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ESCOLA MONISTA E O PLURALISMO JURÍDICO A sociologia é o estudo dos fenômenos sociais que analisa os métodos e teorias da sociologia e do direito, e tem como foco várias disciplinas, e dentro dessas disciplinas é importante falar sobre a Escola Monista e o Pluralismo jurídico. ESCOLA MONISTA A origem do monismo na filosofia estão em vários filósofos, como Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e o destaque monista, Spinoza. O monismo defende que se deve considerar a existência de uma única coisa, e dela tudo emana na qual todo o resto são apenas modos, ou seja, para a escola monista, somente as normas produzidas pelo Estado podem ser chamadas de jurídicas, portanto, somente elas são coercíveis. No monismo também encontra-se o Monismo soberanista e o Monismo Normativista. O Monismo soberanista considera-se que em uma entidade soberana existem três monopólios – o de constrangimento, o da jurisdição e o de organização dos poderes públicos. E o monismo Normativista, diz que as ideologias constituem um exercício mental que busca fornecer um tipo planificado do que realmente deveria ser, assumindo assim, um monismo que procura dimensionalizar o pluralismo da realidade. Verifica-se que a vida social nos convence que existiram práticas jurídicas antes de a sociedade organizar-se em Estado, e que ainda existem prescrições mesmo nas sociedades políticas e juridicamente organizadas, além das que foram impostas pela autoridade jurídica. A Escola Monista identifica-se como a teoria que considera como verdadeira apenas uma ordem jurídica, sendo assim, observa-se que a Escola Monista reduz a produção das normas de direito à tarefa dos órgãos estatais. PLURALISMO JURÍDICO A Escola Pluralista originou-se com o objetivo de buscar uma solução à insuficiência da crítica jurídica tradicional, esta reafirma que existe a possibilidade de pluralidade no ordenamento jurídico em um mesmo espaço temporal e geográfico. Diferente da Escola Monista, o pluralismo considera que todo grupo social tem o direito de criar normas que regulem o funcionamento, adquirindo atributos de norma jurídica. No pluralismo é reconhecido também movimentos sociais (movimento estudantil, feminista, etc.) e os movimentos minoritários (LGBT), como grupos que constroem direitos a cada dia, esses grupos influenciam uns aos outros e principalmente no direito que é produzido pelo Estado. O Pluralismo jurídico entende que a Lei influencia na sociedade e os efeitos produzidos também refletem nas leis, com o objetivo de construir uma relação consistente e interativa entre as formas oficiais e extraoficiais do Direito. Nesta linha, existem 4 que criticam o pluralismo, são elas: Esfera institucional, Esfera sociológica, Esfera pós-moderna e Esfera antropológica. Destaca-se que o pluralismo não surgiu apenas com o objetivo de contrapor a doutrina monista, mas deve-se ter em mente que a própria insuficiência do monismo estatal contribuiu de forma decisiva para a criação desse novo conceito, mediante outros meios normativos não convencionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nessa pesquisa, foi feita uma breve explanação sobre a diferença da Escola Monista e Pluralismo Jurídico. Ressalto que durante muito tempo, viveu-se sob a ideologia monista, caracterizada por acreditar como verdadeira apenas uma ideologia. Nesse sentido, defendida pelo pluralismo jurídico é possível encontrar dentro das normas jurídicas o valor dela, mas que continua sendo influenciada por regras de Direito produzidas por organizações e grupos sociais que não se confundem com os órgãos políticos estatais. Portanto, antes de pensar em promulgar um direito alternativo, devemos refletir melhor sobre a questão do direito estatal, se o mesmo consegue operar como meio de organização e de controle do poder social ou se é somente um direito no papel que, por razões históricas, permanece ineficaz nas práticas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTRO, Celso Antônio Pinheiro. Sociologia do Direito. 8ª edição, São Paulo: Atlas, 2016. MOTA, Maria de Nazareth da Penha Vasques. Sociologia Jurídica. Manaus: editora Valer, 2018.
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