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Comunicaçao nas empresas

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Administraçao da Liguagem 
 Administraçao da Liguagem 
EFICIÊNCIA
• Bom uso de recursos
• Melhor relação custo X benefício
• Foco na operação
EFICÁCIA
• Alcance de objetivos e metas
• Foco na tática
EFETIVIDADE
• Resultados duradouros
• Qualidade nos produtos e serviços
• Foco na estratégia
Mas qual seria a maneira correta de se comunicar dentro de uma organizaçao 
 Emissor/Remetente
 Contexto - Mensagem - Canal ou contato -Codigo
 Receeptor ou destinatario 
 Dois aspectos que se tornam primordiais para que a comunicação ocorra dentro e fora das empresas de forma satisfatória.
1 Quem escreve ou fala deve adequar sua escrita ou oralidade ao contexto, às situações da realidade social, evitando a promoção de Ruído Comunicativo.
2 Outro aspecto importante é a influência da tecnologia sobre o uso da palavra, determinando novas formas de comunicação, em que a palavra se mescla com outras linguagens para alcançar o êxito na expressão.
Próclise
 Ocorre quando o pronome vem antes do verbo. Como norma geral, deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele houver uma palavra pertencente a um dos seguintes grupos, chamados de palavras atrativas. 
Veja alguns exemplos:
Palavras Negativas
não, nada, nunca, jamais, nem, nenhum, ninguém.
Exemplo:
O assessor não lhes forneceu detalhes do projeto?
Jamais nos afastaremos das promessas de campanha.
Relativas
quem, o qual, que, quanto, cujo, como, onde.
Exemplo:
Os homens que se prezam sabem que devem pensar antes no interesse público no que no pessoal.
O chefe de departamento com quem nos entrevistamos afirmou que o problema está resolvido.
Interrogativas
quem, (o) que, qual, quanto(a)(s); como, onde, quanto.
Exemplo:
Quem nos apresentou o projeto?
Quanto tempo se perde!
Conjunções subordinativas:
quem, o qual, que, quanto, cujo, como, onde.
Exemplo:
Quando me despedia do chefe da divisão, falei que não estava satisfeita.
Se eles se dispusessem ao diálogo...
Logo que o vi falei que era melhor conversarmos.
Ênclise
 Ocorre quando o pronome deve vir após o verbo. As formas verbais do infinitivo pessoal, do imperativo afirmativo e do gerúndio exigem a ênclise pronominal. 
Veja:
Cumpre comportar-se bem.
Essas ordens devem cumprir-se rigorosamente.
Aqui estão as ordens: cumpra-as.
Aventurou-se pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais.
Mesóclise
 Ocorre quando o pronome deve vir no meio do verbo.
Na Mesóclise, usa-se o pronome no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presente ou do pretérito do indicativo.
Exemplo:
Quando for possível, transmitir-lhes-ei mais informações.
Ser-nos-ia útil contar com o apoio de todos.
Casos Especiais
É inviável a ênclise com o particípio:
A inflação havia-se aproximado (nunca: *havia aproximado-se) de limites intoleráveis.
Jamais nos tínhamos enfraquecido (e não: *tínhamos enfraquecido-nos) tanto.
Tê-lo-ia afetado (e não *Teria afetado-lhe) o isolamento constante?
É inviável a ênclise com o particípio:
Nas combinações de verbo pessoal (auxiliar ou não) + infinitivo, o pronome átono pode ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou depois do infinitivo. 
Devemos-lhe dizer a verdade. Ou
Nós lhe devemos dizer a verdade ou, ainda
Devemos dizer-lhe dizer a verdade.
Podemos notar com facilidade que a próclise com o infinitivo é própria da linguagem oral ou escrita informal:
Devemos lhe dizer...
Portanto, devemos evitar esta colocação na redação oficial. 
Se, no caso mencionado, houver palavra que exige a próclise, só duas posições serão possíveis para o pronome átono: 
Antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo (ênclise).
Não lhe devemos dizer a verdade.
Não devemos dizer-lhe a verdade.
·	É interessante observar que na frase ambígua da mensagem não havia erro gramatical.
O pronome possessivo seu é de 3ª pessoa e permite perfeitamente a dupla interpretação:
Seu = dele (de quem se está falando = o diretor) ou
Seu= de você (com quem se está falando = o receptor da mensagem).
Portanto, cuidado ao utilizar o pronome possessivo SEU!
Você já sabe tudo sobre colocação pronominal?
Então, observe a posição dos pronomes e arraste os exemplos correspondentes
Mesóclise Procurar-me-iam caso precisassem de ajuda para terminar o projeto da empresa.
Ênclise	Convém confiar-lhe esta responsabilidade, pois você é um bom profissional.
Próclise Não me fale sobre este assunto de trabalho na hora do almoço.
O que é crase?
Quem nunca teve dúvida em relação à crase? Você já ficou com raiva por um detalhe tão pequeno fazer tanta diferença?
Martim César, no poema A navalha do censor, retrata bem o distanciamento que mantemos da crase, muitas vezes, por medo de utilizá-la de forma errada.
A navalha do censor
Martim César
Em princípio parecia ser somente um acento inofensivo
Um mero traço no papel, meio inclinado e um tanto fino Quiçá uma mesura ofertada a algum vocábulo feminino
Ou uma lágrima escorrendo sobre um amor substantivo 
Porém era grave o tal acento, e bem mais grave o seu motivo
(e esse ser ‘grave’ me dá medo desde os tempos de menino)
Se fosse agudo feito um dente, cortando a carne e incisivo
(e esse ser ‘grave’ me dá medo desde os tempos de menino)
Mas um acento assim inverso, em uma avessa trajetória
(Tal qual navalha de censor, que sem pudor, a tudo arrase)
Chegou assim ceifando tudo e mudou o rumo desta história 
Fez naufragar o meu poema ― e vejam só ― que triste fase!
Era um poema que eu sonhei ver florescer cheio de glória
Mas sucumbiu a ver navios (pobre de mim!)... maldita crase!
Você compartilha esse sentimento com Martim César? Então, chegou a hora de mudar isso.
·	Portanto, o fenômeno da crase é isso: a indicação por meio do acento grave da junção da preposição a com o artigo a e variações.
Mas, afinal, que diferença isso faz na prática? Esquecer-se de indicar a crase é tão grave assim?
Veja alguns exemplos da coluna de Sérgio Nogueira no site Dicas de português do G1:
VENDEU A VISTA OU À VISTA?
Se alguém “vendeu a vista”, deve ter vendido “o olho” (a vista = objeto direto). Seu desespero era tanto que primeiro vendeu o carro, depois vendeu um rim e agora vendeu a vista. Se não era nada disso que você queria dizer, então a resposta é outra: “vendeu à vista”, e não a prazo (à vista = adjunto adverbial de modo).
SENTOU-SE NA MESA OU À MESA?
O certo é sentar-se à mesa. Todos podem sentar-se “na mesa”, mas é falta de educação, e a mesa pode não aguentar.
Nós nos sentamos à mesa. Devemos usar o acento da crase porque “à mesa” é um adjunto adverbial de lugar.
ÀS VEZES OU AS VEZES?
Na frase “Às vezes, conto para todos as vezes que fui engrupida”, não há dúvida de que ocorre crase no primeiro caso. Trata-se de um adjunto adverbial de tempo. O segundo caso é discutível, porque a frase está mal construída. Temos um erro de regência. Provavelmente, a professora queria a seguinte frase: “Às vezes (= algumas vezes), conto para todos as vezes EM que fui engrupida.” Nesse caso, “as vezes EM que fui engrupida” seria o objeto direto do verbo CONTAR.
Consequentemente, não haveria crase, pois objeto direto não pede preposição. A crase, no segundo caso, caracterizaria uma repetição, mesmo entre vírgulas: “Às vezes (=algumas vezes), conto para todos, às vezes (= algumas vezes), que fui engrupida.” Agora, o objeto direto do verbo CONTAR seria “que fui engrupida”, e o adjunto adverbial "às vezes" estaria desnecessariamente repetido. Se fosse essa a interpretação, bastaria usar o primeiro ou o segundo: “Às vezes, conto para bastaria usar o primeiro ou o segundo: “Às vezes, conto para todos que fui engrupida” ou “conto para todos, às vezes, que fui engrupida”.
·	A crase está estritamente relacionada à regência, e podemos encontrá-la quando o termo regido está ligado ao termo regente por meio da preposição ae vem antecedido do artigo a ou dos pronomes demonstrativos a, aquele, aquela, aqueles e aquilo. 
Como vimos:
da preposição a com o artigo definido a (ou com o a do seu plural as);
da preposição a com o pronome demonstrativo a (e seu plural as); e
da preposição a com as vogais iniciais dos demonstrativos aquilo, aquele(s) e aquela(s) e dos relativos a qual e as quais.
a + a = à
Casos
Agora que você já compreendeu o que é a crase e a sua utilidade, vamos analisar os casos em que ela é necessária, começando pelos princípios básicos. Clique abaixo para navegar pelas regras de uso da crase.
