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ISS – IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (Art. 156, III, da CF/88 / LC 116/2003 Art. 156 . Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. SUJEITO PASSIVO O prestador de serviço, empresa (ex: hotel), ou profissional autônomo (exs: médico, dentista, contador, advogado), com ou sem estabelecimento fixo (art. 5º da LC 116/2003). Não serão considerados contribuintes (art. 2º, II, da LC 116/2003): os que prestam serviços em relação de emprego; os trabalhadores avulsos (estivadores e conferentes); os diretores e membros de Conselhos Consultivo ou Fiscal de Sociedades. FATO GERADOR É a prestação por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços, mediante remuneração, constantes da Lista anexa à Lei Complementar nº 116/2003. Atenção! O ato de “prestar serviço” representa uma “obrigação de fazer”. A propósito, foi este o raciocínio feito para se chegar a conclusão “locação de bens móveis” não é uma obrigação de “fazer”, mas sim de “dar”, de modo que não deve incidir ISS. Não é à toa que temos uma Súmula Vinculante à respeito do tema, qual seja: Súmula Vinculante 31 do STF: É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis. TAXATIVIDADE DA LISTA DE SERVIÇOS A lista contém relação taxativa de serviços sujeitos ao ISS, conforme a melhor doutrina e a jurisprudência do STF e do STJ, embora admita interpretação analógica. Melhor explicando, determinados itens contêm o termo “e congêneres” (pertencentes ao mesmo gênero, idênticos, semelhantes). Percebam que, a aplicação da analogia nos mencionados casos, a rigor, vai de encontro ao que dispõe o §1º, do art. 108 do CTN, haja vista que, o emprego daquela não poderá resultar em exigência de tributo não previsto em lei. Entretanto, tem-se aceitado o argumento do afastamento da aplicação literal do referido artigo. BASE DE CÁLCULO Segundo o art. 7º da LC 116/2003, a base de cálculo do ISS é o preço do serviço, ou seja, o valor pago em razão do serviço prestado. Atenção! Caso excepcional, contudo, é a regra do art. 9º do Decreto‐lei 406/68, de vigência mantida pela LC 116/2003, que trata dos serviços prestados autonomamente pelo contribuinte ou sob a forma de agrupamento profissional, consoante §§ 1º e 3º do dispositivo citado, sendo exemplo as sociedades uniprofissionais formadas por médicos, contadores, advogados, dentistas, etc. Nesses casos excepcionais, o tributo é fixo, exigido e calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou não, que preste serviços em nome da sociedade. Ademais, a plena vigência dos §§ 1º e 3º do art. 9º Do Decreto‐Lei 406/68 foi declarada pelo STF na súmula 663. Todavia, é pacífico o entendimento do STJ no sentido de que para que o ISS seja calculado e recolhido como tributo fixo deverá a sociedade caracterizar‐se como sociedade uniprofissional, sem caráter empresarial. Conclusão: Se a sociedade dispõe de caráter empresarial não haverá incidência do art. 9º, §§ 1º e 3º do Decreto‐Lei 406/68. ALÍQUOTAS Os municípios possuem autonomia para fixar as alíquotas, por meio de suas leis ordinárias municipais, respeitados os limites legais, quais sejam: alíquota mínima – 2% - nos termos do art. 88 do ADCT; alíquota máxima – 5% - nos termos do art. 8º da LC 116/2003. SUJEITO ATIVO Segundo o art. 3° da LC 116/2003, considera-se devido o imposto no local do estabelecimento-prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, EXCETO nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto será DEVIDO NO LOCAL DA PRESTAÇÃO. Exemplos de serviços de recolhimento de II no local da prestação: da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas; da demolição; das edificações em geral, estradas, pontes, portos; da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer; da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins; do reflorestamento, semeadura, adubação, do corte e poda de árvores; do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos; da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas; do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem; da execução dos serviços de diversão, lazer, feiras. TRIBUTAÇÃO CONJUNTA DE MERCADORIAS E SERVIÇOS Conforme já vimos: Situação Legal Incidência Tributária O serviço não está previsto na LC 116/2003. O ICMS incide sobre o valor total da operação. O serviço está previsto na LC 116/2003, sem ressalva de cobrança de ICMS. O ISS incide sobre o valor total da operação. O serviço está previsto na LC 116/2003, com ressalva de cobrança do ICMS. O ISS incide sobre o valor do serviço. O ICMS incide sobre o valor das mercadorias. �PAGE � �PAGE �1�
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