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Etnocentrismo pode ser entendido como a percepção que temos da cultura do outro a partir da nossa própria cultura. Quando achamos estranho, curioso, incomum ou mesmo nojento algum hábito alimentar de pessoas ou povos, estamos sendo etnocêntricos, porque essa percepção dos nossos próprios hábitos, costumes e valores. Sendo assim, o nutricionista deve sempre relativizar, ou seja: Não transformar a diferença em hierarquia, pois não há cultura superior ou inferior, boa ou má, mas sim com dimensões diferentes de riqueza. Etnocentrismo é uma visão do mundo, ou seja, a maneira como percebemos o mundo através de ideias e sentidos, que é tomada como centro de tudo, e todos aqueles que são diferentes são pensados e sentidos através dessa visão. No plano intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, é o que nos causa sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc, por culturas muito diferentes da nossa. Pensando nisso, o que o nutricionista precisa fazer para não ter uma atitude etnocêntrica? Não julgar o comportamento, sobretudo alimentar, do outro a partir daquilo que, como profissional, se entende que é nutricionalmente melhor. Hábitos alimentares são o "conjunto de rituais que rodeiam o ato alimentar no seu sentido estrito. A definição de uma refeição, sua organização estrutural, a forma da jornada alimentar (número de refeições, formas, horários, contextos sociais), as modalidades de consumo (comer com garfo e faca, com a mão, com o pão), a localização das refeições, as regras de localização dos comensais e outros aspectos variam de uma cultura à outra e no interior de uma mesma cultura, de acordo com os grupos sociais." (POULAIN, Jean-Pierre; DA COSTA PROENÇA, Rossana Pacheco. O espaço social alimentar: um instrumento para o estudo dos modelos alimentares Food social space a tool to study food patterns. Revista de Nutrição, v. 16, n. 3, p. 253, 2003.) Sendo assim podemos afirmar que hábitos alimentares: Tratam-se de práticas alimentares frequentes de uma cultura alimentar específica em um espaço menor dentro dessa cultura. Muitos são os tabus alimentares em razão de religiões. As restrições impostas podem ser bastante rígidas, com proibições a ingestão de alimentos específicos, podem ser pontuais, como a proibição apenas por determinados períodos, ou mais flexíveis, como em casos que os tabus conflitem com a comensalidade. Abaixo temos algumas religiões com exemplos de algum(ns) de seu(s) tabu(s). Marque a opção cuja relação esteja INCORRETA : Candomblé: restrição ao consumo de galinha dangola. Modelos alimentares, em geral, são modelos historicamente constituídos foram se modificando e transformando ao longo dos tempos. Existem hoje diversos modelos alimentares. Temos abaixo alguns exemplos, exceto: Carnivorismo e ovarismo.<-NÃO EXISTE ESSA DIETA. Muitos são os tabus alimentares em razão de religiões. As restrições impostas podem ser bastante rígidas, com proibições a ingestão de alimentos específicos, podem ser pontuais, como a proibição apenas por determinados períodos, ou mais flexíveis, como em casos que os tabus conflitem com a comensalidade. Abaixo temos algumas religiões com exemplos de algum(ns) de seu(s) tabu(s). Hinduísmo: proibição do consumo de carne bovina. Judaísmo: proibição ao consumo de carne de porco, moluscos e frutos do mar Cristianismo: restrição ao consumo de carne vermelha durante a quaresma (ou durante a semana santa). Islamismo: proibição do consumo de carne de porco e bebida alcoólica Modelos alimentares, em geral, são modelos historicamente constituídos foram se modificando e transformando ao longo dos tempos.Existem hoje diversos modelos alimentares. Temos abaixo alguns exemplos: Onivorismo e Cerealismo / Vegetarianismo e Veganismo/ Frugivorismo e cerealismo / Frugivorismo e crudivorismo. No Brasil, o que se come na região norte do país não é o mesmo que se como na região sul, por exemplo. Assim como o que se come no Sudeste não é o mesmo que se como no Centro Oeste ou no Nordeste. E mesmo em cada região há diferenças de estado para estado ou mesmo entre as cidades e o interior. Isso tem relação com a geografia e o clima, que influenciam no tipo de alimento de cada lugar, mas também com a formação histórica e as diferentes misturas de culturas de cada povo, de cada região, de cada lugar. Com base nessa afirmação podemos dizer que o conjunto de todas as diferenças culturais de um determinado povo, constituída ao longo de sua formação, que resulta de alguns aspectos fundamentais, como tradição e geografia recebem o nome de: Diversidade Cultural O conjunto de saberes, crenças e verdades que nasce, se renova e se constitui como fonte de explicação para diversos fenômenos da sociedade, formado pela própria sociedade e para a sociedade, sem validade científica é chamado