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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP MARINA NOVIKOVAS ROSSI RA: 1759282 PIM XI PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR TECPA MANUTENÇÃO ELÉTRICA LTDA Diadema 2019 MARINA NOVIKOVAS ROSSI RA: 1759282 PIM XI PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR TECPA MANUTENÇÃO ELÉTRICA LTDA Trabalho de Conclusão do 9° Bimestre do curso de Seguranção do Trabalho apresentado a Universidade Paulista Unip. Orientador: Professor Ricardo Calasans Diadema 2019 RESUMO O presente trabalho apresenta a gestão de resíduos e meio ambiente, a saúde ocupacional e a parte de comunicação e treinamento da empresa Tecpa. Este trabalho foi focado na filial de São Paulo, onde a empresa tem 60 funcionários. A Tecpa possui um número grande de colaboradores externos que desenvolvem funções de vendedores, especialistas em materiais e técnicos em eletricidade. O objetivo é atingir a excelência na gestão de meio ambiente e gestão de resíduos, foco na saúde ocupacional e na parte de comunicação e treinamentos. Palavras -chave: Meio ambiente e gestão de resíduos, saúde ocupacional, comunicação e treinamento. ABSTRACT This paper presents waste and environment management, occupational health and the communication and training part of Tecpa. This work was focused on the branch of São Paulo, where the company has 60 employees. Tecpa has a large number of external employees who work as salespeople, product specialists and electronics technicians. The goal is to achieve excellence in environmental management and waste management, focus on occupational health and communication and training. Keywords: Environment and waste management, occupational health, communication and training. SUMÁRIO Introdução ........................................................................................................................................ 7 1. MEIO AMBIENTE E GESTÃO DE RESIDUOS ........................................................................8 1.1. Plano de gestão de residuos ..................................................................................... 9 1.2. Quais são as politicas ambientais no descarte de residuos ........................................ 10 1.3. Qual a diferença entre resíduos industriais perigosos e não perigosos ..................... 10 1.3.1. Resíduos industriais de classe I (perigosos) ............................................. 10 1.3.2. Resíduos industriais de classe II A (não inertes) ...................................... 10 1.3.3. Resíduos industriais de classe II B (inertes) ............................................. 11 1.4. Quais as consequências do descarte incorreto .......................................................... 11 1.4.1. Poluição ambiental .................................................................................. 11 1.4.2. Crime ambiental e perigo a saude ........................................................... 12 1.4.3. Perda de financiamentos ......................................................................... 12 1.4.4. Insatisfação dos clientes .......................................................................... 12 1.5. Benefícios do descarte correto de residuos ............................................................ 13 1.5.1. Sustentabilidade ...................................................................................... 13 1.5.2. Marketing verde ...................................................................................... 13 1.6. Desenvolvimento da qualidade de vida .................................................................... 14 1.7. Classificação dos residuos ........................................................................................ 14 1.8. Resíduos solidos ....................................................................................................... 15 1.8.1. Geração de resíduos solidos .................................................................... 15 1.8.2. Separação e acondicionamento dos resíduos solidos ............................. 16 1.8.3. Coleta, armazenagem e transporte ......................................................... 16 1.8.4. Gerenciamento de resíduos solidos ........................................................ 17 1.8.5. Tratamento e disposição final para os resíduos solidos ......................... 18 1.8.5.1. Aterros municipais e industriais ................................................. 19 1.8.5.2. Compostagem ............................................................................. 20 1.8.5.3. Reciclagem .................................................................................. 21 1.9. Recursos e instrumentos necessários a fiscalização ambiental ............................... 21 1.10. Planos de monitoramento ....................................................................................... 22 1.11. Objetivos da fiscalização ambiental .......................................................................... 22 1.12. Licenciamentos ambientais ...................................................................................... 23 2. SAUDE OCUPACIONAL ................................................................................................... 23 2.1. Divulgação dos riscos ................................................................................................ 27 2.1.1. Riscos existentes ..................................................................................... 27 2.2. Segurança em serviços de eletricidade .................................................................... 28 2.3. Metodologia ............................................................................................................. 29 2.4. Riscos ambientais ...................................................................................................... 29 2.4.1. Riscos fisicos ............................................................................................ 30 2.4.2. Riscos de acidentes ................................................................................. 31 2.4.3. Riscos químicos ....................................................................................... 32 2.4.4. Riscos ergonômicos ................................................................................. 32 2.5. Medidas preventivas ................................................................................................. 33 2.5.1. Riscos fisicos ............................................................................................ 33 2.5.2. Riscos de acidentes ................................................................................. 34 2.5.3. Riscos químicos ....................................................................................... 35 2.5.4. Riscos ergonômicos ................................................................................. 35 2.6. Caracterização dos acidentes de trabalho ................................................................. 36 2.6.1. Acidente típico do trabalho ..................................................................... 36 2.6.2. Acidente de trajeto ................................................................................. 36 2.6.3. Ato de terceiro ........................................................................................ 36 2.6.4. Acidente de forçamaior .......................................................................... 37 2.6.5. Acidente fora do local de horário de trabalho ........................................ 37 2.6.6. Causas de incapacidade “associadas” ao acidente de trabalho .............. 37 2.7. Doença profissional e do trabalho ............................................................................. 37 2.7.1. Doença profissional ................................................................................. 37 2.7.2. Doença do trabalho ................................................................................. 38 2.7.3. Doenças ocupacionais ............................................................................. 38 2.7.4. Doenças emocionais ................................................................................ 38 2.8. Prevenção de acidentes de trabalho ......................................................................... 38 2.9. Como evitar acidentes de trabalho ........................................................................... 40 2.10. Conscientização .................................................................................................... 40 2.11. Equipamentos de proteção .................................................................................. 41 2.11.1. Equipamentos de proteção individual (EPI) ............................................ 41 2.11.2. Historia do surgimento dos EPI’s ............................................................ 42 2.11.3. Equipamentos de proteção coletiva (ECP) .............................................. 42 3. COMUNICAÇÃO E TREINAMENTO .................................................................................... 43 3.1. A importância da comunicação empresarial ............................................................... 