BRIGATÓRIOS
O uso do acento grave indicativo da crase é obrigatório nas seguintes situações:
1: Como nomes de lugares que admitem artigo: Exemplo: Vou à Bahia
2: Antes dos pronomes demonstrativos AQUELE (S), AQUELA(S), AQUILO, A(S): Exemplo: Falamos àquele que nos impediu de entrar.
3: Nas locuções formadas por nomes femininos: Exemplo: Primeira rua à direita.
4: Com objetos e complementos nominais femininos: Exemplo: Vamos assistir à próxima sessão.
5: Nas expressões que indicam o número de horas: Exemplo: Chegarei às cinco horas. (adjunto adverbial).
USO IMPRÓPRIO
Não se usa o acento grave indicativo da crase nos casos a seguir.
1: Diante de palavras masculinas: Exemplo: Vou a pé
A título de curiosidade, qual o nome dele?
2: Antes de verbo: Exemplo: Saiu a passear.
Refiro-me a comer bem, do bom e do melhor.
3: Antes de palavras de sentido indefinido, o que inclui substantivos femininos usados em sentido genérico ou indeterminado (sem artigo). Exemplo: Referi-me a cidades de São Paulo. (algumas cidades)
Mas
Referi-me às cidades de São Paulo (todas ou as cidades específicas)
4: Quando a preposição a precede nome no plural: Exemplo: O presidente condena a ação da ONG em relação a crianças abandonadas.
5: Nas expressões de palavras repetidas: gota a gota, frente a frente: Exemplo: Encontramo-nos frente a frente.
6: Antes de pronomes que não admitem artigo:
Exemplo: Dirija-se a Sua Excelência.
Dirija-se a ela.
Dirija-se a quem quiser.
Dirija-se a certa pessoa.
7: Antes do artigo UMA. Exemplo: Fui a uma festa.
8: Antes de numerais cardinais, desde que se refiram a substantivos usados em sentido indeterminado.
Exemplo: Vi oito pessoas. (sentido indeterminado) / Refiro-me a oito pessoas.
Mas
Vi as oito pessoas. (sentido determinado) / Refiro-me às oito pessoas.
CRASE FACULTATIVA E CASOS ESPECIAIS
Os casos especiais de crase são:
Com as palavras CASA, TERRA (no sentido de chão firme) e DISTÂNCIA, só haverá crase se essas palavras estiverem especificadas.
Exemplo: Voltamos a casa.
Voltamos à casa de Maria.
Os marinheiros, assim que o navio atracou, voltaram a terra.
Os marinheiros voltaram à terra familiar.Vejo bem a distância.Vejo bem à distância de cem metros.
Método prático
Esse esquema ajudará muito na hora das dúvidas, vale memorizá-lo:
Haverá crase sempre que pudermos substituir a palavra feminina por uma masculina qualquer, havendo a seguinte correlação:
à - a às - aos à(s) que - ao(s) que
à qual, às quais - ao qual, aos quais
àquela(s) - a essa(s), nessa(s)
àquele(s) - a esse(s), nesse(s) àquilo - a isso
à(s) - para a(s)(localidades)
Pontualidade
A pontuação também é assunto de suma importância no que diz respeito à comunicação. E isso, lógico, inclui a comunicação nas empresas. 
Quando falamos, usamos recursos que ajudam nosso interlocutor a compreender o conteúdo da mensagem que queremos transmitir, não é mesmo? 
Por não haver essa possibilidade na linguagem escrita, utilizamos uma série de sinais gráficos ― chamados de sinais de pontuação ― que reproduzem os recursos da fala.
Apesar de existirem regras que nos auxiliam a pontuar, não é possível fixar todas as normas que envolvem o emprego dos sinais de pontuação, pois, muitas vezes, há razões de ordem subjetiva, isto é, pessoal, que determinam sua utilização. 
O estilo do autor, sua intenção e a criatividade acabam interferindo nesse aspecto, sem configurar necessariamente um erro gramatical. 
Porém, no mundo empresarial, as regras não são tão flexíveis. Dessa forma, precisamos compreender o que é aceitável e o que não é em relação à pontuação.
Mas, afinal, como devo pontuar?
Se tomarmos as regras de pontuação indicadas nas melhores gramáticas de língua portuguesa e procurarmos verificar se os textos modernos as seguem, constataremos de imediato a enorme distância que vai da norma ao uso.
De fato, os sinais de pontuação, particularmente a vírgula, têm hoje emprego bastante elástico, de difícil precisão. 
Porém, não é por isso que cada um fará de um jeito. Apesar de seguir os estilos dos autores, existem algumas regrinhas básicas que devemos aplicar na hora de escrever.
: ? ! - , ; . ...
Veja agora outro exemplo de problema de compreensão, causado pela falta de pontuação:
“Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria se rastejando à sua procura.”
Aqui, dependendo da pontuação utilizada, teríamos duas interpretrações diferentes. Observe:
“Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria se rastejando à sua procura.”
“Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria se rastejando à sua procura.”
Comunicação Empresarial em:
Mensagem não eficiente
Começamos a aula ilustrando um exemplo de mensagem não eficiente.
Há muitos outros defeitos encontrados em textos empresariais que prejudicam a comunicação.
Esses defeitos, chamados vícios de linguagem, são, segundo o gramático Napoleão Mendes de Almeida, palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.
E, obviamente, algo que deturpa e dificulta a comunicação não deve ser utilizado, não e mesmo ?
Arcaísmo Arcaísmos são palavras ou expressões que já não são mais usadas. O vício de empregá-las deve ser evitado, pois compromete a clareza do texto.
Não podemos contar que os nossos leitores tenham conhecimentos da história da língua e conheçam esse vocabulário que não é mais usado. Por isso, o nosso texto deve sempre facilitar o entendimento do público em geral.
O objetivo da escrita, principalmente a empresarial, é atingir todos os níveis de leitores. Por isso, precisamos adequar nosso discurso ao contexto.
Cacófato é um acidente fonética, em que as sílabas finais de uma palavra e as iniciais da palavra seguinte formam uma terceira palavra de som desagradável e, muitas vezes, obsceno.
Veja alguns exemplos: por cada, amo ela, boca dela, vi ela, vou-me já, ela tinha, como as concebo, essa fada etc.
A cacofonia deve ser evitada em contextos formais ou informais de comunicação. Além de empobrecer o texto, dispersa o seu interlocutor. Com certeza, ele notará o cacófato e deixará de prestar atenção em sua mensagem por algum tempo.
Solecismo são os erros que vão contra as normas de concordância, de regência ou de colocação.
Há três tipos de solecismo
SOLECISMO DE CONCORDÂNCIA
Errado: Haviam muitas pessoas no recinto.
Certo: Havia muitas pessoas no recinto. Errado: Fazem três anos que não temos acidentes de trabalho.
Certo: Faz três anos que não temos acidente de trabalho. Errado: Falta duas horas para o fim do expediente.
Certo: Faltam duas horas para o fim do expediente. Errado: Aluga-se salas nesse edifício.
Certo: Alugam-se salas nesse edifício.
Errado: Vende-se ações desta empresa. Fale com o corretor.
Certo: Vendem-se ações desta empresa. Fale com o corretor.
Errado: Houveram algumas dúvidas na reunião.
Certo: Houve algumas dúvidas na reunião.
SOLECISMO DE REGÊNCIA
Errado: Assistirei o filme depois do trabalho.
Certo: Assistirei ao filme depois do trabalho
Errado: Sente-se na mesa do estagiário.
Certo: Sente-se à mesa do estagiário.
Errado: Espere um pouco que vou no banheiro.
Certo: Espere um pouco que vou ao banheiro.
SOLECISMO DE COLOCAÇÃO
Errado: Me encaminha aquele e-mail.
Certo: Encaminha-me aquele e-mail.
Errado: Me dá seu telefone?
Certo: Dá-meseu telefone?
Errado: Se preocupou comigo?
Certo: Preocupou-se comigo?
Errado: Me faça um favor.
Certo: Faça-me um favor.
Estrangeirismo é o processo que introduz palavras de outros idiomas na língua portuguesa. Enquanto essas palavras não forem absorvidas em nosso idioma, serão consideradas um vício de linguagem.
Isso acontece quando fica claro que não há necessidade de recorrer a uma palavra estrangeira para definir algo que possui uma palavra em português e que ainda é muito usada.
A maioria das palavras da língua portuguesa tem origem latina, grega, árabe, espanhola, italiana, francesa ou inglesa. Essas palavras são introduzidas em nossa língua por diversos motivos: históricos, socioculturais e políticos, modismos ou mesmo por causa dos avanços tecnológicos. Porém, enquanto isso não acontece, precisamos nos policiar para evitá-las e preferir as palavras em português.
 PLEONASMO Também conhecido por pleonasmo vicioso, tautologia ou simplesmente redundância, o Pleonasmo é o vício de linguagem relacionado ao uso de uma expressão redundante, isto é, trata-se da repetição desnecessária de um termo ou ideia.
Por isso, para não se dizer a “mesma coisa” duas vezes, devemos nos expressar de forma objetiva.
10 exemplos de Pleonasmo:
Descer para baixo e entrar dentro Se é descer, logicamente é para baixo; e não há a possibilidade de se entrar fora.
