Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Agenda Introdução Planejamento e Identificação de Riscos Análise e Mensuração de Riscos Tratamento e Planejamento das Respostas aos Riscos Monitoramento e Controle Introdução Visão Histórica x Dias Atuais O que é Risco? Modelos de Gerenciamento de Risco Quem Gerencia o Risco? Que Riscos Devemos Evitar? Visão Histórica x Dias Atuais • Por que precisamos saber lidar com os riscos? • Riscos são inerentes a toda atividade humana. • Basicamente todas as empreitadas que temos na vida apresentam, em maior ou menor grau, algum tipo de risco de forma espontânea ou planejada. • Enfrentamos diversos riscos em nossas atividades cotidianas. • Assumimos diversos riscos nas decisões fundamentais em nossas vidas. • Exemplos de decisões que envolvem risco: • Escolha de um caminho ou tempo gasto numa viagem • Definição de uma profissão ou curso de graduação • Casamento Visão Histórica x Dias Atuais • Os desbravadores: • A vida dos homens pré-históricos: • A mais antiga espécie de hominídeo foi o Australopithecus, que surgiu no sul da África há cerca de 3 milhões de anos. • 2,5 milhões de anos, o homem saiu da a África oriental e se propagou através de todo o mundo antigo, isto é, África, Europa e Ásia e, posteriormente, a América. • Paleolítico Superior, há cerca de 40 mil anos, quando apareceram na Europa homens anatomicamente idênticos aos de hoje. • Densidade populacional baixa, grupos familiares vagavam por um vasto território, caçando rinocerontes, renas e cavalos. • Nem sempre havia manadas desses animais por perto e algumas plantas só davam frutos em determinadas estações do ano. Visão Histórica x Dias Atuais • Os desbravadores: • Quando o homem chegou a América? 1. Teoria Asiática, defende a tese de que os ameríndios vieram da Ásia, passando pela Sibéria e entrando na América pelo Estreito de Bering, entre 50 e 12 mil anos atrás. 2. Uma outra teoria bastante aventada por vários estudiosos diz que os primeiros moradores da América vieram dos arquipélagos da Polinésia e da Melanésia, entre 10 e 4 mil anos atrás. Visão Histórica x Dias Atuais • Os desbravadores: • Os Vikings: • Há 1000 anos atrás saíram de suas terras no norte e desbravaram a Europa em pequenos barcos – aventurando-se no desconhecido – em busca de novas terras. • Brutais e engenhosos invadiram a Inglaterra, sitiaram Paris, entraram no Mediterrâneo indo até solos árabes e chegaram a América do Norte 500 anos antes de Colombo. • É interessante observar que a América do Norte foi encontrada por um navegador que se perdeu em uma viagem para Groelândia. Visão Histórica x Dias Atuais • Os desbravadores: • Cristóvão Colombo: • Nascido na Itália, por volta do ano 1451, marinheiro desde a infância, se transformou em um cartógrafo brilhante. • Na época que os portugueses buscavam encontrar, através das grandes navegações, a rota às Índias, seguindo pelo extremo sul da África, Colombo estava certo de que existia um percurso mais curto em direção ao ocidente, contudo, precisaria de apoio para provar a sua teoria. • Após seis anos em busca de apoio, ele finalmente o encontrou no Rei Fernando e na Rainha Isabel, da Espanha. • Partiu para o mar, em 1492, em uma singela embarcação – Santa Maria – que continha 52 homens. • A Santa Maria era seguida por duas outras caravelas ainda menores do que ela. Visão Histórica x Dias Atuais • Os desbravadores: • O que esses desbravadores tinham em comum? • Por que corriam tantos riscos (consciente ou inconscientemente)? • O que buscavam? Visão Histórica x Dias Atuais • Vivemos num mundo globalizado, onde a velocidade em que a informação se propaga e a dimensão de seu impacto é muito superior o que víamos a 30 anos atrás. • Temos assistido uma constante quebra de paradigmas e inovações tecnológicas num ritmo sem precedentes. • Em 1900 o conhecimento humano dobrava a cada 100 anos, em 1945 dobrava a cada 25 anos, em 2014 dobrava a cada 13 meses e espera- se que em 2020 venha a dobrar a cada 12 horas.... • Isso tudo, aumenta a incerteza e dificuldade de prever o futuro. O mundo contemporâneo: Visão Histórica x Dias Atuais Exemplos recentes: • A revolução do smartphone e as redes sociais; • A revolução do Uber; • A revolução energética. O que você espera para o futuro da humanidade: • Relações pessoais e profissionais; • Educação e profissões; • Saúde; transporte; serviços; etc. O mundo contemporâneo: Enquete 1: • Na sua opinião o mundo é mais arriscado nos dias atuais ou na época dos desbravadores(Pré-história, Vikings e Colombo)? • O que mudou daquela época aos dias atuais em relação a gestão de riscos? O que é Risco? • Littre (1863) postula que a origem da palavra risco vem do francês medieval risqué, que significaria “perigo com probabilidade de ocorrência”. • Bernestein (1997)afirma que risco vem da palavra em italiano riscare, que significaria ousar. • Segundo o Oxford English Dictionary (1989), a palavra em inglês hazard, que é traduzida para o português como risco ou acaso, surgiu de um jogo de azar criado no castelo de Hasart na Palestina. Definições sobre risco: O que é Risco? Definições sobre risco: Popularmente as pessoas