44 3.2. A evolução da comunicação empresarial .................................................................... 44 3.3. Tipos de comunicação ................................................................................................. 45 3.3.1. Comunicação interna .............................................................................. 45 3.3.2. Comunicação externa .............................................................................. 46 3.4. As funções da comunicação....................................................................................... 46 3.5. Fluxos de ações na comunicação empresarial........................................................... 47 3.6. Tipos de comunicação empresarial ........................................................................... 48 3.7. Tipos de linguagem na comunicação empresarial ..................................................... 48 3.8. Treinamentos ............................................................................................................. 49 3.8.1. A importância do treinamento de funcionários ...................................... 49 3.8.2. Promover treinamentos praticos ............................................................ 50 3.8.3. Utilizar o treinamento adequado ............................................................ 50 3.8.4. Treinamento de segurança do trabalho .................................................. 51 3.8.5. Treinamentos de meio ambiente ............................................................ 52 3.8.6. Vantagens de estar em dia com os treinamentos ................................... 53 3.8.7. Como o treinamento contribui para a empresa ..................................... 54 Conclusão ....................................................................................................................................... 57 Referencias ..................................................................................................................................... 60 7 INTRODUÇÃO A empresa Tecpa foi fundada em 2005 com o objetivo de prover soluções para o crescente mercado de manutenção elétrica. A Tecpa investe intensivamente na organização da empresa e no treinamento de seus colaboradores, resultando na alta qualidade de seu atendimento e soluções oferecidos, sempre tendo como meta corporativa alcançar a excelência nos serviços prestados a seus clientes. É referência no mercado em que atua no Brasil e na América Latina, tem uma excelente infraestrutura e o alto preparo de seu quadro de colaboradores permitem à Tecpa oferecer no Brasil, a mesma qualidade e eficiência de atendimento das empresas que representa. A Tecpa conta com uma equipe de profissionais formada por engenheiros, químicos, tecnólogos e técnicos nas áreas de projeto, elétrica, eletrônica, mecânica, mecatrônica e química, contando ainda com o apoio de um forte time de back office, a Tecpa está apta a oferecer aos seus clientes pré-venda, venda e pós-venda; instalação, validação e treinamento de uso de seus equipamentos; ministra diversos treinamentos e seminários, oferece assistência técnica de seus equipamentos com profissionais altamente qualificados e preparados. A Tecpa busca continuamente a melhoria, evoluindo constantemente. Assegura a qualidade de todos os processos e células da empresa por meio da certificação ISO 9001:2008. 8 1. MEIO AMBIENTE E GESTÃO DE RESÍDUOS Com o passar dos anos a destinação de resíduos foi sendo incorporada pelas leis brasileiras, porém o grande marco foi com a promulgação da Lei n° 12.305, conhecida como a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Para uma apropriada destinação de resíduos sólidos são necessárias algumas etapas, como avaliação do inventário dos resíduos, informações sobre as principais fontes geradoras, classificação dos resíduos e, por fim, definição do acondicionamento, da coleta, do transporte e do tratamento final. A destinação de resíduos sólidos inicialmente será definida após a classificação em dois principais grupos: resíduos recicláveis e não recicláveis. A destinação de resíduos sólidos recicláveis é feita por meio da separação desse material, encaminhado por um transporte até uma usina de reciclagem, onde ele pode ser beneficiado para voltar ao processo produtivo, podendo ser transformado em outros produtos. A destinação de resíduos sólidos não recicláveis pode ser, por exemplo, em aterros, com processamento e incineração. A escolha do processo de destinação de resíduos sólidos para materiais não recicláveis depende da classificação do resíduo, sendo que resíduos orgânicos são comumente depositados em aterros ou enviados para usinas de compostagem, enquanto resíduos industriais requerem uma avaliação mais criteriosa para definição de seu tratamento ou destino final. Com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei n° 12.305, que responsabiliza o gerador pela destinação correta do seu resíduo, o mercado passou a ter uma necessidade maior de empresas que gerenciam a destinação de resíduos sólidos, pois é fundamental embasamento técnico para atuação nessa área. As empresas de gerenciamento, tratamento e destinação de resíduos sólidos têm como objetivo avaliar os principais resíduos produzidos por determinada indústria, montar a logística de coleta e separação desse material e, se possível, realizar a reciclagem. Quando a reciclagem não for possível, é importante pesquisar formas de tratamento desse resíduo, como também a destinação adequada. Todos esses 9 processos precisam obedecer à legislação e normas técnicas em vigor. É de suma importância escolher uma empresa séria, respeitada e tradicional para o gerenciamento e destinação corretados resíduos sólidos. Na Tecpa, quando são geradas sobras de produtos, os mesmos são armazenados em embalagens próprias e a equipe de SMS agenda a coleta e destinação destes produtos e resíduos dentre outros materiais que devem ser descartados e destinados de maneira correta (ex: vidros, cartuchos e tonners de impressoras, sapatos de segurança fora de uso, lâmpadas). Agindo dessa forma, a Tecpa faz todo o gerenciamento de risco e a gestão dos resíduos, mantendo a saúde de seus colaboradores, clientes, fornecedores e meio ambiente em segurança. 1.1. Plano de gestão de residuos Uma rotina da gestão de resíduos dentro de uma empresa é o descarte correto dos resíduos industriais. Essa rotina começa com a elaboração de um plano de gestão de resíduos, no qual são identificados e classificados os tipos de resíduos existentes na empresa, como resíduos perigosos ou não perigosos, recicláveis e qual a destinação ambientalmente correta. A preocupação com o descarte correto dos resíduos industriais é uma responsabilidade da empresa em relação à proteção do meio ambiente e da saúde pública. Mas, além disso, caso não seja feito o descarte correto à empresa poderá sofrer implicações que afetarão seu negócio, como a perda de clientes ou punições legais. O resíduo industrial consiste de sobras da produção, muitas vezes com composição mista, na qual não podemos descartar sem um controle especifico devido aos impactos negativos que podem causar. Por isso é importante realizar um diagnóstico correto do resíduo gerado e certificar que o transportador, tratador ou empresa contratada para destinar o seu resíduo cumpri com a legislação ambiental. 10 1.2. Quais são as políticas ambientais no descarte de resíduos? A intensa atividade industrial gera uma grande quantidade de resíduos industriais, que na maioria das vezes não é descartado de forma ambientalmente correta. Pensando nisso, o Ministério do Meio Ambiente – MMA e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA , para reduzir a produção e destinação inadequada de resíduos industriais, desenvolveu um inventário nacional. Pela legislação ambiental, os geradores são obrigados a cuidar do gerenciamento, transporte, tratamento e destinação final de seus resíduos, e essa responsabilidade é contínua e ininterrupta. A esperança é que as empresas invistam em tecnologia e instalações para tratamento e disposição de resíduos industriais. Estes investimentos são disseminados na ISO 14001, pois as empresas que aderirem à norma terão que gerenciar adequadamente seus resíduos. 1.3. Qual a diferença entre resíduos industriais perigosos e não perigosos? Para classificar os resíduos industriais utilizamos a norma NBR 10.004, Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. A classificação do resíduo é o que determina qual o tipo de tratamento e descarte correto. Esta norma divide os resíduos em três classes: 1.3.1. Resíduos industriais de classe I (perigosos) Os resíduos industriais de classe I, ou resíduos perigosos, são aqueles que apresentam algum tipo de periculosidade, que podem ser identificados por meio de características como a inflamabilidade, toxicidade e corrosividade, dentre outras. 