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~ ~ 1 ' ' ' r' Q a < " • ,:··: ~ - t ' 1 --------- IMUNOGLOBULINAS e , <íl CONCEITO Imunoglobulinas são glicoproteínas efetoras da imunidade humoral, com função de combate a antígen~s. Behring e Kita-· sato, em 1890, observaram a proteção para a difteria utilizando soro de animais imunizados com toxina diftérica: seria o soro antidiftérico rico em anticorpos. Em 1952, Bruton relatou a ausência de anticorpos em um menino que apresentava infe~- ções de repetição - depois conhecida como agamaglobuline- mia de Bruton ou deficiência de Btk (enzima tirosina-quinàse de Bruton). As imunoglobulinas são componentes term~estáveis da resposta imunológica. Estão presentes no plasma, líquido in- tersticial, mucosas, cavidades e superfície de linfócitos B, fa- zendo parte do receptor dessas células. As imunoglobulinas sã~ glicoprntdnas constituídas por 82% a 96% de polipei?tí~ deos -e 4% a 18% de carboidratos (Figura 6.1). CONCEltó -'-'-,-'---~-~~~= ., GJicopro'teínas·éfétoràs da irií.uhidadêfioõí'ota ,-,. • • i~ A , · , .. •>-,~i 1.::, ,r:-~,.,:<rt•~ :, ÇQ_rnponent~s,,teJrn9,~stá~e~s,d~_xe,spó~í~j1mt, NATUREZA ln \_) As proteínas do soro humano podem ser separadas pela eletroforese de proteínas em albumina, ai-globulina, a2- -globulina, 13-globulina e y-globulina, conforme apresentem maior ou menor capacidade de migração ante cargas elétricas: a albumina tem maior poder migratório, enquanto a y-glo- bulina apresenta menor migração ante eletrodos positivos. A maioria das proteínas efetoras da imunidade com função de anticorpo pertence à fração y-globulina, sendo, por isso, refe- rida como gamaglobulina, especialmente em hemoderivados e fármacos comerciais. Entretanto, um grupo menor dessas proteínas efetoras encontra-se na fração 13-globulina e uma quantidade ainda !llenor, na fração a2-globulina. Em virtude dessa heterogeneidade proteica (não só na fração y-globulina), a Organização Mundial de Saúde recomenda que se fale em imunoglobulinas·, e não gamaglobulina .. Ainda indica o termo "imunoglobulina'' quando as proteínas efetoras estiverem li- vres, reservando-se "anticorpo" para-e-memento em que tais proteínas se encontrarem unidas a antígenos. Assim,• as imu- noglobulinas são as proteínas livres e efetoras da imunidade e passam a ser denominadas de anticorpos quando unidas a antígenos (Figura 6.2). AQUISIÇÃO DE IMUNOGLOBULINAS : 0lico~'.~te'.~;,s: .~ .8~~ a 9~~;pojipeptídeo.s_ . A.s im~n_o~l~~ulinas siio al~qui_ridas com a fil?genia, sendo . F· · "" , .'" . . ., 4 ~ a 18¾, carJi,oldcato~ . :· a_IgM ~ p~1.me1r~ 1mu~oglobul111a a·w\lfecer . .Os invertebrados Figur~_ 6: 1. lmuno_gl?bul_ina? sãÓ __ gl)COPfOteín_ªs.es \áVfl? efetorai qa:~munid~d~ D~~ ... nã~ apresent~m i'!lunogl~bµlinas; á lampreia_é o primeir~ ser rn,Jraf E'lao preserlles n9 plasma e n,~ superfíClf de /infóc119s B : . _· •• : ·. · :· ·. a-apre~tnt~t ~hul·m·olétü\a :e~tfuturaline1)tê-s-ern~h.inreà•Igt:v"; . . . : ·, :"- .. _:.: __ : .. •.· ·,. : . . : . .. ·.· ·, .·• .. · .: . .-.. . · .... ·. ; .. . . · ' ·.· ·.· ' ' .. . ,: : ·· . ... . ·· . .. • ' Cas'o 1:) • 0Peratói-; Calafrios ~ baço a 3.~rii l?i,0l1.tçao.-~: Poi diagnósü Díscl.tssaq.- E e _no mornento\ ll11crobian_os dá do hQb,1,un• < . . orm. intestina], de~éiic : ril?sc'-e ·· . ,;_ - ··, •. r, 'l'/Cr,iQ éo//é Por cornpJêc~s g_~ </Ue tenha ha,;.;d .• ,_ ·• ºno o trato Ufin;j,-;o . ' n .. ,·corii QJJco diante d· ; · • . · com - - - ~e PUnJ ' Processos infecc1· au.rne t · · . - _ ' . no d,.? baço'é. én1 · /2 se , · - , "'1 'Pse gera/mente , ·d deterrnirJ:,- ·: .... e 1::: A, ~ 11 aumento· a , vesses cas , . - <_Js e necessárf a -Ontra O ao - , r:,el1fe agress 0 í-_ -aso 2· P~ ·. ·' . · «ci -_.