Amigo pessoal Amigo só pode ser pessoal. No dicionário “pessoal” é designado também como “conjunto de pessoas com afinidades ou interesses comuns; turma, amigos, família (o pessoal lá de casa; o pessoal do clube/do bairro)”. Por isso, trata-se da mesma ideia.
Conclusão final	 A palavra “conclusão” já significa desfecho, arremate.
Consenso geral “Consenso” significa uniformidade de pensamentos, opiniões, etc. já englobando a totalidade dos envolvidos.
Pequenos detalhes	Detalhe é cada mínima parte de um todo ou conjunto. Portanto, detalhes já são pequenos, concorda?
Planos ou projetos para o futuro Não fazemos planos para o passado. A não ser que você tenha uma máquina do tempo.
Surpresa inesperada	Se é uma surpresa, não se esperava por ela.
Viúva do falecido	Não pode haver viúva se não houver um falecido.
Almirante da Marinha	Esta patente existe apenas na Marinha.
Países do mundo	De onde mais seriam os países?
Outros desvios
Vamos analisar, agora, outros desvios em relação à sintaxe que, assim como os vícios de linguagem, também podem comprometer o processo de comunicação.
alguns exemplos de dificuldades sintáticas relacionadas à formação de frases:
FRASES SIAMESAS
Provavelmente, você já criou alguma frase siamesa e nem sabe. Ela aparece quando começamos a escrever sem muita atenção, e acabamos nos esquecendo de pontuar ou de utilizar conectivos para fazer a ligação entre as frases, transformando-as em algo sem sentido. Já aconteceu com você, não é?
Observe esta frase:
A garota estava apavorada teria de enfrentar o pai furioso.
Ela é um bom exemplo do que chamamos de frase siamesa, em analogia a irmãs siamesas (gêmeas que nascem unidas por uma parte do corpo). Esse tipo de construção caracteriza-se por apresentar ideias ligadas incorretamente, ou seja, são frases distintas que possuem enunciado completo, mas apresentadas como se fossem uma só, por não haver elemento de ligação entre elas como os sinais de pontuação ou os conectivos. 
Saiba mais:
Veja como fica a frase se eliminarmos o problema: 
• Usando sinais de pontuação:
A garota estava apavorada; teria de enfrentar o pai furioso.
A garota estava apavorada. Teria de enfrentar o pai furioso. 
• Usando conectivos coordenativos:
A garota estava apavorada, mas teria de enfrentar o pai furioso.
A garota estava apavorada, pois teria de enfrentar o pai furioso. 
• Usando conectivos subordinativos: 
Como teria de enfrentar o pai furioso, a garota estava apavorada.
A garota estava apavorada porque teria de enfrentar o pai furioso. 
Para evitar esse problema, releia o seu texto, mesmo que seja apenas um breve e-mail, e observe se é necessário pontuar ou aplicar conectivos para que o seu leitor compreenda a mensagem com mais facilidade.
FRASES SEGMENTADAS
Em alguns momentos, principalmente devido à pressa, acabamos construindo frases segmentadas que dificultam muito o entendimento da mensagem. 
Algo segmentado é algo incompleto, certo? Composto por apenas uma parte do todo, não é? Frase segmentada, portanto, é aquela quebrada por pontuações incorretamente, isto é, dividida por uma pontuação que separa enunciados incompletos. 
Essas frases resultam em textos sem sentido, gerando a famosa incoerência.
Veja um exemplo:
Uma orquestra muito harmoniosa. No casamento da minha irmã, ela ficou melhor ainda!
Observe que as frases acima estão separadas incorretamente por um ponto final. Geralmente, esse problema acontece quando o escritor imagina que o leitor seguirá a mesma linha de raciocínio pensada por ele no momento em escreveu o texto. Porém, na verdade, o leitor não tem o mesmo conhecimento do autor sobre aquele assunto. Tem apenas o texto. Por isso, este lê, interpreta o que está escrito e não consegue compreender a mensagem. Para ele, são apenas duas frases sem sentido, que não complementam uma a outra. Cada uma parece tratar de um assunto.
Agora, veja o exemplo pontuado corretamente:
Era uma orquestra muito harmoniosa e ficou mais ainda no casamento da minha irmã. OU Já achava que era uma orquestra muito harmoniosa, mas, no casamento da minha irmã, ficou melhor ainda.
FRASES CENTOPEICAS
Frases centopeicas ou labirínticas recebem esse nome devido ao seu comprimento, e, por serem muito extensas, acabam perdendo a sua ideia-núcleo.
Vamos ao exemplo:
Um dos mais movimentados e agitados centros financeiros do mundo todo, Zurique, também famosa e conhecida por seus gostosos chocolates, cujo sabor é inesquecível, e também mundialmente conhecida por seu comércio especializado em artigos caros, finos e requintados, além de possuir uma paisagem de cartão postal, uma das mais belas da Suíça, tem atraído ultimamente um grande número de pessoas doentes que decidem pôr à própria vida, na Dignitas, uma ONG que pratica a eutanásia legalmente.
Reparou como a compressão foi prejudicada devido ao número extenso de informações? Procure escrever sentenças mais curtas e divida o conteúdo em parágrafos. Isso fará com que o leitor não perca o foco do assunto principal e, dura realidade, não fique com preguiça de ler.Veja como ficaria o nosso exemplo depois de seguir essas orientações:A famosa Zurique, uma das paisagens mais belas da Suíça, é conhecida por seus gostosos chocolates, por seu comércio especializado em artigos caros, finos e requintados e, claro, por ser um dos mais movimentados e agitados centros financeiros do mundo todo.Além de ter todos esses atributos, ultimamente Zurique tem atraído um grande número de pessoas doentes que decidem pôr à própria vida, na Dignitas, uma ONG que pratica a eutanásia legalmente.
A coerência, como você já sabe, é a ligação de cada uma das partes do texto com o seu todo, de forma que não haja contradições ou erros que gerem incompreensão, mal-entendido ou até mesmo falha na comunicação.
A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor.
Podemos organizar, de acordo com Ingedore Koch, a coerência em quatro tipos:
Tipos de coerência
Coerência semântica
Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em sequência. A incoerência aparece quando esses sentidos não combinam ou quando são contraditórios. É estabelecida entre os significados dos elementos do texto através de uma relação logicamente possível.
Coerência sintática
Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes etc. Trata da adequação entre os elementos que compõem a frase, o que inclui também atenção às regras de concordância e de regência.
Coerência estilística
Vem da utilização de linguagem adequada às possíveis variaçõesdo contexto. Na maioria das vezes, esse tipo de coerência não chega a perturbar a interpretabilidade de um texto. É uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos (formal x informal, por exemplo). É desejável que quem escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme.
Coerência pragmática
Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado através do conhecimento que possuímos da realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às conversações. Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de conteúdo de acordo com a situação em que o texto é usado.
Mas como distinguir cada tipo?
Um texto pode ser incoerente em determinada situação se seu autor não consegue estabelecer um sentido ou uma ideia através da articulação de suas frases e parágrafos e por meio de recursos linguísticos (pontuação, vocabulário etc.).
Como vimos na última aula, pode-se concluir, por esse motivo, que um texto coerente é aquele que é capaz de estabelecer sentido. Por isso, a coerência é entendida como um princípio de interpretabilidade.
Agora veremos exemplos de cada tipo de incoerência. É só seguir em frente.
Incoerência semântica
A casa que desejo comprar é bastante jovem. Essa frase é incoerente quando levamos em consideração o significado da palavra jovem. Embora tenha o sentido de coisa nova, o vocábulo jovem só é empregado para caracterizar seres humanos; e não seres inanimados, como é o caso de casa. Para essa caracterização, a palavra nova seria mais apropriada, concorda?
Incoerência sintática
As pessoas que têm condições procuram o ensino particular, onde há métodos, equipamentos e até professores melhores. Apesar de haver comunicabilidade, já que possível compreender a informação, a coerência desse período está inadequada. Ela poderia ser restabelecida se fosse feita uma alteração: a troca do pronome relativo onde, específico de lugar, para no qual ou em que (ensino particular, no qual/em que há métodos).
Incoerência estilística
 O ilustre advogado observou que sua petição não prosperaria, haja vista seu cliente ter enfiado o pé na jaca. Imagine iniciar uma fala, em um contexto formal, com palavras mais “sofisticadas” e depois misturar com uma forma de linguagem bem popular, usando gírias. Essa incoerência poderia parecer inclusive uma brincadeira, modificando o sentido que o autor da frase desejava.
Incoerência pragmática
 Veja esta conversa entre amigos:
 ― Maria, sabe dizer se o ônibus para o Centro passa aqui?
― Eu entendo, João. Hoje faz um ano que minha avó faleceu. 
Note que Maria, na verdade, não responde a pergunta feita por João, pois não estabeleceu uma sequência na conversa. Ela propôs outro assunto, irrelevante para a pergunta feita. Assim, percebemos que na sequência de falas deste exemplo não há coerência.
Do que se trata a coerência textual?
Você sabia que a palavra texto provém do latim textum, que significa “tecido, entrelaçamento de fios”? Assim, da mesma forma que um tecido não é apenas um emaranhado de fios, o texto é não um mero amontoado de frases: 
Segundo Melo:
“texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais.”