1.3.2. Resíduos industriais de classe II A (não inertes) Já os da classe II A, ou resíduos não perigosos e não inertes, não possuem os aspectos de periculosidade, podendo apresentar características de combustão, biodegradabilidade e solubilidade em água. 1.3.3. Resíduos industriais de classe II B (inertes) Os resíduos industriais Classe II B ou não perigosos e inertes são aqueles que, uma vez submetidos a testes de solubilização, não apresentam nenhum de seus 11 constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água. Em resumo, a água continua potável quando em contato com eles. 1.4. Quais as consequências do descarte incorreto? Quando descartado de forma incorreta os resíduos industriais causam vários impactos negativos ao meio ambiente. Esses impactos são tão preocupantes que levou à elaboração de normas e legislações, com o intuito de regular e orientar sobre os procedimentos necessários para o correto manuseio, transporte e destinação. Tudo para proteger o meio ambiente e à comunidade das consequências do descarte incorreto. Abaixo estão as principais consequências do descarte incorreto de resíduos industriais. 1.4.1. Poluição ambiental Muitos resíduos industriais são tóxicos e perigosos. O descarte incorreto provoca modificações nas características do solo e da água, polui e contamina o meio ambiente. 1.4.2. Crime ambiental e perigo à saúde O descarte de resíduos industriais em locais inapropriados é caracterizado como crimes ambientais. Além das punições ambientais as empresas podem perder as certificações ambientais, como a ISO 14001. As principais leis que tratam sobre o correto gerenciamento de resíduos são: Lei 12.305/2010 – Política Nacional dos Resíduos Sólidos; 12 Lei 11.445/2007 – Política Nacional de Saneamento Básico; Lei 6.938/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente. Esta política define que o poluidor é obrigado a indenizar pelos danos ambientais que causar; A contaminação dos resíduos industriais influencia na rotina do ser humano, podendo causar doenças e, em casos mais graves, até a morte. 1.4.3. Perda de financiamentos A empresa poderá perder financiamento para investir em algum projeto caso não cumpra a legislação ambiental em relação ao descarte de resíduos. Muitas instituições financeiras exigem o licenciamento ambiental, além de verificar os princípios de responsabilidade social e ambiental. 1.4.4. Insatisfação dos clientes Os clientes estão cada vez mais exigentes adquirir produtos de empresas com responsabilidade ambiental. Para não perder mercado e aumentar seus lucros, as organizações buscam alternativas para seus resíduos e não descumpri as leis ambientais. 13 1.5. Benefícios do descarte correto de resíduos? Quando o descarte é feito de forma correta não há danos nocivos ao meio ambiente ou a saúde do homem. O descarte sendo realizado de forma menos impactante à natureza trazem vários benefícios não só a sociedade, mas também as empresas. Podemos destacar alguns dos principais benefícios: 1.5.1. Sustentabilidade Quando o resíduo industrial é reaproveitado os recursos naturais são reaproveitados. O reaproveitamento contribui para o desenvolvimento sustentável, pois será descartado menos resíduos que levariam anos para serem decomposto pela natureza e seriam extraídos menos recursos naturais. 1.5.2. Marketing Verde Cumprir com as obrigações ambientais pode ser uma ótima oportunidade de negócio. A preocupação com o meio ambiente está cada vez maior. Muitos preferem fornecedores, indústrias ou outras empresas que se comprometem com o meio ambiente e se preocupam com a sustentabilidade. A preocupação ambiental melhora a imagem da empresa perante clientes, consequente, aumenta sua lucratividade. Sendo assim, agora sabemos a importância e os benefícios do descarte correto dos resíduos industriais. Podemos perceber que se torna imprescindível manter uma rotina da gestão de resíduos dentro de uma empresa. Não se trata apenas de uma preocupação ambiental ou com saúde pública, mas uma responsabilidade e uma exigência legal, que pode acarretar consequências para imagem da empresa e, ainda, afetar seu negócio com a perda de clientes ou sanções legais. 14 1.6. Desenvolvimento da qualidade de vida Conforme observamos,a empresa é dotada de uma consciência comprometida e voltada a garantir a manutenção da qualidade de vida das futuras gerações, tem buscado mecanismos capazes de estimularem a criação de normas e diretrizes comprometidas com a implementação de uma política nacional séria, atrelada às tendências internacionais e fundamentada no avanço do conhecimento técnico científico da humanidade. Objetivando minimizar a produção de resíduos e garantindo aos resíduos obrigatoriamente formados, destino seguro e adequado, permitindo proteção dos recursos naturais e meio ambiente. Iniciativas voltadas a atender estas expectativas têm sido constantemente publicadas. Especificamente, legislação voltada à área de saúde foi recentemente publicada: A Resolução RDC n°. 33, em cinco de março de 2003, sendo está voltada à necessidade de prevenir e reduzir os riscos à saúde e o meio ambiente, propondo gerenciando do destino correto dos resíduos dos serviços de saúde. Esta norma, em seu Capítulo IV, prevê a responsabilidade dos profissionais que, devidamente habilitados, deverão executar as atribuições concernentes. 1.7. Classificação dos resíduos : • Grupo A (potencialmente infectantes) – resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou 15 concentração, podem apresentar risco de infecção; • Grupo B (químicos) - resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, independentemente de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade; • Grupo C (rejeitos radioativos) – são considerados rejeitos radioativos quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados na norma CNENNE- 6.02 – “Licenciamento de Instalações Radiativas”, e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista; • Grupo D (resíduos comuns) – são todos os resíduos gerados nos serviços abrangidos por esta Resolução que, por suas características, não necessitam de processos diferenciados relacionados ao acondicionamento, identificação e tratamento, devendo ser considerados resíduos sólidos urbanos - RSU. • Grupo E – perfurocortantes – são os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar. Os resíduos também são classificados de acordo com o estado físico em: resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões gasosas. 1.8. Residuos solidos Para os resíduos, a definição legal encontra-se na Resolução Conama 5, de 05/08/93, que se aplica aos resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários e estabelecimentos prestadores de serviço de saúde. Esta resolução serve de parâmetro ao definir resíduo sólido como sendo: “Resíduo em estado sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de varrição”. 1.8.1 Geração de resíduos sólidos Os resíduos sólidos estão entre as principais preocupações da sociedade. O crescimento da população, o desenvolvimento industrial e a urbanização acelerada, atrelados à postura individualista da sociedade, vêm contribuindo para o aumento do uso dos recursos naturais e para a geração dos resíduos. Na maioria das vezes, esses 16 resíduos são devolvidos ao meio ambiente, de forma inadequada, levando à contaminação do solo e das águas, trazendo vários prejuízos ambientais, sociais e econômicos. O problema do volume de resíduos sólidos está ligado à produção industrial de bens de consumo e intimamente ligado ao crescimento populacional e, em todos os países, os problemas decorrentes são semelhantes. O aumento da população mundial implica no aumento do uso das reservas do planeta, da reserva de produção de bens e também da geração de lixo. Tanto nos países industrializados, como nos países em desenvolvimento, aumenta, ano após ano, a quantidade de resíduos e de produtos que se tornam lixo, e apenas o Japão e a Alemanha têm diminuído a quantidade de lixo por habitante. Trabalhos apontam o aumento do volume do lixo sem tratamento, no Brasil, e a elevação de seu teor tóxico. Esta situação tem sido comparada a uma bomba relógio, que poderá explodir, a qualquer momento. Os resíduos sólidos têm recebido tratamento de segunda categoria e ainda não existe vocação e uma consciência política dos governantes, parlamentares e demais autoridades, efetivamente comprometida com a implementação de políticas preventivas e corretivas. 1.8.2. Separação e acondicionamento dos resíduos sólidos A empresa é responsável pela separação entre resíduos perigosos e resíduos comuns. Após a identificação e a sua separação, os resíduos são colocados em recipientes adequados, para que se possa ter a sua coleta, tratamento e destinação final, de acordo com suas características. 1.8.3. Coleta, armazenagem e transporte Coleta interna É realizada, dentro do local gerador do resíduo, que consiste no recolhimento do lixo da lixeira, no fechamento dos recipientes e no transporte até o local determinado para armazenagem, até que se faça a coleta externa. Armazenagem Refere-se à guarda temporária dos resíduos, até que seja feita a coleta externa. 17 Coleta externa Consiste no recolhimento do resíduo armazenado, até o veículo transportador, trabalho este realizado pelo profissional da empresa de coleta de lixo. Transporte Os veículos utilizados para o transporte dispõem de certas especificações e autorizações dos órgãos competentes, inclusive com vistorias regulares, para que não haja problemas até a destinação final dos resíduos. 