definir risco como algo relacionado a possibilidade de perder ou a obtenção de resultados ruins. Utiliza-se muito também a palavra incerteza como sinônimo ao risco. Mas esses significados estariam corretos? O que é Risco? • Definições sobre risco: • Popularmente as pessoas definir risco como algo relacionado a possibilidade de perder ou a obtenção de resultados ruins. • Utiliza-se muito também a palavra incerteza como sinônimo ao risco. • Mas esses significados estariam corretos? O que é mais arriscado: saltar do 2o ou do 12o andar de um edifício? O que é Risco? O que é Risco? De forma abrangente poderíamos definir risco como a possibilidade de obtermos resultados de um evento distintos ao esperado. Quanto maior a chance de obtermos resultados diferentes do que se esperava previamente – seja essa resultado melhor ou pior do que o esperado – maior o risco. No caso de um investimento, o interesse seria no retorno. Investimentos no mercado de ações são considerados arriscados não somente porque oferecem chance de retornos negativos ou abaixo do esperado, mas também pela possibilidade de obtenção de retornos positivos extraordinários. Resumindo: risco equivaleria a variabilidade. O que é Risco? O ideograma chinês referente a risco: Wei Ji O que é Risco? Perigo Oportunidade O ideograma chinês referente a risco: O que é Risco? • Risco x Incerteza: • Uma distinção clássica entre risco e incerteza é a proposta por Frank Knight, da Universidade de Chicago, em sua obra Risk, Uncertainty, and Profit de 1921. • Risco é quando as variáveis de uma situação são conhecidas e você consegue calcular suas probabilidades de ocorrência. • Mas quando uma ou mais variáveis são desconhecidas - ou quando não se sabe o impacto real que cada uma delas pode ter - então estamos tratando de uma situação de incerteza. • Comumente, na ausência de informações sobre as probabilidade de ocorrência de um evento, analistas supõem distribuições de probabilidade. Uma metodologia usada para isso é a Estatística Bayesiana. O que é Risco? • Risco = Probabilidade x Impacto • Probabilidade é a chance de ocorrência de um evento. • Impacto é o efeito da ocorrência do evento. • Exemplos: • A probabilidade de um avião cair numa usina nuclear ou que ela seja destruída por um terremoto no Brasil é baixa, maso impacto seria muito grande caso isso ocorresse. • A probabilidade de ocorrer acidentes graves ao longo dos anos com mergulhadores em plataformas de petróleo é relativamente alta e do ponto de vista humano o impacto é sempre relevante. Modelos de Gerenciamento de Risco • Existem diversas proposições de modelos para gerenciamento do risco: • Prince (2002) sugere as seguintes etapas: • Identificação Avaliação Identificação de respostas Seleção de respostas Planejamento das respostas Monitoramento e comunicação • Smith e Merrit (2002) sugere as seguintes etapas: • Identificação Análise Mapeamento e priorização Resolução Monitoramento • PMI (2013) sugere as seguintes etapas: • Planejamento do gerenciamento Identificação Análise qualitativa e quantitativa Planejamento das respostas Monitoramento e controle Modelos de Gerenciamento de Risco O Processo de Gerenciamento de Riscos: Planejamento e Identificação Análise Tratamento e Planejamento das Respostas Monitoramento e Controle Planejamento e Identificação Análise Tratamento e Planejamento das Respostas Monitoramento e Controle • Decisão de como gerenciar os riscos. • Quais riscos impactam o projeto? Modelos de Gerenciamento de Risco O Processo de Gerenciamento de Riscos: Planejamento e Identificação Análise Tratamento e Planejamento das Respostas Monitoramento e Controle • Análise quantitativa dos riscos. • Análise qualitativa dos riscos. Modelos de Gerenciamento de Risco O Processo de Gerenciamento de Riscos: Planejamento e Identificação Análise Tratamento e Planejamento das Respostas Monitoramento e Controle • Soluções e estratégias para reduzir o impacto dos riscos. • Sistematizar os processos de resposta. Modelos de Gerenciamento de Risco O Processo de Gerenciamento de Riscos: Planejamento e Identificação Análise Tratamento e Planejamento das Respostas Monitoramento e Controle • Monitoramento dos riscos ressudais. • Identificar novos riscos. • Avaliar eficácia do plano. Modelos de Gerenciamento de Risco O Processo de Gerenciamento de Riscos: Quem Gerencia o Risco? De forma geral o risco deve gerenciado por todas as áreas que são impactadas no caso de um incidente (sinistro, acidente, defeito, falha, etc.), mas é comum observamos áreas dedicadas a sua gestão. Grandes corporações possuem diretorias ou gerências responsáveis pela sistematização da gestão do risco, em muitos casos ligadas ou subordinadas ao CFO e CEO da empresa. Essas áreas podem atuar consultivamente – dando suporte as demais áreas – ou atuando diretamente sobre os riscos. Quem Gerencia o Risco? Em instituições financeiras e seguradoras, além de áreas dedicadas, a gestão do risco faz parte do negócio e da sistemática diária das operações. Adicionalmente, essas instituições são reguladas e devem seguir sistemáticas definidas pelos órgãos reguladores. Exemplos: Bancos comerciais concessão