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3 0-Biomecanica-Aplicada-ao-Esporte

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1 
Biomecânica aplicada ao esporte 
Causa do 
movimento 
Características 
do movimento 
2 
 Linear ou translação 
 
Movimento que ocorre ao longo de uma via 
 curva ou reta 
 
 Angular 
 
Movimento ocorre ao redor de algum ponto em 
diferentes regiões do mesmo segmento 
 corporal ou objeto. 
Biomecânica aplicada ao esporte 
Características do movimento 
3 
 Análise cinemática 
 Relaciona-se com as características do movimento. 
 Examina o movimento a partir de uma perspectiva 
espacial e temporal sem referência com as forças 
que causam o movimento 
 Uma análise cinemática envolve a descrição do 
movimento para determinar qual a rapidez com que 
um objeto está se movendo, qual a altura e a 
distância que ele atinge. 
Biomecânica aplicada ao esporte 
A análise biomecânica pode ser conduzida através de 
duas perspectiva (cinética e cinemática) 
4 
 Análise cinética 
 Área de estudo que examinam as forças que agem 
sobre um sistema 
 A cinética tenta definir as forças que provocam o 
movimento 
Biomecânica aplicada ao esporte 
A análise biomecânica pode ser conduzida através de 
duas perspectiva (cinética e cinemática) 
5 
Biomecânica aplicada ao esporte 
6 
Iniciante 
Experiente 
Competitivo (Pro ou AG) 
Curta distância (até 10 km) 
Média distância (16 km/21 km) 
Longa distância (Maratona) 
Montanha 
Ultra 
Biomecânica aplicada ao esporte 
7 
Biomecânica aplicada ao esporte 
Análise cinemática da marcha 
Marcha 
humana 
Caminhada Corrida 
Biomecânica aplicada ao esporte 
8 
Biomecânica aplicada ao esporte Biomecânica aplicada ao esporte 
Músculos e fases da corrida 
9 
Atividade eletromiográfica da corrida 
Músculos não se encontram ativos o tempo todo. 
Atividade eletromiográfica da corrida 
Pré-atividade muscular  Preparação do segmento 
para controle no início do apoio. 
 
10 
Atividade eletromiográfica da corrida 
Co-contração  atividade de grupos musculares 
com funções opostas. 
Co-contração garante estabilidade articular 
atividade dos músculos que envolvem 
articulação. 
Atividade eletromiográfica da corrida 
Músculos Glúteo máximo, quadríceps e 
Gastrocnêmio atuam em Ciclo Alongamento-
Encurtamento (CAE). 
Propulsão: Contração muscular e Restituição de 
energia elástica. 
11 
Modelo de Hill (1950) 
Cabeça da miosina e TENDÕES 
Responsáveis por armazenar e liberar 
energia potencial elástica 
Tecidos conectivos 
Propriedades 
contráteis do músculo 
O CAE são utilizados em várias ações 
12 
 A energia elástica só é aproveitada quando 
ocorre alongamento do músculo e concomitante 
produção de força (contração). 
 Durante essas ações musculares há a produção 
de trabalho negativo, o qual tem parte de sua 
energia mecânica absorvida e armazenada na 
forma de energia potencial elástica nos 
elementos elásticos em série (Farley, 1997). 
Biomecânica aplicada ao esporte 
 Quando há a passagem da fase excêntrica para 
a concêntrica, rapidamente, os músculos podem 
utilizar esta energia aumentando a geração de 
força na fase posterior com um menor custo 
metabólico. 
 Komi (1986) citou que em duas atividades 
idênticas, onde uma utiliza o CAE, e a outra não, 
o consumo de oxigênio será menor naquela que 
o utilizar (economia de movimento). 
Biomecânica aplicada ao esporte 
13 
 Os tendões são as estruturas mais importante 
para tal (acumulo e transferência da energia 
elástica). 
 Está diretamente ligado ao grau de “stiffness” 
da estrutura tendinosa. 
 Quanto mais elevado (stiffness), maior será o 
acúmulo de energia potencial. 
 “Stiffness” pode ser definido como a resistência 
oposta, pelo complexo músculo-tendão, à 
deformação devido a um alongamento rápido. 
Biomecânica aplicada ao esporte 
 Outros fatores 
Biomecânica aplicada ao esporte 
14 
Passada e passo durante a corrida 
Velocidade da corrida = Comprimento da passada * 
Frequência da passada 
Técnica de corrida 
Velocidades 
mais baixas 
Velocidades 
mais altas 
15 
Técnica de corrida 
Treinados 
Destreinado 
Técnica de corrida 
16 
Técnica de corrida 
Comprimento ótimo = atletas experientes auto-selecionado 
17 
Frequência de passadas 
Consumo de O² 
Técnica de corrida 
Geometria de colocação do pé: 
 Velocidades submáximas  retropé e médio-pé. 
 Velocidades máximas  antepé. 
18 
 A economia é a quantidade de energia 
metabólica gastada em uma dada velocidade ou 
saída de energia. 
 