1.8.4. Gerenciamento de resíduos sólidos É definido que um gerenciamento integrado de resíduos sólidos é aquele que completa o uso de práticas administrativas de resíduos, com manejo seguro e efetivo, fluxo de resíduos sólidos urbanos, com o mínimo de impactos sobre a saúde pública e o ambiente. Este sistema de gerenciamento integrado de resíduos contém alguns dos seguintes componentes: Redução de resíduos (incluindo reuso dos produtos); Reciclagem de materiais (incluindo compostagem); Recuperação de energia por resíduo combustível; Disposição final (aterros sanitários). A responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos é da administração pública municipal, porém o gerenciamento de outros tipos de resíduos sólidos é de responsabilidade do seu gerador. A estratégia para o gerenciamento dos resíduos industriais, passa pela responsabilização dos produtores de resíduos, através da aplicação do princípio do poluidor-pagador. Este deverá adotar medidas de redução da produção de resíduos, através da introdução de tecnologias e práticas “mais limpas”. Na impossibilidade de evitar a geração de resíduos, deve adotar medidas de valorização (reciclagem e ou valorização energética). Em último caso, os resíduos que não sejam possíveis de reduzir ou valorizar, deverão ter um destino adequado atendendo às características de perigosidade. Os resíduos industriais não perigosos têm um nível de perigosidade similar aos resíduos urbanos, devendo requerer meios de tratamentos semelhantes (triagem, acondicionamento, recolha, valorização). 18 Cabe aos produtores adotarem medidas para a correta separação dos resíduos industriais perigosos e não perigosos, de modo a evitar a contaminação dos resíduos não perigosos e possibilitar uma correta gestão tendo em consideração a perigosidade para o ambiente. Os resíduos industriais perigosos devem ser geridos tendo em consideração as suas características,podendo estes ser incinerados, sofrer tratamento físico-químico, serem depositados em aterro ou serem exportados. 1.8.5. Tratamento e disposição final para os resíduos sólidos O tratamento dos resíduos sólidos é um grande problema nacional. Hoje, o Brasil produz aproximadamente 200 mil toneladas de resíduos sólidos, por dia. Desse total, 76% são destinados aos lixões a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento; 13% destinam se aos aterros controlados; 10% para aterros sanitários e somente 1% chega a ser reciclado. Segundo estudos recentes da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo), cerca de 10 milhões de toneladas anuais de resíduos sólidos, produzidos pelas indústrias, no Estado de São Paulo, não são devidamente tratados ou têm destino inadequado, número este que chega a 47% do volume produzido pelas indústrias. Em detrimento da legislação vigente, que coloca como o grande responsável pelos resíduos o gerador, muitas vezes este acaba por não dar o devido tratamento ou destinação ao lixo por falta de informação ou por não estar devidamente amparado por um prestador de serviço responsável, seja ele público ou privado. O equacionamento e a solução dos problemas relacionados com os resíduos urbanos, em todas as etapas do processo, da geração até a disposição final, estão intrinsecamente ligados à conscientização da população envolvida, ao seu estágio de desenvolvimento aos hábitos, às condições econômicas e, naturalmente, à disponibilidade de locais e tecnologias adequadas para tratamento e disposição final. Lamentavelmente, tem sido constatado que o tratamento e destinação final dos resíduos ainda se resumem na adoção de soluções imediatas, quase sempre fundamentadas no simples descarte, predominando os depósitos a céu aberto, que contribuem para a deterioração do meio ambiente. 19 Para solucionar ou minimizar os problemas resultantes da geração do lixo, será necessário que a sociedade adote cinco princípios básicos: Minimização da geração de resíduos; Maximização da reutilização e reciclagem ambiental adequadas; Seleção de processos industriais de produção de materiais menos agressivos ao meio ambiente; Adoção de formas de destinação final ambientalmente adequadas; Expansão dos serviços relacionados ao lixo para toda a população. De uma forma geral, os sistemas atualmente adotados para a administração dos resíduos estão baseados no conceito da inesgotabilidade dos recursos naturais. Esta visão é absolutamente equivocada e deve ser revista, dentro da ótica do desenvolvimento auto-sustentável. 1.8.5.1. Aterros municipais e industriais O aterro é uma forma de disposição de resíduos no solo que, fundamentada em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, garante um confinamento seguro em termos de poluição ambiental. A disposição indiscriminada de resíduos no solo pode causar poluição do ar, pela exalação de odores, fumaça, gases tóxicos ou materiais particulados, poluição das águas superficiais pelo escoamento de líquidos percolados ou carreamento de resíduos pela ação das águas de chuva e poluição do solo e das águas subterrâneas pela infiltração de líquidos percolados. Estes problemas podem ser eliminados em um aterro pela adoção das seguintes medidas de proteção ambiental: • Localização adequada; • Elaboração de projeto criterioso; • Implantação de infra-estrutura de apoio; • Implantação de obras de controle da poluição; • Adoção de regras operacionais específicas. Os aterros se classificam em: 20 Aterro comum: é a forma inadequada de disposição de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga de resíduos sobre o solo, sem medidas de proteção ao ambiente ou à saúde pública. Vantagem: Processo mais barato e mais rápido para sua instalação. Desvantagem: Contamina o solo, ar, água e favorecem a sobrevivência e proliferação de insetos e roedores. Aterro controlado: é o aterro comum com algumas adaptações. Os resíduos recebem diariamente uma cobertura de material inerte. Esta cobertura não resolve os problemas de poluição gerados pelos resíduos, pois, não são levados em conta os mecanismos de formação de gases e líquidos. Aterro Sanitário: de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (1984), NBR 10004, consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança. Vantagem: causa menos impacto ao meio ambiente e é uma solução economicamente viável; Desvantagem: vida útil de curta duração, controle e manutenção constante e utilização de grandes extensões de terra. Para os resíduos sólidos industriais existem os aterros próprios, que são geralmente classificados como aterro classe I, aterro classe II ou aterro classe III. 1.8.5.2. Compostagem Compostagem é um processo controlado de decomposição microbiana de oxidação e oxigenação de uma massa heterogênea de matéria orgânica, no estado sólido e úmido. Dois estágios podem ser identificados nessa transformação: 1º estágio: denominado digestão, e corresponde à fase inicial da fermentação, na qual o material alcança o estado de bioestabilização 2º estágio: denominado maturação. A massa em fermentação atinge a humificação, estado em que o composto apresenta melhores condições como melhorador do solo e fertilizante. A compostagem pode ser classificada, segundo quatro fatores: aeração, temperatura, ambiente, e tipo de processamento. 21 Vantagem: transforma matéria orgânica em adubo ou ração animal e reduz o envio de resíduos para os aterros Desvantagem: produção de mau cheiro, insetos e roedores. 1.8.5.3. Reciclagem A produção industrial e a própria sobrevivência humana no planeta terra estão baseadas no desenvolvimento da forma academicamente conhecida como 3 erres, sendo, redução, reaproveitamento e reciclagem. A redução é a introdução de novas tecnologias na exploração, transporte e armazenamento das matérias-primas para reduzir ou, se possível, eliminar o desperdício dos recursos naturais, retirados da natureza. O reaproveitamento é a reintrodução no processo produtivo, de produtos não mais apropriados para o consumo, visando a sua recuperação, e recolocação no mercado, evitando assim, o seu encaminhamento para o lixo. Já a reciclagem constitui a reintrodução de um resíduo, produto usado, para que possa ser reelaborado gerando um novo produto. Os três erres se propõem a analisar e organizar o ciclo produtivo, de forma que cada vez mais o lixo seja transformado em insumo, substituindo, até o limite do possível, as preciosas matérias-primas naturais, preservando nossos recursos naturais e o meio ambiente. 