de crédito (determinação de limites e taxas), exposição de riscos e alavancagem, Basileia. Gestoras de recursos enquadramento das operações conforme o tipo de fundo, sistemática operacional, limites de exposição e métricas de acompanhamento. Bancos de desenvolvimento análise das operações, determinação de limites, sistemática de acompanhamento, convernants. Seguradoras precificação de produtos, determinação de provisões e níveis patrimônio líquido. Quem Gerencia o Risco? Em projetos os riscos são geridos por um gestor específico ou mesmo project manager. Como muitos projetos são únicos, com características específicas e distintivas, o processo de análise- contingenciamento-monitoramento dos riscos é fundamental e, em geral, um desafio adicional se comparado ao trabalho em operações continuadas. Projetos, muitas vezes, são atividades com tempo limitado (e curto) e um incidente pode prejudicar (ou impedir) seu êxito. Que Riscos Devemos Evitar? • Que riscos devem ser evitados ou eliminados? • Todos? • Primeiro é necessário dizer, que dificilmente seria possível eliminar todos os riscos, até porque existem riscos que são desconhecidos antes que se manifestem. • De toda forma, a teoria econômica postula que, caso alguém resolvesse tentar contingenciar todos os riscos de um negócio faria com que o retorno, na melhor das hipótese seria igual ao obtidos numa aplicação livre de risco. • Sendo assim devemos avaliar quais riscos devem ser evitados e quais a empresa tem condições de correr. Planejamento e Identificação de Riscos O Processo de Planejamento Tipos de Risco Identificação O Processo de Planejamento O processo de gerenciamento de riscos numa empresa ou projeto deve ser planejado antes dos problemas acontecerem. No caso de um projeto existe a possibilidade de ser efetuado antes mesmo de decidir sua aprovação. A principal motivação para o planejamento é a redução de custos com os riscos contingenciados, quando comparados aos riscos não contingenciados. O Processo de Planejamento Um estudo realizado pelo PMI (2009) revelou que apenas 35% das organizações tratam riscos formalmente, com metodologias estruturadas. A mesma pesquisa aponta que 54% das empresas afirmam realizar informalmente a gestão de riscos (dependendo do interesse do responsável pela área ou projeto)e que 11% assumem não tratar riscos em seus empreendimentos. Apetite a riscos x Atitude perante ao risco: • Apetite se refere a cultura da organização busca de oportunidades, investimento em inovação, etc. • Atitude se refere ao gerenciamento ou passividade em relação aos riscos. O Processo de Planejamento Algumas questões que devem ser tratadas nesse processo: Qual o papel e relevância da gestão de riscos para a organização ou para o projeto? Quem serão os envolvidos (clientes, fornecedores, colaboradores, reguladores, etc.) e quais seriam as possíveis resistências nesse processo? Quais métodos, sistemas, ferramentas, formulários, métricas serão usadas? O planejamento da gestão de riscos pode nos ajudar a definir políticas, diretrizes e regras para se lidar com os riscos, sendo fundamental para isso conhecer a organização e conseguir identificar e mensurar seus riscos. O Processo de Planejamento Reuniões de planejamento: Devem ser conduzidas pelos gestores responsáveis das áreas de risco ou gestores de projetos e profissionais selecionados das áreas envolvidas. O foco dessas reuniões deve ser a definição do plano de gestão de riscos, apontando custos para serem incluídos no orçamento, cronograma de atividades, atribuições de responsabilidades, criação de categorias de risco e a estruturação da matriz probabilidade x impacto. Tipos de Risco Em operações continuadas os riscos que merecem ser gerenciados variam em função do tipo de atividade das companhias. Exemplos: • Distribuidoras de Energia; • Siderurgia; • Gado Bovino; • Alumínio; • Aviação Civil; • Petróleo. Tipos de Risco • Em uma distribuidora de energia temos diversos riscos impactantes: • Interrupção do serviço; • Perda de informação para cobrança; • Perdas técnicas e não técnicas; • Oscilações de taxas de juros dos empréstimos e financiamentos; • Frustração na demanda de energia; • Variações em custos e despesas gerenciáveis e não gerenciáveis; • Etc. Tipos de Risco Determinantes do desempenho econômico das distribuidoras (Determinantes em % do Lair Regulatório) GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico – IE/UFRJ 39Ano Mercado Perdas PMS Result. Fin IL Ajust. Outros Depreciação Dif Contab IL 2009 -27% -8% -117% 107% 0,55 210% 80% 5% 3,50 2010 30% -15% -135% 96% 0,75 -25% 81% -32% 0,99 2011 27% -5% -107% 62% 0,76 -18% 78% -5% 1,31 2012 6% -13% -182% 105% 0,16 -36% 61% 4% 0,45 2013 8% -31% -216% 110% -0,29 44% 16% -16% 0,15 2014 -4% -46% -179% 41% -0,88 -3% 13% 23% -0,55 2015 -41% -47% -114% -41% -1,44 -22% 33% -3% -1,36 2016 -9% -53% -114% 33% -0,42 -63% 25% -91% -1,71 Obs: Valores expressam as médias do índices e dos determinantes ponderadas pela BRL de cada distribuidora em cada ano. Tipos de Risco • Riscos na indústria siderúrgica: • Oscilação de preços do aço e demanda dos segmentos: construção civil, automobilístico, embalagens