 Economia de movimento é multifatorial e é 
determinada pelo histórico de treinamento, 
pelas medidas antropométricas, biomecânicas e 
fisiológicas. 
19 
 Um atleta econômico usará menos energia em 
intensidades submáximas e com isso terá 
reservas vitas de carboidratos para os estágios 
finais (sprint final). 
20 
16Km/h 
21 
 O desempenho esportivo de resistência 
depende de uma interação complexa de fatores 
fisiológicos e biomecânicos 
 
 Classicamente medidas de máximo consumo 
de oxigênio (VO²máx) e limiar de lactato (LL) são 
tradicionamente usadas em laboratórios para 
predizer a performance potencial de corredores. 
22 
Economia e avaliações que incluem componentes 
de resistência de força máxima, potência 
durante o máximo consumo de ovigênio 
(vVO²máx) e máxima velocidade de corrida 
anaeróbia (vMVCA), podem ser medidas 
superiores para predição de performance em 
atletas de elite. 
 
 
 
Fatores determinantes para o VO²máx 
23 
Limiar de Lactato 
A máxima fase estável de lactato corresponde à 
mais alta intensidade de esforço que pode ser 
mantida por longo período sem um continuo 
acúmulo do lactato sanguíneo. 
 
É um indicador individualizado de intensidade 
de esforço, o qual corresponde a mais elevada 
intensidade para o treinamento de endurance. 
 
 
 
(BENEKE; HUTLER et al., 2000) 
 
 
Máxima fase estável de lactato (MFEL) 
24 
Máxima fase estável de lactato (MFEL) 
Maior velocidade de 
corrida na qual o lactato 
não aumente por mais de 
1,0 mM entre o 10º e o 
30º minuto. 
 vVO²máx: Velocidade correspondente ao 
VO²máx 
 Tempo limite (tlim): Tempo tolerado na vVO²máx 
25 
26 
Supremacia Africana: Economia de movimento 
27 
Porcentagem de corredores de elite do Quênia 
que ia correndo, andando ou de transporte 
para a escola quando jovens 
28 
A eritropoetina (EPO) 
é uma glicoproteína 
sintetizada pelo rim. 
29 
30 
Perna 
Coxa 
Ante pé 
31 
 Treinamento: 14 semanas 
26 sujeitos (jovens experientes em corrida) 
Grupo 1: Corrida + Treinamento de força (3” 
(isometria) vs 3” (Relaxamento) 
7 X 4 repetições: Exercício = flexão plantar 
Grupo 2: Controle = Somente treino de corrida 
32 
33 
Custo 
energético 
Economia de corrida 
Paavolainen et al. (1999): 
 Controle: treinamento aeróbio + 3% de 
treinamento de potência. 
 Experimental: treinamento aeróbio + 32% de 
treinamento de potência. 
Treinamento de potência: 
 Treinamento de Sprints: (5-10)x(20-100m) 
 Saltos (grande variedade) 
 Treinamento de Força: (leg-press, flexores e 
extensores de joelho), com 0-40% de 1RM 
(velocidade máxima). 
34 
Economia de corrida Economia de corrida 
Principais achados: 
 
 Grupo Experimental: Menor VO² para 4,17 m/s  
movimento mais econômico. 
 Treinamento de potência não promove melhora 
do VO² máximo. 
 Possível alteração de técnica de movimento: 
menor tempo decontato (consequência da 
economia). 
 