1.9. Recursos e instrumentos necessários à fiscalização ambiental Para a fiscalização são necessários recursos humanos capacitados, com formação específica na área ambiental e conhecimento amplo da legislação ambiental. Os recursos materiais são fundamentais e incluem desde a logística para o trabalho de escritório e de campo até os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Os principais instrumentos necessários à fiscalização ambiental são: 1.9.2. Sistema informatizado com banco de dados especializados; 1.9.3. Legislação ambiental atualizada; 1.9.4. Licenças ambientais; 1.9.5. Formulários de suporte a fiscalização; 1.9.6. Laudo de constatação (LC); 22 1.9.7. Notificação (NOT); 1.9.8. Auto de infração (AI); 1.9.9. Cartas topográficas e imagens de satélite; 1.10. Planos de monitoramento Elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS); • Assessoria para implantação do PGRS; • Treinamento para implantação do PGRS dentro da instituição;• Auditoria e manutenção do PGRS. Elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço (PGRSS) • Assessoria para implantação do PGRS; • Treinamento para implantação do PGRSS dentro da unidade de saúde; • Assessoria em reuniões periódicas para o gerenciamento dos resíduos; • Auditoria e manutenção do PGRS. Elaboração de Planos de Monitoramentos dos Sistemas de Controle Ambiental (PMCA); • Plano de Monitoramento de Efluentes; • Plano de Monitoramento de Resíduos Sólidos; • Plano de Monitoramento de Emissões Atmosféricas; • Plano de Monitoramento de Ruídos. Elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construçã o Civil (PGRCC); • Plano de Monitoramento de obras; • Atendimento as condicionantes da LAP/LAI. 1.11. Objetivos da fiscalização ambiental A fiscalização objetiva manter a integridade do meio ambiente, assegurar o uso racional dos recursos ambientais e seus subprodutos, e restringir as ações prejudiciais 23 do homem sobre a natureza por meio das principais ações: Atendimento às denúncias de crimes ambientais, oriundas da sociedade, pessoa física ou jurídica, que se sente lesada em seus direitos de uso dos recursos ambientais; Lavraturas de Laudos de Constatação, Notificações e Autos de Infração; Vistorias e monitoramento dos Projetos de Recuperação de Área De gradada; Vistorias e fiscalização das atividades com licenciamento simplificado (comunicados); Verificação do cumprimento de condicionantes de licenças ambientais; Atendimento a acidentes ambientais envolvendo produtos químicos perigosos. 1.12. licenciamentos ambientais Assessoria e Consultoria para Licenças Ambientais (atendimento a FATMA, SEMA e FUNDEMA – Araquari). • Licença Ambiental Prévia; • Licença Ambiental de instalação; • Licença Ambiental de Operação; • Renovação de licenças ambientais; • Certidão de Conformidade Ambiental; • Dispensa Ambiental; • Assessoria e consultoria no setor hoteleiro. 2. SAÚDE OCUPACIONAL Cada vez mais as organizações se mostram preocupadas em demonstrar o seu compromisso com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. A área de SMS da Tecpa conta com uma Técnica em Segurança do Trabalho que faz a gestão de Saúde Ocupacional de todos os colaboradores. As empresas estão cada vez mais preocupadas em alcançar e evidenciar um sólido e constante desempenho em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho, por 24 meio do controle dos respectivos riscos de natureza ocupacional. Cada vez mais estão cumprindo as exigências legais, de desenvolvimento de políticas e medidas indutoras de boas práticas de SST. O departamento de SMS está sempre se atualizando e acompanhando as mudanças na legislação para proteger seus colaboradores. Conta com uma política para identificar e controlar constantemente seus riscos à saúde e segurança, reduzindo potencial de acidentes, auxiliando na conformidade legislativa e melhorando o desempenho geral. Saúde Ocupacional nada mais é do que um setor específico dentro da grande área da saúde, porém, que lida unicamente com a saúde voltada para o trabalhador. O principal intuito da saúde ocupacional é se voltar para a prevenção de doenças e demais problemáticas que possam se originar no ambiente de trabalho. Seu objetivo está focado na qualidade de vida do trabalhador, oferecendo para os funcionários bem-estar tanto físico, quanto emocional, em um ambiente de trabalho propício. Dessa forma, ela é o que previne contra riscos e demais problemas que o trabalhador venha a enfrentar por conta do ambiente físico/ambiental em que realiza suas atividades. É por meio da saúde ocupacional que os indivíduos podem realizar as suas atividades no ambiente de trabalho com muito mais tranquilidade, relaxamento e garantia de bem-estar social. Muitos são os indivíduos que só reconhecem a saúde ocupacional em uma determinada empresa pelo fato de que é esse o setor que cuida dos exames para admissão e demissão do funcionário. Porém, a verdade é que essa é apenas uma de tantas atividades realizadas pelo mesmo. Vale lembrar que a saúde ocupacional é caracterizada como um setor obrigatório dentro de empresas de pequeno, médio e grande porte. O Ministério do Trabalho é o órgão responsável por essa fiscalização e impõe também todas as regras no que diz respeito à qualidade de vida do trabalhador. É claro que a saúde ocupacional se torna também vantajosa para a própria instituição. Assim que ela oferece um ambiente realmente sadio e qualificado para a atuação de seus funcionários, é certo de que a realização das atividades trabalhistas 25 no mesmo será muito melhor. Por isso, a empresa ganha um profissional muito mais motivado para a realização de seus trabalhos, e não há nenhuma influência de caráter ambiental que venha a atrapalhar o trabalho e a produtividade do mesmo. Todos os empregadores devem observar atentamente o ambiente físico de suas instalações, tomando sempre medidas necessárias para colocar seus empregados o mais distante possível de riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Para saber realmente quais são esses riscos, deve-se realizar uma vistoria com profissionais especializados em Segurança do Trabalho, esses profissionais levantarão quais os riscos existentes em todos os ambientes de sua empresa, e indicarão ações a serem tomadas para evitar a ocorrência de acidentes, estas ações vão desde mudança de layout da empresa até utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, conforme as regras da saúde ocupacional. Todas essas ações devem ser elaboradas por Técnicos de Segurança do Trabalho, inscritos nas DRT de sua região e Engenheiros de Segurança do Trabalho filiados ao CREA. Cada vez mais as pessoas procuram se qualificar para encontrar bons empregos e estabilidade no trabalho. Porém hoje em dia não são apenas as pessoas que se qualificam para encontrar boas empresas, mas as empresas também procuram melhores condições de trabalho e segurança para seus funcionários. Existem leis que pretendem diminuir e até acabar com o número de acidentes que acontecem no ambiente do trabalho e vários profissionais atuam dentro das empresas para garantir melhor qualidade de vida para os funcionários. O PPRA ou Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, trata-se de uma legislação federal que pretende estabelecer uma metodologia de ação para garantia da preservação da saúde e integridade dos trabalhadores diante de riscos oferecidos do ambiente de trabalho. Esses riscos podem ser agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos locais de trabalho que podem causar danos à saúde dos funcionários. Atualmente todas as empresas são obrigadas a ter o PPRA, não importa o risco que possa oferecer aos seus funcionários. Para elaboração do programa são necessários profissionais como técnico de segurança, engenheiro de segurança ou médicos do trabalho. 26 Outro programa que visa colaborar para um ambiente de trabalho mais saudável para todos é o PCMSO ou Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que visa identificar antecipadamente qualquer desvio que possa comprometer a saúde dos trabalhadores, monitorando-os através de exames laboratoriais. O principal objetivo desse programa é levantar riscos existentes no ambiente e propor mecanismos para controlá-los. O PPRA e o PCMSO atuam juntos nesse processo. Ambos os programas são importantes para que uma empresa possa oferecer um ambiente de trabalho seguro e saudável para seus funcionários, longe de riscos que possam comprometer a saúde dos mesmos. Os riscos estão em toda a parte, materiais tóxicos, máquinas perigosas, exposição a elementos que trazem d anospara à saúde e tudo isso deve ser previamente levado em consideração. É preciso tomar atitudes que possam colaborar na vida de todos que trabalham em uma empresa. As empresas que não tiverem os programas regulamentados podem ser multadas, e, além disso, caso o funcionário venha a contrair alguma doença ocupacional, os donos da empresa podem responder judicialmente pelo dano causado, resultando em indenizações altíssimas. A Tecpa possui PPRA e PCMSO. Tudo de acordo com a lei! A Carla, responsável por toda a parte de Saúde Ocupacional, cuida de todos os ASO´S dos colaboradores, realiza o agendamento dos exames periódicos, admissionais e demissionais, faz a gestão de controle dos cursos e treinamentos de parte dos funcionários, pois diversos clientes da Tecpa exigem certificados de diversos cursos dentre eles: CIPA, Brigada de Incêndio, NR10 e NR35, Curso de Salvamento para trabalhos em plataformas, dentre outros cursos. Muitos clientes realizam auditorias e solicitam preenchimentos de questionários relacionados a parte de SMS. O departamento de SMS todo o controle da Saúde Ocupacional de seus colaboradores. Com seus colaboradores treinados, consegue reduzir riscos e acidentes, pois estão capacitados para executar suas atribuições de forma eficaz, com todo o preparo e atenção. Possui a equipe de CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), onde 27 realizam reuniões mensais, sempre atentos aos acontecimentos e efetuando controles de prevenções de riscos e realizando melhorias e adequações sempre que necessário. Todo ano preparam e agregam valores e conhecimentos com a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) onde seus colaboradores assistem a palestra de diversos temas. Muitas pessoas acreditam que existam temas obrigatórios para a SIPAT, porém não existe lei e nenhuma NR que obrigue a empresa a ministrar um tema específico. Ao longo dos anos alguns temas foram incorporados as SIPATS puro modismo mesmo, e muitas pessoas até pensam que são obrigatórios. Um exemplo são as palestras sobre prevenção de AIDS. A NR diz que AIDS deve ser tema de um evento anual na empresa, mas, não diz que esse evento é a SIPAT. Mas, como a SIPAT é um evento anual e obrigatório as empresas acabam inserindo na SIPAT. O Departamento Pessoal atua na parte de motivação, garantindo a saúde emocional, evitando que seus colaboradores entrem em crises se stress e outras doenças que afetem a saúde física e emocional de seus colaboradores. 