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assistencia de enfermagem aos pacientes com disturbios neurologicos

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ENFERMAGEM EM CLÍNICA GERAL E CIRÚRGICA APLICADA 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS 
PACIENTES COM DISTÚRBIOS 
NEUROLÓGICOS 
PROFª SUSANA PENA 
Objetivos 
• PRESERVAR E RESTAURAR A FUNÇÃO 
DO SISTEMA NERVOSO 
 
• MANTER A OFERTA DE GLICOSE E 
OXIGÊNIO ADEQUADA 
EXAME NEUROLÓGICO 
Determinar Nível de Consciência 
 Padrão Respiratório 
 Avaliar Abalos e/ou Tremores 
 Avaliar Déficit Motor 
 Freqüência e Ritmo Cardíacos 
 Níveis Tensionais 
 História Pregressa 
(HAS/DM/COLAGENOSE/HEPATOPATIAS) 
 Uso Habitual de Medicamentos 
(AAS/ANTICOAGULANTES/ANTICONVULSIVANTES/ 
BENZODIAZEPNÍCOS) 
 
Sinais e sintomas mais comuns 
Cefaléia: 
• de tensão – dor compressiva – reg.frontal, 
têmporas e nuca. Estresse emocional ou físico 
• Hipertensiva- dor occipital insidiosa em fisgadas 
• vascular(enxaqueca)- complexo sintomático 
• Febril – dor latejante, frontal, occipital ou 
generalizada 
• das meningites –dor súbita generalizada + rigidez 
de nuca e fotofobia 
• na hemorragia subaracnóide – súbita, 
reg.occipital – generalizada. Perda da 
consciência, võmitos e rigidez de nuca. 
 
Sinais e sintomas mais comuns 
• Hipertermia 
• Hipertensão intracraniana – emergência, 
compressão da massa encefálica, 
redução da circulação e edema. Causas: 
trauma, AVC, tumor, lesões inflamatórias 
cervicais. SS: alt. nível de consciência, 
letargia, agitação, sonolência, náuseas e 
võmitos em jato, alt. pupilares, 
hipertensão arterial e bradicardia. 
 
Sinais e sintomas mais comuns 
Alteração do padrão respiratório: 
• Respiração de Cheyne-stokes – ciclos de 
períodos de hiperventilação c/ redução 
progressiva da amplitude até apnéia.lesão 
porção alta do tronco, estruturas 
hemisféricas profundas. 
• Hiperventilação neurogênica central – 
respirações profundas, irregulares e 
rápidas, expiração forçada. Comas 
profundos c/ lesões no mesencéfalo ou 
ponte 
Sinais e sintomas mais comuns 
Alteração do padrão respiratório: 
• Respiração apnêustica- espasmos 
inspiratórios prolongados seguidos de 
apnéia, lesão do tronco cerebral ao nível 
da ponte 
• Respiração atáxica-ritmo caótico, dist. dos 
centros bulbares, precede a apnéia 
• Depressão respiratória- freqüência e 
amplitude diminuídas, em geral por drogas 
• Hiperventilação- comas metabólicas 
+acidose 
 
Sinais e sintomas mais comuns 
• Inconsciência 
 
• Convulsão – forma mais freqüente da 
manifestação epilética. Perda da 
consciência seguida de contrações 
musculares bruscas, repetidas e 
simétricas. Pode haver micção e 
evacuação involuntárias, trismo com 
mordedura da língua e sialorréia. 
 
AVALIAR CRISES CONVULSIVAS 
 
Como podem ocorrer ??? 
 Trauma : Edema cerebral e hemorragia 
intracraniana 
 Doenças Infecciosas : Meningite 
 Doença congênita : Epilepsia 
 Intoxicação exógena : Uso 
inapropriado de medicamentos, álcool e 
drogas 
 Distúrbios Hidroeletrolíticos : 
Hiponatremia 
 
DETERMINAR CONSCIÊNCIA 
 
 Testar Responsividade 
 
 Exame Primário através do 
método A.V.D.I. 
 