e bens de capital; • Oscilação do preço dos aço e carvão; • Aumento das taxas de juros; • Problemas operacionais; • Variações cambiais; • Etc. Tipos de Risco• Riscos na indústria siderúrgica: 0 200 400 600 800 1,000 1,200 1,400 1T00 3T00 1T01 3T01 1T02 3T02 1T03 3T03 1T04 3T04 1T05 3T05 1T06 3T06 1T07 3T07 1T08 3T08 1T09 3T09Hot Rolled Steel USA US$/Ton 1st Q 2000 – 3rd Q 2009 Civil Construction Automotive Capital Goods Household Appliances Tubes Packagings and Containers Others 33.4% 25.5% 20.9% 5.9% 5.8% 3.6% 4.9% -9,00% -7,00% -5,00% -3,00% -1,00% 1,00% 3,00% 5,00% 7,00% 9,00% 11,00% 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 Δ World GDP X Δ World Steel Production Δ PIB Mundial Δ Producao Mundial de AcoΔ World GDP Δ World Steel Production Steel Demand Distribution in Brazil – 2009 Source: Bloomberg Source: BSI Elasticity in demand of steel in relation to the growth of the world economy Tipos de Risco • Oscilação do preço da carne e demanda; • Oscilação do preço do milho e outros insumos; • Problemas sanitários e epidemias que afetem o gado; • Etc. Riscos na criação de gado bovino: Tipos de Risco Riscos na criação de gado bovino: Tipos de Risco • Oscilação na demanda e preço do alumínio; • Variação no preço da bauxita e alumínio; • Variação do preço da energia; • Problemas operacionais; • Etc. Riscos na produção de alumínio: Tipos de Risco Riscos na produção de alumínio: Tipos de Risco • Oscilação na demanda por transporte aéreo; variação cambial; variação no preço do combustível; risco de imagem em função de acidentes aéreos. Riscos na aviação civil: • Variação do preço do petróleo e variação cambial; interferência governamental; acidentes de grande porte que afetem o meio ambiente e impactem a operação; variação na oferta de crédito e taxa de juros; alavancagem e solvência; atraso no cronograma de projetos de expansão. Riscos na indústria do petróleo: Tipos de Risco • No caso de operações envolvendo investimentos no mercado financeiro e de capitais os principais riscos estão associados a tudo que possa afetar o valor dos ativos: • Bolsa de valores e fundos de investimento: oscilações do PIB; risco país; risco político; variações nas taxas de juros; riscos específicos de empresas investidas; uso de alavancagem. • Títulos públicos: variações das taxas básicas de juros; variação de indexadores (IPCA, IGPM, dólar, etc.), oscilação nas perspectivas econômicas futuras. • Dívidas de empresas (debêntures): variações em resultados operacionais das empresas; variação na taxa de juros e indexadores; alterações na nota de risco de crédito; liquidez dos papeis; clausulas recompra e repactuação; clausulas de conversibilidade e permutação. Tipos de Risco • Outro forma que o risco é classificado no mercado de capitais seria separá-lo em risco específico e sistemático: • O risco específico (ou idiossincrático) consiste da parcela da variação no retorno dos ativos proveniente de eventos que afetam especificamente a empresa ou seu mercado de atuação. • O risco de sistemático (sistémico ou de mercado) refere-se a porção da variação do retorno relacionada a variação do mercado como um todo, proveniente de fatores que afetam toda a economia. • Essa divisão tem consequências para gestão de risco como veremos adiante. Tipos de Risco No entanto, ainda em relação aos investimentos nos mercados financeiro e de capitais, existem diversos riscos relacionados a operação que podem prejudicar o desempenho. Imagine se no decorrer de uma operação envolvendo derivativos financeiros, onde a oscilação de preços é muito alta, ocorra um problema no sistema operacional que impeça a concretização de uma ordem de compra ou venda... Existem também o risco de operações não serem honradas, o que – dependendo do volume – poderia ocasionar sérios problemas. Por conta disso, existe um grande investimento em processos e sistemas visando que esses problemas não ocorram. Tipos de Risco No caso de projetos – além das peculiaridades do segmento ao qual pertence – comumente os riscos estão associados objetivos do projeto: Custo investimento a ser efetuado no projeto; Tempo prazos e cumprimento das etapas do cronograma; Escopo atividades, entregas e produtos do projeto; Qualidade atendimento das expectativas definidas para o projeto. Tipos de Risco Exemplo de categorias: Riscos técnicos: tudo que for referente à tecnologia do projeto, requisitos, testes e demais entregas associadas. Riscos externos: mercado, disponibilidade de fornecedores, postura do clientes, etc. Riscos organizacionais: causados pela estrutura e cultura da empresa. Riscos do gerenciamento: gerados pela ineficiência do planejamento e controle das atividades do projeto. Riscos relacionados ao local: clima, solo, cultura regional, etc. Riscos em uma mesma categoria podem ser tratados com uma mesma resposta ou estratégias similares. Outra ferramenta tipicamente utilizada na gestão de riscos em projetos é a Estrutura Analítica de Riscos (EAR), que pode ser usada para organizar e tabular as principais fontes de risco dos projetos em categorias. Identificação Em diversas situações os riscos de um negócio não foram devidamente