2.1. Divulgação dos riscos A empresa divulga de forma clara os riscos a que estão expostos os funcionários da empresa. Afinal, é impossível alguém que queira se prevenir daquilo que nem conhece, não é? Essa conscientização acontece através de palestras como DDS, SIPAT (que é obrigatória), dentre outras, e também usando comunicação visual, placas de perigo, risco, cuidado, e até o Mapa de Risco. Um Mapa de Risco bem elaborado com uma linguagem clara é muito útil para conscientização. O Mapa de Risco consegue conscientizar e orientar até aqueles que ainda não tiveram chance de participar de palestras, como visitantes da empresa por exemplo. 2.1.1. Riscos existentes De acordo com os funcionários da Empresa, eles estão sujeitos a vários riscos, situações de perigo e a imprevistos como os acidentes no ambiente de trabalho. Um 28 dos principais riscos que foi citado foi o risco de acidente, pois segundo alguns técnicos da empresa os acidentes normalmente acontecem por quedas, já que muitas vezes os trabalhos são feitos em alturas, na instalação de para-raios e os choques elétricos, que as vezes são inevitáveis por se tratar de uma empresa que desenvolve os trabalhos através de manutenções em equipamentos de média e alta tensão, montando painéis, limpando e fazendo a manutenção em cabines primárias. Segundo os funcionários a empresa sempre realiza treinamentos e palestras sobre a conscientização e ensinamentos de como evitar acidentes e o que fazer caso ocorra. Esses treinamentos são extremamente importantes e necessários para que os funcionários se conscientizem acerca dos riscos que um ambiente de trabalho pode causar. 2.2. Segurança em serviços de eletricidade A eletricidade é a principal fonte de energia utilizada no mundo moderno, sendo essencial em todos os aspectos, e ainda, é considerada como serviço público. Entretanto os serviços que garantem seu perfeito funcionamento, podem comprometer a segurança e saúde das pessoas que o estão executando, ainda assim ela oferece riscos a pessoas que estejam expostas direta ou indiretamente a ela. Isso se deve ao fato de que a eletricidade não é perceptiva aos sentidos do homem, e em virtude disto, as pessoas podem estar expostas a situações de risco ignoradas ou subestimadas. A Norma Regulamentadora nº 10 (NR 10) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. A NR 10 se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis. 29 2.3. Metodologia É realizado um gerenciamento dos riscos envolvendo a atividade já apresentada, com os objetivos de: Prevenir acidentes de trabalho; Garantir a saúde, integridade e conforto aos trabalhadores; Definir atribuições, responsabilidades e autoridade ao pessoal que administra, desempenha e verifica atividades que influem na segurança e que intervêm no processo produtivo; Fazer a previsão dos riscos que derivam do trabalho estudado; Determinar as medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de riscos; Aplicar técnicas que minimizem os riscos de acidentes e doenças. O programa de gerenciamento de riscos aplicado será composto pela descrição da atividade avaliada, a qual apresentará a composição da equipe de trabalho especificando os cargos e as funções específicas de cada um dos integrantes destacando a função avaliada pelo programa. Será identificado, de acordo com dados referentes à Norma Regulamentadora nº4 (NR-4) do Ministério do Trabalho e Emprego, qual o grau de risco atribuído à empresa. Serão identificados todos os riscos ambientais, aos quais à função avaliada está sujeita, aplicando então às medidas preventivas cabíveis à cada um deles e por fim elencados todos os equipamentos de proteção individual e coletiva que deverá ser fornecido à equipe para que suas atividades possam ser executadas de forma segura. 2.4. Riscos Ambientais Os riscos envolvendo a função avaliada dependem muito do local em que ela está sendo executada, uma vez que o eletricista pode estar trabalhando em uma rede localizada nas áreas centrais das cidades, em áreas rurais com plantações específicas, em áreas internas de indústrias que por si só podem gerar algum tipo de risco, entre outras possibilidades. Dessa forma, a partir de uma análise dos riscos que envolvem o trabalho dessa função e nas condições especificadas, foram definidos os riscos envolvidos que são como seguem. 30 2.4.1. Riscos Físicos Calor: Por se tratar de trabalho realizado em um local muitas vezes fechado ou a céu aberto, como no caso de manutenção em cabines primarias ou instalaçãoe montagem de para-raios, nos períodos do ano em que se registram temperaturas ambientes bastante elevadas, uma vez que o trabalho é executado em sua maior parte em período diurno, nos momentos em que o calor seja mais intenso o trabalhador estará totalmente disposto a ele que será agravado devido as vestimentas utilizadas. O tempo de exposição a esse risco pode ser caracterizado como habitual e intermitente. Esse risco trará danos à saúde do trabalhador ocasionando doenças ocupacionais referente ao calor. Frio: Por se tratar de trabalho realizado a céu aberto, nos períodos do ano em que se registram temperaturas ambientes bastante baixas o trabalhador estará totalmente disposto ao frio. O tempo de exposição a esse risco pode ser caracterizado como habitual e intermitente. Esse risco trará danos à saúde do trabalhador ocasionando doenças ocupacionais referente ao frio. Umidade: Como as atividades poderão ser realizadas em ambientes rurais onde existem plantações, geralmente no período matutino, em algumas épocas do ano, esses ambientes costumam ser bastante úmidos, o que irá expor diretamente o trabalhador a essa umidade. O tempo de exposição pode ser caracterizado como habitual e intermitente. Esse risco trará danos à saúde do trabalhador ocasionando doenças ocupacionais referentes à umidade. Radiação não ionizante: Esse risco surge por ser um trabalho disposto diretamente ao raios ultra violeta e infravermelhos do Sol e também por existir trabalhos com soldas, sendo elas elétrica, exotérmica e oxido-acetilênica. O tempo de exposição pode ser considerado como habitual para o fator dos raios ultravioletas do Sol e ocasional para a solda. Os danos à saúde referentes a esse risco se resumem a queimaduras. 31 Ruído: O ruído ao qual o trabalhador estará disposto é o ruído existente das ferramentas utilizadas nos processos de trabalho, como furadeiras, serra tico-tico, além dos barulhos de maquinários existentes no local de trabalho. O tempo de exposição pode ser considerado habitual para o caso do ruído proveniente das ferramentas e intermitente nos casos das maquinas. Os danos à saúde do trabalhador surgem como distúrbios no sistema auditivo. 2.4.2. Risco de acidentes Choque Elétrico: Por ser um trabalho realizado em energia elétrica, sendo ainda que muitas vezes ela se encontra desenergizada, ainda assim existe o risco do choque elétrico que pode ser ocasionado por uma desatenção por parte dos funcionários ou por um toque acidental que seja diferente dos procedimentos adotados para esse tipo de trabalho. O tempo de exposição a esse risco é considerado como habitual e permanente. Os danos à saúde do trabalhador aparecem em doenças relacionadas ao choque elétrico, queimaduras e até mesmo a morte. Quedas: Por se tratar de trabalhos muitas vezes em altura e o trabalhador estar elevado do chão por equipamentos de segurança, existe o risco da queda do trabalhador. Não apenas a queda do trabalhador, ainda podem ocorrer a queda de objetos. O tempo de exposição a esse risco pode ser considerado como habitual e permanente. Os danos à saúde do trabalhador se dão por lesões em membros superiores ou inferiores e até mesmo a morte. Cortes: A utilização de ferramentas de cortes expõe o trabalhador ao risco de corte. O tempo de exposição pode ser considerado como habitual e intermitente. Os danos à saúde são lesões em membros superiores. Acidentes de Trânsito: Pela equipe estar em constante deslocamento para a realização dos trabalhos ela está exposta a acidentes de trânsito que possam surgir. O tempo de exposição à esse risco pode ser considerado como habitual. Os danos à saúde do trabalhador surgem por lesões em membros superiores ou inferiores e até 32 mesmo a morte. Animais Peçonhentos: Os trabalhos em áreas rurais que não se caracterizem como áreas de plantio ou limpas, expõem o trabalhador ao risco de encontro com alguns animais peçonhentos como: cobras, escorpiões, vespas, abelhas, entre outros. O tempo de exposição a esse risco pode ser considerado como ocasional. Os danos à saúde do trabalhador são as doenças causadas pelo contato com os animais peçonhentos 2.4.3. Riscos Químicos Poeiras: Por se tratar de trabalhos em locais fechados onde tem o acumulo de poeiras, e nas épocas secas o trabalhador estará disposto a poeiras do ambiente. O tempo de exposição a esse risco pode ser considerado como habitual intermitente. Os danos à saúde do trabalhador surgem por ocasiões de doenças respiratórias. 