~r:nso ·r tdo ·. · ª . . Para Zona rural, há 1 :rn1/ono0 (. · ) - / 0 s,c · A Paciente 0 srnesrno · ' s insetos f/Jas . trne, ªP . ' se ac1ente ªPresentava 1/./rcjo, ,., . d ' . r• · roi 1agnosticad 0 e- >tfuações semelhantes. , llsstfo• A · . Paciente ªPresento ' ªPresent~d? estrófuJo qua u_ de- ter a reação alérgica. a n_inantes ilntigêáicos ou ep ~ :·s .. ? ~l, A _, ,(· (, cpitopo ou Jeterminante "Je é urn carreador e Onde costi :;ue a ~ lenornr:gaUa pode indi o p l'so molecuJar cios alfrgehoJ ; :; ; cai,fi~o iinuhq1Jgi,Q iÍa ~ • -., ,1 - - ~~ e:=::, IMUNOLOGIA DO BÁSICO AO APLICADO pois já tem linfócitos T e B; os peixes apresentam IgM; o sapo dispõe de duas classes, a IgM e a IgG; o coelho possui IgM. IgG e IgA; o ser humano apresenta cinco classes de imunoglobuli- nas:JgM, IgG, lgA. IgE e lgD. rm>MEk~í!ltfiiíibM:1MUN0GtnuI~ m'."Y:tt·k ~ :"i· ~x,:'-, t½ ~ t:].: .. _11'; ,#' .. d ~ S,J. '.•'•.-- ' ' ' ~- !mu mas tarn Figura 6.2. As proteínas séricas migram de forma diferente na e!etroforese, dife- renciando-se em albumina, al-globulina, a2-globulina, ll-globulina e y-globulina . A maior parte das imunoglobulinas está contida na fração y-globulina. A OMS indica a nomenclatura imunoglobulina para as proteínas livres, em vez de gamaglobulina, pois nem só a fração y contém anticorpos, mas também outras frações de globulinas. Indica ainda o termo "anticorpo· para quando essas proteínas se encontrarem unidas a antígenos. Durante o desenvolvimento do sistema imunológico no ser humano e no decorrer de um processo infeccioso, a IgM também é a primeira a aparecer. O feto tem capacidade de síntese de IgM sérica em uma infecção. A_IgM é a primeira im unoglobulina sintetizada no recém-nascido. Diante de um processo infeccioso em qualquer época da vida. a IgM é a pri- meira imunoglobulina a ser produzida. Com o evoluir da idade, a criança passa a sintetizar.a.s de- mais classes de imunoglobulinas e, em condições habituais, al- gumas classes demoram a atingir valores iguais aos de adultos. Crianças de 2 a 3 anos já podem apresentar valores de IgM semelhantes aos de adultos. e a Igi\ sérica e a IgA secretora atingem os padrões de adulto em torno dos 4 anos e dos 7 anos até a puberdade. respectivamente. A IgGJ e a IgG3 alcançam padrões de adulto aos 8 anos, enquanto a IgG2; aos JO _anos e a IgG4, aos 12 anos. · ESTRUTURA BÁSICA DAS IMUNOGLOBULINAS Figura 63. Mooômero é a estrutura tetrapeptídica básica das imunoglobulinas, forma- do por duas Cildeias polipeptídicas leves e duas pesadas, unidas por pontes dissulfídicas. A enzima papaína tem a capacidade de cindir a estrutura tetrapeptídica em três fragmentos: dois Fab (fragmento de li- gação ao antígeno - fragment antigen binding) e um Fc (frag- mento cristalizável - fragment crystalizable). O Fab contém toda a cadeia leve e parte da cadeia pesada, enquanto o restan- te da cadeia pesada está contido no Fc (Figura 6.4 ). • 1 •.,_j[!_:(f(f,-JiJ,1'iill\1: ,'lt'.:Llitl~~;.; li li NH3• ( coo- coo- ' • .-:i Figura 6.4-. A papaína tinde a inÍunoglobulina em dois íragme.ntos fab e um fé;" que são útéi1 no estudo e a~icação dai imunoglobulinas. ·· · - A parte maior das cadeias pes~das e leves apresenta a mes- ma sequência de aminoácidos para cada classé de imunoglo- bulinas, sendo, por isso. denominada região constante ( car- boxiterminal). A região constante permite que cada classe de imunoglobulina exerça determinada atividade biológica. Os extremos das cadeias leves e pesadas são as regiões variáveis (aminoterminais), onde ocorre uma variabilidade da sequên- cia de cerca de 11 O aminoácidos iniciais. Dentro da região variávi:l existem três porções denominadas hipervariáveis, responsávei~ P.ela un!âo a .1)1tígenqs ·espec{fu:o~. À reg~ão v_a- . · riável permite que uma imunogl~buli_na seja específica_ para ·detetmihadó'anugeno: (Figura 6.5), ·· ·. · ··· ·· . ,.. . · . . - · . . - A estruturabásica da imunoglobulina é um monômero, constituído por duas cadeias polipeptídicas leves e duas ca- deias pol ipeptídicas pesadas. As cad~ias leves são referidas pela . letra T_' (light) e as pesad<!s, po_r "H': (heavy}, estaf!dO as quatró .. cádeias polipeptídicas unidas entre si por pontes dissulfídi~as_, Tr.rca:se de nn'!a estalhirâ tetra'pépdíçiqi básica (Figurà 6.S). ···· -- . , -· . ; . ·:· . . . ·... .. . -- :· ' · . ... , . li IMUNOLOGIA