mapeados. Como efetuar esse levantamento? O primeiro passo seria verificar dentro da própria empresa o conhecimento armazenado sobre o risco de suas operações, projetos, investimentos, etc. Idealmente a empresa deveria ter um banco de dados com essa informação organizada (o que em boa parte dos casos não ocorre). Identificação Se a empresa não possui esse banco de dados, esse é o momento de começar a estrutura-lo... Uma segunda fonte importante de informações para identificação de riscos seriam os especialistas internos, entre eles podemos destacar: • Diretores, gerentes, analistas, técnicos respeitos e profissionais com grande vivência na empresa ou no negócio. Adicionalmente a empresa pode contar com suporte de especialistas externos sobre risco, que podem trabalhar em conjunto com os colaboradores internos no processo de identificação. Identificação No caso de uma operação continuada – uma indústria por exemplo – uma sugestão para mapear os riscos operacionais seria percorrer todo ciclo do negócio, iniciando na aquisição de matéria prima e finalizando na entrega dos produtos até o cliente final (ou pós venda). Outra fonte interessante de informações sobre o risco da empresa está no próprio orçamento, mais especificamente nas premissa adotas em suas projeções, que devem ser analisadas, sensibilizadas e periodicamente revisadas. No caso de um projeto é fundamental analisar edestrinchar a documentação referente ao objetivos – escopo, tempo custo e qualidade – para identificação dos riscos. Identificação Com o intuito de estruturar o processo de identificação podemos utilizar algumas ferramentas: Entrevistas; Brainstorming; Método Delphi; Análise da Causa-raiz; Ferramentas de Análise do Ambiente de Negócios. Identificação • Entrevistas devem ser planejadas, estruturadas e documentadas para que se atinja os objetivos da pesquisa. • Planejadas e estruturadas para que não se gere desperdício de tempo e recursos (retrabalho, horas perdidas de funcionários na produção, falha na obtenção de informações) , para que não sejam gerados problemas de relacionamento com os envolvidos (que podem ser inclusive clientes ou fornecedores em alguns casos). • A questão da documentação pode ser importante para manutenção de um rigor científico ao processo e para construção do banco de informações. Entrevistas: Identificação Etapas da Entrevista: Planejamento Início Decorrer Encerramento e Fechamento - Definição do objetivo e abrangência - Obter informações prévias sobre o entrevistado - Definição do roteiro e forma de condução - Definição do local, hora e duração Planejamento Início Decorrer Encerramento e Fechamento Identificação Etapas da Entrevista: - Recomenda-se manter um diálogo informal - Esclarecer os objetivos da entrevista - Começar com perguntas mais gerais Planejamento Início Decorrer Encerramento e Fechamento Identificação Etapas da Entrevista: - Recomenda-se seguir o roteiro - Escutar atentamente - Aprofundar as perguntas - Evitar comentários tendenciosos e sugestões - Tirar dúvida sobre o que foi ouvido - Resgistrar (gravar ou escrever) Planejamento Início Decorrer Encerramento e Fechamento Identificação Etapas da Entrevista: - Fazer resumo oral da entrevista - Pedir ao entrevistado que complemente ou corrija as informações - Questionar o entrevistado sobre a necessidade de outros participantes - Elaborar relatório Planejamento Início Decorrer Encerramento e Fechamento Identificação Etapas da Entrevista: Identificação • Entrevistas: • É fundamental o planejamento das etapas para que o tempo seja otimizado, principalmente quando tivermos que entrevistas várias pessoal e for difícil conciliar as agendas. • Um pró das entrevistas é a possibilidade de obter informações não viesadas e aprofundar questões com o entrevistado. • Um contra é justamente o fato de não haver interação entre os entrevistados. Identificação • Brainstorming: • Consiste em estimular e coletar ideias dos participantes continuamente sem uma preocupação crítica, até se esgotarem todas as possibilidades. • O ponto central do método é que cada participante “pegue carona” na ideia do outro. • Princípios básicos: • Atrasar o julgamento - não descartar ideias antes que se finalizar o processo; • Estimular quantidade e qualidade - quanto mais ideias maior a chance de surgirem boas ideias e mesmo de uma má ideia pode surgir uma boa. Identificação • Brainstorming: • O primeiro passo para o Brainstorming é a definição do facilitador, que pode ser um colaborador interno ou um consultor externo contratado para essa missão. • O facilitador deve estar familiarizado com a metodologia e ser capaz de manter-se relaxado para gerar uma atmosfera descontraída para sua aplicação. • É recomendada a composição de grupos de 6 a 12 participantes, cuja principal característica dos integrantes seria a capacidade de contribuir para identificação dos riscos. • Devemos ter cuidado em misturar participantes de níveis hierárquicos distintos, pelo fato disso – em alguns casos – intimidar alguns componentes. Identificação Brainstorming: Incluir clientes – dependendo dos riscos a eles associados e do relacionamento com a empresa – pode ser interessante, mas a reunião deve ser focada nos riscos relativos a relação cliente-fornecedor para que seja produtiva. Completando o time para o Brainstorming seria interessante contar com apoio de um profissional para registrar – gravação de áudio, vídeo ou anotações – as informações geradas na reunião. Identificação Etapas do Brainstorming: 1. Definição do problema de forma clara e objetiva; 2. Seleção dos participantes e definição do apoio administrativo para agendamento da reunião e registro das informações; 3. Envio prévio das informações (resumo) do projeto, operação ou processo, a qual os riscos pretende-se identificar. 