2.4.4. Riscos Ergonômicos Postura Inadequada: Pelo trabalho ser realizado muitas vezes em Alturas ou em locais fechados, a realização das atividades expõe o trabalhador a uma diversidade de posturas inadequadas a sua saúde. O tempo de exposição a esse risco pode ser considerado como habitual. Os danos à saúde do trabalhador se resumem em fadigas e distúrbio ósseos e musculares. Esforço Físico: A instalação de equipamentos que serão utilizados nas montagens industriais a fim de resolver um eventual problema ocasionado pela falta de energia elétrica dentro do local que será feito a manutenção, cabos, cruzetas, isoladores e diversos outros equipamentos forçam o trabalhador a realizar levantamento de peso, o levantamento de peso somado a sua má postura irá ocasionar um esforço físico bastante grande durante a realização de sua atividade. O tempo de exposição a esse risco pode ser considerado como habitual. Os danos à saúde do trabalhador aparecem como fadigas e distúrbio ósseo e muscular. Iluminação Deficiente: Trabalhos que venham a ser desenvolvidos no período 33 noturno por motivos de atraso nas atividades ou por alguma emergência que vier ocorrer ou em locais fechados expõe o trabalhador aos riscos referentes à iluminação deficiente. O tempo de exposição a esse risco pode ser considerado como ocasional. Os danos à saúde do trabalhador surgem por algum acidente de trabalho que venha a ocorrer pela falta de iluminação. 2.5. Medidas preventivas A partir dos riscos ambientais a que o trabalhador está disposto, são então indicadas medidas preventivas que possam evitar um possível acidente de trabalho relacionado a cada um dos riscos já identificados. 2.5.1. Riscos Físicos Calor: Os limites de tolerância para exposição ao calor, são definidos pelo Anexo nº 3 da Norma Regulamentadora nº 15 – Atividades e Operações Insalubres. Segundo anexo, a exposição ao calor deve ser avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo” – IBUTG, onde, para tal avaliação devem ser utilizados: termômetro de bulbo húmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum, sendo que as medições devem ser realizadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida. Em períodos do ano em que os índices de calor são bastante elevados, procurar agendar trabalhos, sempre que possível, em ambientes de exposição direta ao calor em horários matutinos aos quais as temperaturas medidas são mais amenas. Para os trabalhos que necessitem da exposição direta ao calor em temperaturas elevadas, deve-se realizar a hidratação dos trabalhadores, realizando pausas para uma reidratação sempre que possível. Frio: Para trabalhos realizados em ambientes com temperaturas bastante baixas, deve ser fornecido ao trabalhador vestimentas para proteção do corpo contra riscos de origem térmica. Umidade: Em períodos do ano em que o ambiente possa se tornar bastante úmido, procura agendar trabalhos, sempre que possível em períodos vespertinos, 34 onde a umidade já cessou. Para trabalhos que precisem ser realizados perante a umidade, ostrabalhadores devem utilizar calçados e vestimentas para proteção do corpo contra umidade. Radiação Não-Ionizante: Quando a origem da radiação não-ionizante for os raios ultravioletas e infravermelhos do sol, o trabalhador deve utilizar protetor solar, óculos para proteção dos olhos, caso se faça necessário ainda deve ser fazer o uso de protetor facial. Para o caso da realização de soldas deve ser utilizada máscara de solda para proteção dos olhos e faces. Ruído: Caso o ruído ao qual o trabalhador esteja disposto ultrapasse os 44 níveis máximos definidos para o tempo em que ele ficara em exposição, o trabalhador deverá utilizar protetor auditivo. 2.5.2. Risco de acidentes Choque Elétrico: Por decorrência de choques elétricos os trabalhadores deverão utilizar luvas para proteção das mãos contra choques elétricos, manga para proteção do braço e antebraço contra choques elétricos, calçados para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica, vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos. Quedas: Por se tratar de trabalho realizado em altura com cinto de segurança, onde o trabalhador fica disposto, a medida preventiva contra queda seria a manutenção adequada do equipamento, que não permita que ele se desprenda. Quanto a queda de objetos, o trabalhador deve tomar o cuidado de manusear o objeto o maior tempo possível na área onde os trabalhos são executados, deve ser proibida a permanência de pessoal em local a baixo de onde os trabalhadores estão trabalhando, sendo feito o isolamento do local. Cortes: Por precaução do risco de choque elétrico, os trabalhadores já estarão utilizando luvas, mangas e calçados de proteção, os materiais desses equipamentos 35 de proteção já proporcionam proteção contra cortes de porte leve que pode ser causado pelas ferramentas de corte utilizadas. Iluminação Deficiente: Quando da necessidade de trabalhos em períodos noturnos, ou em ambientes onde a iluminação se apresente deficiente, devem ser utilizadas lanternas, ou outros equipamentos de iluminação com luminosidade suficiente para que o trabalho seja executado de forma segura. Acidentes de Trânsito: As medidas preventivas contra acidentes de trânsito deverão ser feitas pelas conscientizações do motorista, no cumprimento nas leis de trânsito vigentes, assim como no quesito atenção durante a condução do veículo e a equipe de trabalho. Animais Peçonhentos: Os equipamentos de proteção aplicados aos trabalhadores por motivo de outros tipos de riscos, sendo eles luvas, mangas e calçados de proteção, assim mesmo como a própria vestimenta, já proporcionam ao trabalhador proteção contra ataques de animais peçonhentos. Porém deve ser feita uma inspeção prévia no local de trabalho, onde se identificado algum animal peçonhento, seja retirado antes do início das atividades. 2.5.3. Riscos Químicos Poeiras: Para a atividade em locais sujeitos a poeira oriunda do próprio ambiente, deve ser definido o limite de tolerância de acordo com anexo nº 12 da NR 15, sendo considerado os limites atribuídos à Sílica Livre Cristalizada que é um elemento encontrado depositado nas rochas que constituem a crosta terrestre. Caso os limites observados sejam superiores aos limites de tolerância, os trabalhadores deverão utilizar EPI para proteção respiratória, sendo ele uma peça semifacial filtrante para proteção das vias respiratórias contra poeira e névoas. 2.5.4. Riscos Ergonômicos Postura Inadequada: O trabalhador devera se posicionar da melhor forma 36 possível para que fique em uma posição que proporcione o maior índice de conforto possível para a atividade, evitando assim a necessidade de trabalhos com postura inadequada. Esforço Físico: Quando se tratar do manuseio de objetos com pesos excessivos, deverá ser manuseado utilizando equipamento próprio de apoio e com a intervenção de mais de um trabalhador, evitando assim que esforços físicos sejam exercidos durante a realização da atividade. 2.6. Caracterização dos acidentes de trabalho Os acidentes são classificados em: 2.6.1. Acidente Típico do Trabalho Ocorre no local e durante o horário do trabalho, considerado como um acontecimento súbito, violento e ocasional, que provoca no trabalhador incapacidade para a prestação do serviço. 2.6.2. Acidente de Trajeto Ocorre na ida ou na volta do trabalho, ou ocorrido no mesmo trajeto quando o trabalhador efetua suas refeições em casa. Deixa de ser caracterizado o acidente quando o empregado tenha por interesse próprio, interrompido ou alterado o percurso normal. 2.6.3. Ato de Terceiro Esse ato de terceiro pode se culposo ou doloso. Será considerado culposo quando a pessoa que deu ensejo ao mesmo não tinha intenção de que o fato acontecesse, foi um ato de imprudência, negligência, imperícia que resultou num dano de outrem. Já o ato doloso é consciente, e a pessoa que o pratica age de má fé com vontade dirigida para a obtenção de um resultado criminoso. Assim, o legislador (pessoa que elabora as leis) estendeu o conceito de acidente aos atos dolosos que atingem o trabalhador proveniente da relação de emprego, tal como os casos de sabotagem, ofensa física levada a cabo por companheiro de serviço 37 ou terceiro, resultante de disputa originada na prestação de serviço. A exclusão que se manifesta é a referente a ato doloso contra empregado, oriundo de terceiros ou de companheiro de serviço, não originado de disputa relativa ao trabalho. Assim, o ferimento sofrido por um empregado no local e horário de trabalho, por parte de outro colega de serviço, com origem em questão de ciúme ou mesmo de discussão sobre futebol, não se caracteriza como acidente do trabalho. 