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AULA 1 GESTÃO DE PESSOAS EM ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES Prof. Luiz Cláudio Sampaio Mendes 2 CONVERSA INICIAL Quando falamos em organizações, falamos, de algum modo, das pessoas que as compõem, que as representam e as personalizam, de acordo com sua visão de mundo, pela maneira como se comportam, executam suas atividades, fazem seus negócios, se relacionam com seus clientes e fazem a estrutura física funcionar. Há que se considerar que a variação dessas dimensões é diretamente proporcional às políticas externas de mercado e às diretrizes internas peculiares de cada organização. Em tempos de intensas mudanças, torna-se um desafio para as organizações fazer gestão de pessoas. Administrar pessoas como recursos da organização envolve planejamento, direção e controle das atividades desenvolvidas. Mas pessoas são muito mais do que apenas recursos organizacionais. Por meio de sua visão de mundo, e de suas histórias particulares, crenças e motivações, elas fornecem conhecimentos, habilidades, capacidades e constituem a inteligência da organização. De modo geral, gerir recursos humanos em hospitais não apresenta diferenças em relação a outros tipos organizações, mas há peculiaridades que carecem do olhar mais atento do gestor, pois trata-se de uma tarefa singular e absolutamente estratégica para o sucesso da organização. As condições do mercado de saúde, particularmente no contexto hospitalar, indicam uma deficiência na atração e na manutenção de bons profissionais, o que resulta em desperdícios diversos e grandes prejuízos. Esta disciplina pretende servir como uma peça auxiliadora nesse imenso quebra-cabeça chamado gestão hospitalar. O mercado exige profissionais polivalentes, multifacetados e capazes de ter uma visão ampliada sobre as interações que ocorrem dentro e fora do ambiente organizacional. Apresentaremos conceitos, ferramentas e técnicas que mostram formas tradicionais de administrar recursos humanos, além da necessidade de se mudar o enfoque para uma gestão estratégica e sua importância para todos os atores envolvidos com o negócio da empresa. Esperamos que o compartilhamento democrático de experiências, tanto dos que atuam na área quanto dos que buscam ampliar conhecimentos, possibilite a reflexão sobre problemas relevantes e a utilização de boas práticas na gestão de pessoas, contribuindo no enfrentamento dos constantes desafios. Bons estudos! 3 CONTEXTUALIZANDO Case: Gestão de pessoas Gestores de recursos humanos podem atuar em vários tipos de organização. Nas organizações hospitalares, eles precisam enfrentar desafios diferenciados dos demais segmentos organizacionais do mercado. O sr. João é um profissional formado em Administração, com ênfase em Recursos Humanos, na Universidade Federal do Vale Verde no ano de 2015. No início de 2016, o sr. João foi contratado por uma empresa familiar com 5 (cinco) colaboradores, incluindo o proprietário. Após dois anos de trabalho, o sr. João conheceu, em um evento da Sociedade Brasileira de Hospitais, o dr. Romeu de Carvalho, um dos sócios do Hospital Bela Vista, que será inaugurado em breve em uma cidade do interior paulista. O dr. Romeu se interessou pela formação profissional do sr. João e o convidou para trabalhar no hospital como gestor de pessoas. O hospital será inaugurado em três meses e o sr. João será o responsável pela Política de Gestão de Pessoas a ser instaurada. Apesar de ter conhecimentos da área de Recursos Humanos, a princípio o sr. João ficou meio inseguro, considerando sua inexperiência em gestão de organizações hospitalares, mas aceitou a proposta. Para enfrentar o desafio, por onde o sr. João deve iniciar as atividades no Hospital Bela Vista? Não responda agora. Antes, estudaremos o conteúdo teórico desta aula e, ao final, retomaremos a nossa história e apresentaremos as possibilidades de solução para o problema. Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre o RH e como ele vem evoluindo ao longo da História, acesse: <http://www.youtube.com/watch?v=asPXOJmAwbA>. TEMA 1 – EVOLUÇÃO DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS A cada dia, o mundo muda com incrível rapidez e de maneira intensa. Diversos fatores podem ser elencados como coadjuvantes nessas incríveis transformações: econômicos, tecnológicos, sociais, culturais, legais, políticos, demográficos e ambientais. Essas mudanças, por sua vez, geram grandes 4 incertezas nas organizações que buscam, constantemente, estratégias de sobrevivência em um mercado globalizado. É muito difícil separar o trabalho da existência das pessoas, justamente pela importância e pelo impacto que ele provoca em suas vidas. Elas dependem das organizações para as quais trabalham para atingir objetivos pessoais. As organizações, por sua vez, dependem das pessoas para produzir bens e serviços, atender clientes, manter a competitividade no mercado e atingir objetivos globais e estratégicos, conforme assinala Chiavenato (1999). Uma organização não é formada somente por prédios, mobiliário, equipamento ou tecnologia. Sua maior riqueza são as pessoas que desenvolvem atividades na organização. As organizações são ambientes complexos que funcionam por intermédio das pessoas que dela fazem parte, e que interagem, decidem e executam atividades em seu nome. As pessoas passam a maior parte de suas vidas trabalhando dentro de organizações e estas também dependem daquelas para poder alcançar seus objetivos. Com base na ideia de que as pessoas são o principal recurso das organizações, esse relacionamento precisou revisar conceitos, técnicas e ferramentas no âmbito da administração de recursos humanos. Segundo Marras (2011), destacam-se cinco fases distintas nas evoluções da área e do profissional de Recursos Humanos, como segue: 1. Contábil; 2. Legal; 3. Tecnicista; 4. Administrativa; 5. Estratégica. TEMA 2 – FASES EVOLUTIVAS DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS Como citamos no tema anterior, Marras (2011) destaca cinco fases evolutivas do profissional de Recursos Humanos, todas com características peculiares que veremos a seguir. 2.1 Fase contábil: custos de mão de obra Até o início da década de 1930, a fase inicial da gestão de pessoas tinha como sua principal preocupação os custos da organização. O Departamento de 5 Pessoal, como era chamado na época, realizava os registros dos trabalhadores, suas faltas e atrasos. A mão de obra era comprada, e, em contrapartida, as entradas e saídas eram registradas de forma contábil. Os princípios da Escola Clássica de Taylor e Fayol serviam de base para administrar recursos humanos. 2.2 Fase legal: Consolidação da Leis do Trabalho (CLT) Com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (Decreto-lei n. 5.452/43) no governo Getúlio Vargas, a preocupação das organizações era a de cumprir as regras e normas regulamentares impostas. Nessa fase surgiu a função de chefe de pessoal, profissional encarregado do acompanhamento e da manutenção dos trabalhadores dentro das leis recém-criadas. Essa fase começou na década de 1930 e seguiu até a década de 1950. 2.3 Fase tecnicista: burocracia e praticidade Com a implementação da indústria automobilística pelo presidente Juscelino Kubitschek em nosso país, os empresários tiveram que aceitar a inclusão do gerente de relações industriais no organograma da empresa. O cargo tinha origem no modelo norte-americano de gestão de pessoal. Nessa fase, serviços como recrutamento e seleção, treinamento, cargos e salários, higiene e segurança no trabalho, benefícios e outros passaram a ser executados pela área de Recursos Humanos. Essa fase ocorreuentre 1950 e 1965. 2.4 Fase administrativa: sindicalismo e proteção Nessa fase, iniciada em 1965 e com término em 1985, ocorreu uma verdadeira revolução nas bases trabalhadoras com o surgimento do movimento sindical denominado novo sindicalismo. O gerente de relações industriais passou a ser chamado de gerente de recursos humanos, transferindo o foco dos procedimentos burocráticos e operacionais para responsabilidades orientadas para os indivíduos e suas relações. 6 2.5 Fase estratégica: planejamento estratégico e preocupações de longo prazo A introdução dos primeiros programas de planejamento estratégico acoplados ao planejamento estratégico central das organizações foi o destaque nessa fase iniciada em meados da década de 1980. As organizações desenharam as primeiras preocupações de longo prazo com seus trabalhadores. O cargo de gerente de recursos humanos passou a ter importância no nível estratégico das organizações. TEMA 3 – ASPECTOS CONCEITUAIS DA GESTÃO DE PESSOAS 3.1 Conceito de gestão de pessoas Conforme assinala Chiavenato (1999), o conceito de gestão de pessoas implica um “conjunto de práticas e políticas necessárias à condução de aspectos gerenciais relacionados às pessoas ou recursos humanos que incluem recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e avaliação de desempenho”. Alguns autores utilizam, de forma equivalente, as expressões gestão de pessoas e gestão de recursos humanos; entretanto, a gestão de pessoas tem como principal objetivo a valorização dos profissionais e do ser humano, enquanto o setor de