos à rede testicular, um labirinto de canais 
anastomosados em forma de rede. 
 Em continuação, os ductos eferentes 
conectam a rede testicular ao início da porção 
seguinte do sistema de ductos – ducto do 
epidídimo. 
Túnica albugínea → Mediastino do 
testículo → Lóbulo testicular → Túbulos 
seminíferos → Túbulos retos → Rede testicular → 
Ductos eferentes → Ducto do epidídimo → 
Epidídimo. 
A parede dos túbulos seminíferos é formada 
por várias camadas de células denominadas epitélio 
germinativo ou epitélio seminífero. 
 
O epitélio seminífero é formado por duas 
populações distintas de células: 
Células de Sertoli. 
Linhagem espermatogênica: sua função é 
produzir espermatozoides. 
 
Células de Sertoli 
 Células piramidais, elementos essências 
para produção de espermatozoides. 
 São unidas por junções ocludentes 
encontradas nas suas paredes basolaterais, 
formando uma barreira chamada barreira 
hematotesticular. 
 Funções da célula: Suporte, proteção e 
suprimento nutricional dos espermatozoides em 
desenvolvimento. 
 Fagocitose: fragmentos de citoplasma são 
fagocitados e digeridos por células de Sertoli. 
 Secreção: secretam continuamente nos 
túbulos seminíferos um fluido que é transportado 
Autor: Kevin Willys 
na direção dos ductos genitais e é usado para 
transporte de espermatozoides. A secreção da 
proteína ligante de andrógeno ABP pelas células de 
Sertoli é controlado por hormônio FSH e por 
testosterona, servindo para concentrar testosterona 
nos túbulos seminíferos, onde é necessária para 
estimular a espermatogênese. Células de Sertoli 
podem converter testosterona em estradiol e 
também secretam um peptídeo chamado inibina, 
que suprime a síntese e a liberação de FSH na 
hipófise. 
 Produção do hormônio antimulleriano: é 
uma glicoproteína que age durante o 
desenvolvimento embrionário para promover a 
regressão dos ductos de Muller em fetos do sexo 
masculino e induzir o desenvolvimento de 
estruturas derivadas dos ductos de Wolf. 
 Barreira hematotesticular: as junções 
ocludentes entre as células de Sertoli formam uma 
barreira à passagem de moléculas grandes pelo 
espaço entre elas. Assim, as células de etapas mais 
avançadas da espermatogênese são protegidas de 
substancias do sangue, de agentes nocivos e 
provavelmente de reconhecimento imunológico 
por linfócitos. 
Fatores que influenciam a espermatogênese 
 Hormônios: FSH age nas células de Sertoli 
promovendo a síntese e a secreção de proteína 
ligante de andrógeno-ABP. LH age nas células 
intersticiais, estimulando a produção de 
testosterona. 
 Células intersticiais → Testosterona → 
Túbulo seminífero → Se combina com a ABP. 
 Importante para manter alta [testosterona] 
no túbulo seminífero para estimular a 
espermatogênese. 
 
 Temperatura: a temperatura dos testículos 
é de aproximadamente 35ºC. Um rico plexo venoso 
(o plexo pampiniforme) envolve as artérias dos 
testículos e forma um sistema contracorrente de 
troca de calor, que é importante para manter a 
temperatura testicular. 
 Outro fator é a evaporação de suor da pele 
da bolsa escrotal. 
 A contração de músculos cremastéricos do 
cordão espermático que tracionam os testículos em 
direção aos canais inguinais, nos quais a sua 
temperatura pode ser ↑. 
 Outros fatores: desnutrição, alcoolismo e 
várias substâncias levam a alterações nas 
espermatogônias, causando ↓ na produção de 
espermatozoides. Irradiações (p. ex, raios X) e sais 
de cádmio são bastante tóxicos para as células da 
linhagem espermatogênica, causando a morte 
dessas células e esterilidade nos indivíduos 
acometidos. 
Fisiologia dos Hormônios 
Gonadotropos 
Estrutura dos testículos 
As gônadas masculinas são os testículos, 
sua função é espermatogênese e secreção de 
testosterona. É mantido a 35ºC a 36ºC. 
 80% dos testículos são compostos por 
túbulos seminíferos, que produzem o sêmen. O seu 
epitélio consiste em: espermatogônias, 
espermatócitos e células de Sertoli. 
 Células de Sertoli: (1) fornecem nutrientes 
para a diferenciação dos espermatozoides. (2) 
formam junções oclusivas, criando uma barreira 
entre os testículos e a circulação sistêmica, barreira 
hemato-testicular. A barreira permite a 
permeabilidade seletiva, permitindo a entrada de 
testosterona, mas proibindo substâncias que 
poderiam danificar o desenvolvimento dos sptzs. 
(3) secreta fluido aquoso para o lúmen dos túbulos 
seminíferos, que ajuda a transportar os sptzs ao 
longo dos túbulos para o epidídimo. 
 O 20% restante é formado por tecido 
conjuntivo intercalado com células de Leydig. 
Autor: Kevin Willys 
 A função da célula de Leydig é sintetizar e 
secretar testosterona, o hormônio esteroide sexual 
masculino. Tem efeito parácrino (local), que 
sustenta a espermatogênese nas células de Sertoli, 
e efeito endócrino, nos outros órgãos-alvo (p. ex., 
musculatura esquelética e próstata). 
Espermatogênese 
 
Armazenamento do esperma, ejaculação e 
função das glândulas sexuais acessórias 
 Os sptzs deixam os testículos por ductos e 
migram para o epidídimo, que é primeiro local para 
a maturação e estocagem dos sptzs (vários meses). 
 Durante a excitação sexual, contrações na 
musculatura lisa, ao redor dos ductos empurram o 
esperma do epidídimo. Na ejaculação, os sptzs são 
expelidos para o ducto deferente e, então para a 
uretra. 
 Sptzs → Testículos → Ductos retos → 
Epidídimo → Ducto deferente → Uretra. 
 