(MELO, 2003)
Por isso, deve haver uma organização, uma unidade de sentido para que o texto seja considerado texto e cumpra sua função: estabelecer contato com seu interlocutor, a fim de informar, influenciar, questionar, sensibilizar, convencer, divertir, enganar, seduzir. É disso que trata a coerência textual. 
Se os fio embolam ou se rompem, quebra-se a coerência, ou seja, o texto não faz sentido. 
Então, vamos analisar a seguir os fatores que impedem que os fios do texto embaracem ou se rompam.
A coerência se estabelece por uma série de fatores que afetam os possíveis sentidos de um texto. Portanto, ao considerarmos que a coerência é o princípio de interpretabilidade, podemos observar os seguintes fatores:
CONHECIMENTO LINGUÍSTICO
O Conhecimento linguístico consiste no domínio das regras que norteiam a língua, isso vai possibilitar as várias combinações dos elementos linguísticos. 
CONHECIMENTO DE MUNDO
É o conhecimento proveniente de nossas experiências com o mundo, resultante da interação sociocultural. Através dessa interação, armazenamos conhecimento, constituindo os modelos cognitivos.
É uma espécie de arquivo que guardamos em nossa memória, como se fosse um dicionário, relacionado ao mundo e à cultura a que temos acesso. 
Por exemplo, ao chegar a um funeral, sei o comportamento que devo ter, como cumprimentar as pessoas, qual traje usar etc. Em um funeral, portanto, é aceitável dizer “é com muito pesar que trago meus sentimentos”, e não é aceitável dizer “é com muito prazer que trago meus sentimentos”.
CONHECIMENTO PARTILHADO
Conhecimento compartilhado entre as pessoas, entre quem estabelece uma interação. Essa interação se torna possível graças à experiência comum dos envolvidos.
Por exemplo, as regras comunicadas em reuniões de condomínio passam a ser conhecidas por aquele grupo de condôminos. 
INTERFERÊNCIA
São as reflexões que fazemos a partir de alguma ideia, a partir de determinado texto. Incluem as deduções, conclusões que construímos juntamente com quem conta ou escreve uma história, um fato etc.
Por exemplo, quando alguém diz que foi ao médico ver um problema nos olhos, podemos deduzir que está falando de um oftalmologista.
CONTEXTUALIZAÇÃO
São os elementos que “ancoram” o texto em uma situação comunicativa determinada, como a data, o local, a assinatura, os elementos gráficos, o timbre, o título, o autor.
Em documentos, por exemplo, o carimbo, a data, a assinatura são muito importantes. Já entre os fatores gráficos, a disposição do conteúdo, as ilustrações e as fotos também contribuem para contextualizar o texto.
SITUACIONALIDADE
Conhecimento de onde a história se situa, com todos os elementos necessários. Fator que atua nas duas direções, tanto da situação para o texto quanto do texto para a situação.
Um texto coerente em uma situação pode não ser em outra, como nos casos dos textos literários que analisamos.
INFORMATIVIDADE
É o nível de informação contida no texto, que dependerá da intenção do produtor de construir um texto mais ou menos hermético.
Diz respeito ao grau de previsibilidade da informação que vem no texto, que será menos informativo, se contiver apenas informação previsível ou redundante.
Já se contiver informação inesperada ou imprevisível, o texto terá um grau máximo de informatividade , podendo, à primeira vista, parecer até incoerente por exigir do receptor um grande esforço de decodificação.
Para complementar os seus estudos, visite o site Pedagogia ao Pé da Letra.
FOCALIZAÇÃO
Constitui-se no próprio foco do texto, no assunto a ser tratado. Isso evita que um texto com tema da globalização passe a falar mal dos países globalizados.
O titulo do texto é, em grande parte dos casos, responsável pela focalização. Também pode ser analisado como a concentração dos usuários (produtor e receptor) em apenas uma parte de seu conhecimento.
Uma reportagem sobre um crime será lida de maneiras diferentes por um advogado, um psicólogo, um sociólogo e um policial, por exemplo.
Assim, como o mesmo crime seria descrito de maneiras diferentes por esses profissionais.
INTERTEXTUALIDADE
É uma interação entre textos, sendo um mecanismo importante para o entendimento de determinadas mensagens.
Ocorre quando um texto faz alusão a outros textos, exigindo do leitor uma busca de informações fora do universo do texto em questão.
INTENCIONALIDADE E ACEITABILIDADE
O primeiro fator diz respeito à intençãodo emissor e o segundo refere-se à atitude do receptor de aceitar a manifestação linguística como um texto coeso e coerente.
Você sabe o que é coesão textual?
A coesão é um dos requisitos imprescindíveis à construção de todo e qualquer texto. Há, portanto, alguns elementos que funcionam como principais agentes nesse processo, para fazer com que a mensagem aconteça de forma clara e precisa
ADIÇÃO
Também, e, ainda, não só, mas também, além disso
Fiz Análise Textual e Metodologia Científica.
PROPORÇÃO
À medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que
Quanto mais estudava, mais ganhava dinheiro.
CONFORMIDADE
Como, segundo, conforme, consoante
Segundo a orientação do professor, começaremos o estágio em breve.
CONDIÇÃO
Se, caso, desde que, contanto que
Você pode ter um bom emprego, desde que se dedique à faculdade.
FINALIDADE
Para que, a fim de que, com o objetivo de, com o intuito de
Com o intuito de conseguir a vaga na faculdade, ela estudava oito horas todos os dias.
Importante: Talvez neste exemplo você tenha tido um pouco de dificuldade para perceber a relação de finalidade entre as frases. Porém, essa possível dificuldade é logo superada se mudarmos a ordem das orações.
Coesão e coerência nos processos seletivos
Nos processos seletivos, é muito comum pedirem aos candidatos para escreverem redações, não é mesmo? A coesão e a coerência são os principais pontos analisados na hora da avaliação do texto.
A partir de agora, você verá dicas para escrever um texto coeso e coerente e tirar de letra essa etapa do processo seletivo.
CONECTIVOS
As relações sintático-semânticas permitem a conexão entre as orações e, por serem tão importantes, é bastante válido que você aprenda algumas dessas conjunções e as suas influências.
Assim, quando você se tornar bem íntimo delas, terá mais segurança na hora de aplicá-las e, com certeza, seu texto será mais claro e coerente, já que você conseguirá estabelecer com mais facilidade as conexões em seu texto. 
Acesse o PDF e confira o quadro com as principais relações sintático-semânticas. 
ESTRUTURAS SINTÁTICAS
Ao revisar seu texto, verifique se os verbos que você utilizou estão sendo aplicados de maneira adequada e se estão dizendo realmente aquilo que você pretendia, isto é, veja se existe um verbo mais específico, que não dê margem para o seu leitor interpretar de forma equivocada. Ao fazer essa revisão, é bom checar se os complementos verbais que você utilizou estão de acordo e também as preposições, para evitar problemas de regência, por exemplo.
PERÍODOS LONGOS
Quando escrevemos períodos muito longos, as chances de cometermos erros aumentam consideravelmente. Portanto, opte por escrever períodos mais curtos e objetivos. Você perceberá que essa tática auxilia inclusive na pontuação correta de seu texto. Veja um exemplo:
Em 1988 o time foi profissionalizado por ocasião do título de Campeão da Segunda Divisão Estadual, na época da administração de Luiz Gonçalves Lima, Luiz Negrinho, usando o uniforme composto por camisa com listras horizontais verdes e brancas, calção verde e meias verdes, para comemorar o título e para homenagear o membro-fundador, já falecido, que foi presidente do time por muito tempo, e que, mesmo morto, deveria estar pulando de alegria, por ter dedicado toda a sua vida para conquistar o direito de jogar entre os melhores, de jogar com as estrelas que tanto admirava e ver seu time brilhar na televisão aos domingos.
Observando esse longo período, que apresenta informações bem variadas, verificamos como esse tipo de construção pode prejudicar o entendimento.
FATORES DE COERÊNCIA
Seguem alguns fatores que auxiliam na formação de textos coesos, que você sempre deve observar na hora de escrever:
O conhecimento de mundo e a preocupação em compartilhar esse conhecimento com os interlocutores;
O domínio das regras da língua, possibilitando a combinação dos elementos linguísticos que serão compreendidos pelos interlocutores que também dominam essas regras;
Os próprios interlocutores, considerando a situação em que se encontram, as suas intenções de comunicação e a função comunicativa do texto. A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, mas sempre interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor.
Parágrafos são as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica.
Essas unidades são chamadas de tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o complementam.
A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e acompanhe como foram desenvolvidas em seus diferentes estágios.
Curto ou longo?
A extensão do parágrafo é variada. Existem parágrafos de duas linhas e também aqueles que ocupam uma página inteira. Já que há essa variação, o que nos faz escrever um parágrafo curto ou estendê-lo um pouco mais?
A ideia central que o parágrafo apresenta pode ser um critério para determinar se este será curto ou mais extenso.
