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UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ CURSO DE FISIOTERAPIA Professora: Lisiane Lisboa Carvalho Acadêmicas: Alicia Josiele Klafke Ana Clara Machado Mayer Flávia de Oliveira Regio Gabrielle Baumhardt Rodrigues Luanna Carolina Soares FISIOTERAPIA EM OSTEOPATIA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DE FISIOTERAPIA 2018 O QUE É OSTEOPATIA? A Osteopatia é uma especialidade da Fisioterapia em que o fisioterapeuta utiliza as mãos como ferramenta de trabalho, e tem diagnóstico próprio agregado ao de um médico. Essa terapia procura tratar a mecânica corporal através de técnicas específicas para cada tipo de tecido (músculos, ligamentos, vísceras, articulações, tendões, etc.). Várias são as ferramentas de tratamento que o Osteopata pode utilizar. Entre elas estão a mobilização articular, a manipulação articular, as técnicas para pontogatilho, as técnicas viscerais e cranianas, entre outras. • A osteopatia é baseada em três princípios filosóficos de Andrew T. S., são eles: 1. O corpo produz as suas próprias substancias curativas 2. A saúde depende da integridade estrutural 3. A estrutura viciosa é a causa fundamental da doença Através do seu uso profissional tem como objetivo trazer o equilíbrio ao corpo do paciente, para que o mesmo tenha condições de se defender durante o processo patológico. Assim, o osteopata busca durante o tratamento, favorecer o processo de cura que é algo inato do corpo. • PRINCIPAIS OBJETIVOS DA OSTEOPATIA: 1. Diagnosticar diferencialmente, tratar e prevenir os distúrbios neuromusculoesqueleticos e outras alterações relacionadas. 2. Tratar, através de um trabalho global das cadeias lesionais ascendentes e descendentes. 3. Promover o reequilíbrio das funções do organismo 4. Utilizar várias técnicas manuais e outras necessárias para a regulação da homeostase. A osteopatia é um tratamento que surgiu nos EUA, cujo criador foi Andrew Taylor Stil. É definida como uma abordagem diagnostica terapêutica e palpatória que enfatiza a sua ação centrada no paciente, ao invés do sistema convencional centrado na doença. No Brasil a osteopatia iniciou em 1989, cerca de um século depois da fundação da Escola Americana de Osteopatia, nos EUA, sendo cada vez mais reconhecido, inclusive pelos ótimos resultados proporcionais aos atletas de alto nível, entre outros. Por utilizar técnicas manuais não invasivas, é indicada para qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e quadro evolutivo, e para uma variedade de patologias desde musculoesqueléticas ate viscerais, inclusive emocionais. • A mobilização articular consiste em movimentos lentos e rítmicos, já a manipulação articular consiste num movimento rápido e curto. Ambas têm como objetivo aumentar a amplitude de movimento articular, estimular mecanoceptores, gerar analgesia e relaxamento muscular. A mobilização pode ser realizada em diversos graus, cada um com objetivo específico. • Para os pontos gatilhos a Osteopatia possui diversas técnicas, que agem sobre esta disfunção de diferentes maneiras, como por exemplo: trabalhando sobre a fáscia muscular ou diretamente sobre o ponto mais tenso (gatilho). • Nas técnicas viscerais, o bom funcionamento sistêmico do corpo, as relações entre as vísceras, sistema nervoso central e sistema estrutural estão sendo visadas. Existe sincronia e movimento entre todos os órgãos e suas estruturas, quando essa sincronia está perturbada é que teremos uma disfunção de Osteopatia Visceral. • Técnicas Cranianas: consistem em liberar restrições do sistema craniossacral e seus componentes, dissipando os efeitos negativos do estresse, facilitando o processo de recuperação do próprio corpo (principio da autocura). Também consistem em amenizar os sintomas de cefaléias (dores originadas na estrutura do crânio). TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO A primeira consulta de Osteopatia comporta um exame completo: anamnese, palpação, inspecção, territórios cutâneos nervosos, etc. Depois, o exame osteopático vai evidenciar todas as alterações mecânicas do aparelho locomotor, essencialmente na pelve e na coluna vertebral. Após essa avaliação cuidadosa, precisa, completa e global, o osteopata tenta estabelecer as cadeias lesionais do paciente. Por exemplo, da entorse do tornozelo até a dor do pescoço pode intercalarse uma série de desequilíbrios e lesões ostepáticas sedimentadas pelo tempo. Tratar essas lesões e esses desequilíbrios será, no caso, a chave do tratamento do pescoço. Uma consulta dura 50 minutos, com a presença constante do osteopata, tempo necessário para utilizar todos os recursos terapêuticos, obter um efeito nos tecidos moles periarticulares, sedar a dor e adaptarse