Recursos Humanos, historicamente, visa a técnica e o mecanicismo profissional (Barbosa; Estender, 2014). Para compreender a gestão de pessoas é necessário considerar a influência de diversos aspectos que convergem para uma definição mais objetiva do conceito. Essa área, como destaca Chiavenato (1999), é muito sensível à mentalidade dominante nas organizações e confere uma característica contingencial e situacional ao conceito que depende de aspectos variados, como: cultura interna de cada organização, estrutura organizacional, tecnologias utilizadas, processos internos, ambiente em que se está inserido, o negócio propriamente dito e muitas outras variáveis importantes. Desse modo, não há um conceito definido que possa ser utilizado como padrão. Em uma concepção sistêmica, partindo do pressuposto de que as organizações são constituídas por pessoas, é importante considerar que, assim como as pessoas, as organizações são passíveis de influenciar e ser influenciadas pelas forças externas e internas 7 que atuam no ambiente; logo, estão sujeitas às mais variadas situações e contingências resultantes dessa contínua e interminável interatividade. É bastante comum, no estudo do campo da saúde, que se encontre uma crise resultante de problemas relacionados aos recursos humanos relativa ao contexto e ao conteúdo do trabalho, como afirmam Mendes e Marziale (2006). Escassez, má distribuição, condições inadequadas de trabalho, conhecimento e competências limitados, estratégias equivocadas de gestão para serviços e demandas da população acarretam estresse, infelicidade e baixa autoestima do trabalhador. Fazer gestão de pessoas é uma tarefa complexa porque requer, sempre que possível, foco estratégico com relação aos recursos humanos. A moderna gestão de pessoas necessita atender alguns requisitos. Como gestor de pessoas, o profissional precisa ampliar o foco de atuação, realizando o planejamento estratégico, e integrando e compatibilizando pensamentos e objetivos de todas as áreas para que os resultados finais da organização mostrem, sempre que possível, a qualidade das pessoas e dos serviços que elas executam. É fundamental que um gestor faça o papel de mediador entre os objetivos da organização e os objetivos da força de trabalho, que, em perspectiva mais ampla, são as pessoas. 3.2 Objetivos da gestão de pessoas O desempenho profissional das pessoas nas organizações de saúde tem sido objeto de diversos estudos feitos por muitos profissionais e entidades especializadas no assunto. Já se foi o tempo em que se pensava que as máquinas eliminariam a participação humana no trabalho. Contrariamente a essa ideia, percebe-se que as pessoas e seu desempenho são fundamentais nas organizações. Considerando que o principal ativo das organizações são as pessoas, é fundamental que os gestores mantenham o foco de atenção direcionado para elas, pois, na maioria das vezes, são elas as responsáveis pela ampliação ou pela limitação das forças e fraquezas da organização. As organizações devem se tornar mais conscientes e atentas às pessoas que empregam. Elas precisam ser percebidas como parceiras que colaboram eficazmente para o alcance dos objetivos organizacionais. 8 Quando tratamos de serviços de saúde, em última instância são os profissionais da área que definem os tipos de serviços que serão consumidos, como eles serão oferecidos, onde, em que quantidade e qual impacto terão sobre o estado de saúde das pessoas. Dentre os inúmeros objetivos da gestão de pessoas, destacamos aqueles que consideramos mais significativos: Figura 1 – Principais objetivos da gestão de pessoas Vale lembrar que os hospitais, como qualquer outra organização, são considerados prestadores de serviço, locais em que o trabalho é resultado de complexas inter-relações dos vários e diferentes profissionais que atuam na área. O principal foco do trabalho desses atores é a vida e o sofrimento das pessoas. É importante ressaltar que a gestão dos recursos humanos, além de necessária, é bastante conveniente, pois mantém a organização produtiva, eficiente, eficaz e movimenta as pessoas que ali trabalham de forma adequada. As pessoas, na maior parte das organizações, representam seu recurso mais crítico, isto é, aquele sem o qual elas não conseguem realizar seu trabalho. Em relação às organizações de saúde, conforme destacam Schiesari e Malik (2006), essa afirmação é particularmente verdadeira, porque, além de serem dependentes de tecnologia, não conseguem a aplicação dessa tecnologia sem possuir recursos humanos adaptados. 