Parágrafos longos
Geralmente, parágrafos longos são utilizados para manter uma continuidade do raciocínio. Em geral, obras científicas e acadêmicas possuem parágrafos mais longos por duas razões:
1. As explicações são complexas e exigem várias ideias e especificações;
2. Os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanhá-los.
Parágrafos curtos
Já os parágrafos curtos, seguindo esta lógica, são adequados para pequenos textos, e, geralmente, são escritos por quem tem pouca prática na escrita ou pensando-se nos leitores que possuem pouca prática de leitura.
Você já deve ter reparado que as notícias de jornal, por exemplo, possuem parágrafos curtos, distribuídos em colunas estreitas. Ou que os textos escritos para serem lidos por meio da internet seguem esse padrão.
Esses textos possuem essa característica por causa do perfil dos leitores.
Tipos de tópicos mais comuns
Veja os tipos mais comuns de tópicos frasais que auxiliam na hora de iniciar um parágrafo:
DECLARAÇÃO INICIAL
O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa. Serve para vários tipos de texto (você estudará tipologia textual na aula 06), mas é usualmente encontrada em textos argumentativos.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação.
DEFINIÇÃO
Trata-se de um bom recurso didático. Define-se algo quando se delimita o seu significado dentro de um campo semântico. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos dissertativos/informativos.
Exemplo: O jornal é um meio de comunicação periódico constituído por notícias, reportagens, crônicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público.
DIVISÃO
O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu desenvolvimento. Serve para vários tipos de texto.
Exemplo: As informações tomam dois caminhos para atingir o receptor: o jornal impresso e a televisão
INTERROGAÇÃO
O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado tema, mediante uma pergunta. Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos.
Exemplo: O crescente uso da internet provocará o fim do jornal impresso?
DECLARAÇÃO INICIALALUSÃO/CITAÇÃO
O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. Serve para vários tipos de texto.
Exemplo: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, tomar leite tem como resultado morte certa.
Coesão sequencial e a relação com o sentido
O parágrafo não se limita ao tópico, não é mesmo?
E o texto que se segue ao tópico no espaço do parágrafo chama-se desenvolvimento. Que, de fato, é o desenvolvimento da ideia introduzida no tópico.
A seguir, apresentamos alguns deles para que você se inspire na elaboração de seus textos e para que fique mais atento, sendo capaz de produzir inferências, deduções,quando estiver lendo e produzindo sentidos com suas leituras.
EXPLANAÇÃO DA DECLARAÇÃO INICIAL
O autor esclarece a afirmação ou negação que fez no tópico.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. - Tópico frasal . Somos bombardeados todo o tempo por relatos de agressões, via televisão, rádio e jornais. Parece até que o objetivo é tornar normal a barbaridade, repetindo os feitos dos bandidos vezes sem conta, até a exaustão. – Desenvolvimento do parágrafo por meio do esclarecimento da ideia apresentado no tópico.
ENUMERAÇÃO DE DETALHES
Trata-se de um tipo de desenvolvimento muito específico, pois é bastante comum em parágrafos descritivos. Nesse sentido, há uma preocupação em apresentar detalhes da afirmação que foi feita, de maneira mais genérica, no tópico.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. - Tópico frasal. Sendo assim, os jornais só falam de sangue e tragédia. A televisão, por sua vez, prioriza as mazelas como forma de manter a audiência. Até a internet, embora seja um meio jovem, não se diferencia dos seus antecessores, pois é ela também meio de prática de crimes de pedofilia, por exemplo. - Desenvolvimento do parágrafo por meio da enumeração dos detalhes.
COMPARAÇÃO
Há quem faça distinção entre ANALOGIA e CONTRASTE, distinguindo as formas de comparação. Assim, a analogia seria uma comparação entre semelhantes, enquanto o contraste se configuraria pela aproximação de termos acentuando suas diferenças. Para facilitar, trataremos apenas de Analogia.
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação . - Tópico frasal. Nos primórdios, as marcações nas rochas feitas pelos povos primitivos indicavam caminhos, perigos, símbolos de sentido restrito etc. Atualmente, a mídia ultrapassou esses limites físicos e permite uma pluralidade de significados que, sem controle ou censura, podem ferir a sociedade. – Desenvolvimento do parágrafo por meio da comparação.
CAUSA E CONSEQUÊNCIA
Esse desenvolvimento apresenta uma relação de causas para a declaração feita no tópico ou dela decorrentes. Em outros casos, pode apresentar as consequências ou, até mesmo, as causas e consequências juntas
Exemplo: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. - Tópico frasal. Tal uso resulta em uma série de distorções, como a apresentação de cenas chocantes em horários inadequados na televisão, por exemplo. Isso gera nos telespectadores uma espécie de senso comum que aceita a violência como algo natural. – Desenvolvimento do parágrafo por meio da apresentação das consequências.
Como fazer uma paráfrase?
Como vimos, para produzir uma paráfrase é preciso seguir as ideias do texto original, reproduzindo-as de outra maneira, de forma resumida ou mesmo ampliando o texto.
Vamos ver agora algumas dicas que o ajudarão na hora de elaborar uma paráfrase:
DEFINIR O OBJETIVO
Primeiramente, você deve definir o objetivo da paráfrase. Por que você precisa reescrever o texto? Para adequá-lo a novos leitores ou meio de comunicação? Para modernizá-lo? Para utilizá-lo em um trabalho acadêmico? Essa análise vai ajudá-lo a decidir qual será a linguagem utilizada na paráfrase. 
FAZER UMA LEITURA CUIDADOSA
Você deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta, destacando e fazendo anotações, e, a partir daí, decidir se vai apenas reafirmar a ideia apresentada com suas palavras ou se será necessário esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes.
NÃO DISTORCER A IMAGEM
Embora você vá redigir a paráfrase com suas palavras e estilo próprio, deve seguir passos do texto original sem omitir informações que permitam aos seus leitores uma interpretação fiel do texto estudado. Tomando sempre muito cuidado para não distorcer a mensagem.
UNIR IDEIAS AFINS
Você pode unir ideias afins, de acordo com a identidade e evolução do texto-base, reorganizando o texto em blocos de assunto, por exemplo, mas respeitando a evolução dos argumentos do autor.
SUBSTITUIR AS PALAVRAS REBUSCADAS
Consulte o dicionário e substitua as palavras menos usadas, ou muito rebuscadas, por palavras que sejam de conhecimento do público geral, tentando, obviamente, se preocupar com a precisão vocabular.
RELER O SEU TEXTO FINAL
Redija o texto buscando a síntese das ideias e a clareza. Preocupe-se com a pontuação, a coesão e a coerência. Não faça comentários ou dê sua opinião. Depois, releia a paráfrase para encontrar possíveis erros e corrija-os.
A verdadeira paráfrase
Vamos analisar agora um exemplo bem sucedido de paráfrase, muito comum no meio jornalístico. É o caso das muitas versões de uma mesma notícia.
Os jornalistas, seguindo seu próprio estilo, o estilo do jornal, mas principalmente do público leitor, são capazes de comunicar as mesmas informações de formas bem diferentes.
Veja agora duas versões da mesma matéria e compare, atentando para as palavras em destaque:
Primeira versão
Caixa aprova medidas de uso de recursos do FGTS para imóvel na planta (Brasil Agora, 21 abril 2004)
Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil
Brasília — A Caixa Econômica Federal aprovou duas medidas que vão facilitar a vida do comprador e do construtor de imóveis na planta com recursos do FGTS. Para o comprador, criou-se a possibilidade de utilização do seu FGTS para pagamento de até 80% do valor das prestações finais durante a fase de construção. Para as empresas foi aprovada a inexigibilidade da necessidade de hipoteca de unidades não financiadas. A implantação das medidas é imediata.
Segunda versão
CEF facilita uso de FGTS em prestação de casa(O Globo, 22 abr 2004, p. 30)
Geraldo Doca
Brasília: A Caixa Econômica Federal (CEF) aprovou uma medida que vai aliviar o bolso dos candidatos aos financiamentos habitacionais com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para imóveis na planta. A partir de agora, o interessado poderá usar o dinheiro do fundo para abater até 80% do valor das prestações, assim que o contrato for assinado.
Mas o que é um resumo, afinal?
Resumo, diferente da paráfrase que estudamos agora, é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. Significa reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três elementos:
Cada uma das partes essenciais do texto;
A progressão em que elas acontecem;
A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes.
Aspectos metodológicos
Neste aspecto, o resumo segue algumas regras:
• Devemos seguir as ideias principais do autor, na ordem em que aparecem no texto (a primeira frase explica o assunto do texto)
• Devemos ser capazes de, desprezando ideias particulares, registrar informações de ordem geral (este conceito aproxima-se do de tematização);
• Indica-se a categoria do tratamento (Do que se trata? De estudo de caso, de análise da situação?);
• O resumo deve apresentar o objetivo, o método e as técnicas de abordagem, os assuntos, os resultados e as conclusões do trabalho.
Estilo e extensão
• Quanto ao estilo, deve ser composto por frases concisas, evitando-se enumerar tópicos;
• É comum o uso da 3º pessoa do singular, com verbos na voz ativa (“O autor afirma que...”);
• Devemos excluir a maior parte dos detalhes, exemplos, fatos secundários, realizando a supressão de adjetivos e advérbios;
• Devemos reescrevê-lo usando as nossas palavras, isto é, não se deve utilizar trechos do texto original;
• Não há limite de páginas, desde que seja menor do que o texto-base, mas existem algumas recomendações.