4. Providenciar estrutura de sala adequada para reunião – mesa de reunião ou sala em “U” com quadro ou tela na qual será exposto o enunciado do problema e (em alguns casos, quando conveniente) as contribuições. 5. Iniciada a sessão, deve-se explicar ou reforçar a ideia da dinâmica do Braisntorming; Identificação Etapas do Brainstorming: 6. É importante estabelecer a ordem em que cada participante terá sua fala; 7. Registrar as contribuições; 8. Sugere-se a realização de reuniões de aproximadamente 30 minutos; 9. Selecionar 3 participantes para formarem um grupo de avaliação; 10. Avaliar a lista de riscos geradas no Brainstorming e selecionar os considerados mais relevantes e elaborar um ranking; 11. Retornar com o resultado para o grupo completo, para que os demais participantes o reavalie e efetuem novas contribuições; 12. Redigir um relatório com a lista de riscos para as áreas interessadas. Identificação Brainstorming: Um aspecto positivo do Brainstorming é sua simplicidade. A única regra que não pode ser quebrada nesse método é não limitar ou dificultar o processo criativo. Um complicador pode ser a dificuldade de conciliar os horários dos participantes para realização da sessão, o que eventualmente pode atrasar o processo de identificação dos riscos. Identificação • Brainstorming: • Um aspecto positivo do Brainstorming é sua simplicidade. • A única regra que não pode ser quebrada nesse método é não limitar ou dificultar o processo criativo. • Um complicador pode ser a dificuldade de conciliar os horários dos participantes para realização da sessão, o que eventualmente pode atrasar o processo de identificação dos riscos. Identificação Método Delphi: • Trata-se de um método que pode ser utilizado sem a necessidade da presença física dos participantes, o que acelera e reduz os custos com a coleta de informações, quando comparado as duas técnicas anteriores. • Outro aspecto positivo é o anonimato dos participantes, o que reduz potenciais influencias negativas, como comentado no caso do Brainstorming. • Outro ponto positivo é que as respostas são tabuladas e atribuídos percentuais que refletem a opinião da maioria. Identificação • Etapas do Delphi: • 1. Seleção dos participantes e distribuição de informações; • 2. Preparação do questionário para identificação dos riscos e distribuição aos participantes; • 3. Cada participante deverá responder o questionário e gerar sua lista de riscos; • 4. Análise das respostas das listas dos participantes e criação de uma lista consolidada dos riscos identificados (atentar para riscos similares descritos de forma distinta); • 5. 2º Round: Distribuição da lista consolidada aos participantes para reavaliação, revisão e complementação (estimular e dar liberdade para novas contribuições); • 6. Recolhimento e nova consolidação; • 7. Efetuar quantos rounds forem necessários para se chegar ao consenso. Identificação • Método Delphi: • Um ponto relevante do método seria o fato de que ao terem contato com lista de risco consolidada, os participantes em geral se estimulama contribuir de forma similar ao ocorrido no Brainstorming. • Em muitos casos, em somente 3 rodadas o consenso é obtido. Identificação • Análise da Causa-raiz: • Consiste da busca do fato gerador do risco. • É muito comum identificar riscos e seus impactos na organização, sem no entanto entender sua origem. • A vantagem de se encontrar a Causa-raiz é que de posse dela fica mais fácil propor respostas para soluciona-lo ou contingencia-lo. • Uma das ferramentas mais utilizadas nessa tarefa é o Diagrama de Ishikawa também conhecido como Diagrama Espinha de Peixe. • Essa técnica pode ser utilizada em conjunto com as demais técnicas apresentadas. Identificação • Passos do Diagrama de Ishikawa utilizado na busca da Causa-raiz: • 1. Identificar o risco (problema e/ou impacto) a ser analisado e coloca-lo no final da flecha principal; • 2. Ao longo da flecha principal inserir as causas primárias (principais); • 3. Para cada causa primária identificar causas secundárias e assim por diante (para cada causa secundária identificas causas terciárias); • 4. A identificação das causas pode ser efetuada pelas demais técnicas já apresentadas: Entrevistas, Brainstorming e Delphi. Identificação • Diagrama de Ishikawa utilizado na busca da Causa-raiz: Risco (problema e impacto) Grupo de causas 1 Grupo de causas 3 Grupo de causas 2 Grupo de causas 4 Causa primária Causa secundária Identificação • Lista de Riscos: • De posse das informações coletadas