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PEÇA 2 - Relaxamento de prisão

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL 
DA COMARCA 
1 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ ALVES, nacionalidade, estado civil, profissão, RG..., residente e domiciliado 
na Rua..., vem, por seu procurador infra-assinado, respeitosamente, à presença 
de Vossa Excelência, requerer o presente 
 
RELAXAMENTO DE PRISÃO, 
 
com base no artigo 310, inciso I, do Código de Processo Penal e artigo 5º, inciso 
LXV, da Constituição Federal/88, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I. DOS FATOS 
O requerente foi preso em flagrante, acusado de ter praticado o 
delito previsto no artigo 306, da Lei 9.503/1997. 
O requerente foi compelido a realizar o teste de alcoolemia em 
aparelho alveolar, sendo-lhe negado no auto de prisão em flagrante o direito de 
se entrevistar com advogado e com seus familiares. 
O requerente permaneceu preso dois dias após a lavratura da prisão 
em flagrante, sendo que a autoridade policial não comunicou o fato ao juízo 
competente nem à Defensoria Pública. 
 
II. DO DIREITO 
a. DA PROVA ILÍCITA 
O requerente foi compelido a realizar o teste de alcoolemia em 
aparelho de ar alveolar. 
Todavia, trata-se de prova ilícita, porque violou o direito do 
requerente de não produzir prova contra si mesmo, previsto no artigo 5º, inciso 
LXIII, da Constituição Federal/88 e artigo 8º, 2, g, do Decreto 678/1992. 
Além disso, o requerente foi forçado a realizar o teste de alcoolemia. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL 
DA COMARCA 
2 
 
 Logo, trata-se de prova ilícita, nos termos do artigo 157, do Código 
de Processo Penal, e artigo 5º, inciso LVI, da Constituição Federal/88. 
 
b. DO DIREITO À ADVOGADO E COMUNICAÇÃO À FAMÍLIA 
A autoridade policial negou ao requerente o direito de se entrevistar 
com advogado, bem como não permitiu comunicação com a família. 
Todavia, nos termos do artigo 306, § 1º, do Código de Processo 
Penal, e artigo 5º, inciso LXIII, da Constituição Federal/88, o preso tem direito à 
presença de advogado. 
Logo, deveria a autoridade policial viabilizar a presença de 
advogado ou encaminhar a cópia dos autos à Defensoria Pública. Além disso, a 
família do preso não foi imediatamente comunicada sobre a prisão, havendo, 
portanto, violação ao artigo 306, "caput", do Código de Processo Penal, e artigo 
5º, inciso LXII, da Constituição Federal/88. 
 
c. DA AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO AO JUIZ COMPETENTE E À 
DEFENSORIA PÚBLICA 
A autoridade policial não comunicou a prisão ao juiz competente, 
nem tampouco à Defensoria Pública. 
Todavia, nos termos do artigo 306, § 1º, do Código de Processo 
Penal, e artigo 5º, inciso LXII, da Constituição Federal/88, a prisão deveria ser 
comunicada imediatamente ao juiz competente, bem como à Defensoria Pública, 
no prazo de 24 horas. Logo, trata-se de prisão ilegal. 
 
III. DO PEDIDO 
Ante o exposto, requer o RELAXAMENTO da prisão em flagrante, 
com a expedição do alvará de soltura. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
(Local e Data) 
(Advogado) 
(OAB número)

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