35 
36 
Validade do treinamento de força para melhora do 
desempenho da corrida: 
 
 Exercícios: Similares as exigências da corrida 
 Cadeia cinética fechada 
 Multiarticulares (tornozelo, joelho e quadril) 
 
Corredores necessitam de eficiência muscular para 
absorver e utilizar rapidamente a energia 
elástica em cada contato com o solo 
37 
Exercícios 
Agachamentos 
Agachamentos 
com saltos 
Descidas com 
saltos 
Interatividade 
A atividade eletromiográfica dos músculos de membros inferiores 
apresenta uma característica geral determinada. Leia atentamente as 
afirmações a seguir e marque a alternativa correta. 
I. Atividade muscular na corrida apresenta-se em fases, o que significa 
que os músculos não se encontram ativos o tempo todo durante o 
ciclo da passada. 
II. Todos os músculos de membros inferiores apresentam pré-atividade 
muscular, o que significa que a ativação destes músculos se inicia 
alguns instantes antes do início da fase de apoio. 
III. É possível observar co-contração nas articulações do quadril, joelho e 
tornozelo. Essa co-contração visa estabilizar mais as articulações, 
como forma de proteção. 
a) As afirmações I e III estão corretas e a afirmação II está errada. 
b) As afirmações I, II e III estão erradas. 
c) As afirmações I e II estão corretas e a afirmação III está errada. 
d) As afirmações I, II e III estão corretas. 
e) A afirmação I está correta e as afirmações II e III 
estão erradas. 
38 
Resposta 
Alternativa correta “d” 
 As afirmações I, II e III estão corretas. 
Interatividade 
A eficiência do aparelho locomotor na corrida de fundo não pode ser 
apenas definida em função da capacidade cardiorrespiratória do indivíduo, 
pois outra variável é importante ser considerada: a economia de corrida. 
Leia as alternativas a seguir e marque a alternativa incorreta. 
a) O aparelho locomotor produz movimento na corrida por meio do ciclo 
alongamento- encurtamento (CAE). O CAE pode ser treinado por meio 
do treinamento de potência. 
b) A economia de corrida envolve realizar o movimento com o menor 
gasto de energia possível. 
c) A importância do treinamento de potencia está na melhora do VO² 
máximo que este treinamento é capaz de promover. Com isso, a 
condição aeróbia melhora e o rendimento também. 
d) O treinamento de potência traz a vantagem de tornar a corrida mais 
econômica. Isso significa que o corredor será capaz de correr uma 
mesma velocidade, com um consumo de oxigênio menor. 
e) Em decorrência de uma maior economia de corrida, é possível que 
alguma alteração de técnica de movimento ocorra, como por exemplo, 
um menor tempo de contato do pé com o solo. 
39 
Resposta 
Alternativa correta “c” 
 A importância do treinamento de potencia está 
na melhora do VO² máximo que este 
treinamento é capaz de promover. Com isso, a 
condição aeróbia melhora e o rendimento 
também. 
Incidência de lesões em corredores 
40 
2008 2008 
41 
Síndrome do trato iliotibial 
42 
A síndrome do trato iliotibial é uma 
das causas mais comuns da dor 
sentida no lado de fora do joelho. 
JOELHO DO CORREDOR 
Função TIT é a estabilização anterolateral do joelho, 
juntamente ao tendão femoropatelar lateral, que mantém a 
orientação da patela, pois sem eles a patela excursionaria para 
a parte de dentro do joelho 
O Trato Iliotibial (TIT), é uma 
estrutura complexa que se origina na 
parte superior do quadril e se 
estende até a porção inferior do 
joelho. A união dos músculos glúteo 
máximo, médio e tensor da fáscia. 
43 
 Causas (multifatoriais): 
 
 Alteração excessiva no arco plantar (pé cavo ou 
plano) somadas a calçado inadequado 
 Erro nas técnicas de treinamento 
 Erro no treinamento: Aumento rápido de volume 
 Mudança de superfície, irregularidades no terreno, 
como subidas, descidas em excesso e buracos, 
aumentam o atrito do trato iliotibial e podem causar 
a lesão 
Síndrome do trato iliotibial 
44 
Alongamento do trato 
Iliotibial 
3 X 20” em cada perna 
 Força dos abdutores 
 
Caminha lateral para 
frente e para trás 
45 
 Força (controle 
excêntrico): Unilateral 
 
Direção: Posterior – 
medial = Força 
excêntrica de 
extensores do joelho e 
abdutores do quadril 
(glúteos médio) 
 Estrela 
 Força (controle 
excêntrico) unilateral e 
equilíbrio 
 
 Força excêntrica e 
estabilizadores do 
quadril. 
46 
Valgo dinâmico 
47 
48 
49 
Exercícios para estabilização de quadril e 
joelho 
Calçados para corrida 
50 
 Economia de movimento. 
 Melhora da performance. 
 Absorção de impacto. 
 Redução do risco de lesões. 
 