2.6.4. Acidente de Força Maior Ocorre caso o funcionário se acidente por causa de inundação, incêndio e fatores que não podem ser previsíveis. (dentro do horário de trabalho). 2.6.5. Acidente fora do local de horário de trabalho Ocorre fora do local e horário de trabalho, quando no cumprimento de ordem ou na realização de serviços sob a autorização da empresa. Ex: Quando o empregado se acidenta realizando uma viagem a serviço da empresa. 2.6.6. Causas de Incapacidade “Associadas” ao acidente do Trabalho. Pode acontecer que o empregado já tivesse condições que facilitassem o acontecimento ou resultado. Se um indivíduo tem certa fraqueza óssea e sofre uma pancada que para outro traria como consequência apenas uma zona dolorida, mas para ele resulta em fratura, suas condições pessoais não afastam a aplicação da legislação acidentária pela totalidade do acontecimento. Se uma lesão como ferimento atinge um diabético, que em face de suas condições de saúde vem a sofrer amputação de uma perna ou braço, a legislação acidentária cobre a consequência total. 2.7. Doença profissional e do trabalho 2.7.1. Doença Profissional É entendida como produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar de determinada atividade. Assim o saturnismo (intoxicação provocada em quem trabalha com chumbo) é uma doença tipicamente profissional. 38 2.7.2. Doença do Trabalho É entendida como adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Assim, por exemplo, podemos citar a surdez como doença do trabalho, tendo em conta o serviço executado em local extremamente Ruidoso. 2.7.3. Doenças Ocupacionais Segundo o Ministério da Previdência Social, entre os acidentes de trabalho mais comuns que resultaram em doenças ocupacionais destacam-se as doenças de pele, alergias e irritações. As DORT(osteomusculares), que apresentam comprometimento da coluna e dos membros superiores lideram a lista. Recentemente, percebeu-se um significativo aumento em casos de câncer e distúrbios psiquiátricos nos registros. A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é a segunda colocada no ranking de doenças ocupacionais, podendo levar o trabalhador à aposentadoria por invalidez. 2.7.4. Doenças Emocionais Ansiedade, stress e depressão têm sido percebidas com uma frequência cada vez maior nos registros do Ministério da Previdência Social. São problemas de caráter psicológico, muitas vezes ocasionados pelo excesso de pressão, cada dia mais comum nos mais diversos ambientes de trabalho. Há casos, inclusive, em que essas doenças acabam afastando profissionais definitiva ou provisoriamente. 2.8. Prevenção de acidentes de trabalho Acidentes de Trabalho são dos maiores causadores de pedidos de indenização junto à Justiça do Trabalho. Ainda que o ambiente laboral ofereça meios para manter a segurança e o bem estar dos funcionários – como a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual– os riscos de acidentes podem ocorrer quando não há preparo da equipe. Locais que oferecem riscos fazem com que os empregados trabalhem com medo, o que interfere diretamente na produtividade e na relação entre patrão e funcionário. A ocorrência de um acidente de trabalho assegura o direito à 39 indenização para a vítima ou a família dela. Existem diversos parâmetros de indenização que são estabelecidos mediante as consequências do sinistro ocorrido com o trabalhador: incapacidade temporária, incapacidade permanente ou morte. Entretanto, o problema pode ser solucionado com a aplicação de métodos que garantam a diminuição desses riscos, além da contratação de profissionais especializados em segurança do trabalho. Investir em Treinamento, o treinamento é a melhor maneira de fazer com que o funcionário conheça a função que será exercida. A partir daí, é possível garantir que o indivíduo estará preparado para executar o trabalho, sem oferecer riscos ou prejuízos à equipe e ao empregador. Comunicar os colaboradores sobre as condições de trabalho, o gestor deve comunicar ao empregado sobre os riscos e condições relativas à função e ao espaço em que ele irá operar. Essa informação deve ser garantida por meio do treinamento e também com a fixação de avisos em paredes e murais, bem como com a divulgação de informes e sinalizações específicas nos equipamentos em todo o ambiente. Ofereça Equipamentos de Segurança corretos, uma das obrigações dos empregadores é oferecer os Equipamentos de Proteção Individual aos funcionários que exercem atividades de risco. Além de fornecer, o responsável deve fazer vistorias frequentes para certificar que os equipamentos estão sendo utilizados de forma correta, evitando acidentes de trabalho. Além de verificar o seu uso, a empresa é responsável por fornecer EPI’s adequados às suas medidas e demonstrar com treinamentos ou palestras, a forma correta do uso do EPI. Estabelecer um bom relacionamento com a CIPA. A instalação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) também faz parte de Norma Regulamentadora (NR-5) para a garantia de melhores condições de saúde e trabalho a todos os funcionários. Ela é formada por um grupo de trabalhadores da instituição, com o objetivo de traçar um mapa dos riscos e implementar ações de prevenção de acidentes. Para que o empregador se previna contra indenizações, é fundamental que ele tenha um bom relacionamento com a CIPA e siga as orientações sobre a utilização dos EPIs e divulgação de conteúdo para a equipe. Outro ponto importante é que haja um debate conjunto das ações que serão executadas no caso de algum incidente. 40 2.9. Como evitar acidentes de trabalho Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI); Manter as áreas de circulação desobstruídas; Não obstruir o acesso aos equipamentos de emergências (macas, extintores, etc.) Informar ao superior imediato sobre a ocorrência de incidentes, para que se possa corrigir o problema e evitar futuros acidentes; Não executar atividade para a qual não está habilitado; Não improvisar ferramentas. Solicite a compra de ferramentas adequadas à atividade; Não fazer brincadeiras durante o trabalho. Sua atenção deve ser voltada apenas para a atividade que está executando; Orientar os novos colaboradores sobre os riscos das atividades; Cuidado com tapetes em áreas de circulação; Não retirar os Equipamentos de Proteção Coletiva das máquinas e equipamentos. Eles protegem os trabalhadores simultaneamente; Não fumar em locais proibidos. Procurar os locais destinados para tal; Evitar a pressa, ela é “inimiga da perfeição”. Além de se expor ao nível de risco maior, o trabalho não terá uma boa qualidade; Conferir a máquina ou equipamento de trabalho antes de iniciar as atividades, através do check list; Ao sentar, verificar a firmeza e a posição das cadeiras; Não deixar objetos caídos no chão; 2.10. Concientização A segurança do trabalho só flui na empresa através de conscientização. É necessário que a empresa adote uma linguagem clara no tocante aos riscos e as medidas que deverão ser adotadas. É necessário que a empresa adote uma linguagem clara no tocante a aos riscos e à medida que deverão ser adotadas. Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e 41 suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos. 2.11. Equipamentos de proteção Para proteger o trabalhador dos danos causados pelos riscos que sua função o proporciona, são utilizados equipamentos de proteção, específicos a cada tipo de risco identificado, sendo que eles podem ser de uso individual e coletivo. Todos os equipamentos de proteção devem possuir certificado de aprovação (C.A.) do Ministério do Trabalho e Emprego. 2.11.1. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) De acordo com a Norma Regulamentadora - NR 6 considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Os EPI ‘s deverão ser fornecidos pela empresa, em perfeito estado de conservação, responsabilizando-se pela higienização e manutenção, a qual deverá exigir seu uso, orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, sua guarda e conservação. Em caso de extravio ou danificação a empresa deverá providenciar sua imediata substituição, assim como deve registrar o seu fornecimento ao trabalhador. O trabalhador deverá fazer o uso dos EPI ’s apenas para a sua finalidade específica, responsabilizar-se por sua guarda e conservação, cumprir todas as determinações do empregador sobre seu uso adequado, assim como informar qualquer alteração que o torne impróprio para o uso. De acordo com os riscos elencados para a atividade em específico foram determinados os EPI’ s que deverão ser utilizados pelo trabalhador: Capacetes para proteção contra impactos de objetos e choque elétrico. Capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra riscos de origem térmica. Óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes. 42 Óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa, radiação ultravioleta e infravermelha. Protetor auditivo de inserção. Respirador purificador de ar não motorizado, peça semifacial filtrante para proteção das vias respiratórias contra poeiras
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