Fonte: O que é resumo. Texto hospedado em: Biblioteca online Scribd.
Classificação dos Resumos
Os dois principais tipos de resumo são:
Indicativo ou fichamento
Resumo indicativo ou fichamento
O resumo indicativo ou fichamento caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo.
Refere-se às partes mais importantes do texto. Pode ser usado, por exemplo, para adiantar o assunto de um anexo de e-mail.
Indica as principais ideias em torno das quaiso texto foi elaborado
Normalmente, é utilizado em propagandas, catálogos de editoras, livrarias e distribuidoras ou ainda em breves exposições de determinadas obras
Informativo
Resumo informativo
O resumo informativo, também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original. Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. Nele, comentários pessoais e juízos de valor são evitados. Apresenta todas as informações, de forma sintética, que o autor usou para criar o texto.
Indispensavelmente, deve conter:
Assunto;
Problema e/ou o objetivo;
Metodologia;
Ideias principais em forma sintética;
Conclusões
É o mais utilizado em universidades.
O contexto do contexto
É ele que pode definir o sentido do discurso e, normalmente, orientar tanto a produção quanto a recepção.
Em determinadas circunstâncias, um texto menos complexo, e até aparentemente menos claro, pode funcionar melhor, ser mais adequado, do que outro mais completo que contenha muitas informações. Isso acontece, por exemplo, com as placas de trânsito. Elas são mais apropriadas para passar uma mensagem ao motorista, que obviamente está ocupado dirigindo, do que um longo texto explicativo ou persuasivo que o motorista sequer teria tempo para ler.
Como neste caso, é importante que o contexto esteja de acordo com a situação comunicativa e que o interlocutor tenha as referências adequadas para fazer a leitura.
Um motorista, por ter estudado as regras de trânsito, possui as referências necessárias para compreender o significado desses símbolos.
Esse contexto, chamado de contexto não verbal está de acordo, portanto, com a situação comunicativa em que o motorista se encontra.
No caso dessa placa, especificamente, estamos lidando apenas com a escrita. Logo, entramos no contexto verbal.
Observe nas placas que temos os dois contextos (verbal e não verbal) associados, já que elas conjugam a imagem da seta e o texto. contexto misto
Situações empresariais
No ambiente empresarial, podemos afirmar que o texto escrito é mais utilizado do que a linguagem não verbal? Não!
Estamos em contato, principalmente no dia a dia corporativo, com logotipos que são nada mais nada menos do que a identidade visual de uma empresa.
Conceituando gêneros textuais e tipologia textual
Os gêneros textuais podem ser encarados como as diversas formas que um texto pode assumir para cumprir seus objetivos, ou seja, para informar, entreter, comover etc. Sendo assim, podemos admitir que diferentes formas de textos fazem parte de nosso cotidiano, levando em conta que a comunicação atende a vários propósitos.
Os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento, em um determinado contexto.
O tipo de texto, por sua vez, é limitado, pois se refere à estrutura composicional da língua.
De forma geral, temos cinco tipos textuais (narração, argumentação, exposição, descrição e injunção), que aprofundaremos ainda nesta aula.
Não se esqueça de que um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual.
Aliás, um único gênero pode conter mais de um tipo de texto. Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.
Vamos agora analisar os tipos textuais e ver alguns exemplos.
Narração
A narração é um tipo de texto em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu em um determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.
Há uma relação de anterioridade e posterioridade e, normalmente, apresenta-se verbalmente no passado.
De início, é bom você procurar sempre contá-los de uma maneira bem diferente, bem inteligente, fugindo dos “lugares comuns”.
Em uma empresa, podemos ter, por exemplo, a necessidade de se contar a história dela em um site ou ainda fazer um relatório.
Argumentação
A argumentação é um tipo de texto através do qual o emissor da mensagem tenta convencer o ouvinte/leitor.
O texto argumentativo defende uma ideia específica.
No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.
Exposição
A exposição é um tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um conhecimento, uma explicação sobre um objeto (pessoa, fato, circunstância).
Como traz informações específicas sobre um tema, também é chamada de texto informativo
Descrição
A descrição apresenta um objeto do discurso (pessoa, coisa, circunstância, fato etc.), realçando suas características. A sua técnica implica uma contemplação e uma apreensão de algo objetivo ou subjetivo.
O redator, ao descrever, capta o mundo, exterior ou interior, conforme a sua sensibilidade.
Numa visão mais mercadológica, para cada empresa ou situação empresarial há de se fazer uma descrição condizente com a intencionalidade do texto.
É fato que a maioria das empresas deve primar pela objetividade a fim de se fazerem entender suas mensagens.
Mas, como tudo depende do contexto, também podem ser necessárias as descrição subjetivas.
Injunção
A injunção é uma tipologia textual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como se realiza uma ação.
Temos como exemplos de textos injuntivos as questões de prova, as receitas culinárias, os manuais de instrução, algumas propagandas, instruções de jogos etc.
Gêneros Textuais
Como vimos, os gêneros textuais adaptam-se às circunstâncias da comunicação, bem como aos interesses do emissor e do receptor da mensagem.
Por esse motivo, não há um limite para as classificações de gêneros, visto que os textos podem ser produzidos por falantes diversos e com objetivos específicos, de forma oral ou escrita.
Os gêneros textuais, portanto, são ações discursivas que se constituem para representar o mundo, as experiências vivenciadas, os conhecimentos, os desejos etc. exemplos de gêneros textuais, 
POESIA
Poesia: linguagem com fins estéticos
NOTÍCIA
Notícia: o objetivo principal é a informação
CHARGE
Charge: associação entre texto e imagem
PUBLICIDADE
Publicidade: uso da linguagem para convencimento
CARTA
Carta: mensagem individualizada
EMAIL
E-mail: vários gêneros em um só
O e-mail tem como característica a possibilidade da presença de vários outros gêneros, como cartas, bilhete, memorando, propaganda, informativo etc.
Você sabe redigir bem?
Basicamente, redigir bem é colocar-se no lugar do destinatário e ser objetivo.
Será isso continua valendo quando tratamos de uma linguagem tão formal quanto a Correspondência Comercial
Será que temos de esquecer as regras que regem esse tipo de discurso há tanto tempo?
O importante é saber que, independente das discussões sobre esse assunto, redigir bem, em um organização, significa contribuir para uma comunicação eficiente e transparente.
Por isso, agora que já conhecemos os tipos de texto, vamos nos dedicar às características e técnicas utilizadas na correspondência empresarial.
O que é uma Carta Comercial
Carta comercial é um documento de correspondência externa usado como meio de comunicação formal entre duas empresas ou uma empresa e uma pessoa (ou vice-versa), cujo conteúdo se relaciona a assuntos comerciais e/ou financeiros de interesse de uma ou ambas as partes envolvidas.
·	A Carta comercial, ou empresarial, há séculos impulsiona negócios e direciona riquezas incalculáveis, além de permitir a comunicação diária entre empresários.
É a mais importante das modalidades de correspondências empresariais, devendo acompanhar a constante modernização das empresas. Uma carta comercial bem-feita pode ser o ponto de partida para a concretização de bons negócios; da mesma forma, uma carta mal redigida e “desastrada” pode levar a empresa a perder um bom cliente ou um parceiro comercial significativo. Por isso, a tarefa de preparar esse tipo de correspondência exige habilidade, conhecimento das técnicas de redação e profissionalismo.
Passo a passo
Data
Podeparecer um detalhe sem importância, mas é uma regra e devemos prestar atenção. Quando vamos datar uma comunicação deste tipo, devemos começar pela localidade, informar o dia, o mês e o ano.
Veja a forma correta:
Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2012.
Encaminhamento
No encaminhamento, devemos usar a forma A/C, que significa “aos cuidados de”.
Assunto
Lembra como tínhamos dificuldade de dar títulos às nossas redações na escola? Parece que isso nos persegue na vida adulta quando temos que escolher o assunto de nossas correspondências, não é mesmo?
Pois, então, como fazer isso com tranquilidade? Será que existe uma regra? 
Primeiramente, podemos nos lembrar do veículo que mais destaca assuntos: o jornal. Nele, cada matéria recebe um título, certo?
E, seguindo essa lógica, o assunto de nossa correspondência equivale àquilo que no jornal seria o título, a primeira chamada. O que vai tentar resumir o assunto do texto ou apenas estimular o interesse do leitor. Para isso, devemos esclarecer com precisão o assunto que será tratado. Isto já é meio caminho andado para despertar o interesse de nosso leitor.
Destinatário
Lembrando que “Doutor” não é forma de tratamento, é título acadêmico. Por isso, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado.
Infelizmente, é costume designar por “doutor” os bacharéis, especialmente, os bacharéis em Direito e em Medicina, mas isso é um erro.
Só é doutor quem fez doutorado. Então, prefira a forma de tratamento Senhor/Senhora que confere a desejada formalidade às comunicações.
