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FORTIUM GRUPO EDUCACIONAL FACULDADE FORTIUM DIREITO TRIBUTÁRIO II – 10º PERÍODO – MANHÃ - TRABALHO A1 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISSQN); IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS INTER VIVOS (ITBI); IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU). Alunos: Ana Clara Chaves de Almeida Angélica Simone Cruz de Paula Diego José Siqueira Bezerra Diego Manuel da Gama Estevão Frederico Viana de Araujo Ketlen Lorrana Bastos de oliveira Jônio Silveira Ibiapina Mirian Bomfim Alecrim Mesquita Odair José do couto BRASÍLIA-DF 2019. INTRODUÇÃO: O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre os impostos de competência municipal, isto é, o imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN), o imposto de transmissão de bens imóveis inter vivos (ITBI) e o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU). Ou seja, tal competência alcança os mais de 5.500 (cinco mil e quinhentos) municípios que existem no Brasil, e ainda o Distrito Federal uma vez que este ente acumula as competências tributárias estaduais e municipais. Ao longo deste trabalho serão abordadas questões como a conceituação de cada imposto, os sujeitos ativos e passivos, o fato gerador, a base de cálculo do imposto, a lei que os instituiu, as respectivas alíquotas e as principais exceções às regras gerais. No intuito de facilitar a exposição dos temas supracitados, trabalho foi dividido em quatro partes: a primeira versa sobre o imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN); a parte seguinte trata do imposto de transmissão de bens imóveis inter vivos (ITBI); a terceira parte aborda o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU); e por último, a quarta parte traz algumas questões (exercícios) sobre os temas tratados nas três primeiras partes. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISSQN) O ISS é um tributo de competência dos municípios e do Distrito Federal, sendo disciplinado pela Lei Complementar nº 116, de 2003, criado com o nome de imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN), pela Carta Magna de 1988, no seu artigo 156, III que estabelece ser de competência dos municípios a instituição do ISS. Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar (...). Instituído pela Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, o imposto sobre serviços de qualquer natureza, também conhecido como ISS, é um tributo que incide, como o próprio nome já diz, sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, sendo cobrado também de empresas e profissionais autônomos. Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. O valor arrecadado é destinado ao município no qual a empresa está estabelecida, mas há exceções que preveem o recolhimento onde a atividade foi prestada. Caberá aos Municípios, mediante a edição de uma lei ordinária, a instituição do ISS. Ademais, é bom lembrar que, na condição de imposto municipal, o ISS poderá ser instituído igualmente pelo Distrito Federal, no exercício da competência tributária cumulativa ou múltipla com base no Art. 147, CF. Quanto ao sujeito passivo deste tributo, o contribuinte do ISS é o prestador de serviço, conforme dispõe a Lei Complementar 116/2003 no seu artigo 5º. Contribuinte é o prestador do serviço, seja na condição de empresa ou de profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo. É um tributo que incide sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, sendo cobrado também de empresas e profissionais autônomos. O serviço prestado e o imposto e devido do local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos itens I a XXII do art. 3 da Lei Complementar 116/2003. Ressalta-se que não constitui fato gerador do ISS a prestação de serviço em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios gerentes e dos gerentes delegados; é o que discorre a Lei complementar 116/2003, artigo 2º, inciso II: Art. 1ºO imposto não incide sobre: (...) II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados; (...) No que tange ao fato gerador, o ISS constitui-se na prestação do serviço previsto em lista anexa à Lei Complementar nº 116, artigo 10º, ainda que não se enquadre como a atividade principal do prestador. É importante verificar, contudo, a legislação aplicável ao município. Em respeito ao princípio da legalidade tributária, para