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Hormônios Sexuais Masculinos Espermatogênese - Ocorre nos túbulos seminíferos; - Resultado da estimulação pelos hormônios gonadotróficos (hipófise anterior); - Começa, aproximadamente, aos 13 anos e vai reduzindo na velhice; - Na formação do embrião, as células germinativas primordiais migram para os testículos e se tornam espermatogônias (células germinativas imaturas); - A espermatogônia que cruza a barreira até a camada das células de Sertoli e, progressivamente, modificada e alargada, para formar os grandes espermatócitos primários; - Eles passam por divisão meiótica formando 2 espermatócitos secundários; - Poucos dias depois se dividem, formando espermátides que são modificadas, transformando-se em espermatozoides (esperma); - Todo o período da espermatogênese dura, aproximadamente, 74 dias. - O esperma normal se move em um meio líquido com velocidade de 1 a 4 mm/min; Fatores Hormonais que Estimulam a Espermatogênese - Hormônio Luteinizante (LH): Secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Leyding a secretar testosterona; - Testosterona: Secretada pelas células de Leyding, localizadas no interstício do testículo, serve para o crescimento e a divisão das células germinativas testiculares, que se constituem no primeiro estágio da formação do esperma (espermatogênese); - Hormônio Folículo-Estimulante (FSH): Secretado pela hipófise anterior e estimula as células de Sertoli, sem isso, a conversão das espermátides em espermatozoides (espermiogênese) não ocorre; - Estrogênios: Formado a partir da testosterona pelas células de Sertoli, quando estimuladas pelo FSH, são provavelmente também essenciais a espermiogênese; - Hormônio do Crescimento: Assim como a maioria dos outros hormônios do organismo, é necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos. O GH, especificamente, promove a divisão precoce das espermatogônias (em anões hipofisários (ausência de GH), a espermatogênese é severamente deficiente ou ausente, causando infertilidade). Maturação do Espermatozoide no Epidídimo - Requer muitos dias para passar dos túbulos seminíferos ao túbulo do epidídimo; - O espermatozoide quando estão nos túbulos seminíferos e nas porções iniciais do espermatozoide não é móvel e não pode fertilizar o óvulo; - Após permanecer por 18 a 24 horas, ele desenvolve a capacidade de mobilidade, porém, tem algumas proteínas no líquido epidimário que ainda inibem a mobilidade final até depois da ejaculação; - Os 2 testículos produzem até 120 milhões de espermatozoides por dia; - A maioria é estocada no epidídimo e pequena quantidade no canal deferente; - A estocagem pode durar por um mês, e com atividade sexual e ejaculações regulares, a armazenagem dura apenas alguns dias; - Após a ejaculação, tornam-se móveis e capazes de fertilizar o óvulo – Maturação; - As células de Sertoli e o epitélio do epidídimo secretam líquido nutriente com hormônios (incluindo testosterona e estrogênio), enzimas e nutrientes especiais, essenciais para a maturação, ejaculado junto com os espermatozoides; - Quando ejaculado, só dura de 1 a 2 dias, no trato genital feminino. Função das Vesículas Seminais - Tubo tortuoso, revestido de epitélio secretor; - Secreta material mucoso contendo frutose, ácido cítrico, prostaglandinas (reage com o muco cervical feminino e induz contrações no útero e trompas movendo os espermatozoides em direção aos ovários), fibrinogênio etc.; - Coagulação do sêmen; - Durante a emissão e ejaculação, cada vesícula seminal esvazia seu conteúdo no ducto ejaculatório, imediatamente após o canal deferente ter secretado os espermatozoides; - Último a ser ejaculado e serve para arrastar os espermatozoides ao longo do ducto ejaculatório e da uretra. Função da Próstata - Secreta líquido fino, leitoso, que contém cálcio, íon citrato, íon fosfato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina; - Levemente alcalino (ajuda a neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais e, assim, aumenta a mobilidade e fertilidade do espermatozoide); - As secreções vaginais também são ácidas (pH de 3,5 a 4,0); - Contrai simultaneamente ao ducto deferente, de modo que o líquido fino e opaco da próstata seja adicionado ao sêmen. Sêmen - Líquido e espermatozoides do canal deferente (10%), líquido das vesículas seminais (60%), líquido da próstata (30%) e pequenas quantidades de líquido das glândulas mucosas, como das glândulas bulbouretrais; - pH médio de 7,5; - Os espermatozoides, após ejaculados no sêmen, duram apenas de 24 a 48 horas, à temperatura corporal. Capacitação dos Espermatozoides - Mesmo maduro quando deixam o epidídimo, são