9 Portanto, a gestão de pessoas precisa ser compreendida como um subsistema de qualquer organização. Ainda que exista uma pesada substituição de pessoas por máquinas, são elas que, em última instância, realizam o trabalho, recolhendo o produto transformado pelas máquinas, ligando-as, desligando-as, decidindo quando acioná-las. Veremos, na sequência, quais são os processos básicos da gestão de pessoas e suas subdivisões. TEMA 4 – PROCESSOS DA GESTÃO DE PESSOAS Os seis processos básicos da gestão de pessoas estão intimamente relacionados entre si e há uma influência recíproca entre eles. Cada processo, dependendo do modo como for utilizado, tende a favorecer ou prejudicar os demais. Não se pode deixar de considerar que as influências dos ambientes externo e interno das organizações traçarão o desenho destes e os ajustes necessários entre eles para que ocorra um funcionamento harmonioso. Os processos são os seguintes: 1. Agregar; 2. Aplicar; 3. Recompensar; 4. Desenvolver; 5. Manter; 6. Monitorar. Figura 2 – A gestão de pessoas e seus processos 10 TEMA 5 – GESTÃO DE PESSOAS EM HOSPITAIS A gestão de pessoas em hospitais está em uma encruzilhada e busca resolver um grande dilema. Há necessidade de modernizar os processos que, por sua vez, se inserem em uma cultura organizacional arcaica e cristalizada. Como resolver essa questão? 5.1 Características específicasdas organizações de saúde Sabemos que é característica específica das organizações de saúde, em particular dos hospitais, ter os recursos humanos permeando todas as etapas do processo assistencial. É gente cuidando de gente. Qualquer projeto de desenvolvimento ou de melhoria de funcionamento de um hospital afeta direta ou indiretamente a gestão das pessoas. É importante ter em mente que é nas pessoas que reside o diferencial competitivo que mantém e promove o sucesso organizacional. No caso dos hospitais, as características de trabalho são diferentes. É um trabalho permanente, vinte e quatro horas por dia, todos os dias do ano, com atividades que demandam total atenção e disponibilidade do profissional, com ações conhecidas, mas nem sempre esperadas, e que, muitas vezes, apresentam grande risco. Essas características tornam o hospital uma instituição complexa que depende de pessoas qualificadas para realizar o tratamento direto do paciente, não permitindo margem de erro. Poucas organizações apresentam uma variedade tão grande de profissionais, encargos, pressões e riscos pessoais quanto um hospital. Os profissionais se queixam da organização, alegando não dispor de condições aceitáveis de trabalho e não receber remuneração adequada. Dessa situação resulta, frequentemente, uma sensação de impotência intensificada pela baixa motivação pelo trabalho. Decorre, assim, um clima de protesto que impede o profissional de fazer somente o que deve, mas também o que pode, mesmo em condições adversas. O gestor precisa estar consciente de que as pessoas não conseguem produzir e se realizar em um ambiente tenso, cumprindo rotinas e processos exaustivos e inadequados ao atendimento de suas necessidades e expectativas. A busca pela eficiência gera retrocessos tais como corte de custos sem aumento de produtividade; dispensa de profissionais e congelamento de 11 contratações; falta de investimentos em capacitação, ocasionando relações trabalhistas precárias; estas, por sua vez produzem insatisfação tanto de profissionais quanto de pacientes. Tudo isso provoca um círculo vicioso com impactos negativos para a atividade hospitalar, que faz uso intensivo do trabalho humano. Partindo da ideia de que a organização hospitalar funciona como um sistema aberto que interage com o ambiente e é composta de uma série de subsistemas com diferentes finalidades com o mesmo objetivo, a administração de recursos humanos, modernamente chamada de gestão de pessoas, pode ser classificada como um de seus principais subsistemas. Pensar em recursos humanos como eixo da estrutura organizacional significa pensar estrategicamente, pensar modernamente, como assinala Schiesari e Malik (2006). 