 Glândulas seminais: secretam fluido rico 
em frutose, citrato, prostaglandinas e fibrinogênio. 
Como o ducto deferente lança o esperma para o 
ducto ejaculatório, cada vesícula seminal contribui 
com suas secreções que, também, serão nutritivas 
para o esperma ejaculado. 
 Próstata: adiciona sua secreção ao 
ejaculado, solução aquosa e leitosa rica em citrato, 
cálcio e enzimas. É ligeiramente alcalina, o que 
aumenta a mobilidade dos sptzs e auxilia na 
fertilização, por neutralizar as secreções ácidas do 
ducto deferente e da vagina. 
 Capacitação: é o processo em que os 
fatores inibitórios do fluido seminal são 
eliminados, o colesterol é removido da membrana 
do sptzs e as proteínas da superfície são 
redistribuídas. O influxo do cálcio, para os sptzs, ↑ 
a sua motilidade, e a locomoção dos sptzs passa a 
ser do “tipo chicote”. A capacitaçãoresulta na 
reação acrossômica, na qual a membrana 
acrossômica se funde com a membrana externa do 
espermatozoide. Essa fusão cria poros pelos quais 
enzimas hidrolíticas e proteolíticas podem escapar 
do acrossoma. 
Síntese e secreção de testosterona 
 A testosterona, o principal hormônio 
androgênico, é sintetizada e secretada pelas células 
de Leydig dos testículos. Os testículos têm enzima 
adicional, a 17β-hidroxiesteroide desidrogenase, 
que converte a androstenediona em testosterona. 
 
 A testosterona não é ativa em todos os 
tecidos-alvo androgênicos. Em alguns tecidos, a di-
Autor: Kevin Willys 
hidrotestosterona é o androgênio ativo. Nesses 
tecidos, a testosterona é convertida a di-
hidrotestosterona pela enzima 5α-redutase. 
Regulação dos testículos 
 As duas funções dos testículos, 
espermatogênese e secreção de testosterona, são 
controladas pelo eixo hipotálamo-hipófise. O 
hormônio hipotalâmico é o hormônio liberador de 
gonadotrofinas (GnRH), e os hormônios da adeno-
hipófise são o hormônio folículo estimulante (FSH) 
e o hormônio luteinizante (LH). 
 
 GnRH: secretado pelos neurônios 
hipotalâmicos do núcleo arqueado. Durante o 
período reprodutivo a secreção de GnRH é pulsátil 
e conduz em paralelo o padrão secretório pulsátil 
de FSH e LH a partir da adeno-hipófise. 
 FSH e LH: produzidos pelas gonadotrofos, 
estimulam os testículos a realizar suas funções 
espermatogênica e endócrina. O FSH estimula a 
espermatogênese e a função da célula de Sertoli. O 
LH estimula as células de Leydig a sintetizarem 
testosterona pelo ↑ da atividade da enzima 
desmolase. Assim, a função do LH, nos testículos, 
é paralela à função do ACTH no córtex suprarrenal: 
ambos estimulam a primeira etapa da via 
esteroidogênica. 
Ações dos androgênios 
 Em alguns tecidos-alvo, a testosterona é o 
hormônio androgênico ativo. Em outros tecidos-
alvo, a testosterona deve ser ativada a di-
hidrotestosterona por ação da 5α-redutase. 
 
Maturação dos Espermatozoides 
 Os sptzs recém-ejaculados são incapazes de 
fecundar um oócito. Os sptzs devem passar por um 
período de condicionamento, ou capacitação, que 
dura aproximadamente 7 horas. 
 Durante esse período, uma cobertura 
glicoproteica e de proteínas seminais é removida da 
superfície do acrossoma do sptzs. 
 Os sptzs capacitados não mostram 
alterações morfológicas, mas eles são mais ativos. 
A capacitação ocorre enquanto eles estão no útero 
ou na tuba uterina pela ação de substâncias 
secretadas por essas regiões. 
 Quando os sptzs capacitados entram em 
contado com a corona radiata que envolve o oócito 
secundário, eles passam por alterações moleculares 
complexas que resultam no desenvolvimento de 
perfurações no acrossoma. As mudanças induzidas 
pela reação acrossômica estão associadas à 
liberação de enzimas da vesícula acrossômica que 
facilitam a fecundação, incluindo a hialuronidase e 
a acrosina. 
Termos desconhecidos 
 Oligospermia: secreção insuficiente de 
esperma. Menos de 15 Mi de sptzs por mL de 
sêmen, e se < 2 Mi, é considerada severa. 
 Causas: inflamação dos testículos (ação de 
vírus/bactérias) // cueca muito apertada // estresse 
// alimentação incorreta e/ou irregular // consumo 
abusivo de álcool/drogas // uso de anabolizantes 
 Varicocele: doença que atinge aos vasos 
sanguíneos da região dos testículos. A região sofre 
um ↑ considerável de temperatura. Como 
consequência, o órgão não consegue manter a sua 
produção de gametas de modo adequado. 
 
 
Autor: Kevin Willys 
Referências 
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia 
Básica: texto e atlas. 12 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013. 
COSTANZO, L. S. Fisiologia. 5 ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2014. 
MOLINA, P. E. Fisiologia Endócrina. 4 ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2014. 
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, 
M. G. Embriologia Clínica. 10 ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2016. 
UENO, J. O que é Oligospermia? Pode 
engravidar?. GERA Restauração da Fertilidade. 
Disponível em: <https://clinicagera.com.br/oligospermia/>. 
Acesso em: 11 set, 2019.

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