que os entes possam cobrar o ISS dos prestadores de serviços, devem instituí-lo por meio de lei ordinária própria, sendo que esta poderá adotar todos os itens da Lista de Serviços apensada à Lei Complementar nº 116, de 2003, ou apenas alguns desses itens. Importa ressaltar que os Municípios não podem criar serviços não previstos na referida lista, sob pena de inconstitucionalidade. O contrato de prestação de serviço dar-se-á sobre a obrigação de fazer, com base na Súmula Vinculante 31 do STF. A Suprema Corte considerou que a locação de bens móveis, em que o locador é obrigado a entregar determinado bem para uso do locatário por certo período de tempo, por não se caracteriza como uma obrigação de fazer, não configura serviço, não devendo ser tributada pelo ISS (RE 116.121/SP e Súmula Vinculante nº 31) A Base de cálculo deste imposto, ISS, depende da verificação da legislação do ente federativo competente, para que o recolhimento atenda ao que ela determina. De forma geral, é preciso identificar a base de cálculo do imposto, que corresponde à receita bruta (sem nenhum desconto ou dedução) da prestação. Em seguida, é aplicada a alíquota prevista para o determinado serviço. Quanto as alíquotas, dada a competência municipal do imposto, suas regras variam de acordo com o local de instalação da empresa, mas também conforme o tipo de serviço executado e o sistema tributário escolhido. De forma geral, a alíquota vai de mínimo de 2% a máximo de 5%, conforme os artigos 8º e 8º A da LC 116 de 2003. O modo de cobrança do ISS varia entre os tipos de empresas ou se o serviço for feito por um profissional autônomo devidamente regularizado. Em cada caso especifico o ISS o cobrado de forma diferente, vejamos: ISS PARA PROFISSIONAL AUTÔNOMO O ISS é cobrado em cada serviço pontual prestado pelo autônomo. O valor é recolhido no momento em que ele emite a nota fiscal referente à sua atividade. ISS PARA MEI - MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL Quem é MEI tem a vantagem de pagar o ISS e todos os seus impostos em uma contribuição mensal fixa, na guia DAS. Neste caso, o empresário deve entrar no endereço do Portal do Empreendedor para acessar a guia de recolhimento e pagar todos os tributos. ISS PARA EMPRESAS DO SIMPLES NACIONAL As empresas enquadradas no Simples Nacional também utilizam uma única guia DAS para o recolhimento do ISS e outros impostos, como IRPJ, CSLL e Cofins, entre outros. O empreendedor deveráacessar o site da Receita Federal e utilizar o PGDAS-D (Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório) para calcular a alíquota incidente de todos os tributos e então imprimir a guia de cobrança. ISS PARA DEMAIS EMPRESAS No caso das companhias enquadradas no Lucro Presumido ou Lucro Real o ISS é recolhido mensalmente, na apuração das alíquotas. O empreendedor deve se atentar à legislação da cidade em que sua atividade será realizada, verificando a alíquota que se aplica à natureza de seu negócio. Também é necessário verificar na lei se sua situação não é o caso do imposto retido na fonte - em que o tomador do serviço é quem deverá recolher o ISS. A exceção, a regra geral desse imposto, recai sobre local do domicílio do prestador conforme artigo 3º da LC 116/2003. Art. 3º. O serviço considera-se prestado, e o imposto e devido do local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos itens I a XXV, quando o imposto será devido no local”. A exceção, no ISS, dar-se-á sobre o artigo 3º e incisos da LC 116/2003, podendo ser no local da prestação de serviço, por exemplo: execução e fiscalização de obras, demolição, varrição de ruas e etc. O ISS é devido sobre os materiais, como parte integrante do serviço prestado, quando a lista não estabeleça sobre a incidência do ICMS, Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa à Lei Complementar 116/2003, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. A regra da LC 116/2003 (artigo 1º, parágrafo 3º) é a de que os serviços listados ficam sujeitos apenas e tão somente ao ISS, salvo se a própria lista contiver exceção no sentido de que o ICMS seja devido sobre o fornecimento de mercadorias, em cada caso. Sobre a exportações de serviços fora do Brasil, a regra e que não incide ISS, sobre as exportações, exceto, sobre os serviços desenvolvidos no Brasil, ainda que o pagamento do serviço seja realizado no exterior, com base no artigo 2º da