temos o material necessário para elaboração da lista de riscos, que deve ser a mais completa, clara e concisa o possível. • A Lista de Riscos é composta da data de registro, descreve os riscos identificados, apontas suas causas-raiz e o impacto esperado para cada uma delas. • Exemplo de Lista de Riscos: Data Risco identificado Causa-raiz Impacto esperado 04/09 Atraso na obra Período de chuvas Atraso do projeto 21/09 Dificuldade obter MDO Mercado aquecido Aumento custos com salários Identificação Categorização de Riscos: De posse da Listas de Riscos podemos partir para última etapa da identificação que é a categorização de riscos. Consiste da organização dos riscos identificados em categorias definidas por tipo ou afinidade. Riscos categorizados por tipo: riscos relacionados aos fornecedores, riscos relacionados a operação, riscos relacionados aos colaboradores, etc. Riscos categorizados por afinidade: agrupados pelas causas-raiz, como verificado no Diagrama de Ishikawa. Cabe observar, que não existe uma única forma de determinar as categorias e elas devem ser escolhidas priorizando o entendimento dos riscos e a resposta. • Imagine que você decidiu que vai viajar para NY passar seu Natal e Reveillon. • Você pretende passar 10 dias na cidade, visitar pontos turísticos, assistir musicais, ir a restaurantes e efetuar compras. • Quais os riscos que você imagina estar exposto nessa viagem? Enquete 2: Análise e Mensuração de Riscos Introdução Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros Mensuração de Riscos em Projetos e Operações Continuadas Exercícios Introdução Esse módulo é dedicado a discussão de técnicas para mensuração e análise de riscos. Iniciaremos pela análise de riscos em investimentos financeiros, apresentando ferramentas que também serão base para a discussão posterior, que será relativa a análise de riscos em projetos e operações continuadas. Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros Conforme discutimos na introdução de nosso curso, uma definição de risco em finanças seria a possibilidade (ou probabilidade) de obtenção de retornos distintos ao esperado. Dessa forma, para mensurar o risco em investimentos financeiros necessitamos de técnicas que nos indiquem o nível de variabilidade de retorno. Para tanto vamos revisitar alguns conceitos estatísticos úteis par nossos propósitos. Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • De forma abrangente, podemos definir estatística como uma ciência que nos auxilia a compreender características de fenômenos da natureza. • Na estatística trabalhamos com algumas medidas descritivas: • Medidas de Tendência Central; • Medidas de Dispersão; • Medidas de Assimetria e Curtose. O que é estatística? Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Nos auxiliam a determinar o resultado típico do fenômeno estudado. • Essas medidas são usadas para determinação de valores esperados de retornos futuros de investimentos, em particular a Média é muito usada nessa tarefa • Medidas mais utilizadas: • Média - “ponto de equilíbrio” de uma série de dados. • Mediana - ponto médio de uma sequência de dados ordenados. • Moda - valor que ocorre com maior frequência. Medidas de Tendência Central: Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros Média x Moda x Mediana de uma Distribuição Normal: -∞ +∞ Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Média x Moda x Mediana – Análise da renda dos habitantes de uma região – Distribuição Lognormal: Renda Per Capta Número de Habitantes Média MedianaModa Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Média: • É o “ponto de equilíbrio” de uma série de dados. • Para um conjunto formado por n dados xi, a média será dada por: Média = X = Σ xin i=1 n Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Média de Dados Agrupados: • No caso de dados agrupados a fórmula da média é dada pela fórmula: Média = X = Σ xi · fi , Σ fi Onde xi e fi são respectivamente o ponto médio e a frequência de cada classe i. n i=1 Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros Exemplo 1: Calcule a média e a mediana da série de retornos apresentada abaixo: Anos 1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 Retornos S&P 500 44% -8% -25% -44% -9% 50% -1% 47% 32% -35% Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Exemplo 1: Calcule a média e a mediana da série de retornos apresentada abaixo: • Média = (44% + (-8% )+ ... + 32% + (-35%))/10 = 5,10% • Mediana = (-8% + (-1%))/2 = -4,5% Anos 1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 Retornos S&P 500 44% -8% -25% -44% -9% 50% -1% 47% 32% -35% Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros Exemplo 2: Calcule a média e a mediana da série de retornos anuais agrupados apresentada abaixo: Retornos Agrupados S&P 500 1928-2012 Limite Limite Ponto Numero Inferior Superior Medio Observacoes -44% -25% -34,5% 5 -25% -6% -15,5% 14 -6% 13% 3,5% 24 13% 32% 22,5% 32 32% 51% 41,5% 10 Total 85 Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Exemplo 2: Calcule a média, a moda e a mediana da série de retornos anuais agrupados apresentada abaixo: • Média = (5 x (-34,5%) + .... + 10 x 41,5%)/85 = 