incapazes de fertilizar o óvulo, no entanto, ao entrar em contato com os líquidos do trato genital feminino, ocorrem múltiplas mudanças para os processos finais de fertilização; - Essas alterações são a capacitação do espermatozoide, que requer de 1 a 10 horas; - Algumas mudanças: Os líquidos das trompas de Falópio e do útero eliminam os vários fatores inibitórios que suprimem a atividade dos espermatozoides nos ductos genitais masculinos; Nos ductos genitais masculinos, são expostos a vesículas dos túbulos seminíferos, com grande quantidade de colesterol, que vai cobrir o acrossomo, impedindo a liberação de suas enzimas. Após a ejaculação, afasta-se das vesículas de colesterol na cavidade uterina; A membrana dos espermatozoides fica também muito mais permeável aos íons cálcio, dando a ele potente movimento de chicote. Enzimas do Acrossomo e Penetração do Óvulo - O esperma deve dissolver camadas de células granulosas do óvulo e, então, penetrar na zona pelúcida do óvulo; - Para isso ocorrer, são necessárias enzimas estocadas no acrossomo, principalmente as proteolíticas; - Enzimas proteolíticas: Digerem proteínas nos elementos estruturais teciduais que ainda aderem ao óvulo; - Enzimas hialuronidase: Despolimeriza os polímeros do ácido hialurônico no cimento intercelular que mantém juntas as células granulosas ovarianas; - Em 30 min, as membranas celulares da cabeça do espermatozoide e do oócito se fundem, formando uma só célula; - Os materiais genéticos se combinam e formam um genoma celular novo, esse é o processo de fertilização. Ato Sexual Masculino - Resulta de mecanismos reflexos inerentes, integrados na medula espinal sacral e lombar, podendo ser iniciados por estimulação sexual real e/ou estimulação psíquica. Estímulo Neuronal - A glande do pênis é a fonte mais importante de sinais sensoriais neurais que transmite a sensação sexual para o SNC; - Esses sinais vão do nervo pudendo, pelo plexo sacral na medula espinal e ascendem pela medula para áreas não definidas do cérebro; - Os impulsos podem entrar na medula espinal a partir de áreas adjacentes ao pênis, como epitélio anal, saco escrotal, estruturas internas, tais como uretra, bexiga, próstata, dentre outras. Elemento Psíquico - O pensamento ou sonhos podem aumentar a capacidade de realizar o ato sexual ou, até mesmo, culminar em ejaculação; - “Sonhos úmidos” ocorrem em muitos homens, especialmente durante a adolescência. Estágios do Ato Sexual Masculino Ereção Peniana: - Primeiro efeito do estímulo sexual; - Proporcional ao grau de estimulação (psíquico ou físico); - Causada por impulsos parassimpáticos que passam da região sacral da medula espinal pelos nervos pélvicos para o pênis; - Liberam óxido nítrico e/ou peptídeo intestinal vasoativo, além da acetilcolina; - O tecido erétil do pênis consiste em grandes sinusoides cavernosos que, normalmente, não contêm sangue, mas se tornam muito dilatados quando o fluxo sanguíneo arterial flui para ele sob pressão, e a saída venosa é parcialmente ocluída; - Os corpos eréteis também são envolvidos por camada fibrosa espessa, especialmente os dois corpos cavernosos dorsalmente. Lubrificação: - Parassimpática; - Secreção mucosa pelas gland. uretrais e bulbouretrais; - Mas a maior parte da lubrificação vem da mulher. Emissão e ejaculação: - Função dos nervos simpáticos; - Quando o estimula sexual fica intenso, os centros reflexos da medula espinal começam a emitir impulsos simpáticos que deixam a medula, pelos níveis T12 a L2 e passam para os órgãos genitais por meio dos plexos nervosos simpático hipogástrico e pélvico – Início da emissão precursora da ejaculação; - Contração do canal deferente e da ampola promovendo expulsão dos espermatozoides para a uretra; - Mistura dos líquidos prostático e das vesículas seminais também para uretra; - Se misturam com o muco já secretado pelas glândulas bulbouretrais, formando o sêmen, na uretra; - Até aí o processo é chamado de emissão; - O processo final de contações rítmicas e ondulatórias ejaculam o sêmen da uretra para o exterior. É a ejaculação; - Emissão + ejaculação = Orgasmo masculino; - Em 1 a 2 minutos a ereção cessa e a excitação desaparece, processo chamado resolução. Hormônios Sexuais Masculinos Testículos → Secretam androgênios → Incluindo testosterona, di-hidrotestosterona e androstenediona - Androgênio: Qualquer hormônio esteroide com efeitos masculinizantes; - A testosterona é mais abundante, embora nos tecidos- alvo seja convertido no hormônio mais ativo, a di- hidrotestosterona; - Testosterona formada pelas células de Leyding (20% da massa dos testículos adultos, entre os túbulos seminíferos); - Essas células