LC 116/2003. E passível de isenção conforme o art. sobre o ISS, dependendo do municípios, podendo ser casos de isenção ou de redução da alíquota, uma situação prevista em todo o território nacional, que é a não incidência do imposto em exportações de serviços para o exterior, como é o caso de consultoria que atende a um cliente fora do país, e também de retenção, sobre os serviços prestados sobre o imposto que seja devido no local da prestação de serviço e realizado em local diferente (outro município) do estabelecimento prestador(sede, filial, escritório), previsto no art. 6º da LC 116/2003. Para a aplicação da retenção deve estar previsto na lei do município em que o serviço foi realizado. IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS INTER VIVOS – ITBI O imposto sobre a transmissão onerosa inter vivos de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis e cessão de direitos de sua aquisição é um imposto municipal e está previsto nos artigos 156, II, da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB/1988) e nos artigos 35 e 42 do Código Tributário Nacional – CTN: Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre (...) II – transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição. Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos temo como fato gerador: I – a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou acessão física, como definidos na lei civil; II – a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; III – a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros legatários. De acordo com o CTN, a transmissão de bens imóveis, tanto de forma onerosa quanto gratuita, se submetia a um único imposto, de titularidade dos Estados-membros, antes da Constituição Federal de 1988, com função fiscal. Com a promulgação da Constituição de 88, este imposto foi desmembrado, cabendo aos Estados-membros o imposto ITCD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) e aos Municípios o ITBI. O ITBI é de natureza real, isto é, não identifica as características pessoais do sujeito passivo no momento de sua incidência, e, por essa razão, não se submete ao princípio da progressividade. REGRA MATRIZ DE INCIDÊNCIA DO ITBI CRITÉRIO MATERIAL: Esse imposto tem por fato gerador a transmissão de bens imóveis entre vivos, a qualquer título, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição. O ITBI não incide sobre direitos reais de garantia, como a anticrese – situação em que o devedor cede a posse de bem imóvel para que o credor colha os frutos até a quitação da dívida – e a hipoteca, entre outros. A desapropriação e o usucapião são modos originários de aquisição da propriedade, portanto não estão sujeitas ao ITBI. Também não incide sobre a transmissão de imóvel para pessoa jurídica, desde que utilizado para integralização do capital social da PJ. Nesse caso, quando da desincorporação do imóvel do patrimônio da PJ para retorno ao patrimônio do sócio, também não incide o imposto. CRITÉRIO ESPACIAL: O ITBI incide em qualquer ponto situado dentro do território do Município. CRITÉRIO TEMPORAL: Conforme art. 118, II, do CTN, é possível a exigência do imposto antes da lavratura da escritura pública de compra e venda: Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I – da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. O momento do registro da transmissão ou o momento da lavratura da escritura pública, caracteriza a ocorrência do fato gerador. CRITÉRIO PESSOAL: O sujeito ativo do tributo é o Município do local do imóvel, nos termos do art. 156, parágrafo segundo, II, da CF. O sujeito passivo, nos termos do art. 42 do CTN, pode ser o alienante ou adquirente, nos termos da lei municipal. CRITÉRIO QUANTITATIVO: Base de cálculo; A base de cálculo do imposto é o valor venal real do imóvel vendido, o valor atual de mercado, segundo disposto no art. 38 do CTN: Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. ALIQUOTAS As alíquotas são estabelecidas em lei municipal, não há previsão legal de limite, entretanto, está sujeita ao princípio do não confisco. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), está previsto no art. 156, I, da CRFB/1988. O IPTU é o único imposto sobre a propriedade cuja instituição e cobrança é atribuída aos Municípios, revelando-se de extrema importância para os orçamentos municipais, tendo em vista que, nas pequenas cidades, a receita advinda do ISS e do ITBI costuma ser pouco representativa. Importante característica desse imposto é trazida pelo § 1º do art. 156 da Constituição, que trata da progressividade. Pela norma, o imposto poderá ser progressivo em razão do valor,localização e uso do imóvel, exercendo importante função extrafiscal na medida em que alíquotas menores incidirão sobre propriedades igualmente menores, não localizadas em áreas melhor estruturadas e que exerçam a função social.Por fim, o IPTU encontra-se previsto nos artigos. 32 a 34 do Código Tributário Nacional – CTN. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PARA A INSTITUIÇÃO DO IPTU Nos termos do art. 156, I, da Constituição Federal, o IPTU, incidente sobre a propriedade de imóveis localizados dentro das áreas urbanas dos Municípios, é de competência dos Municípios e do Distrito Federal, portanto, cabem a estes entes federativos instituir o imposto por meio de lei ordinária (regra-matriz de incidência tributária), bem como promover todas as demais alterações que se fizerem necessárias. REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA DO IPTU Nas palavras do Professor Paulo de Barros Carvalho, “a criação de um esquema seguro para dar parâmetros racionais à tributação, com fundamento em estrutura lógica, permitiu à Ciência do Direito Tributário colaborar na limitação da vontade arrecadatória do legislador. A regra-matriz veio à lume, justamente, para instaurar critérios seguros, permitindo identificar a natureza do tributo e relacioná-la com o regime jurídico que querem lhe impor”. É formada, internamente, por um antecedente que contempla os critérios material, espacial e temporal. No consequente, é formada pelo critério pessoal (sujeitos ativo e passivo) e pelo critério quantitativo (base de cálculo e alíquota).Como é sabido, a regra-matriz de incidência tributária permite estudar o tributo na sua integridade constitutiva, percebendo os elementos essenciais à incidência tributária, quais sejam, circunstâncias de espaço e tempo em que o tributo se torna devido, a modalidade de fato que se ajusta à hipótese normativa, quem deve pagar, quem deve receber, como deve ser calculado o valor da obrigação tributária. CRITÉRIO MATERIAL O critério material do IPTU é ser proprietário, ter o domínio útil ou a posse do bem imóvel. Proprietário, nos termos do art. 1.228 do Código Civil, é aquele que tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. A propriedade, antes considerada direito subjetivo absoluto, atualmente ressurge sob outra concepção, ao aliar a função social às faculdades de usar, gozar e dispor.Já domínio útil é a ingerência direta sobre a coisa, ou seja, o gozar, dispor, usar e reaver o bem. A posse, por sua vez, encontra-se prevista no art. 1196 do Código Civil: “considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”. Infere-se, portanto, que posse é o exercício, pleno ou não, dos poderes inerentes à propriedade. A legislação associa posse a exercício. A despeito de todo o dissenso doutrinário acerca da conceituação da posse e da sua natureza jurídica, que não nos cabe nesse momento aprofundar, a posse pode ser definida como um poder que alguém exerce sobre a coisa; direito real subjetivo de usar, gozar e dispor de uma determinada coisa. É fato que, considerado em si mesmo, gera efeitos jurídicos, razão pela qual tal exercício goza tanto de proteção legal contra terceiros (como ocorrem nas ações possessórias), como reconhecimento, que pela passagem do tempo, outorga aos possuidores o direito de adquirir a propriedade, através da ação de usucapião. Nesse contexto, registramos que a doutrina e a jurisprudência já se posicionaram entendendo que não é qualquer posse que autoriza a exigência do imposto, mas tão somente aquelas em que o possuidor se comporta como legítimo proprietário do imóvel. Por isso, o locatário, o comodatário e outros que a esses se assemelhem não são contribuintes do IPTU. Considerando que o domínio útil e a posse são atributos intrínsecos a um direito maior, que é o direito de propriedade, tem-se que o CTN não ultrapassou o limite constitucional. CRITÉRIO TEMPORAL Por critério temporal deve-se entender o momento em que a ocorrência do fato de repercussão jurídica é relevante, competindo à lei ordinária a sua fixação. No IPTU, o critério temporal é verificado no primeiro dia de janeiro de cada ano. O próprio princípio