ao paciente, pois cada caso é um caso. TÉCNICAS DE TRATAMENTO O osteopata utiliza uma técnica específica para cada tecido (osso, ligamento, músculo, víscera) a partir das constatações feitas no exame preliminar. Existem duas grandes famílias de técnicas manuais: Estruturais: Que, por exemplo, corrigem uma disfunção vertebral com uma técnica de thrust de pequena amplitude e de alta velocidade; efetuam decoaptações articulares axiais leves chamadas pompage,; ou que alongam um músculo espasmado com uma técnica de stretching rítmico, entre outros. Funcionais: que por exemplo tratam uma compressão nervosa ou vascular com a técnica dos pontos gatilhos de Jones. Além delas, podese destacar as técnicas estruturais de articulação baseadas na construção de alavancas adaptadas e as neuromusculares de Stanley Lief, muito úteis para harmonizar as tensões faciais. AUTORIZAÇÃO DE IMAGEM DOENÇA DO REFLUXO GASTROEXOFÁGICO A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele, acarretando variável espectro de sintomas e/ou sinais esofágicos e/ou extra esofágicos, associados ou não a lesões teciduais. No Brasil estimase que aproximadamente 12% da população apresente sintomas desta afecção. Em alguns casos, o tratamento da doença tem custo elevado e o paciente pode apresentar efeitos colaterais do tratamento medicamentoso. Outro problema é a refratariedade quando o paciente continua sintomático mesmo estando em uso de medicamento. Propostas de tratamentos alternativos ou complementares têm sido aventadas, e entre eles o osteopático se destaca. AVALIAÇÃO/ MÉTODOS O presente trabalho é um estudo clínico de intervenção e longitudinal. A amostra foi composta por 16 pessoas, sendo que dois pacientes abandonaram e 14 concluíram o estudo, totalizando 168 horas de tratamento osteopático. Os participantes refratários ao tratamento clínico convencional foram selecionados por um único gastroenterologista, e tinham diagnóstico confirmado de DRGE através de exames específicos. Os critérios de exclusão foram: menores de 18 anos, cirurgias prévias de estômago e esôfago, complicações da DRGE (úlcera ou estenose esofágica) ou alterações de cognição que impedissem a compreensão dos procedimentos propostos. Todos os participantes foram solicitados e orientados a ler e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os tratamentos osteopáticos ocorreram na EBOM – Escola Brasileira de Osteopatia, entre novembro de 2011 e março de 2013. Cada um dos participantes foi tratado com uma hora de sessão semanal, perfazendo 12 sessões. TRATAMENTO/TÉCNICAS Nesses atendimentos, os participantes eram submetidos ao diagnóstico e tratamento osteopático, composto por manobras para as estruturas da região esôfagocárdiotuberositária, exemplificadas nas três figuras a seguir. As respostas de cada questionário foram comparadas entre os momentos pré e póstratamento. CONCLUSÃO O tratamento da DRGE tem como objetivo proteger a mucosa do esôfago e, eventualmente, as estruturas respiratórias do contato com os conteúdos gástrico e duodenal, diminuindo os riscos eintensidade das complicações. Considerando que a etiologia da DRGE é multifatorial, existem várias maneiras de tratála, bem como indicativos de benefícios de recursos complementares para o tratamento. O tratamento manipulativo osteopático é um deles. Estudos mostram que a intervenção osteopática no músculo diafragma pode ser benéfica nesse sentido. Observouse uma redução de todos os sintomas de refluxo, sugerindo que a osteopatia teria sido a responsável pelos resultados. Além disso, o questionário provou ser eficiente na análise e para avaliar a evolução do tratamento. O benefício da osteopatia na diminuição dos sintomas da DRGE se dá em parte pela relação de suas manobras com a fisiologia. Esta decorre de um distúrbio do peristaltismo do esôfago ou pela insuficiência do esfíncter inferior daquele órgão em agir como uma barreira antirreflexo, sobretudo na presença de um aumento das pressões intraabdominais. Resumidamente, o relaxamento transitório é um mecanismo fisiológico em resposta à distensão gástrica via reflexo vagal, e em indivíduos com DRGE, a abertura do esfíncter parece ser maior, favorecendo o refluxo patológico e a separação espacial entre o músculo diafragma e o esfíncter inferior do esôfago. BIBLIOGRAFIA • http://www.profala.com/artfisio41.htm • http://fisioterapia.com/osteopatiaumatecnicamanualdetratamentocurto/ • http://www.idot.com.br/osteopatia/osteopatiacraniana.html • http://cbosteopatia.com.br/blog/artigososteopatia/asvariastecnicasutilizadas naosteopatia • https://osteopatia2011.wordpress.com/tecnicasosteopaticas/ • http://www.idot.com.br/osteopatia/osteopatiavisceral.html
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