DO BÁSICO AO APLICADO pois já tem linfócitos Te B; os peixes apresentam I~; 0 sap~ dispõe de duas classes, a IgM e a IgG; o coelho possui IgM, Ig. 1 d · oglobuh-e IgA; o ser humano apresenta cinco c asses e 1mun nas: IgM, IgG, IgA, IgE e IgD. Lletrofo ., lmtinogl ma~ tamb :. lfnun i . ,. • An~ç~ Figura 6.2 • As proteínas séricas migram de forma diferente na eletroforese dife- renc1ando-s /b · . . ' A . eem a umma, al~globuhna, o2-globulmaJ-globulina ey-globulina a ;aior parte da_s imunoglobulmas está contida na fração y-globulina. A OMS indica omencl~tura imunoglobulma para as proteínas livres em vez de gamaglobulina pois nem soa fração V contém anticorpos, mas também ~urras frações de globulinas' ind1C~ ainda o termo "ant1Corpo· para quando essas proteínas se encontrarem unida; a an tigenes. Durante o desenvolvimento do sistema imunológico no ser h~ano e no decorrer de um processo infeccioso, a JgM lambem é a primeira a aparecer. O feto tem capacidade de síntese de IgM sérica em uma infecção. A IgM é a primeira imunoglobulina sintetizada no recém-nascido. Diante de um processo infeccioso em qualquer época da vida, a IgM é a pri- meira imunoglobulina a ser produzida Com o evoluir da idade, a criança passa a sintetizar.a.s de- mais classes de imunoglobulinas e, em condições habituais, al - gumas classes demoram a atingir valores iguais aos de adultos. Crianças de 2 a 3 anos já podem apresentar valores de IgM semelhantes aos de adultos, e a IgA sérica e a IgA secretora atingem os padrões de adulto em torno dos 4 anos e dos 7 anos até a puberdade, respectivamente. A IgG I e a IgGJ alcançam padrões de adulto aos 8 anos, enquanto a IgG2; aos I0_anos e a IgG4, aos 12 anos. · ESTRUTURA BÁSICA DAS IMUNOGLOBULINAS figura 6J. Mooômero é a estrutura tetrapeptidica básica_das imunoglobuHnas, torma- do por duas cadeias po!ipeptidicas leves e duas pesadas, unidas por pontes d1ssulf1d1cas . A enzima papaína tem a capacidade de cindir a estrunu:a tetrapeptídica em três fragmentos: dois Fab (fragmento de h- gação ao antígeno - fragment antigen binding) e um Fc (frag- mento cristalizável - fragment crystalizable). O Fab contém toda a cadeia leve e parte da cadeia pesada, enquanto o restan- te da cadeia pesada está contido no Fc (Figura 6.4). MDiOlo#1NfflmMi ~ i :1_~ liW ~ cri_ NHJ•---- ----+--------coo- ---'--+----.._--coo- NHJ• F!!Í~ra 6.4. A papaína (i~d_e a imunogl~bulina em dois fragmentos Fab e um F(que sao ute1s no estudo e aphcaçao das 1munoglobulinas. · · · A parte maior das cadeias pes~das e leve~ apresenta a mes- ma_ sequência de aminoácidos para cada classé de imunoglo- buh_nas, ~endo, por isso, denominada região constante (car- box1termmal). A região constante permite que cada classe de imunoglobulina exerça determinada atividade biológica. Os extremos das cadeias leves e pesadas são as regiões variáveis A estrutura básica da imunoglobulina é um monômero, (aminoterminais), onde ocorre uma variabilidade da sequên- constitwdo por duas cadeias polipeptídicas leves e duas ca- eia -~e cerc~ de 11~ aminoácidos iniciais. Dentro da região deias pol ipeptídicas pesadas. As cadeias leves são referidas pela . vanavtl eJC:1stem tres porções denominadas hipervariáveis, letra 'T_' (light) e as pesad~s. po_r "W (heavy), estaf!do as qu~tró. . responsávej~_r.ela un_ião a antígenqs espec(fu:o~. (-. região va -. · · óideias polipeptídicas unidas entre si por pontes dissulfídicas_. _riável permite que uma imunoglobulina seja específica p~ra Traca:se detm'la es~rutúrá ~e~rar.