da anterioridade tributária (art. 150, III, “b” e “c”, da Constituição), ao qual o IPTU se submete, contribui para afastar qualquer periodicidade inferior a um ano. Assim, se a lei que vier a majorar este tributo só poderá incidir no exercício financeiro seguinte ao de sua entrada em vigor, o valor da propriedade predial e territorial urbana do contribuinte somente poder ser aferido anualmente. A cobrança, por sua vez, ocorre por meio do envio de carnê aos contribuintes, documento que formaliza o lançamento de ofício a que o imposto está sujeito. CRITÉRIO ESPACIAL A princípio, o critério espacial do imposto é a zona urbana do Município em que o imóvel se encontra. O CTN, no § 1º do art. 32, define o que é zona urbana, justamente para diferenciá-la da zona rural, sobre a qual há incidência do Imposto Territorial Rural (ITR). Assim, para uma zona ser considerada urbana e, portanto, passível de cobrança do IPTU, deve possuir pelo menos dois dos melhoramentos descritos em referido artigo, construídos ou mantidos pelo Poder Público. São eles: meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; abastecimento de água; sistema de esgotos sanitários; rede de iluminação pública, com ou sem poste amento para distribuição domiciliar; e escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. Ainda, nos termos do § 2º do mesmo art. 32, a lei municipal pode considerar como área urbana as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas taxativamente como urbanas. Por fim, não poderíamos deixar de mencionar que por um segundo motivo o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Recurso Especial 1.112.646/SP, considerou que a regra “localização fora da zona urbana” não é absoluta, ao entender que terrenos localizados em zona urbana – portanto, a princípio sujeitos à incidência do IPTU – sujeitam-se ao ITR, se a destinação do imóvel for rural. Confira-se a ementa de referida decisão: “TRIBUTÁRIO. IMÓVEL NA ÁREA URBANA. DESTINAÇÃO RURAL. IPTU. NÃO-INCIDÊNCIA. ART. 15 DO DL 57/1966. RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC. 1. Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966). 2. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ.” Com isso, é possível ter um imóvel em área urbana que possua duas ou mais das características previstas em lei para a incidência do IPTU, mas não incidir este imposto, e sim ITR quando estiver presente a condição de “destinação rural do imóvel” CRITÉRIO QUANTITATIVO O critério quantitativo indica os fatores que conjugados exprimem o valor pecuniário da dívida. É normalmente composto por base de cálculo e alíquota. ALÍQUOTA A alíquota é o critério legal, em regra expresso em percentagem. 1. para os imóveis construídos utilizados exclusiva ou predominantemente como residência, o imposto é calculado à razão de 1% do valor venal, com acréscimos e descontos definidos por faixas de valor venal; e 2. para os demais imóveis construídos e terrenos, o imposto é calculadoà razão de 1,5% do valor venal, com acréscimos e descontos também definidos por faixas de valor venal. A Constituição permitiu, no art. 182, II, § 4º, a utilização de alíquotas maiores para imóveis em desacordo com o plano diretor urbano, pretendendo elevar a tributação sobre tais imóveis, com a finalidade de desestimular o aproveitamento errôneo do solo urbano. Nestes casos, o IPTU será utilizado como instrumento para desestimular comportamentos definidos em lei e o imposto será utilizado prioritariamente em caráter extrafiscal. PROGRESSIVIDADE, CAPACIDADE CONTRIBUTIVA E O IPTU Nos termos do art. 145, § 1º, da Constituição, todos os impostos, independentemente de seu caráter real ou pessoal, devem guardar relação com a capacidade contributiva do sujeito passivo. Como decorrência da igualdade tributária, o princípio da capacidade contributiva impõe, por sua natureza subjetiva, que a base de cálculo dos tributos seja mensurada conforme o potencial contributivo de cada indivíduo, distribuindo-se a carga tributária equitativamente, numa medida de justiça fiscal. Já sob o seu viés objetivo, o princípio exige do legislador impositivo a leitura da materialidade constitucional como a possibilidade de tributar unicamente eventos representativos de riqueza, que respeitem o mínimo vital e a manutenção da atividade produtiva e que não gerem efeitos confiscatórios. Capacidade econômica é essencial, mas