 Avaliação Neurológica pela 
escala de Coma de Glasgow 
(trauma) 
 
 
 
“D” A.V.D.I. 
• A - ALERTA 
• V - RESPONDE A ESTÍMULOS 
 VERBAIS 
• D - RESPONDE A DOR 
• I - INCONSCIENTE 
ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE 
CONSCIÊNCIA 
• ALERTA – atende prontamente 
• LETÁRGICO – sonolento, responde devagar, 
adequadamente 
• OBNUBILADO – sonolento, desperta c/ estímulo 
sonoro 
• TORPOR – acorda c/ dificuldade, agressivo 
• SEMICOMATOSO – responde aos estímulos 
dolorosos 
• COMA – não responde, hipotônico 
 
Coma 
• Estado clínico de inconsciência no qual o 
paciente não está ciente de si mesmo ou 
do ambiente por períodos prolongados 
• Os graus mais profundos – comuns nas 
lesões de ponte e tronco cerebral inferior 
c/ reflexos pupilares, corneanos e de 
deglutição abolidos 
ESCALA DE COMA GLASGOW 
Resposta Ocular 
 
4- Espontânea 
3- Verbal 
2- Dor 
1- Não responde 
ESCALA DE COMA GLASGOW 
Resposta Verbal 
 
5- Orientado 
4- Desorientado 
3- Palavras inapropriadas 
2- Emissão de sons 
1- Não responde 
ESCALA DE COMA GLASGOW 
Resposta Motora 
 
6- Obedece a comando 
5- Localiza dor 
4- Flexão em retirada 
3- Flexão Anormal (decorticação) 
2- Extensão Anormal (descerebração) 
1- Não responde 
 
 
ESCALA DE COMA GLASGOW 
• 15 – normal 
• 13 a 15 – lesão cerebral mínima 
• 9 a 12 – lesão cerebral moderada 
• 3 a 8 – lesão cerebral grave 
• 3 – coma profundo ou morte cerebral 
AVALIAÇÃO 
DE DOENÇAS 
INFECTO- CONTAGIOSAS 
 Cefaléia holocraniana 
 Febre 
 Sinais de irritação meníngea 
 Vômitos “em jato” 
 Petéquias pelo corpo 
 Mialgia 
SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA 
Rigidez de nuca 
Brudizinski 
Kerning 
 
Sinais de irritação meníngea 
Meningite bacteriana 
• Forma mais significativa 
• Agente etiológico: Neisseria meningitidis 
(meningocócica), Streptococcus 
pneumoniae e haemophilus influenzae 
• Endêmica no mundo, maior frequência no 
inverno e primavera 
• Fatores predisponentes: infecção das 
VAS, otite média, mastoidite, anemia 
falciforme, traumas cranianos 
Meningite bacteriana 
• Início como infecção orofaríngea – 
septicemia – meninges – porção superior 
da medula espinhal 
• Cefaléia severa, hipertermia, alterações 
do nível de consciência, rigidez de nuca, 
fotofobia, exantema, convulsões 
• Tratamento antibiótico 
• Isolamento respiratório 
 
DOENÇA CÉREBRO VASCULAR 
• PRINCIPAIS ETIOLOGIAS: 
• Hipertensão Arterial Sistêmica 
• Hemorragia Sub-Aracnóide 
• Ataque Isquêmico Transitório 
• Hemorragia Cerebral 
• Vasculite Cerebral 
• Neoplasias 
Patologias cerebro vasculares 
Doenças agudas: 
• Acidente vascular cerebral: isquêmico e 
hemorrágico 
• TCE 
Doenças degenerativas crônicas: 
• Esclerose múltipla 
• Doença de Parkinson 
• Doença de Alzeheimer 
• Síndrome de Guillain-Barré 
DOENÇA CÉREBRO VASCULAR 
SINAIS E SINTOMAS 
• Desvio de comissura labial 
• Parestesias 
• Perda de força muscular 
• Dislalia 
• Acusia auditiva 
• Alteração pupilar 
• Alteração da marcha 
• Cefaléia 
• Vômitos 
 
