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CONTABILIZAÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS, DEPRECIAÇÃO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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WEB AULA 2
Unidade 2 - CONTABILIZAÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS, DEPRECIAÇÃO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 
1. OPERAÇÕES FINANCEIRAS
 
Começamos com os DESCONTOS OBTIDOS (RECEITA FINANCEIRA), referem-se a uma Receita Financeira na qual a empresa ganha um desconto pelo pagamento antecipado de suas dívidas.
Ex.: A empresa possui uma dívida com o fornecedor no valor de R$ 500,00 cujo vencimento será em 15/02/2014. No dia 02/02/2014 consegue a empresa antecipar o pagamento da dívida obtendo um desconto de R$ 20,00.
Deverá registrar na contabilidade da seguinte forma:
	D
	FORNECEDOR (PC)
	500,00
	C
	CAIXA (AC)
	480,00
	C
	DESCONTOS OBTIDOS (CR)
	20,00
 
Observa-se que o lançamento será feito com a baixa do valor NOMINAL do fornecedor (R$ 500,00), porém sairá do caixa apenas o que efetivamente foi pago (R$ 480,00). A diferença encontrada (R$ 20,00) será registrada como Receita Financeira – Descontos obtidos.
Agora vamos falar dos DESCONTOS CONCEDIDOS (DESPESA FINANCEIRA), refere-se a uma Despesa Financeira na qual a empresa concede a um determinado cliente o desconto pelo pagamento antecipado de sua duplicata junto à própria empresa.
Ex.: A empresa possui em sua Carteira de Contas a receber a duplicata do cliente no valor de R$ 300,00, cujo vencimento será dia 20/02/2014. No dia 05/02/2014, este mesmo cliente quita sua dívida com a empresa que como forma de reconhecimento, lhe concede um desconto de R$ 10,00.
Deverá registrar na contabilidade da seguinte forma:
	D
	CAIXA (AC)
	290,00
	D
	DESCONTO CONCEDIDO (CR)
	10,00
	C
	DUPLICATAS A RECEBER (AC)
	300,00
Observa-se que o lançamento será feito com a baixa do valor NOMINAL da duplicata a receber (R$ 300,00), porém entrará no caixa apenas o que efetivamente foi recebido (R$ 290,00). A diferença encontrada (R$ 10,00) será registrada como Despesa Financeira – Descontos Concedidos.
Vamos estudar agora os JUROS ATIVOS (RECEITAS FINANCEIRAS), referem-se a uma Receita Financeira na qual a empresa cobra um valor pelo atraso do recebimento da duplicata de determinado cliente.
Ex.: A empresa possui em sua Carteira de Contas a receber a duplicata do cliente no valor de R$ 300,00, cujo vencimento será dia 20/02/2014. Somente no dia 10/03/2014, o cliente quita sua dívida com a empresa, ocasionando um juro a ser pago no valor de R$ 15,00.
Deverá registrar na contabilidade da seguinte forma:
	D
	CAIXA (AC)
	315,00
	C
	DUPLICATAS A RECEBER (AC)
	300,00
	C
	JUROS ATIVOS (CR)
	15,00
 
Observa-se que o lançamento será feito com a baixa do valor NOMINAL da duplicata a receber (R$ 300,00), porém entrará no caixa da empresa o que efetivamente foi recebido (R$ 315,00), ou seja, o Valor Nominal mais os juros cobrados. Este valor de juros será registrado como Receita Financeira – Juros Ativos.
2. DEPRECIAÇÃO
 
Significado da palavra depreciar é “[...] perder valor” por desgaste, uso, ação da natureza ou obsolescência. Nas definições do CPC 27, temos que “Depreciar é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil” (BRASIL, 2009, p. 3).
De acordo com o CPC 27 (BRASIL, 2009, p. 13), item 62, podem ser adotados vários métodos de depreciação:
Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescente e o método de unidade produzidas.
De acordo com a Lei n. 6.404/76 (BRASIL, 1976, p. 1), no art. 183 S 2 alínea a, o registro da depreciação deve ocorrer: “[...] quando corresponder à perda do valor dos direitos que tem por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência”.
Em resumo corresponde à transferência gradual de valor, um bem tangível do Ativo Imobilizado.
O Regulamento do Imposto De Renda (RIR/99) considera bens depreciáveis todos os bens tangíveis, exceto bens com vida útil menor que um ano:
Art. 307 Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal, inclusive:
I - edifícios e construções, observando-se que (Lei nº 4.506, de 1964, art. 57, § 9º):
Art. 305. § 5º Somente será permitida depreciação de bens móveis e imóveis intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso III) (BRASIL, 1999, p. 1).
É importante lembrar que para efeito de imposto de renda a depreciação não é obrigatória.
 