são numerosas nos testículos do recém- nascido e no homem adulto pós puberdade, e praticamente inexistentes nos testículos durante a infância (época em que os test. não secretam testosterona); - Essas células não são de fácil de destruição, por tratamentos com raios X ou calor excessivo, por exemplo; - 97% da testosterona se liga fracamente à albumina plasmática ou liga-se, mais fortemente, a uma betaglobulina (globulina ligada ao hormônio sexual) para circular no sangue; - A testosterona que não se fixa nos tecidos é rapidamente convertida, principalmente pelo fígado, em androsterona e desidroepiandrosterona e, simultaneamente, conjugada com glicuronídeos ou sulfatos; - Excretas pelo intestino, por meio da bile, ou na urina, pelos rins. Funções da testosterona: - Responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino; - Durante a vida fetal, os testículos são estimulados pela gonadotropina coriônica humana (hCG), proveniente da placenta, a produzir quantidades moderadas de testosterona pelo período fetal e por 10 semanas ou mais após nascer; - Param de produzir durante a infância, até cerca de 10 a 13 anos de idade; - Aumenta sob estímulo dos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior, no início da puberdade até começar a diminuir após 50 anos, caindo para 20% a 50% aos 80; - Desenvolvimento fetal: Cromossomo com SRY (gene da região determinante do sexo no Y) → Codifica o fator de determinação testicular/proteína SRY → Células do tubérculo/crista genital se diferenciam em células que secretam testosterona → Formação de testículos; - Formação também da próstata, vesículas seminais e dos ductos genitais masculinos; - Age na descida dos testículos para o saco escrotal (2 a 3 meses de gestação); - Faz com que o pênis, o saco escrotal e os testículos aumentem de tamanho (aprox. 8 vezes antes dos 20 anos) – Características sexuais primárias; Características sexuais secundárias - Distribuição dos pelos corporais; - Padrão da calvície masculina (reduz cresc. de cabelos no topo da cabeça); - Efeitos na voz (hipertrofia na mucosa laríngea e alargamento da laringe); - Aumenta a espessura da pele de todo o corpo e a rigidez dos tecidos subcutâneos; - Aumenta a secreção de algumas glândulas sebáceas (acne) – Após alguns anos de exposição ao hormônio a pele se adapta, superando a acne; - Aumento da massa muscular, associado à elevação da quantidade de proteínas também em regiões não musculares do corpo; - Aumenta a matriz óssea e induz a retenção de cálcio (resposta da ação no anabolismo proteico); Pequenas quantidades estrogênio são formadas no homem, porém, não é totalmente esclarecida qual a fonte exata, mas sabe-se: - A concentração de estrogênio no líquido dos túbulos seminífero é alta e deve ter papel importante na espermiogênese. Acredita-se ser formado pelas células de Sertoli, pela conversão de testosterona em estradiol; - Quantidades muito maiores são formadas a partir da testosterona e do androstanediol em outros tecidos, principalmente fígado, respondendo por mais de 80% da produção total masculina de estrogênio. - Aumenta a taxa metabólica basal (anabolismo proteico, ↑ proteínas, ↑ atividade de todas as células); - Aumento de hemácias; - Efeito no equilíbrio hídrico e eletrolítico (aumenta reabsorção de sódio nos túbulos distais). Mecanismo de ação intracelular da testosterona: - A maioria das funções da testosterona resulta do aumento da formação de proteínas nas células-alvo; - Estimula síntese de proteínas em todo o corpo, praticamente, mas tem efeito maior nos tecidos ou órgãos responsáveis pelo desenvolvimento das caract. sexuais masculinas primárias e secundárias; - Estudo sugerem que ela exerce efeito rápido não genômicos, mas ainda não estabelecidos. Eixo hipotálamo-hipófise: - Hipotálamo secreta GnRH (Hormônio liberador de gonadotropina); - Estimula a hipófise anterior a secretar os hormônios gonadotrópicos: Luteinizante (LH) e Folicoestimulante (FSH), pelas células gonadotropos; - LH: Estímulo primário para secreção de testosterona pelos testículos; - FSH: Estimula principalmente a espermatogênese. - Inibina: Hormônio secretado pelas células de Sertoli que faz feedback negativo para o controle da espermatogênese e, em paralelo, para o controle da secreção de testosterona. OBS.: Climatério masculino: - Redução da função sexual; - Associado a onda de calor, sufocação e distúrbios psíquico, semelhantes aos sintomas da menopausa feminina.; - Podem ser abolidos pela administração de testosterona, androgênios sintéticos ou mesmo de estrogênios (usados para o tratamento dos sintomas na mulher).
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