não suficiente para a tributação, por conta justamente de ser necessário a ela somar-se a aptidão para contribuir. Rubens Gomes de Sousa define-a como a “soma de riqueza disponível depois de satisfeitas as necessidades elementares de existência, riqueza essa que pode ser absorvida pelo estado sem reduzir o padrão de vida do contribuinte e sem prejudicar as suas atividades econômicas”. Além da progressividade, prevista no § 1º do art. 145, aplicável aos impostos de natureza pessoal, o constituinte admitiu-a, pontualmente, para alguns impostos reais, sempre buscando a obtenção de efeitos extrafiscais, a saber: No art. 153, § 4º, I, quanto ao Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR, “como forma de desestimular a manutenção de propriedades improdutivas”; No art. 156, § 1º, I, incluído pela Emenda Constitucional 29/2000, relativamente ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, como faculdade, conferida ao legislador municipal, de estabelecer a progressividade com base no valor do imóvel para, no entender de Hugo de Brito Machado, “de desestimular vultosas imobilizações de recursos em terrenos para fins meramente especulativos, dificultando o crescimento normal das cidades”; No art. 182, § 4º, II, também quanto ao IPTU, sob a modalidade de progressividade no tempo, como instrumento de política urbanística, objetivando assegurar o cumprimento da função social da propriedade, de modo a exigir “do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova seu adequado aproveitamento”. PLANTA GENÉRICA DE VALORES A planta genérica de valores consiste em uma tabela onde estão descritos todos os critérios concretos dos métodos de avaliação utilizados para se chegar ao valor venal dos imóveis. É na planta genérica que está definida a valorização dos imóveis de cada rua do Município. Ali se define, por exemplo, quantos reais por metro quadrado vale cada imóvel situado em determinada rua. Há ainda na planta de valores a valoração de outros fatores, seja dos terrenos, seja das edificações. A aplicação desses fatores em fórmulas definidas na própria planta genérica, em conjunto com os dados do cadastro imobiliário, terá como consequência a apuração do valor venal dos imóveis. A elaboração da planta genérica de valores deve ser feita criteriosamente pelo Município, para que se alcance um valor venal em valores bem próximos aos que são praticados pelo mercado, evitando-se, assim, insatisfação do contribuinte quanto aos imóveis superavaliados, ou evasão de receita, nas hipóteses de imóveis subavaliados. IPTU PREDIAL E TERRITORIAL: CONSTITUCIONALIDADE DA DIFERENCIAÇÃO DE ALÍQUOTAS Prédio é a edificação permanentemente incorporada ao solo, que serve para a habitação ou para o exercício de quaisquer atividades, inclusive esportivas. Assim, além das casas, dos edifícios de apartamento, das garagens etc., também são prédios os campos de futebol, as pistas de atletismo, as quadras de tênis etc., justamente porque exigem construções, ainda que apenas no nível do solo e do subsolo. E por exclusão, o imóvel sem qualquer aproveitamento ou edificação (solo sem benfeitorias) será, inclusive para fins de IPTU, terreno. A diferenciação de alíquotas para imóveis construídos (predial) e terrenos/glebas (territorial), localizados na zona urbana e sujeitos ao pagamento do IPTU, não encontra qualquer óbice constitucional, e tem sido permitida pela jurisprudência. Vários são os motivos para se considerar válida a diferenciação de alíquotas entre imóveis edificados ou não. Primeiramente, não se trata de progressividade de alíquotas, na medida em que não há graduação de percentuais de acordo com a elevação do valor venal do imóvel tributado. Em segundo lugar, inexiste qualquer dispositivo constitucional que imponha uma alíquota única para a cobrança do IPTU. Por fim, inexiste limitação constitucional, imposta ao legislador municipal, que impeça a previsão de mais de uma alíquota para o IPTU. Não há que se falar, ainda, em tratamento desigual entre contribuintes na mesma situação fática, ou, de outra forma, em violação ao princípio da isonomia. As características de cada propriedade (imóvel construído ou não, terreno localizado em zona de alta ocupação urbana ou não) põem em categorias diferenciadas os contribuintes proprietários dos diferentes imóveis, evidenciando que eles não se encontram em situação equivalente. Há de se