Calçados para corrida Melhora de rendimento 
 Redução do gasto energético: Peso do calçado. 
51 
52 
53 
Introdução 
 Década de 80: Maior interesse pela corrida como 
atividade física ou esportiva. 
 Aumento nos índices de lesões. 
 2 em 3 corredores apresentam algum tipo de 
lesão, no prazo de 1 ano. 
 Algumas funções do calçado de corrida: 
 Controle do choque mecânico. 
 Otimizar o rendimento. 
Absorção de impacto 
Carga mecânica vs. 
Carga biomecânica 
54 
 Carga mecânica: Magnitude da carga transferida 
(força de reação do solo) ao calçado 
 Carga biomecânica: Magnitude da carga 
transferida do solo (força de reação do solo) ao 
aparelho locomotor 
 Estudos: Influência da densidade do material 
utilizado na entressola. 
Controle do choque mecânico Controle do choque mecânico 
55 
Controle do choque mecânico Absorção de impacto 
56 
Controle do choque mecânico Controle do choque mecânico 
 Alterações na característica de construção 
afetam pouco a absorção de choque mecânico. 
 Adaptação diferenciada dos corredores às 
características dos calçados. 
 Adaptação ao calçado é particular. 
57 
Controle do choque mecânico 
Considerações: 
 Não existe um único calçado ideal para todos os 
corredores. 
 Mais importante que o calçado são as 
estratégias do aparelho locomotor para a 
atenuação do impacto flexão do joelho + 
contração excêntrica de quadríceps (por 
exemplo). 
Distribuição de pressão plantar 
Características: 
 A força de reação do solo distribuída na planta 
do pé durante a fase de apoio. 
 Forças concentradas (picos de pressão) 
aumentam o estresse nas estruturas do pé 
aumenta o risco de lesão. 
58 
Distribuição de pressão plantar Distribuição de pressão plantar 
Características: 
 Calçados com diferentes rigidez influenciam 
distribuição de pressão plantar? 
 Ex: Maior pico de pressão no calçado duro do 
que no calçado macio. 
59 
Distribuição de pressão plantar Melhora de rendimento 
Ideia equivocada: 
 Calçado transforma o impacto em impulso, 
melhorando a propulsão. 
60 
Distribuição de pressão plantar 
Considerações: 
 Como escolher um calçado que apresenta boa 
distribuição de pressão plantar? 
 Percepção de conforto apresenta alta correlação 
com a distribuição de pressão. 
 As pessoas tendem a classificar como 
confortável os calçados que apresentam boa 
distribuição de pressão. 
Interatividade 
Durante a preparação de corrida, você ouve um corredor sugerir uma marca e 
um modelo de calçado a um corredor menos experiente. Leia as afirmações a 
seguir e marque a alternativa correta. 
a) Não existe um calçado que seja ideal a todos, pois a adaptação ao calçado 
é sujeito dependente. Portanto, um calçado adequado a um corredor pode 
não ser o melhor para outro. 
b) O corredor esqueceude comentar que o calçado de corrida deve ser 
macio, pois quanto mais macio for o calçado melhor a absorção de choque 
mecânico. 
c) O corredor esqueceu de perguntar se o calçado era para treinamento ou 
para competição, pois o calçado de competição é melhor para absorver o 
choque mecânico. 
d) A variabilidade de resposta para um mesmo calçado é pequena, o que 
torna possível recomendar um calçado de corrida para outro sujeito, pois 
se ele é bom para um corredor, será para outro também. 
e) O corredor esqueceu de analisar como é o padrão de distribuição de 
pressão plantar do sujeito, por meio da análise da impressão do pé 
molhado numa toalha. 
61 
Resposta 
A alternativa correta é a: “a” 
 Não existe um calçado que seja ideal a todos, 
pois a adaptação ao calçado é sujeito 
dependente. Portanto, um calçado adequado a 
um corredor pode não ser o melhor para outro. 
Teste mecânico de durabilidade 
62 
Resposta ao teste 
mecânico de durabilidade 
↓ de 20 a 30% na absorção do choque 
mecânico após 805 KM (500 milhas) 
Efeito do uso no choque mecânico 
Características: 
 Calçado se deteriora com o uso prolongado. 
 Material perde rapidamente sua capacidade de 
absorção de impacto. 
 Choque biomecânico pouco se altera. 
 Aparelho locomotor ajusta-se para garantir 
controle das cargas mecânicas. 
 Durabilidade do calçado é maior do que se 
imagina. 
63 
64 
Conclusões: 
1.Seria sensato não usar os tênis novos para 
percorrer longas distâncias até que ele seja 
usado suficientemente; 
2.Através das milhas percorridas, não é 
possível determinar quando os tênis 
seriam desgastados e deveriam ser 
substituido. 
65 
Muitas pessoas buscam a melhora de rendimento na corrida por meio de um 
calçado de corrida que seja melhor. Contudo, de que forma o calçado pode 
influenciar o rendimento? O que efetivamente o calçado pode oferecer que 
melhoraria a corrida de uma pessoa? Essas são dúvidas recorrentes. Leia as 
afirmações a seguir e marque a alternativa correta. 
I. Uma única forma real que existe de melhora de rendimento está 
relacionada à massa do calçado. Nesse sentido, quanto menor for o peso 
do calçado, menor o gasto energético para movimentar o pé e o calçado. 
II. O controle de temperatura do pé é fundamental na eficiência da corrida, 
pois se a temperatura do pé aumentar excessivamente haverá produção de 
lactato que na corrente sanguínea interferirá no rendimento do corredor. 
III. É importante que o calçado não distribua bem a força na planta do pé, pois 
uma boa distribuição de pressão plantar diminui a concentração das forças 
propulsivas e diminui a eficiência de propulsão do corredor, piorando o 
rendimento. 
a) As afirmações I e III estão corretas e a afirmação II está errada. 
b) As afirmações I, II e III estão erradas. 
c) As afirmações I e II estão corretas e a afirmação III está errada. 
d) As afirmações I, II e III estão corretas. 
e) A afirmação I está correta e as afirmações II e III estão erradas. 
Resposta 
A alternativa correta é a: “e” 
 A afirmação I está correta e as afirmações II e III 
estão erradas. 
66 
Minimalistas 
 Entre os anos 2008 e 2009, os corredores 
descalços idealizaram um calçado 
minimalista, ou seja, que oferecesse a mesma 
sensação de correr descalço. 
 Para se enquadrar nesse conceito, o calçado 
precisa seguir algumas características, como: 
 