9,76% • Mediana = 13% ------> (43º observação ordenada) • Classe Modal = 22,5% Retornos Agrupados S&P 500 1928-2012 Limite Limite Ponto Numero Inferior Superior Medio Observacoes -44% -25% -34,5% 5 -25% -6% -15,5% 14 -6% 13% 3,5% 24 13% 32% 22,5% 32 32% 51% 41,5% 10 Total 85 Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Medidas de Dispersão: • Em geral medidas de tendência central não são suficientes para um conhecimento adequado do fenômeno. • Nesse sentido é interessante utilizar também as medidas de dispersão, que são muito utilizadas para análise de riscos em invetimentos. • Medidas mais utilizadas: • Amplitude – distância entre os extremos da amostra/população. • Desvio Médio - média dos desvios (diferença entre observação e a média). • Variância – média do quadrado dos desvios. • Desvio Padrão – raiz quadrada da variância. • Coeficiente deVariação – é o desvio padrão dividido pela média. Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Desvio Médio: • Consiste da média dos módulos dos desvios das observações em relação a média aritmética do conjunto de dados. • É determinado pelas fórmulas: Desvio Médio = Σ │xi – X│ n Desvio Médio = Σ │xi – X│· fi Σ fi n i=1 n i=1 n i=1 para Dados Agrupados Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Variância: • Consiste da média dos quadrados dos desvios. Variância = S2 = Σ(xi - X)2 n Var. p/Dados Agrup. = S2 = Σ(xi -X) 2 · fi Σ fi i=1 n Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Consiste da raiz quadrada da Variância • DP(x) = [Var(x)]1/2 • A grande vantagem do DP em relação à Variância é o fato de estar na mesma unidade das observações o que facilita seu entendimento. • O DP dos retornos dos ativos é a medida mais usada no mercado de capitais para mensuração e análise de riscos, sendo inclusive apelidada de volatilidade. Desvio Padrão: Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Coeficiente de Variação: • É uma medida de dispersão relativa que consiste da razão entre o desvio padrão e a média aritmética. CV(x) = S X • O CV mensura a variabilidade de uma variável em proporção ao nível das observações. Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Distribuição Normal - Intervalos de Confiança: -∞ +∞ µ µ+σ µ+2σ µ+3σµ-σµ-2σµ-3σ 68% 95% 99% Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros Anos 1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 Retornos S&P 500 44% -8% -25% -44% -9% 50% -1% 47% 32% -35% • Exemplo 3: Calcule a amplitude, o desvio médio, a variância, o desvio padrão e o coeficiente de variação da série de retornos apresentada abaixo: Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Exemplo 3: Calcule a amplitude, o desvio médio, a variância, o desvio padrão e o coeficiente de variação da série de retornos apresentada abaixo: • Amplitude = (50% – (-44%)) = 94% • Desvio Médio = (|44% - média| + |-8% - média| + .... + |-35% - média|)/10 =30,52% • Variância = ((44% - média)2 + (-8% - média) 2 + .... + (-35% - média)2)/10 = 1134,1%2 • Desvio Padrão = (Variância Retornos)1/2 =33,68% • Coeficiente de Variação = Desvio Padrão/Média = 6,60 Anos 1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 Retornos S&P 500 44% -8% -25% -44% -9% 50% -1% 47% 32% -35% Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros Exemplo 4: Calcule a amplitude, o desvio médio, a variância, o desvio padrão e o coeficiente de variação da série de retornos anuais agrupados apresentada abaixo: Retornos Agrupados S&P 500 1928-2012 Limite Limite Ponto Numero Inferior Superior Medio Observacoes -44% -25% -34,5% 5 -25% -6% -15,5% 14 -6% 13% 3,5% 24 13% 32% 22,5% 32 32% 51% 41,5% 10 Total 85 Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Exemplo 4: Calcule a amplitude, o desvio médio, a variância, o desvio padrão e o coeficiente de variação da série de retornos anuais agrupados apresentada abaixo: • Amplitude = (51% - (-44%)) = 95% • Desvio Médio = (5 x |-34,5% - média| + .... + 10 x |41,5% - média|)/85 • Desvio Médio =17,06% • Variância = (5 x (-34,5% - média)2 + .... + 10 x (41,5% - média)2)/85 • Variância =411%2 • Desvio Padrão = (Variância dos Retornos)1/2 =20,27% • Coeficiente de Variação = Desvio Padrão/Média =2,08 Retornos Agrupados S&P 500 1928-2012 Limite Limite Ponto Numero Inferior Superior Medio Observacoes -44% -25% -34,5% 5 -25% -6% -15,5% 14 -6% 13% 3,5% 24 13% 32% 22,5% 32 32% 51% 41,5% 10 Total 85 Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros • Exemplo 5: Analisando o desempenho do S&P no período 1928-1937: 1928-1937 1928-2012 • Média 5,10% 9,76% • Mediana -4,5% 13% • Amplitude 94% 95% • Desvio Padrão 33,68% 20,27% • Coef. de Variação 6,60% 2,08 Benchmark Mensuração de Riscos em Investimentos Financeiros Exercício: Calcule a média, a mediana, a amplitude, o desvio padrão e o coeficiente de variação da série de retornos apresentada abaixo e compare os resultados com o exemplo 5: • Segundo Knight (1921) existe uma distinção entre risco e incerteza. • Quando estamos avaliando o investimento em ações e aplicamos medidas de tendência central e dispersão numa série de dados, estamos lidando com risco ou com incerteza na visão Knightiana? Enquete 3:
Compartilhar