5.2 Gestão de pessoas em organizações de saúde Os profissionais que atuam na área da saúde têm em comum a exigência de que sejam mão de obra qualificada, o que reflete na adoção de políticas de gestão de pessoas que atendam às necessidades do mercado, conforme destacam Morici e Barbosa (2013). Segundo Bonassa e Campos (2006), a natureza da atividade em organizações de saúde utiliza intensivamente o trabalho humano que apresenta características peculiares no tocante a grupos de profissionais diferentes, de origens diversas, que necessitam atuar em conjunto e de forma coesa. Para tanto, integrar essas diferenças se constitui um desafio constante a ser observado. A moderna gestão de pessoas exige a definição de mecanismos de contratação, promoção de ações educativas, participação ativa na seleção, avaliação de desempenho, melhoria das relações de trabalho, entre outros. Ouvir a equipe com atenção, valorizar sugestões de melhorias administrativas e instituir um clima cooperativo são alguns exemplos de posturas que permitem descobrir saídas para um alto padrão de eficiência. Para tanto, o gestor tem, de maneira geral, a tarefa de compatibilizar as seguintes influências externas e internas: Influências externas: incluem as leis e os regulamentos legais oriundos do Ministério da Saúde, e do Ministério do Trabalho e Emprego; normas regulamentares da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); 12 condições econômicas; competitividade do mercado da saúde; acordos sindicais das categorias profissionais; e condições socioculturais; Influências internas: aquelas relacionadas ao ambiente interno de cada organização de saúde que impactam diretamente em seu funcionamento, e que estão diretamente ligadas à missão organizacional, à visão dos objetivos e à estratégia que fazem parte da cultura organizacional, que, por sua vez, delineiam a natureza das tarefas e o estilo de liderança que surgirão no contexto da organização. Além disso, é preciso fazer a compatibilização de influências, o que constitui o maior desafio do gestor de pessoas – que tem a tarefa desafiadora de compatibilizar as influências externas e internas, ajustando as inter-relações no ambiente da organização e no conjunto das atuações de equipes multidisciplinares/multiprofissionais. “A modernização da área de gestão de pessoas é uma transformação real de cultura e procedimentos” (Bonassa; Campos, 2006). FINALIZANDO Resposta ao case: Gestão de pessoas Antes de entrar no tema específico da gestão de pessoas em organizações hospitalares, é muito importante que nosso ator, o sr. João, retome toda a parte conceitual da gestão de pessoas e relembre o processo histórico e as mudanças nos processos de gestão de pessoas. Especificamente em organizações hospitalares, deverá ainda aprofundar seus conhecimentos quanto aos tipos de profissionais que atuam nesse tipo de organização e todas as normas que são específicas aos profissionais de saúde. Além disso, deve conhecer outros atores com os quais manterá contato e pelos quais será influenciado, além de estar ciente de todas as etapas a serem cumpridas para que o Hospital Bela Vista esteja em pleno funcionamento na data solicitada por seu contratante. Futuramente nos aprofundaremos nesse assunto. 13 REFERÊNCIAS BARBOSA, R. S.; ESTENDER, A. C. A gestão estratégica de pessoas: uma ferramenta necessária a toda companhia. SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA (SEGeT), 11., 2014, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: SEGeT, 2014. Disponível em: <https://www.aedb.br/seget/arquivos/artig os14/18720144.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019. CAMPOS, C. V. A.; BONASSA, E. C. O novo paradigma da gestão de pessoas. In: GONÇALVES, E. L. Gestão hospitalar: administrando o hospital moderno. São Paulo: Saraiva, 2006. CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. EVOLUÇÃO do RH. Arthur Ivo, 23 ago. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=asPXOJmAwbA>. Acesso em: 1º mar. 2019. GONÇALVES, E. L. (Org.). Gestão hospitalar: administrando o hospital moderno. São Paulo: Saraiva, 2006. MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. MENDES, I. A.; MARZIALE, M. H. P. Década de Recursos Humanos em saúde: 2006-2015. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 14, n. 1, p. 1-2, jan./fev. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n1/v14n1a01>. Acesso em: 28 fev. 2019. MORICI, M. C. Recursos humanos em hospitais do sistema único de saúde: entre a assistência e a gestão. Dissertação (Mestrado) – Faculdade De Ciências Econômicas, Departamento De Ciências Administrativas. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011. MORICI, M. C.; BARBOSA, A. C. Q. A gestão de recursos humanos em hospitais do SistemaÚnico de Saúde (SUS) e sua relação ao modelo de assistência: um estudo em hospitais de Belo Horizonte, Minas Gerais. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 47, n. 1, p. 205-225, fev. 2013. SCHIESARI, L. M. C.; MALIK, A. M. Instrumentos utilizados na prática diária da gestão da qualidade. In: GONÇALVES, E. L. Gestão hospitalar: administrando o hospital moderno. São Paulo: Saraiva, 2006.
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