67 
 “Drop zero” (não pode haver diferença entre a altura 
do calcanhar e a frente dos pés). 
 Ser totalmente dobrável. 
 Ter forma larga, principalmente na região dos dedos. 
 Nenhum ou pouco amortecimento. 
 Nenhum suporte 
 Ser bem leve. 
 
 Os povos primitivos não tinham outra opção de 
calçado, portanto a musculatura já era trabalhada 
para aguentar todo o impacto, irregularidades do 
solo, diferentes texturas. 
 E é nesse ponto que os candidatos a usuários 
de calçados minimalistas devem ter cuidado: é 
preciso preparar o corpo para não causar fascite 
plantar ou túnel do tarso, além de inflamações da 
planta do pé e outras lesões. 
68 
 O trabalho para realizar esta corrida é progressivo 
e o uso deste tênis também. 
 A mudança do padrão de correr, mais no antepé, 
mais rápido, com a base menor do pé sem apoiar 
os calcanhares como se fosse uma garça, é difícil 
no início. 
 O domínio da técnica é muito importante para 
gerar a liberdade desejada sem causar lesões. 
 
Minimalistas vs. tradicional 
69 
Amostra: 26 homens treinados (30 ± 7,9 anos) 
 
Avaliação aguda: Não houve adaptação ao calçado! 
 
 
70 
Concêntrico TO 
Produção de 
energia 
Concêntrico JO 
Produção de 
energia 
Excêntrico TO 
Absorção de 
energia 
Excêntrico JO 
Absorção de 
energia 
↑ chance de 
lesões em joelho 
↓ chance de 
lesões tornozelo 
Amostra: Sujeitos treinados 
 