~pdíc;lic")i ~áslc3:_ (_Fi~à-6'.3): ··:~ , ~etetmi~~do=antíg~no:_(Pigura 6~Sj. . · :·_"'., ~ ~ ~Sfl!fu9~t: Ativigade ~ Figura 6.5. A imunoglobu/ina apresenta duas regiões variáveis (aminorermina~) e uma constante (carboxiterminal), as Quais permitem Que cada imunoglobulina sejd específica para determinado antígeno e Que cada dasse de imunoglobulina exerça uma atividade biológica (exemplo: lgG atravessa a placenta). Existe ainda uma parte da cadeia polipeptídica pesada rica em hidroxiprolina: a chamada região da dobradiça. Essa re- gião é importante por conferir elasticidade à molécula, que, de uma forma inicial em "Y': pode assumir a forma de um "T': dependente da necessidade espacial determinada pelo tama- nho do antígeno (Figura 6.6). ~ 8 ~,~ 53 lgG ,.. t " lgM µ - - " O\ll )., E --·r -=- _- -"--•(l lJJ_ )., -t: lgf I E _ _ i-.: __ l{)ll> ___ À IQA a ,e cll'íll )., Os nomes dJs c'4iíci' sdo dad0$ p\'ld~ odeia~ Ptsadas Figura 6.7. O ~r humJno Jl)l\'S('OIJ cinco clJ~ de 1munoglobulina~ cujo nom~ depende da cadeia pesada que comem: lgM, quando a cadela pelclda éµ, ~G. p.ira d y; lgA, para a o; lgf, para a 1; t lgO, para a 6. As CJdelas leves 1Jo de dois 1lpo1: 1 ou À, existindo duas K ou duJs À em urna rnesma 1munocJlobuhn,1 As classes de imunoglobulinas podem, ainda, ser divididlll em subclasses: lgGI , lgG2, lgG3 e lgG4, para lgG; e lgAI e lgA2, para lgA. As diferentes subclasses apresentam diferentes cadeias pesadas (Figura 6.8 ). -ffihtciMYG!iWN ",Ç · · "· .... -- l(~('~ f'il ~-·"' _i.B~!ao.Ba Jl_ o'ID_ ra_a_1ça;;1_ •.·· · . • . \F-~~·;t.-;.":~"\~-;~ '~ ·\~ -~E_/ca·e~Jlqr'W.~(_efln_ a_ii{q. UJ_;: .}_ nl . 1 lgGI 'nêx;pJ1t1:ra)"f"m~1é,fQiã;a~~ / · 1gG2 1gG4 Figura 6.6. A região da dobradiça das cadeias pesadas da imunoglobulina é rica em hidroxiprolina, permitindo que a molécula de imunoglobulin-a adquira formas de-Y-ou , , ;r : .'.\$f~1ff~t©:: 1Gtír:F, ,':},,;, lx.F.fir:;tr~+.,m.: • ~ f ·'f· de 'T: conforme a necessidade dada pelo tamanho do antígeno. CLASSES E SUBCLASSES DE f MUNOGLOBUUNAS lgGJ Figura 6.8. As diferenças estruturais das cadeias pesadas são responsáveis pelas dife- rentes ações das subdasse_s das imunoglobulinas. - As im~n?globulinas séricas das classes IgG, IgA,JgE e IgD sao constJtu1das por um monômero enquanto a IgM , . , fi · • ' . senca e . ormada por cinco monômeros unidos entre si por uma cad~ia Os pohpeptídios das cadeias pesadas têm diferentes se- polipeptídicatambémsintetizadaporplasmo'c·t d - . • · d - , . . 1 os, enomma- quenci~s e ammoac1dos, dando origem a diferentes cadeias, ?ª cadeia J. A IgM encontrada na sup~rfície de linfócitos 8 conhecidas pelas letras:µ (mu), y (gamma), a (alpha), E (epsi- e um monômero, e a maior parte da IgA das secreções é wn lon) e ô (delta) . A sequência de polipeptídios de cadeias leves dímero, formado por dois monômeros (Figura 6.9). resulta nas cadeias: K (kappa) ou À (lambda), existindo sempre As imunoglobulinas sintetizadas distribuem-se por di.fu- duas lC ou duas À em uma imunoglobulina, sem que haja dois são· na circulação sanguínea e por forma ativa p;uu muC\\"4\S tipos de cadeias leves em uma mesma imunoglobulina. (por meio de receptores). Os valores absolutos das dns..~rs de Duas cadeias µ unidas por pontes dissulfídicas a duas ca- imunoglobulinas dependem da idade. Por essa ruzdt\ i impor- deias K ou a duas À dão origem à imunoglobulina M (IgM); tante, ao ob~ervar os val~res individu~is, rnn~ptui• los aos _de duas y e duas K ou À formam a IgG; duas a e duas K ou À, IgA; curvas-padrao ~<: norm'.lhdad~_ p,m1 n tnLxn etar_1t1 ~·m quçstao. . duas E e duas K ou À, IgE; e duas ô unidas a duas K OUÀ, IgD. . Se os v~lore~ dt:.umn cmmçu l\)r_tlJI comparndos ,\srnn•~ de .. 1 -d d ·e · · 1 d · oglobullnas· IgM normalidade ,leadultos, cstan\o erroneamente d1mmwdos resu tan o nas 11erentes casses e 1mun .. ·. ,. ' , .. F' . ,, ·a-, .. .. ·. , ... ·: · ..... .. · · .. , · 1· G · _. · · · · • · • · · )' . , · ·· ·· · · · · · · . ( rgurn o. l 1• · g , lgA., IgE eJgD_{~igura º? _-' '- · · -·· · · __ -: . , ... , -~ --· ~ B!C!!'lf ~ - ~ 54 ;;::::--~ ; IMUNOLOGIA DO BÁSICO AO APLICADO iEN.$'.DWO)g-:. ~ 1 . Gl ~ 6Ó_ % i.70%_ dàJgG total ' g ,, . . \ 62 ___.:_...:..-. 2Ó% a_30% da lgG total \~G3~ 6% dalgG_total · --- ~- -:::::e t1· ··G4: ~~- 4% da lgG tàtàl • '.- , :·9., ,-~ :#:~'...:,._,,,,. , , .·: '' .'