lembrar, diante das normas constitucionais, que, não havendo qualquer afronta às disposições constitucionais expressas ou postas em leis complementares, os Municípios podem exercer sua competência tributária plenamente, sendo válidas todas as disposições que não impliquem afrontas às regras ou aos princípios constitucionais. BASE DE CÁLCULO Entende-se por base de cálculo o aspecto dimensível da hipótese de incidência. Ao lado da função mensuradora, a base de cálculo confirma, afirma ou infirma o aspecto material do antecedente normativo. Nos termos do art. 33 do CTN, a base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel, não se considerando o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. O valor venal de um imóvel é o preço de venda, levando-se em consideração o terreno acrescido de suas edificações, estimado por critérios técnicos prescritos em lei municipal. É o valor provável do imóvel, aquele que o bem alcançaria para compra e venda à vista, conforme as condições usuais do mercado imobiliário. O valor venal do imóvel, por ser a base de cálculo do imposto e um dos critérios da regra-matriz de incidência, só pode ser fixado ou majorado por lei. O que se pode estabelecer por meio de ato do Poder Executivo é a atualização monetária do imposto, a teor do disposto no § 2º, do art. 97 do CTN. Via de regra, cabe à Administração apurar o correto valor do imóvel, o que normalmente é feito através da elaboração da Planta Genérica de Valores. Permite-se também algumas vezes que o contribuinte faça declaração do valor do seu bem para efeitos de cadastramento. A Administração Pública, porém, tem o dever de apurar o correto valor do imóvel, comparando-o, sefor o caso, com o valor declarado. Avaliando de ofício o valor do imóvel ou comparando-o com o valor declarado pelo contribuinte, a Administração deve levar em conta a localização, a existência de serviços públicos, as possibilidades do comércio e, sobretudo, o valor de alienações recentes de imóveis idênticos na mesma localidade. Em caso de divergência entre o valor declarado pelo contribuinte e o real valor do imóvel, o Município pode arbitrar o valor, ato esse submetido à contestação do contribuinte. IMUNIDADE Atendidos os requisitos constitucionais, são imunes ao IPTU: os imóveis integrantes do patrimônio da União, Estados, Municípios, Distrito Federal, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público (CF, art. 150, VI, a e §2º);os templos de qualquer culto (CF, art. 150, VI, b);e os imóveis integrantes do patrimônio dos partidos políticos, inclusive suas fundações; do patrimônio das entidades sindicais dos trabalhadores; das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos e atendidos os requisitos da lei (CF, art. 150, VI, c); e das instituições de Educação e de Assistência Social. Cabe destacar que os referidos imóveis deverão, ademais, cumprir com dois requisitos: 1. o imóvel objeto do pedido deve ser integrante do patrimônio da entidade e 2. ser utilizado nas finalidades essenciais da entidade. Por fim, as entidades não poderão distribuir parcelas de seu patrimônio ou de suas rendas a qualquer título, bem como deverão aplicar seus recursos integralmente no país, na manutenção de seus objetivos institucionais e manter escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão ISENÇÃO Por ser um tributo municipal, a isenção varia de acordo com cada Município. A título de exemplo, consideremos a isenção vigente em Brasília. Muitos podem não saber, mas os idosos com renda mensal de até dois salários mínimos são isentos do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) no Distrito Federal. O direito é garantido pela Lei Distrital 5.638/2016, que modificou o inciso VII do artigo 5º da Lei 4.727/2011. QUESTÕES AFETAS AOS IMPOSTOS TRATADOS AO LONGO DESTE TRABALHO 1. (OAB/Exame Unificado – 2010.2). Semprônio dos Santos é proprietário de um sítio de recreio, local destinado ao lazer, na área de expansão urbana, na região serrana de Paraíso do Alto. A área é dotada de rede de abastecimento de água, rede de iluminação pública e esgotamento mantidas pelo município, embora não existam próximos quer escola, quer hospitais públicos. Neste caso Semprônio deve pagar o seguinte imposto: (A) o IPTU, por ser área de expansão urbana, dotada de melhoramentos. (B) o ITR, por ser sítio de recreio, não inserido em área urbana. (C) o IPTU, por