Como começar
Ao começar uma carta comercial, é importante que se vá direto ao assunto, usando os verbos para iniciar e comandar as ações propostas.
Não utilize expressões do tipo:
“Venho por meio desta...”
“Servimo-nos da presente para...”
“Esta tem a finalidade de...”.
É simples: se tiver que comunicar, comunique. Se tiver que avisar, avise. Sem embromação. 
O importante é que sejam objetivas (sem palavras inúteis), educadas e adequadas ao destinatário.
Aberturas mais comuns:
Dependendo do conteúdo da carta, são usuais, entre tantas outras, as seguintes aberturas:
✔ Em resposta à sua solicitação (ou pedido, carta etc.), temos a informar que...
✔ Comunicamos a V. Sa que...
✔ Atendendo ao seu pedido nº...
✔ Lamentamos informar aos senhores que...
✔ Recebemos sua carta, na qual V. Sa. ...
✔ Represento, nesta região, a empresa...
✔ Solicitamos de V. Sas. providências no sentido de...
✔ Cumpre-nos comunicar que...
✔ Relativamente à sua solicitação, informamos que...
✔ É do conhecimento de V. Sa. que...
Como encerrar
Ao encerrar uma carta comercial, também é importante ser eficiente na comunicação, evitando, por exemplo:
 “Sem mais para o momento...” “Subscrevo-me...”
“Aproveitamos para renovar nosso sentimento de...”
“Fico no aguardo”.
Lembre-se sempre: os fechos devem ser simples (sem palavras inúteis), educada e apropriada ao destinatário. 
Atenciosamente
Utilize o “atenciosamente” para as cartas do dia a dia, em que não exista a necessidade de caracterizar relações hierárquicas.
Lembre-se de sempre colocar vírgula após o “atenciosamente”, já que ele acompanha a assinatura, não representando, portanto, uma frase isolada.
Você sabe abreviar o atenciosamente?
Você já deve ter visto por aí a forma “Att.”, não é mesmo? Será que esta é a forma correta de abreviar o atenciosamente?
Não, não é.Att. é uma sigla do inglês (“At this time or All the time”). Ou seja, significa “neste momento” ou “a todo momento”, que pode até ser interpretado como “à disposição”.
A abreviatura correta para atenciosamente é at.te.
Alguns estudiosos também defendem o uso de atte. Porém, a Academia Brasileira de Letras (ABL) aceita apenas at.te.
Por isso, na dúvida, utilize “atenciosamente”, por extenso. Melhor do que abreviá-lo de forma errada, concorda?
Cordialmente
Use o “cordialmente” para as situações em que você ou a empresa em que trabalha se veja em situações desvantajosas, ou seja, quando for destinada a autoridades de hierarquia superior.
Lembre-se de colocar sempre a vírgula após o “cordialmente”
Respeitosamente
Já o “respeitosamente” é usado em cartas formais dirigidas a pessoas que recebam o tratamento “Vossa Excelência”, como Presidente da República, Senadores, Deputados, Embaixadores etc.
Não se esqueça da vírgula após o “respeitosamente”.
Forma e Conteúdo da carta comercial
a) A linguagem deve ser simples, clara, educada e formal; 
b) Deve-se empregar papel de formato A4 (21cm x 29,7cm), de preferência contendo o timbre da empresa; 
c) Sempre que possível, deve ser digitada. Quando manuscrita, deve ser redigida a tinta (preta ou azul), com letra legível, sem rasuras e sem borrões; 
d) Como nas demais correspondências, deve ser feita com cópia para arquivamento.
Etapas de preparação do texto
O texto de uma carta comercial compõe-se de três partes: abertura, desenvolvimento e fecho.
Vimos pela análise dos exemplos que a abertura e o fecho não oferecem maiores dificuldades, não é mesmo?
Porém, como o desenvolvimento é mais complexo, é mais fácil adotar um procedimento que permita atingir com eficiência o objetivo. Vamos ver algumas etapas e respectivos exemplos
1ª ETAPA: DEFINIÇÃO CLARA DO TEMA (ASSUNTO)
É conveniente que cada carta trate de um único assunto.Exemplo:Fornecer informações comerciais sobre a firma Tecidos e Confecções Ltda. (Tex)
2ª ETAPA: LEVANTAMENTO DO HISTÓRICO DO ASSUNTO
Se for o caso, deve-se buscar nos arquivos o histórico do assunto:
• Correspondências já enviadas ou recebidas;
• Numeração de notas fiscais, de pedidos, de contratos;
• Datas de ocorrências anteriores relativas ao caso etc.
3º ETAPA: REDAÇÃO DA(S) FRASE(S)-NÚCLEO
A frase-núcleo (ou as frases-núcleo), como vimos na aula 5, é a que conterá a principal comunicação a ser feita ao destinatário. Em etapa posterior a essa, a frase-núcleo poderá ter sua forma parcialmente modificada para se adaptar a outras frases secundárias, mas é importante definir claramente o seu conteúdo e redigi-la antes de passar à 4ª etapa.
Exemplo: A Tex é um de nossos melhores clientes. Não há, em nossas relações comerciais, fato relevante que possa desaboná-la quanto à pontualidade com que cumpre seus compromissos financeiros conosco.
4ª ETAPA: REDAÇÃO DE IDEIAS SECUNDÁRIAS
Escrever, antes ou depois da frase-núcleo, conforme o caso, eventuais frases com informações secundárias.
Exemplo: A empresa atrasou em 20 dias a quitação de um débito quando um incêndio destruiu seus estoques e paralisou temporariamente suas vendas no varejo
5ª ETAPA: MONTAGEM DO RASCUNHO
Esta etapa consiste em articular as várias partes que já rascunhamos:
a frase de abertura + a(s) ideia(s) secundária(s) + a(s) frase(s)-núcleo + o fecho
6ª ETAPA: ANÁLISE CRÍTICA DO RASCUNHO
Depois de pronto, é conveniente avaliar o rascunho.
Para isso, devemos levar em conta os seguintes aspectos:
a) As referências estão corretas? 
b) A mensagem (frase-núcleo) está bem clara? 
c) A linguagem está adequada (vocabulário compreensível, frases não muito longas etc.)? 
d) O texto está gramaticalmente correto (sem erros de ortografia, acentuação, pontuação, concordância etc.)?
Quais são as principais semelhanças entre ofício, aviso e memorando?
A base que constitui os três documentos é a mesma, ou seja, independente de se tratar de um ofício, aviso ou memorando, a estrutura não mudará.
Por isso, pegamos como modelo um ofício redigido pelo Ministério da Educação para ilustrar as partes que compõem esses documentos.
Observe o documento abaixo e depois clique nas abas para entender as melhor as suas partes:
TIPO E NÚMERO DO EXPEDIENTE
Os três documentos devem conter o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.
Veja os exemplos:
Memorando: Mem. 123/2002-MF
Aviso: Aviso 123/2002-SG
Ofício Of. 123/2002-MME
LOCAL E DATA
É preciso colocar o local e a data em que foi assinado, por extenso, com alinhamentoà direita, veja:
Brasília, 7 de maio de 2008.
ASSUNTO
Coloca-se também um resumo correspondente ao teor do documento.
DESTINATÁRIO
No campo “destinatário”, é colocado o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser incluído também o endereço.
TEXTO
Nos casos em que não se estiver apenas encaminhando documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:
Introdução: Na introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”. Empregue a forma direta.
Desenvolvimento: No desenvolvimento, o assunto é detalhado. Se o texto tiver mais de uma ideia sobre o mesmo assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição.
Conclusão: Na conclusão é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.
Importante: Antes de tudo, vale ressaltar que os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte:
Introdução: Deve ser iniciada com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento.
Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve ser iniciada com a informação do motivo da comunicação, que, no caso, é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, de acordo com a seguinte fórmula:
·	“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 2013, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 2012, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”
·	“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama nº 12, de 1o de fevereiro de 2013, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”
Desenvolvimento: Se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento.
Caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento.
Forma de Diagramação
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação:
Fonte: Devemos utilizar fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé.
Símbolos: Para símbolos não existentes na fonte Times New Roman, podemos utilizar as fontes Symbol e Wingdings.
Numeração de página: É obrigatório constar, a partir da segunda página, o seu número.
Impressão: Os ofícios, memorandos e anexos poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”).
A impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco (a impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações).
Todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm.
Parágrafo: O início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda.
Margem direita: O campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm.
Espaçamento: Deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo.
Se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, deve-se usar o espaço de uma linha em branco.
Margem esquerda: O campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura.
Arquivo texto: Dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos semelhantes.
Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + úmero do documento + palavras-chaves do conteúdo.
Exemplo: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”.
Destaques: Não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento.
Você sabe qual é a diferença entre Aviso e Ofício?
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas.
A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia e o ofício é expedido para e pelas demais autoridades.
Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo.
Exemplos:
✔ Excelentíssimo Senhor Presidente da República
✔ Senhora Ministra
✔ Senhor Chefe de Gabinete
Devem constar no cabeçalho ou no rodapé do ofício as seguintes informações do remetente:
✔ Nome do órgão ou setor;
✔ Endereço postal;
✔ Telefone e endereço de correio eletrônico.