· . __, ,;gu,a ,. u. A ,ubcí.sse de lgG que p,ed•"!"' no ~asma i a lgG 1, seguida de lgGl. A lgG3 apresenta menor concentração plasma11ca, e a lgG4 amda menor. CARACTERISTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DAS IMUNOGLOBULINAS Figura 6.9. As imunoglobulinas G, A, E e D séricas são monoméricas. A lgM sérica é formada por cinco monômeros unidos entre si por cadeia polipeptidica J, enquanto a lgM encontrada na supeificie de linfócitos B é um monômero. Figura 6.10. As quantidades das classes de imunoglobulinas dependem da idade, motivo pelo qual é necessária a observação das diferentes curvas-padrão de normali- dade conforme a faixa etária relativamente aos exames da resposta imunológica adap- tativa humoral a serem analisados. As cinco classes de imunoglobulinas são encontradas no plasma em proporções diferentes: IgG é a que existe em maior quantidade, representando cerca de 80% a 90% das imunoglo- bulinas. A seguir, encontram-se 7% a 15% de IgA, 4% a 7% ·de IgM, 1% de IgE e, em quantidades muito menores, como __ o_,0_0~%. IgD (Figura 6.11). A maior proporção de IgG dá-se pela IgGl, com cerca de 60% a 70% do total; IgG2, em 20% a 30%; IgG3, em 6%; e IgG4, em 4% (Figura 6.12). '1$#E&W#&M~Jgffllí@l®N 1 J.9,(~ti;;~lô~~ã.~b~fda~ i~lfQogfo~:u1Jn:á_fl f'A'~ v96' 1s% ·· ,;, ,, ,t: ;r,,, -,~J::~~~:··:4%,:::1%' ;~;f ;0!F~~~-:~w lgE'~J%,. . , ·;, •" ~j -... ,:jjj ',' , ,lgO;-,;,- :, •.;0,00~% . ,.,, €'."í::: -t".r~· ~f, • Figura 6.11. A lgti é a classe dê imuneglobulinas que prevale(e no plasma; seguem- -se _lgM, lgA e lgL ,A maior_parte da lgD nãb está no plasma e sim na superfície de ·, ~irtfócitôs B. -. · · · · • . ·- · · .. . . . ... . ··· ... · . - , --: · Entre as propriedades físico-químicas das imunoglobuli- nas, sabe-se que a IgM tem maior peso molecular (900.000 dal- tons), pois é um pentâmero. Por ter alto peso molecular, a IgM apresenta maior coeficiente de sedimentação (19S). As demais imunoglobulinas séricas são monoméricas, com pesos rnolecÚ- lares variando entre 160.000 e 185.000 dáltons e coeficientes de sedimentação de 7S. A IgA secretora, quase sempre dimérica, tem coeficiente de sedimentação de 11S. As imunoglobulinas monoméricas são bivalentes, ou seja, podem se unir a dois antí- genos específicos; as diméricas (IgA secretora) são tetravalentes e as r~taméricas (~gM) podem ser decavalentes (Figura 6.13 ). 'd un~loglobulina com maior concentração sérica e meia- -VI a mais onga é a IgG 23 di . • que permanece no organismo por 21 a . as ou mais, na dependência do estímulo in. . al A d . 1munoglobulinas permanec . ICl • s emais em intactas no or · tempo: cerca de dois a seis dias Pl , . gamsmo por menos determinado antígeno pod . asmoc1tos comprometidos com em sea-etar IgG cífi tempo, em especial se o estímulo an . • . esp~ ca por muito tigemco for vrral (Figura 6.13 ). Figura 6.13. Entre as propriedades fís!co-químicas das imunoglobulinas, observa-se que a lgM, por ser um pentâmero, aptêsenta maior peso molecular e maior coeficiente de sedimentação; a lgG tem maior meia-vida, dependendo do antígeno promotor; as propriedades físico-químicas das demais classes são sernelh~ntes entre si. DOMf NIOS DAS IMUNOGLOBULINAS · ~ pos.sível ~correr li uniã~ de amii1oá~idos, p~incipal~~e~te ,,tle· éisteín:i~; den,lr~\le\tn~a·";'esrhá êadeia p91ipêpríd)cà, por· , \ . . ' . : . . . . . . :· ~ . . . •, , ·. ·, " '' ... CONCEITO I rnunogfob1 humoral, com fi saro, em 1890, ot soro de animais i antidiftérico rico ausência de antico ções de repetição . mia de Bruton ou d de Bruton). As imunogfobuJ; resposta imunofógic., tersticiaJ, mucosas, ca iendo parte do recep1 são glicoptoteínas con deos e 4% a J 8% de cari /JfF;, ~ ·: · .;----....,:_ ~ 1. 