ser sítio, explorado para fins empresariais. (D) o ITR, por não haver escola ou hospital próximos a menos de 3km do imóvel. Comentário: Incide IPTU municipal em relação aos imóveis urbanos e ITR federal em relação aos imóveis rurais. A distinção é feita, primordialmente, pelo critério espacial, ou seja, a depender de o imóvel estar localizado na área urbana ou rural, independentemente da destinação dada, nos termos do art. 32 do CTN. Nesse sentido, considera-se área urbana aquela definida na lei municipal, desde que haja pelo menos 2 melhoramentos indicados no § 1º do dispositivo legal, quais sejam: meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; abastecimento de água; sistema de esgotos sanitários; rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; e escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 quilômetros do imóvel considerado. Ademais, a lei municipal pode também considerar área urbana as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamento aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas urbanas definidas pelo critério dos melhoramentos – art. 32, § 2º, do CTN. Finalmente, há uma exceção ao critério espacial, pela qual o imóvel é considerado rural, mesmo quando localizado na área urbana do município, desde que destinado à exploração extrativista vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial – Decreto-Lei 57/1966. No caso, o imóvel de Semprônio dos Santos está localizado na área de expansão urbana e conta com três melhoramentos entre os listados no art. 32, § 1º, do CTN, de modo que é considerado urbano e, portanto, sujeito exclusivamente ao IPTU municipal. O gabarito é a letra “A”. 2. (OAB/Exame Unificado – 2007.3). Assinale a opção correta no que se refere aos impostos municipais de competência dos Municípios. (A) Um Município que institui lei estabelecendo alíquotas progressivas para o imposto sobre a propriedades predial e territorial urbana (IPTU) em razão do valor do imóvel e, também, alíquotas diversas de acordo com o uso do imóvel, contraria dispositivo constitucional que, tendo como parâmetro o uso do bem imóvel, veda o estabelecimento de alíquotas diversas para o IPTU. (B) Considere-se um ato de compra e venda de bem imóvel localizado no DF, sendo o comprador domiciliado em Goiânia – GO e o vendedor, em Imperatriz – MA. Nesse caso, será devido ao DF o imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bem imóvel. (C) Compete à lei ordinária fixar as alíquotas mínimas do imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), e à lei complementar, fixar as alíquotas máximas. (D) Considere-se que certo Município edite lei excluindo o ISS sobre exportações de serviços para países da América Latina. Nesse caso, a lei municipal contraria o texto constitucional, pois apenas a Constituição Federal pode dispor acerca da exclusão da incidência do ISS sobre a exportação de serviços. Comentário: A: incorreta, pois a CF admite alíquotas progressivas do IPTU, conforme o valor do imóvel, e diferenciadas segundo o uso e localização – art. 156, § 1º, da CF; B: correta, pois o ITBI é sempre devido ao local onde o imóvel está localizado – art. 156, § 2º, II, da CF; C: incorreta, pois as alíquotas mínimas e máximas do ISS devem ser fixadas por lei complementar – art. 156, § 3º, I, da CF; D: discutível, a rigor, essa norma municipal seria inócua, pois a lei complementar federal já afasta a cobrança do ISS sobre exportação de serviço – art. 156, § 3º, II, da CF e art. 2º, I, da Lei Complementar 87/ 1996. O gabarito é a letra “B”. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Alexandre, Ricardo. Direito tributário / Ricardo Alexandre – 11. Ed. Ver. Atual. e ampl. – Salvador – Ed. JusPodivm,2017. Impostos federais, estaduais e municipais / Leandro Paulsen, Jóse Eduardo Soares de Melo. 7. Ed. Ver. E atual. – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora. 2012. https://blog.contaazul.com/tudo-sobre-iss-retencao-fato-gerador-e-prestacao-de-servico (pesquisado em 09/09/2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm (pesquisado em 09/09/2019) ://coutinhocarlota.jusbrasil.com.br/artigos/250683584/imposto-sobre-servicos-de-qualquer- natureza-iss (pesquisado em 09/09/2019) https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/o-que-e-iss-e-como-calcular/ (pesquisado em 09/09/2019)
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