Avaliação aguda: 10 
minutos de adaptação a cada 
calçado. 
71 
 Conclusão: O presente estudo dá uma visão sobre 
a diferença na pressão plantar no antepé quando 
correndo com um tênis minimalista vs. tênis de 
corrida padrão. Os resultados mostram que correr 
com um tênis de corrida minimalista aumenta a 
pressão plantar no antepé. 
 Este aumento da pressão na região do antepé pode 
aumentar a chance da ocorrência de fraturas de 
estresse no metatarso em corredores que mudaram 
para o tênis minimalista. 
 Implicações práticas 
 Os corredores devem ter cautela para mudar para o 
tênis de corrida minimalistas, pois isso pode 
aumentar o risco de fraturas por estresse no pé 
devido ao aumento da pressão na região do antepé. 
72 
- Grupo controle: Calçado tradicional 
- Grupo experimental: Transição do calçado tradicional para 
o minimalista 
-Calçado minimalista foi definido como: sem elvação no 
calcanhar e /ou amortecimento. 
- Transição: 
•1ª semana de treinamento: executar entre 1 e 2 milhas com 
o calçado minimalista e o resto de sua milhagem típica com o 
tênis tradicionais. 
• 2ª e 3ª semanas: Acrescentar mais 1 a 2 milhas por semana 
• Após a 3ª semana: Aumentar a milhagem de acordo com os 
sintomas de desconfortos (dor) 
VFF: Calçado minialista 
73 
74 
Estabilidade articular 
 Estabilidade articular funcional pode ser 
definida como a habilidade da articulação de 
retornar ao seu estado original após sofrer uma 
perturbação; 
 Dessa forma, estabilidade articular reflete a 
capacidade da articulação de resistir à 
perturbação. 
 Fatores que influenciam a estabilidade: Altura 
do CG, tamanho de suporte da base e peso 
corporal; 
 
 
Estabilidade articular 
 Essa propriedade depende da interação de 
vários fatores, incluindo a congruência entre as 
superfícies ósseas, a restrição passiva das 
estruturas articulares e as forças compressivas 
geradas pelo peso corporal e pela ação 
muscular. 
75 
Controle da estabilidade articular 
 
 Mecanismo de propriocepção. 
 Mecanismo do reflexo 
ligamentomuscular. 
 Mecanismo de ajuste dinâmico da 
rigidez através da co-contração muscular 
Feedfoward: A ativação muscular 
anterior à sobrecarga articular. 
 
 Propriocepção é definida como a sensação de 
movimento (cinestesia) e posição (senso 
posicional) articulares baseada em informações 
de outras fontes que não seja visual, auditiva ou 
cutânea. 
Propriocepção 
76 
Propriocepção é definida como o conjunto de 
informações aferentes oriundas das 
articulações, músculos, tendões e outros 
tecidos projetados ao SNC para 
processamento das respostas reflexas e o 
controle motor voluntário. 
Conceito 
Propriocepção 
A propriocepção contribui para o 
controle postura,estabilidade 
articular e diversas sensações 
conscientes. 
Treinamento proprioceptivo 
77 
 As estruturas responsáveis por captar a 
informação proprioceptiva são os receptores 
musculares (fuso muscular e órgão tendinoso 
de Golgi) e os receptores presentes na cápsula, 
ligamentos e meniscos. 
Propriocepção 
Mecanorreceptores de tendão - OTG 
Responde a tensão 
imposta ao músculo 
inibindo o 
recrutamento das 
UM, favorecendo o 
relaxamento 
muscular. 
Propriocepção 
78 
Mecanorreceptores articulares 
Corpúsculos de Paccini (mecanorreceptores): derme, 
vísceras e articulações 
• Identifica a posição e a 
velocidade de mudança de 
posição das articulações. 
 
• A manutenção da postura 
estática e dinâmica depende 
desses proprioceptores 
Propriocepção 
79 
 Konradsen et al (1993), 
 Realizaram um estudo experimental, no qual 
cápsula e ligamentos foram anestesiados, 
deixando intacta apenas a ação dos receptores 
musculares, e não observaram déficit 
proprioceptivo diante da ausência de 
informações dos mecanorrecetores articulares. 
Esses achados sugerem que os fusos 
musculares são os principais responsáveis pela 
propriocepção. 
Propriocepção 
Mecanorreceptores musculares 
 Fusos Musculares 
Propriocepção 
80 
Propriocepção 
 O reflexo ligamento-muscular pode ser 
considerado um mecanismo de controle 
baseado em feedback, onde uma perturbação 
imposta à articulação estimula os 
mecanorreceptores que, por sua vez, enviam 
sinais aferentes até a medula e via ação nos 
motoneurônios (MN) alfa ativam os músculos 
antagonistas ao movimento articular gerado por 
essa perturbação 
Propriocepção 
O reflexo ligamento-muscular 
81 
• Os ligamentos: limitar (papel mecânico) 
movimentos excessivos da articulação 
garantindo estabilidade; 
 
• Mecanorreceptores ligamentares: papel 
sensorial e estimulação reflexa muscular via 
receptores articulares. 
Propriocepção 
O reflexo ligamento-muscular 
Ex: Forças anteriores à tíbia, o LCA é alongado e 
seus receptores geram estímulo que resulta em 
contração dos músculos posteriores de coxa. 
 