1_. lrnuoo,gfobu!in~s sã~ gljcop 10 presentes no plasma e Íi,1 sup, .. • · ·-· •·. >. j meio de pontes dissulfídic d . levando a · as, ando ongem aos domínios e 1munoglobuJ· ' domínios - . _ ma a estrutura tridimensional. Assim, sao reg1oes globul , fídicas e t , ares ,ormadas por pontes dissul- mension:r~ res1duos de cisteínas, dando a· configuração tridi- as 1munoglobulinas. Os primeiros dom ' · - , d d . imos sao ,onnados pela porção variável a ca eia leve _ r ht (L) d d 1K e pesa a - heavy (H), por isso referi- _os como VL e VH, respectivamente. Já os segundos domínios sao dados p 1 • , • d -d e O In1C10 as porçoes constantes, sendo designa- os como CL e CH l; o terceiro e o quarto domínio são CH2 e C~3'. respecticamente. A lgM e a IgE apresentam quinto dom1mo (CH4). Os domínios VL e VH são pareados, assim como ~1 e CHI (Figura 6.14); Os primeiros domínios, por meio de uma porção hiper- variável que apresentam, reconhecem antígenos, permitindo a un ião da imunoglobulina ao antígeno. Os segundos e o quar- to domínios permitemiigações não covalentes entre as duas cadeias pesadas, tomando-as unidas. O terceiro domínio é responsável pela união da imunoglobulina a Clq, o primeiro componente da via clássica do complemento. O quarto do- mínio apresenta receptor para IgG em placenta, denomina- do receptor Fcy neonatal (RFcyN), que parece também ser responsável por aumento da meia-vida da IgG. O quarto e o quinto domínios apresentam citotropismo para neutrófilos, macrófagos e linfócitos, com receptores específicos em tais células (RFc). A lgE pode se unir a eosinófilos e mastócitos pelo quinto domínio, por meio de receptores para FcE: Os re- ceptores em células podem ser de alta afinidade para a imµno- "lobulina (RFcl) ou de baixa afinidade (RFcll). 0s receptores de baixa afinidade ligam-se menos à imunoglobulin~; mas Domínios: regiões globulares formadas po; pontes dissulfídlcas dando configuraç~o rridimensional às imunoglobulinas ·~ . .-. ... ... ~ . ~ ' ,...,.;;;. . ~i ~ capitulo 6 IMUNOGLOBUJNN, 55~ ~ arentemente têm também uma função de retroalimentação ap . caso de muitos RFcll de células estarem unidos negaliva: no h dim' · · d · d à imunogo ' . 1 bulina parece avcr muiçao a s1ntese essa . 1 bulina (Figura 6. 15). ,munog o Figura 6.15, Os domínios das imunoglobulinas apresentam diferentes funções: os primeiros (VL e VH) são responsáveis pela união a antígenos (por meio da porção hipervariável); 01 segundos (CL e CHl) e o quarto (CH3) domínios unem as cadeias polipeprídicas de forma não covalente; o terceiro domínio (CH2) une-se ao primeiro componente da via clássica do complemento (Clq); leucócitos apresentam recepto- res para o quarto e quinto domínio (Rfc), resultando no tropismo para essas células; o quarto domínio e também o terceiro apresentam receptor em placenta, conhecido corno Rfc neonatal (RFcN). VARIAÇÕES ENTRE AS IMUNOGLOBULINAS As imunoglobulinas podem" apreseotar .variações classifi- cadas em isótipos, alótipos e idiótipos. Os isótipos ou isotipos (isas= mesmo) referem-se à existência das mesmas classes de imunoglobulinas em indivíduos da mesma espécie, ou seja, to- dos os membros de determinada espécie apresentam os mes- mos isótipos ou classes de imunoglobulinas. No ser hun1ano existem os isótipos IgM, IgG, IgA, IgE e IgD. . Os alótipos (alias = outro) indicam que existem múlti- plos alelos gênicos emuma população (polimorfismo gené- Figura 6.14. As cadeias das imunoglobulinas unem-se por pontes dissulfidicas in- . tico) q~e. determi~am pequena_s diferenças na sequência dos tracelulares, resulrando. na formàção de quauo (lgG, lgA·, lg D) ou cin~o .dominios (eftl . atI:1noa~•d~s das 1munoglob~mas. S1_tuam-se dentro da re- · lgM, lgE) A denominaçlio dºs domínios-baseia-se na região variável (V), ·na conslanie .. g•a.? ç9nstai;ite ... ~ fator -re.umatQ1d~ ( uma IgM encontrada em. . (C) e_no ripq de cade_ia leve ::: light _(L) ou pesa~a -: heavy (H) ,_<om O\dem ~umérica : determii:iadas·. família~) .e a herança familiar de lgE (atopias) )eq uenc1a[ Exemplos de um,do,mín10 V!.;_011; \H.2'. O\ doíl)ÍQiô1}LéVH_sãõ ~ãiêãéiôs .. c<>'t'lst*1ç1n'Jx_errip1ós; di: 'aTótip~~--- ·, ' · ·. • . •·:·. . · • . • ·. _.• . . ···. -· . · ... I 3 4· ..... '•" _,,. • ",, •;.4·, 5' · ,'• •4 .. _ ♦ -, ..... • .... 