E quanto ao Memorando?
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes.
Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Sua característica principal é a agilidade e a simplicidade de procedimentos burocráticos.
Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação.
Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões. Permitindo também que se faça um histórico do andamento do assunto tratado nele.
Forma e Estrutura:
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração,
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos,
Correio eletrônico (e-mail)
Uma das mais usadas formas de comunicação administrativa.
Por ser o mais utilizado hoje para resolver a maioria das situações corporativas, o e-mail é o que mais aceita variações. 
Nesta disciplina, já demos várias “dicas” para escrever bem esse tipo de comunicação, não é mesmo?
Porém, aqui é válido reforçar que o mais importante, em um e-mail, é a capacidade de concisão desde a digitação do campo “assunto” até seu fechamento.
Sempre que disponível, deve-se utilizar o recurso de confirmação de leitura. Se não for possível, deve constar na mensagem um pedido de confirmação de recebimento.
E quanto ao valor do e-mail, perante a legislação?
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
Pilares da estratégia empresarial
De acordo com o professor José Rodrigues de Farias Filho, há três pilares fundamentais para a efetivação da estratégia empresarial: “metas simples, consistentes e de longo alcance; entendimento profundo do ambiente competitivo e avaliação objetiva dos recursos”.
Mas o que isso tem a ver com comunicação?
METAS SIMPLES, CONSISTENTES E DE LONGO ALCANCE
Metas simples significam de fácil entendimento, capazes de convencer seus públicos de interesse na medida em que são facilmente incorporadas. Para tanto, cabe à comunicação o papel de traduzir e simplificar as metas da empresa para os seus públicos de relacionamento. Da mesma forma que a consistência das metas implica credibilidade da informação, o que depende totalmente de um bom processo de comunicação. Além disso, o longo alcance de umameta significa a perspectiva sob o ponto de vista do público interno. Em resumo, estamos falando de percepção, ou seja, da capacidade de a empresa se comunicar com os seus públicos de relacionamento.
ENTENDIMENTO PROFUNDO DO AMBIENTE COMPETITIVO
AVALIAÇÃO OBJETIVA DOS RECURSOS
O terceiro pilar também remete à importância da comunicação empresarial para o sucesso das estratégias de negócios. Afinal, se a empresa necessita medir rigorosamente sua performance no mercado e dispõe de inúmeros indicadores para isso, a comunicação também precisa comprovar o acerto de suas iniciativas. Por mais abstrato que possa parecer, as ações de comunicação devem ser regularmente medidas a fim de garantir bons resultados para a empresa, bem como buscar alternativas do “tipo plano B” quando algo sai do controle ou não apresenta a resposta que se desejava.
Construção de uma cultura de comunicação nas organizações
Dentro do conceito de cultura de comunicação, cabe à empresa não apenas fortalecer o seu departamento ou gerência de comunicação como também considerar em seus relacionamentos as influências que surgem de todos os lados, de todos os públicos de interesse.
Mais do que a formalização de sua estrutura de comunicação, cabe reconhecer que a informação deve ser tratada como um bem estratégico da organização e, principalmente, que seus fluxos independem da vontade e dos encaminhamentos da direção da empresa.
Segundo Paulo Nassar (2004), diretor-geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), “do porteiro ao presidente”, todos fazem comunicação na empresa, o que reforça o conceito de função da comunicação.
icones de pessoas conectadas entre si
O relacionamento empresarial
Se o sucesso de uma estratégia de negócio depende de um bom processo de comunicação empresarial, e se este processo de comunicação é bem mais amplo que a estrutura organizacional (departamento, gerência, setor, assessoria etc.); entende-se que o mais nobre nesta relação é a percepção que o público de interesse tem sobre a empresa.
Isso quer dizer que o relacionamento é, na verdade, o grande objetivo e desafio de toda e qualquer iniciativa de comunicação empresarial.
Portanto, o relacionamento empresarial, que depende de um bom processo ou cultura de comunicação, é bem mais amplo e importante do que uma relação pontual de compra e venda, ou uma ação eventual de interesse institucional ou, ainda, algum programa isolado para o público interno.
Este relacionamento promete e persegue a perpetuação da marca e dos negócios, a consolidação da empresa junto a todos os seus públicos de interesse.
Você sabe o que são stakeholders?
Stakeholders significa “partes interessadas”. Trata-se de um termo usado em diversas áreas como gestão de projetos, administração e arquitetura de software.
Este termo abrange todos os envolvidos em um processo organizacional...
Públicos de interesse
Um ponto fundamental nesta cultura de relacionamento é a visão de stakeholders.
Ao reconhecer que todos os seus públicos de interesse exercem influência sobre sua marca, a empresa deve organizar seu processo de comunicação de forma a definir estratégias de conversação para cada um deles, em particular.
Nem todos os públicos necessitam da mesma informação, da mesma forma que nem toda informação interessa igualmente a todos os públicos.
Segmentar sua mensagem de acordo com seus interesses é fundamental para que a organização amplie seu entendimento com os stakeholders.
Você sabe a diferença entre informação e comunicação?
Embora, inicialmente, essas palavras possam parecer sinônimos; na prática, têm significados diferentes.
A informação disponibilizada por uma pessoa ou empresa somente se transformará em comunicação quando a outra parte da relação participar efetivamente do processo.
O que isso quer dizer?
Para a comunicação se concretizar, ela depende do processamento e do entendimento que é feito da informação recebida.
Tal conclusão demonstra a atribuição de valor que é dada pelo outro da relação. Isso significa, então, que a empresa não é soberana na relação com seus públicos de interesse.
Cada público de relacionamento é que vai atribuir valor para a relação com a empresa.
Desta forma, é fundamental que a empresa reconheça esta importância em cada um de seus públicos de relacionamento.
Afinal, podemos disponibilizar informação à vontade, mas sua confirmação em comunicação depende do interesse do outro com o qual nos relacionamos.
Imagem e reputação
IMAGEM
Imagem é a projeção que a empresa faz de sua marca, produtos, serviços etc.
REPUTAÇÃO
Reputação é o reconhecimento coletivo daquilo que a empresa projeta.
As definições de imagem e reputação que acabamos de ver mostram que novamente depende-se do entendimento do outro. Isso significa que as empresas precisam exercitar seu poder de escuta a fim de considerar os interesses de seus públicos de relacionamento.
Pensar na função comunicação, muito além da estrutura funcional implantada nas empresas, é considerar os mais diversos elementos abstratos que compõem o processo de relacionamento de uma empresa.
A preparação da estratégia
Antes de ser praticada pelas empresas, uma boa estratégia de comunicação necessita de planejamento.
Na teoria, trata-se de um roteiro básico a ser seguido de forma a construir a estratégia de comunicação da organização. Tudo começa com a explanação e o conhecimento que você tem sobre a empresa. Esta apresentação deve incluir aspectos como marca, mercado ou negócios, histórico, força de trabalho, presença geográfica etc.
A ideia é que o funcionário levante todas essas informações, para situar a empresa de forma clara e consistente. É importante entender que esse planejamento deve ressaltar a visão, a missão e os valores praticados por esta empresa. Não se trata de apenas copiar tais aspectos, mas principalmente garantir que o restante dessa idealização tenha coerência com a promessa que é feita nessas descrições.
Porém antes de continuarmos, é importante que você saiba no que consiste a visão, a missão e os valores, pois estes elementos fazem parte da comunicação institucional e da identidade organizacional.
MISSÃO
A missão é tida como o detalhamento da razão de ser da empresa, ou seja, é o porquê da empresa.
Na missão, tem-se acentuado o que a empresa produz, sua previsão de conquistas futuras e como espera ser reconhecida pelos clientes e demais stakeholders. De acordo com o consultor Sergio Luiz de Jesus, a missão de uma empresa está tão ligada ao lucro quanto ao seu objetivo social. Ainda segundo o consultor, toda missão dever orientar os objetivos financeiros, humanos e sociais da organização.
VISÃO
A visão é algo responsável por nortear a organização. É um acumulado de convicções que direcionam sua trajetória. O professor de empreendedorismo Louis Jacques Filion define visão como “a imagem projetada no futuro do espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de organização necessária para se alcançar isso”.
Em suma, a visão pode ser percebida como a direção desejada, o caminho que se pretende percorrer, uma proposta do que a empresa deseja ser a médio e longo prazo e, ainda, de como ela espera ser vista por todos.
VALORES
Os valores incidem nas convicções que fundamentam as escolhas por um modo de conduta tanto de um indivíduo quanto em uma organização. Richard Barrett, ex-diretor do Banco Mundial, declara que em uma organização os valores “dizem” e os comportamentos “fazem”. Assim sendo, os valores organizacionais podem ser definidos como princípios que guiam a vida da organização, tendo um papel tanto de atender seus objetivos quanto de atender às necessidades de todos aqueles a sua volta.
Como construir o planejamento
Um planejamento é um sistema feito antes da realização de uma ação, em que você terá como objetivo conduzir e organizar um projeto.
Ele permite que a organização consiga e aplique os recursos necessários para atingir seus objetivos, de acordo com os métodos escolhidos e ainda permite tomar medidas necessárias

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