A seguir relacionamos alguns bens depreciáveis segundo a Receita Federal
 
1) Os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho das atividades de contabilidade.
2) Os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração.
3) Os bens móveis utilizados nas atividades operacionais instalados em estabelecimento da empresa.
4) Os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, utilizados no transporte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda de matéria-prima, produtos intermediários e de embalagem aplicados na produção.
5) Bicicletas e motocicletas.
 
Tipos de bens não depreciáveis segundo a Receita Federal
 
Bens que não perdem valor (obra de arte, antiguidades).
Terrenos.
Imóveis não alugados ou destinados à revenda.
Bens para os quais sejam registradas quotas de exaustão.
Bens cujo tempo de vida útil seja menor que um ano.
Bens com valor inferior a $ 326,61.
 
2.1 MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO
 
a) Método da Linha Reta (quotas constantes).
b) Método das Taxas Fixas.
c) Método das Taxas Variáveis.
d) Método de Cole.
e) Método de Horas Trabalhadas.
f) Método de Unidades Produzidas.
g) Método da Depreciação Decrescente.
h) Método Especiais.
 
Na tabela a seguir demonstramos os principais métodos que serão estudados:
 
	LINEAR (Quotas constantes)
	NÃO LINEAR
	Vida útil
	Quotas crescentes
 
2.1.1 Método da depreciação linear em função da vida útil (Método Linha Reta)
 
Esse método consiste em tomar o valor de um bem do Ativo, dividir esse valor pelo tempo de sua vida útil e obter o que chamamos de quota de depreciação anual, que constitui o valor que será lançado como despesa a cada exercício.
 
2.1.2 Vida Útil dos Bens Depreciáveis
 
“Os prazos de vida útil admissíveis para fins de depreciação dos seguintes veículos automotores, adquiridos novos, foram fixados pela IN SRF nº 162, de 1998” (BRASIL, 2014, p. 1).
 
Outros tipos de bens:
 
	TIPOS DE BENS
	VIDA ÚTIL
	TAXA ANUAL (%)
	Edifícios, Construções e Benfeitorias
	25
	4
	Equipamentos, Ferramentas, Móveis, Utensílios, Instalações
	10
	10
	Computadores e Periféricos
	05
	20
 
O cálculo da depreciação do ativo será encontrado após a divisão do valor do bem pelo tempo de vida útil, ou seja:
 
Taxa de Depreciação Linear = Valor do bem 
                                         Vida útil em anos
 
Exemplo
Uma máquina foi adquirida pelo seu valor global de $ 100.000,00 conforme a legislação máquinas possuem um tempo de vida útil de 5 anos. Calcularemos a quota de depreciação anual e o valor da depreciação acumulada ao longo desses anos.
Valor do bem = 100.000,00
Tx de depreciação = 20%
2.1.3 Depreciação acelerada
 
As taxas de depreciação fixada pela legislação do Imposto de Renda são para uma jornada normal de trabalho (turno de 8 horas). Portanto quando ocorre a adoção de dois ou três turnos de 8 horas, quanto aos bens móveis comprovadamente utilizados, poderão ser adotados os coeficientes de aceleração de 1,5, quando são dois turnos, e de 2,0 quando são três turnos.
 
Regulamento do IR (RIR/99, art. 312), poderá ser acelerada da seguinte forma:
	1 turno de 8 horas
	Taxa de depreciação normal x 1,0
	2 turnos de 8 horas
	Taxa de depreciação normal x 1,5
	3 turnos de 8 horas
	Taxa de depreciação normal x 2,0
 
Taxa de Depreciação será:
	 
	Taxa Normal
	Coeficiente
	Taxa Acelerada
	Máquinas
	10%
	1,5
	15%
	Ferramentas
	20%1,5
	30%
	Três turnos
	 
	 
	 
	Máquinas
	10%
	2,0
	20%
 
Exemplo:
Uma máquina adquirida por $ 400.000, com vida útil de 5 anos, foi submetida a um turno no primeiro ano de vida, a dois turnos no segundo e, até o fim de sua vida útil, a três turnos. Calcularemos as quotas de depreciação e a depreciação acumulado ao fim do terceiro ano da seguinte forma:
 
	ANO
	FATOR DE ACELERAÇÃO
	TAXAS EFETIVAS
	QUOTAS
	1
	20% X 1,0
	20%
	$   80.000,
	2
	20% X 1,5
	30%
	$ 120.000,
	3
	20% X 2
	40%
	$ 160.000,
	4
	Saldo
	10%
	$   40.000,
	 
	 
	100%
	$ 400.000,
 
No primeiro ano, a quota será normal, uma vez que a operação da máquina é em um turno. No segundo ano, será adotada em quota acelerada, uma vez que a máquina será utilizada em dois turnos. No terceiro ano, a depreciação também será acelerada, pois a máquina trabalhará em três turnos. No quarto ano, será depreciada pelo saldo remanescente, porque o total nunca pode ultrapassar o valor imobilizado de um bem.
 