 A presença deste reflexo em outras articulações, 
como a coluna e o ombro, já foram 
demonstradas! 
Propriocepção 
O reflexo ligamento-muscular 
82 
 Instabilidade mecânica 
- Deficiência estrutural 
 
 Instabilidade funcional 
- Feedback neuromuscular 
Causas da instabilidade articular dinâmica 
Propriocepção 
Lesão ligamentar 
Instabilidade 
mecânica 
 ⇩Qualidade 
proprioceptiva 
Instabilidade 
funcional 
Predisposição a 
novas lesões !? 
Propriocepção 
83 
Esse mecanismo envolve a participação dos 
mecanorreceptores articulares na regulação da 
rigidez articular através da co-contração 
muscular. 
Propriocepção 
Mecanismo de ajuste dinâmico da rigidez 
através da co-contração muscular 
A ação simultânea dos músculos ao redor de uma 
articulação promove um maior contato entre as 
superfícies articulares, com consequente 
aumento da sua capacidade de resistir às 
cargas externas. 
Propriocepção 
Mecanismo de ajuste dinâmico da rigidez 
através da co-contração muscular 
84 
 Rigidez articular é definida como a resistência 
da articulação ao deslocamento. 
Propriocepção 
Mecanismo de ajuste dinâmico da rigidez 
através da co-contração muscular 
 Receptores articulares (periféricos) comunicam-
se na medula com os MN gama e estimulam as 
fibras intrafusais do fuso muscular. 
 Em seguida, o fuso envia aferências para a 
medula, fazendo sinapse com o MN alfa. 
 A ação dos MN alfa sobre as fibras extrafusais 
influencia o estado de ativação muscular, 
promovendo a contração dos músculos em 
torno da articulação. 
Propriocepção 
Mecanismo de ajuste dinâmico da rigidez 
através da co-contração muscular 
85 
Receptores 
articulares 
Vantagem deste sistema 
 
 MN gama apresentam um menor limiar de 
excitabilidade, com cargas de 5 a 40 Newtons 
(N) sendo suficientes para alterar a 
responsividade dessas células. 
Propriocepção 
86 
 A co-contração resultante desse mecanismo 
aumenta a rigidez articular e consequentemente 
leva a um ganho de estabilidade 
 O nível de co-contração entre músculos 
antagonistas é um dos principais fatores para a 
manutenção da estabilidade articular dinâmica 
 
Propriocepção 
 Feedfoward: a ativação muscular anterior à 
sobrecarga articular; 
 
 Informações sensoriais periféricas geradas 
em experiências pregressas que são 
aprendidas, armazenadas e usadas para 
planejar e executar a atividade muscular 
adequada. 
Propriocepção 
87 
Propriocepção Treinamento proprioceptivo 
88 
Treinamento proprioceptivo 
 Metodologia: 
1º) Posicionamento 
passivo do joelho em um 
determinado ângulo 
2º) Retornar á posição 
determinada 
Antes e cols, 2009 
Treinamento proprioceptivo 
89 
Treinamento proprioceptivo 
Exercício e propriocepção - Prevenção 
Objetivo 
Analisar o efeito do treinamento proprioceptivo e de força 
resistente sobre a incidência de entorses de tornozelo e 
lesões musculares em futebolistas 
 