DOENÇA CÉREBRO VASCULAR 
SINAIS E SINTOMAS 
• Confusão Mental 
• Paresia 
• Plegia de membros e face 
• Crise Convulsiva 
• Perda da visão 
• Afasia, Disartria 
• Diplopia, Disfagia 
• Ataxia 
• Reflexos patológicos 
Esclerose Múltipla 
• Degenerativa crônica progressiva do SNC 
caracterizada por pequenas placas de 
desmielinização cerebral e medular resultando 
em distúrbio de transmissão dos impulsos 
nervosos. 
• Causa desconhecida 
• Pesquisas – evento primário : lesão da mielina 
causada por infecção viral no início da vida. 
• Ocorrência entre 20 e 40 anos e duas vezes 
mais nas mulheres que nos homens. 
Esclerose Múltipla 
• Manifestações mais comuns são: fadiga, 
debilidade, torpor, dificuldade de coordenação e 
perda de equilíbrio e alterações visuais como: 
borramento de visão, cegueira em placas 
(escotoma) ou cegueira total. Sua evolução pode 
produzir ataxia e tremor. Como conseqüência da 
doença pode ocorrer problemas emocionais, 
sociais, maritais, econômicos e vocacionais. A EM 
é caracterizada por: exacerbações e remissões. 
• Tratamento: atualmente não existe cura para EM. 
Indica-se um programa de tratamento 
individualizado, organizado e racional. 
Doença de Parkinson 
• É um distúrbio neurológico progressivo 
afetando os centros cerebrais responsáveis 
pelocontrole da regulação dos movimentos, 
pela redução dos níveis de dopamina. 
• A causa da doença é desconhecida. 
• É caracterizado por bradicinesia (lentidão 
dos movimentos), tremor e contração ou 
rigidez muscular. 
• O fluxo sangüíneo cerebral é reduzido e há 
uma alta prevalência de demência. 
Manifestações psicológicas: depressão, 
hostilidade, déficits de percepção e memória 
Doença de Parkinson 
• Os dados bioquímicos e patológicos sugerem que 
os pacientes dementes e os com doença de 
Parkinson podem apresentar coexistente doença de 
Alzheimer. 
• Complicações: invalidez total, desnutrição, 
pneumonia aspirativa 
• A doença é mais prevalente em pessoas na sexta 
década e é o segundo e mais comum distúrbio 
neurológico do idoso. 
• Tratamento: medicamentos antiparkinsonianos 
(levodopa, prolopa, sinemet, parlodel), 
anticolinérgicos (atropina, artane), anti-histamínicos 
e antidepressivos 
 
 
Miastenia grave 
• Doença auto-imune caracterizada pela presença 
de anticorppos circulantes que atacam os 
receptores da acetilcolona da placa mioneural 
• Associada a tumores 
• Carateriza-se por debilidade muscular, 
chegando à paralisia. Inicialmente surge 
fraqueza muscular e fadiga que piora aos 
esforços. 
• Diplopia, ptose palpebral, disartria 
• Expressão sonolenta 
• Fraqueza muscular - diafragma 
Miastenia grave 
• Complicações: parada respiratória, crise 
colinérgica 
Tratamento, assistência de enfermagem: 
• Suporte respiratório 
• Identificação e tratamento de fatores 
precipitantes 
• medicamentos: anticolinérgicos aumentam a 
resposta muscular aos impulsos nervosos e 
melhoram a força muscular (prostigmine), 
corticóide. 
• timectomia 
Doença de Alzheimer 
• Também chamada demência senil. 
• É crônica, progressiva e deteriorante 
cerebral, acompanhada de profundos 
efeitos sobre a memória, a cognição e a 
capacidade de alto cuidado. 
• A causa do doença persiste 
desconhecida. 
Doença de Alzheimer 
• Aproximadamente 4% da população acima da 
idade dos 65 anos são acometidos, cuja 
prevalência atinge 20% aos 80 anos. 
• É um dos mais temidos distúrbios dos tempos 
modernos, pois produz catastróficas 
conseqüências para a vítima e para a família, 
que tem sido designada como “interminável 
funeral”. 
• Tratamento: 
 
Síndrome de Guillan-Barré 
• É uma síndrome clínica de causa desconhecida, 
envolvendo nervos periféricos e cranianos. 
• Na maioria dos pacientes, é precedida por uma 
infecção respiratória ou gastrointestinal, em uma a 
quatro semanas antes do início do déficit 
neurológico. 
• Em alguns casos após vacinação ou cirurgia, 
podendo ser devida a infecção viral, a reação imune 
ou algum outro processo, ou a uma combinação de 
processos. 
• Uma das hipóteses é que a infecção viral induza a 
uma reação auto imune que ataca a mielina dos 
nervos periféricos, reduzindo a transmissão dos 
impulsos nervosos. 
Síndrome de Guillan-Barré 
 