2.1.4 Método das quotas crescentes – não linear
 
Valor Residual e Valor Depreciável
 
O valor residual de um bem é o valor que o bem terá após o fim da vida útil para a empresa. Esse valor é definido pela empresa em função da realidade de cada tipo de bem depreciável, Isto é, não existe uma tabela oficial com valores residuais.
O valor é definido pelo contador da empresa, utilizando-se de bom senso e realidade de mercado.
De acordo com o CPC 27 item 6, o valor residual é:
Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
O valor depreciável será o valor do bem subtraído o valor residual, também definido no CPC 27, item 6. Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual.
Valor depreciável= Valor do Bem – Valor Residual
 
Exemplo
Dado um bem tangível do Ativo (Máquina), com valor global de ativação de $ 100.000, vida útil de 5 anos e valor residual de $ 10.000, vamos calcular a quota de depreciação anual e o valor de depreciação acumulada ao longo de 5 anos.
 
	 
	1 ANO
	2 ANO
	3 ANO
	4 ANO
	5 ANO
	Valor do Bem
	$ 100.000,
	$ 100.000,
	$ 100.000,
	$ 100.000,
	$ 100.000,
	Valor Residual
	$ 10.000,
	$ 10.000,
	$ 10.000,
	$ 10.000,
	$ 10.000,
	Valor Depreciável
	$ 90.000,
	$ 90.000,
	$ 90.000,
	$ 90.000,
	$ 90.000,
	Depreciação do Exercício
	$ 18.000,
	$ 18.000,
	$ 18.000,
	$ 18.000,
	$ 18.000,
	Depreciação
Acumulada
	$ 18.000,
	$ 36.000,
	$ 54.000,
	$ 72.000,
	$ 90.000,
	Valor Contábil
	$ 82.000,
	$ 64.000,
	$ 46.000,
	$ 28.000,
	$ 10.000,
 
A taxa de depreciação em 5 anos é igual a 100% / 5 = 20% ao ano, aplicada sobre o valor depreciável.
	
Atividade de Aprendizagem
 
1) Conforme CPC 27 (R1) – Ativo Imobilizado, depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Com relação à depreciação, assinale a opção INCORRETA.
 
a) A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda.
b) A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é baixado.
c) A depreciação cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado do uso normal.
d) De acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero quando não houver produção.
 
2) A depreciação de uma máquina, pelo método linear, relativa ao ano de 2013, adquirida por R$ 100.000, em 1º de julho de 2013, com vida útil estimada em 10 anos, valor residual 5% do valor histórico, e que trabalha em dois turnos é:
a) R$ 14.250,00.
b) R$ 10.000,00.
c) R$   7.125,00.
d) R$   5.000,00.
e) R$   4.750,00.
 
3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 
Neste momento iremos estudar o último grupo do Balanço Patrimonial – PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
No início do curso você já estudou um pouco sobre este grupo e aprendeu que para obter o valor do patrimônio líquido basta diminuir o Ativo pelo Passivo, ou seja:
PL = ATIVO – PASSIVO EXIGÍVEL
A Lei das Sociedades por Ações determina que o PASSIVO deva ficar ao no lado direito, ficando a fórmula acima mais apropriada para encontramos o PL.
Outra característica deste grupo é que o PL é visto como uma obrigação da organização para com seus proprietários, pois esta dívida ou obrigação não tem prazo para pagamento.
 
3.1 CONSTITUIÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 
De acordo com a Lei n° 11.638/07, a Lei da S. A., o Patrimônio Líquido constitui:
Capital Social.
Reservas de Capital.
Ajuste de Avaliação Patrimonial.
Reservas de Lucros.
Prejuízos Acumulados.
Ações em Tesouraria.
 