111 ;1~ j tt: Q..: l:Z.::~ ~'-- 56 IMUNOLOGIA DO BÁ51CO AO APLICADO Os idiótipos são as imunoglobulinas individuais, próprias de um indivíduo. As diferenças dão-se nas regiões variáveis e hipervariáveis de cada imunoglobulina. Os idiótipos deter- minam a resposta humoral existente em cada indivíduo (Fi- gura 6.16). Entre as atividades biológicas primárias das imunoglobu- linas, encontram-se a participação na lise por ativar comple- mento (MAC) ou mediar a citotoxicidade celular dependente de anticorpo (ADCÇ). rC>r meio de neutralização, a imunoglo- . bulina pode recobrir a porção deletéria do antígeno, neutrali- zando seu poder antigênico, como ocorre diante de toxinas. A imunoglobulina pode aglutinar bactérias, impossibilitando sua ação. Pode, ainda, unir-se a antígenos, inibindo a penetra- ção em mucosas. Por precipitação, a irnunoglobulina une-se a substâncias solúveis, formando complexos insolúveis, mais rapidamente eliminados. As imunoglobulinas podem revestir patógenos, atuando como opsoninas, e, dessa forma, unirem- -se também aos receptores de fagócitos, facilitando a fagocito- se (opsonização). As imunoglobulinas ativando complemen- .,t ... ~~~'f:i 1,l•!//11!/[s~,,m;Xi)..~[{;,·,, to promovem a quimiotaxia e a degranuJação de mastócitos, como ~ fazem os componentes C3a e, em especial CSa, sendo denommados anafilatoxinas (Figura 6.18 ). figura 6.16. As imunoglobulinas podem se diversificar quanto aos isotipos (classes iguais existentes em cada espécie), alotipos (imunoglobulinas só existentes em alguns indivíduos de uma mesma espécie) e idiotipos (imunoglobulinas próprias de cada in-divíduo). ATIVIDADES BIOLÓGICAS PRIMÁRIAS DAS f MUNOGLOBULJNAS As atividades biológicas das imunoglobulinas podem ser primárias ou secundárias. As primárias são as resultantes biológicas provenientes da união entre antígeno e anticorpo, como a capacidade de promover lise contra o antígeno, por di - ferentes mecanismos. As atividades secundárias resultam das características de cada classe de imunoglobulina, podendo-se citar a capacidade-da IgG em atravessar_ placenta. A porção constante é a principal responsável pelas atividades biológicas secundárias das imunoglobulinas (FigW.íl.2..!ZL . Figura 6.18. Estão descritas as atividades biológicas primárias das imunoglobulinas. ATIVIDADES BIOLÓGICAS DAS CLASSES OE IMUNOGLOBULINAS A lgM é sempre a primeira imunoglobulina a ser sintetiza. da diante de um pwcesso infeccioso, indicando uma infecçao presente. Sua eficácia maior é contra bactérias Gram-nega- tivas. É a melhor imunoglobulina que. ativa a via clássica do complemento, unindo-se a Clq; a união de IgM ao anticorpo, com ativação do complemento e formação de MAC, resulta em lise. É aglutinadora, formando agregados incapazes de ·· ·- ::Cf 1 d d' IU/3/Ó~Õl<• ~ e,nt~é,a ;'?f '' """''"' muco"', fmp<dindo, penet,ação d, mkm,gru,J,. Pr(márl~S, . /SU t1 ?~ -ª 5 1 · · ,.;; •i ·("-'·r·~o"s' e· 'm· lgG'l·)·. ;_: mos. A IgM neutraliza toxinas, atuando diretamente nelas ou f · •1· ·. r · ,ns antip'o issaca,,~eos. con 111: , ,. -~~po ª",'"% . . , , "'~"' ."; . ', ~, p0<mocanismod,<1,ream,nto(Figura •f9J. ~'!l!.!'"!~1-!PWílfl>{a'.; ".'',{;,t , · •. ' , ->, { A W, tom moia-~d, long,, podondo ainda = , into,J. liàmilán~ e Atlvtdád,,,,,,;,/1"!, rada(lmeous,ubdasit ""' po, linfócito, B d, momó,ia r um, im~oglobulin, E . .;, I · '. lgG,trav,isa plarej~,lgA fa? defesa em ffiU[P>l,',, d, m,mó,ia, ~tá p,=,k m~mo n, '"'' nct, d, inf«ção xemp o, , . . ", , .,. d , - , . " ti . . b , . · · ' . ' ,, . . ·. . . . . atual, iodia, o iou><ç,o F'~"-< < <><ato 'ºQtc• -~"''" ;' ·gu:, 6 17 As atividades .primárias das4munog_lobulmas result~m do efe,(o d,reto en.ca·p· ·•uladas revestindo ·tais bactérias e facilitando a fagoci- . ... • • · . · • · ·d d dáras sao caractensticas a " ' ooni,aoo apóia o_oi~ ao '"-"'''.'. k_ •:• ª ,S ".'"" .,,'. : .. ,. . · . ·,.,,-( opsot,;~ção). A lgGt ,-,, JgG3 "''"""':' vi,· dás,J" do , 'Cad,dam1'e im~oglal'"'m>" ; . . . · . · '·· ·. • , · · . ·, · · · · · · ·, · · · : ' ' . . . .