• Manifestações clínicas: parestesia (formigamento e 
dormência) e debilidade muscular dos membros 
inferiores, progressiva para as extremidades 
superiores, troncos e músculos faciais. 
• A debilidade muscular pode ser rapidamente seguida 
pela paralisia completa. Hipertensão transitória, 
hipotensão ortostática podem seguir as 
manifestações, bem como alterações da freqüência e 
do ritmo cardíaco. 
• A maioria dos pacientes alcança recuperação 
completa durante vários meses a um ano, porém 
cerca de 10% permanecem com incapacidade 
residual. 
• Tratamento sintomático. 
Cuidados de Enfermagem 
• Prover nutrição e hidratação adequadas; 
• Monitorar sinais vitais e neurológicos; 
• Prevenir as complicações associadas à imobilidade; 
• Falar claramente sem gritar; 
• Criar meios que facilitem a comunicação; 
• Minimizar a confusão, o barulho, o tráfego e os 
distúrbios ambientais; 
• Prevenir acidentes; 
• Estimular atividades rotineiras e o autocuidado; 
• Utilizar objetos familiares ao idoso; 
• Manter um calendário ou relógio no quarto indicando o 
dia e a data; 
• Fornecer estímulos sensoriais pela conversação, rádio, 
TV e objetos que possam ser manuseados pelo idoso; 
• Mencionar sempre os progressos alcançados; 
• Esperar e aceitar os erros e fracassos. 
 
Pacientes comatosos 
• Acompanhar a evolução 
 
• Manter redizida a PIC 
 
• Reduzir as complicações: insuf. 
respiratória, pneumonia, úlceras por 
pressão, aspiração 
Assistência de enfermagem 
• Avaliar nível de consciência 
• Evitar aumenta da PIC: manter cabeceira à 30 e 
45 °, evitar a flexão do quadril, atentar p/ 
distensão abdominal, evitar tração/rotação do 
pescoço, evitar aspirar prolongadamente, evitar 
espasmos de tosse, não infundir hemoderivados 
rápido. 
• Avaliar padrão respiratório, curva térmica, 
balanço hídrico 
• Atentar p/ crises convulsivas 
• Fazer mudança de decúbito 
• Fazer higiene oral 
Medidas de proteção 
neurológica 
• Evitar temperaturas acima de 36,5º C 
• Manter glicemia entre 80 e 110mg/dl 
• Manter PAM em torno de 100mmHg 
• Manter sódio e CO2 em níveis normais 
 
• Obs. PaCO2 baixa = vasoconstricção 
cerebral 
Exames diagnósticos 
• Tomografia computadorizada 
• Tomografia 
• Tomografia 
• Ressonância magnética 
• Angiografia cerebral 
• Mielograma ou mielografia 
• Eletroencefalograma 
• Punção lombar 
• Cintilografia cerebral 
• Doppler ultra-sônico 
PUNÇÃO LOMBAR 
• PROCEDIMENTO DIAGNÓSTICO: 
AMOSTRA DO LÍQUIDO CEREBRO-
ESPINHAL. 
• INDICAÇÕES: HEMORRAGIA 
SUBARACNÓIDE, TUMOR, INFECÇÃO 
OU DESORDENS AUTOIMUNES 
• CONTRAINDICAÇÕES: HIPERTENSÃO 
INTRACRANIANA 
PUNÇÃO LOMBAR 
• TÉCNICA ASSÉPTICA 
• LOCAL DE PUNÇÃO: L3-L4 OU L4-L5 
• POSIÇÃO FETAL 
Nível da crista ilíaca 
Sítio de punção 
PUNÇÃO LOMBAR 
CUIDADOS: 
• Monitorar o estado hemodinâmico, 
respiratório e neurológico do paciente 
• Monitorar sinais de depressão respiratória 
e alterações do nível de consciência 
• Repouso no leito por 6 – 24h p/ minimizar 
a cefaléia 
• Curativo compressivo no sítio de punção

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