3.1.1 Capital Social
 
Esta conta, composta pelo PL, representa o investimento realizado pelos proprietários. Com a aplicação do Capital Social surge a origem da estrutura da empresa.
A conta do Capital Social é apresentada em duas formas: Capital Subscrito e Capital Integralizado.
Capital Subscrito – refere-se ao capital comprometido.
Capital Integralizado – refere-se a realização do que foi comprometido.
No exemplo a seguir, a composição do Patrimônio Líquido ficaria:
Capital Social
Capital Social Subscrito -------------   R$ 100.000,00
(-) Capital a Integralizar -------------- (R$   90.000,00)
= Capital Realizado                                 10.000,00
 
3.1.2 Reservas de Capital
 
Quando dizemos sobre reservas, imaginamos logo uma quantia reservada de um lucro obtido, correto? Errado, em Reserva de Capital grupo PL é composta por venda de ações em uma CIA., sua origem não é um valor apurado em um resultado de exercício, elas podem originar de doações, contribuições dos acionistas e o exemplo mais comum são ágios na emissão de ações. Vamos entender sobre ágios.
As companhias aumentam seu capital e ofertam ao mercado de ações, novas ações com o preço maior que o valor nominal da ação, o valor maior resultará no lucro, este lucro denominamos como ágio.
 
Exemplo:
 
A Cia. Rio Bonito aumentará seu capital de $ 80 para $ 100 milhões, com emissão de 20 milhões de ações, o valor nominal de uma ação será de $ 1,00. Ao ofertar as ações da CIA. houve interesse do público pelas ações, foi resolvido que cobraria um ágio de $ 0,20 por ação. Dessa maneira cada ação foi colocada à venda por $ 1,20.
A contabilização desta operação será:
	Capital = $ 80 milhões
Capital atual = $ 100 milhões
Oferta de ações = $ 20 milhões
Ágio nas ações = 0, 20 x 20 milhões = 40 milhões
 
 
3.1.3 Ajuste na Avaliação Patrimonial
 
São os elementos do Ativo que terão variações na avaliação. Exemplos:
Aplicações em Instrumentos Financeiros.
Operações como incorporações, fusão e cisão.
 
3.1.4 Reserva de Lucros
 
Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apuração de lucros da companhia (conforme Lei S. A.).
 
3.1.5 Lucros ou Prejuízos Acumulados
 
De acordo com o artigo 178 da lei n° 11.638/07, está extinta a conta Lucros Acumulados, para as S.A., as empresas LTDA. podem utilizar esta conta fazendo sua distribuição quando possível. Nas SAs conta lucro acumulado deve ser evidenciadas em reservas ou dividendos no caso de prejuízo no PL será composta por Prejuízos Acumulados.
 
3.1.6 Ações em Tesouraria
 
São ações da própria empresa ofertadas ao mercado de ações e adquiridas por elas mesmas. Esta ação só poderá ocorrer em condições excepcionais, realizando esta compra a conta deverá vir diminuindo no Patrimônio Líquido.
	Questão para reflexão
Reservas são parcelas que apresentam a diferença positiva entre o patrimônio líquido e o capital?
 
	Atividade de Aprendizagem
 
1) O cálculo do PL é:
a) Ativo – Passivo.
b) Ativo – Passivo Exigível.
c) Ativo – Passivo Exigível + Não Circulante.
d) Ativo – Obrigações.
e) Ativo – Passivo + Lucro Líquido.
 
Em todo nosso conteúdo abordamos as principais contas do Ativo, tivemos o conhecimento das operações nas quais envolvemmercadorias e seus impostos, observamos os métodos definidos por lei para apurar um estoque, vimos como constituir um Ativo não Circulante, trabalhamos também com as operações financeiras, percebemos a influência que estas ações trazem em um balanço patrimonial, em primeiro contato trouxemos a informação sobre depreciação e seus cálculos, finalizamos com o nosso Patrimônio Líquido. Na abordagem sobre estes temas concluímos a primeira composição de um Balanço Patrimonial, mais informações e conceitos sobre a estrutura do Balanço e característica do mesmo serão vistos em nossos próximos assuntos. Aprofundem-se em contabilidade!
 
	 PARA DISCUTIR
Sua participação no fórum será uma contribuição ao conteúdo aqui abordado, não deixe de participar até lá!
 
 
 
BRASIL. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 27 Ativo Imobilizado. 2009. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_27_rev%2003.doc>. Acesso em: 5 fev. 2014.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 3 dez. 2013.
BRASIL. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm> Acesso em: 5 fev. 2014. 
BRASIL. Lei n. 6.404/76, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre Sociedade por ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm>. Acesso em: 5 fev.2014. 
BRASIL. Receita Federal. Decreto n. 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99). Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/rir/default.htm>. Acesso em: 5 fev. 2014.
BRASIL. Receita Federal. Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr360a373.htm>. Acesso em: mar. 2014.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral. São Paulo: Saraiva, 2011.
PADOVEZE, Clovis Luis. Manual de contabilidade básica. São Paulo, Atlas, 2000.
SOUZA, Acilon Batista de Souza. Contabilidade de empresas comerciais. São Paulo: Atlas, 2002.

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