Sujeitos 
•13 atletas que disputavam o Campeonato Paulista da 1ª 
divisão 
• 1ª temporada (Com treino adicional) X 2ª temporada (Sem 
treino adicional) 
Treinamento proprioceptivo 
Exercício e propriocepção - Prevenção 
90 
 Os mecanismos de propriocepção envolvem 
tanto vias conscientes como vias inconscientes. 
 Desta maneira, os exercícios prescritos devem 
conter tanto estímulos conscientes, para 
estimular a cognição, assim como alterações 
repentinas e inesperadas na posição articular, 
para iniciar a atividade reflexa da musculatura 
Treinamento proprioceptivo Treinamento proprioceptivo 
91 
Treinamento proprioceptivo Treinamento proprioceptivo 
92 
Treinamento proprioceptivo Ginástica artística 
93 
94 
95 
Aparelhos ginásticos que possuem 
como característica a realização de 
saltos e acrobacias proporcionam 
cargas principalmente sobre a parte 
inferior do corpo. 
 Como exemplo, pode ser citado o 
solo, definido como um dos mais 
complexos aparelhos, composto por 
elementos dinâmicos desenvolvidos 
pelos ginastas em uma superfície 
elástica, cujas forças externas 
atuantes sobre um ginasta durante a 
execução de seus movimentos podem 
chegar à ordem de 5 a 17,5 vezes o 
peso do seu corpo. 
Ginástica de academia 
Característica: 
 Surgimento com duas modalidades: Step e 
Aeróbica. 
 Grande popularidade aumento incidência de 
lesão. 
 Lesões atribuídas à presença do impacto. 
 Possível causa: Alto impacto. 
 Preocupação em reduzir o Impacto. 
96 
Movimento básico do STEP 
 Descida força de impacto de 1,5 PC 
(semelhante à marcha). 
 Lesões no joelho (menisco) não associadas 
ao impacto. 
 Cargas externas não são altas. 
WIECZOREK, DUARTE e AMADIO (1997) 
 
Movimentos do joelho 
Movimento Natural: 
 Extensão do joelho associada à rotação lateral 
da tíbia. 
 Flexão do joelho associada à rotação medial da 
tíbia. 
 Meniscos acompanham os côndilos durante as 
rotações. 
97 
Movimento específico do STEP 
Característica: 
 Alguns movimentos executados de forma 
incorreta flexão de joelho com rotação 
lateral. 
 Movimento não natural Aumenta a chance de 
pinçamento do menisco. 
 Ter cuidado com falta de habilidade e com 
fadiga. 
Ginástica aeróbica 
98 
Ginástica aeróbica 
Características: 
 Incidência de lesão no joelho chamou a atenção 
para amodalidade. 
 Mesmo Aeróbica de Alto Impacto, apresenta 
impacto relativamente baixo. 
 Incidência de lesão pode estar associada ao 
Volume alto de prática. 
Ginástica aeróbica 
ROTHENBERGER et al. (1988): 
 726 praticantes de aeróbica. 
 49% apresentaram lesões em 1 ou 2 anos. 
Frequência semanal de prática: 
 Menos de 4x/semana – incidência de lesão de 43% 
 4x/semana – incidência de lesão de 60% 
 Mais de 4x/semana – incidência de lesão de 66% 
  
Lesões associadas ao volume de prática, não à 
modalidade em si. 
99 
Interatividade 
Ao analisar a carga externa das aulas de step e aeróbica, podemos perceber 
que as lesões ocorrem por alguns motivos bem específicos. Leia atentamente 
as alternativas e marque a correta. 
a) O problema das aulas de step e de aeróbica é que o impacto nessas aulas é 
muito alto. Esse impacto pode ser considerado como o causador de 
diversas lesões na articulação do joelho. 
b) De forma geral, a força externa de impacto dessas aulas não é alta, mas a 
lesão eventualmente pode ocorrer em parte pela grande quantidade de 
vezes que esta carga é aplicada. 
c) Nas academias, o step utilizado não é muito eficiente para absorver 
impacto. Assim, ao pisar no step o impacto aumenta muito durante a 
subida, que por sua vez aumenta o risco da pessoa desenvolver uma lesão. 
d) Os praticantes dessas aulas, geralmente, não se preocupam com o calçado 
esportivo que estão usando e um calçado inadequado é o maior motivo das 
lesões observadas. 
e) Os iniciantes começam a praticar essas atividades nas turmas avançadas, 
nas quais a música muito rápida aumenta o impacto e isso pode ser lesivo. 
Resposta 
A alternativa correta é a: “b” 
 De forma geral, a força externa de impacto 
dessas aulas não é alta, mas a lesão 
eventualmente pode ocorrer em parte pela 
grande quantidade de vezes que esta carga é 
aplicada. 
100 
 A sobrecarga do sistema musculoesquelético é 
inerente à prática esportiva e dentro de limites 
fisiológicos ocorre uma compensação. 
 A sobrecarga excessiva ou mal compensada 
impede um processo adequado de reequilíbrio, 
levando à desorganização do sistema causando 
lesões. 
Tipos de lesões 
Lesões crônicas: 
 Cargas repetidas de baixa 
magnitude. 
 Mais frequente em atividades 
físicas. 
Lesões agudas: 
 Uma única carga de alta 
magnitude. 
 Acidentes, traumático. 
101 
Tipos de lesões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HALL (2000)

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