de: Senso comum O modelo vegetariano tem por base uma alimentação focada nos vegetais e cereais, não permitindo alimentos de origem animal. A partir desse modelo diversas variações vem surgindo, variando o grau de restrição aplicado. Das alternativas abaixo, qual das variações apresentadas está com sua definição INCORRETA? O ovolactovegetariano não permite a ingestão de ovos e de leite. O que consideramos como tabu alimentar, com seus signos, seus sentidos simbólicos, muitas vezes é o que dá corpo à dieta alimentar, incluindo as restrições alimentares de algumas pessoas. Pensando nisso, para promover uma alimentação saudável, respeitando-se a cultura e as tradições de cada um, é preciso: Pensar a alimentação a partir de um diálogo entre o biológico (aspectos nutricionais) e sociocultural (tabus). O conjunto de elementos que entendem a alimentação como uma cadeia conectada desde o setor produtivo, terra e indústria, até o descarte daquilo que consumimos é chamado de: Sistemas Alimentares O candomblé de base iorubá tem uma relação muito forte com a alimentação. A cozinha de santo, ou culinária de terreiro, é um complexo culinário que tem como princípio básico a ideia de que os alimentos possuem uma energia vital, chamada de axé, e a alimentação é um dos principais canais de equilíbrio da energia dos indivíduos, e de harmonia deste e de sua comunidade e com o mundo. O tabu religioso é uma marca dessa cozinha e recebe o nome de quizila, variando de acordo com os preceitos e orientações ritualísticas para cada indivíduo. Nesse sentido os tabus são mais individualizados do que gerais. Sabendo disso, cabe ao nutricionista, no exercício da profissão: Considerar as restrições gerais da religião que ao pensar a alimentação de seus praticantes O Catolicismo é a religião de maior expressão no Brasil e, culturalmente, influencia muito as nossas práticas alimentares. Leia as afirmações abaixo e, em seguida, indique a alternativa correta. O tabu sobre a ingestão de carne vermelha durante a semana santa/ A ceia de Natal, com a presença de aves como protagonistas na mesa / O uso do milho como ingrediente das preparações nos festejos juninos. O hinduísmo, uma das religiões mais praticadas na Índia, possui adeptos em todo o mundo. De tradição milenar, sua relação com a alimentação é muito íntima e, como qualquer religião, tem suas restrições, seus tabus alimentares, sendo o mais conhecido: A proibição do consumo de carne bovina. Podemos definir a comensalidade como a prática do comer juntos, partilhando, (mesmo que desigualmente) a comida. É o momento de partilhar sensações e reforçar a coesão dos grupos sociais aos quais fazemos parte, família, escola, religiosidade, amigos. De uma maneira geral ela compõe um ritual coletivo. De acordo com essa definição, não podemos considerar como exemplo de comensalidade: Um lanchinho rápido no ônibus a caminho da faculdadePode definir cultura como tudo aquilo que o homem transforma, de acordo com suas necessidades e demandas. Isso também ocorre com a alimentação, que foi constantemente modificada ao longo da história, incluindo todos os signos e rituais que envolvem a sua prática, que também, mudam de uma cultura para a outra. Isso pode ser percebido, por exemplo, no comportamento e percepção sobre: O que é comestível, como comer, quando comer, com quem comer Senso comum é o conjunto de saberes, crenças e verdades que nasce, se renova e se constitui como fonte de explicação para diversos fenômenos da sociedade, formado pela própria sociedade e para a sociedade, sem validade científica. Pensamento crítico é a reflexão crítica desse senso comum. Ao invés de utilizar argumentos prontos, advindo desses saberes do senso comum, questionar, refletir, pesquisar respostas científicas para os problemas cotidianos. Para o nutricionista o pensamento crítico é importante para: Que o saber científico seja traduzido de forma clara para a sociedade, através de estratégias que viabilizem a comunicação entre profissionais da saúde e as comunidades envolvidas nas ações de saúde, em geral dotadas de senso comum Todo alimento possui um valor real que é atribuído a ele pelo nutricionista quando: Se atém aos seus micro e macro nutrientes, às suas contagens calóricas, protéicas e vitaminosas. Tabus alimentares são restrições, proibições alimentares que dialogam com diferentes saberes de uma determinada sociedade. Geralmente eles estão associados com alguma dimensão sagrada, um conjunto dogmático religioso ou mítico que ditam o que não faz bem, para quem, e porque. Esse tabu pode ter relação com um ciclo da natureza humana, com fenômenos da natureza, com períodos do ano. Das alternativas abaixo, qual pode ser utilizada como exemplo de um tabu alimentar? Católicos não podem comer carne durante a semana santa. . .
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