~ ,: . . . . . ·- s a ª' çê m. de res1 ters 2<:n, são leos· 1 / _/ f complemento en quena escala • !quanto a lgG2 rea) · e a gG4 • iza essa . crorganismo. nao o faz. 1: 1 . ativação crn "'"· s entre s · ai , ag utinad ,,, certos antígenos I, em ser bloquead ora, unindo mi- l • como p, ... : ora ao · e es penetrern n .. - uculas de a' r,- . Ottundar as muc · -vs, imn-1,_d tamente ou p 1 °sas. Neutraliza t . r-\llll o que maiores quan~i~ c ;reamento. A IgG atra::as, atuando d~ mucosas, rneca a es no terceiro trimestre da a plac~1a (em rec , n1smo que ocorre d f, e gestaçao) e as . eptor l·c neonata] (RF N e orrna ativa, por mcio de nato tem IgG recebida dcy ). DeV1do a essa atividade o neo - a mãe e d • · no ~ordao são iguais aos da mâ • quan o de termo, os níveis meio de neutrófilos , . e. A lgG permite a ADCC por tas células possuem • monoc1tos/macrófagos e células NK (es- A lgG2 receptores Fcy) (Figura 6.20). tem maior capacid d d . polissacarídeos e I ª e e reagir com antígenos , nquanto gGI I GJ nos oroteicos solu' ve· . e g atuam contra antíge- ' · 1s ou virais u d contra b-ict, · · ma parte e lgG2 tem ação Str t . ' . e nas encapsuladas ( cápsula polissacarídica), como . ep uwtcu~ p 11eumoniae e Haemophilus inrjluenzae. Esses an- ticornos an ti I" 'd . . ,.. . po issacan eos, ao revestirem tais bactérias fa. ~ li tam a tat1ocito_se (opsonização), atuando como opson{nas. 1 °1 la! motivo, diante de pneumonias de repetição, é impor- 1. Pri 2. Efi 3. Ati 4. Agi 5. Ne Figura 6.19. Estão descritas as atividades biológicas da classe lgM. A presença de lgM se11Ca 1nd1cJ infecção atual (no momento de coleta). -1. lmunoglobulina de memória (infec5ão pas~ad~f · 2. Eficaz conti:a bactéria~ enppsulaâas (opsonização) ·. 3. Ativa cÔmplemento (lgGl ~ lg(i3) , · -4_ :Àgll!tinad~ra: e bloquea<tora · . · . 5. Neutraliz~ toxinas · . · . . • 6. Atravessa'piâcenti(presénte riõ,recém-nasciqo) , 7 Pemíite citotoxiádade de1iindevºrr de antiCO[IJO (AD(() . ' . , Jmunoglob 'Atrave.ssa a piaé Opsonização_de bactérias encapsulaa~s capitulo 6 IMlNOQ.~ 57 lanteª pesquisa de anticorpos antipolluucand,os subclasse lgG2 (Figura 6.21 ). • cor1114lo. ~. Aliõ é a d asse de imunoglobullnas mpon:i.lvcl pd d de mucosas, existindo em grandes quantidades em ª du,1 mucosas ( digestivas. brônquiras. genlturinárlas) ~ .~°:. 6a,L · d , . · " ~crctoKQ. ain a. por plasmOC1tos de glândulas cxócrinas. ap;irtc d · I' I ' · · t en °"" sa 1va, agnma e ll'lte matemo. eficaz na defesa cont"' b~c,, . nas, e_nter'Oví.rus (em especial virus da poliomielite) e Glard, 11 lambl,a. Atua diretamente em pili bacteriano, seja globul11r ou filamentoso. !:. aglutinadora e neutraliza toxinas. A lgA une-se a antígenos ea fagócitos, favorecendo a fagocitose (opsonl?íl- ção). Por meio desses mecanismos, Impede a pcnclr.lção de alérgenos através das mucosas (Figura 6.22). eosf "humana Figura 6.21. Anticorpos antipolissacarídeos estão contidos na subdasse lgG2 e Ião responsáveis pela defesa contra bactérias com cápsula lipopolissacarídica. 5trrprococwi pneumoniare·Haemaphilui inffuenzae são bactérias encapsuladas e os agentes etioló- gicos mais frequentes de pneumonias, sendo necessários anticorpos antipolissacarídeos para a defesa imunológica contra tais bactérias. Em caso de pneumonias de repetição, é necessária à lembrança de possível deficiência desses anticorpos e, nessa deficiência, a prevenção de pneumonias é feita com reposição de imunoglabulina.humana. 1. 'Principalirnunoglobulina das mucosas (se<~ões) 2. Eficaz contra bactérias, enterovírus, Giardia lamblia . 3. · Aglutinadora ' ' 4. Neµtraliza toxinas 5. Opsonização 6. Impede a penetração de alérgenos ·Figura 6.:ZO, rstão descrita_s as atividades bio'.ógica_s da cl~s~e_lgG A lgG é uma_ : -•~)!$- .- . . . . imunoglobulina considerad_a de memóna (mfecçao previa) e-e a unica que a_travessa . · • . · . . . · : . . . . AI A é a ntKip.il il pldcentá dando a defesa ao neonato; é importante na defesa contra bacteuas en- Figura 6.22. Estaodesc11t.11 as a11v1dades ~1olog1c~s õo_isollJ!O_lgrl. _ ~ 1 , • l~g 'nl.l} • . 1 d·-· . . • . . ... . . . . . ·,.,. . ' .... . . ·.. . .. . : ~. , .. ir1wno.9lobÚ!iria'ae deresarni mufol.is, c_ontida ílcl'i d1Rtell_te5 Sl'(l~ oe~_1;.ell~. . n_ . : . capsu a as. __ , . ._. . . . . . .~ • .· . . · ... , .· · · ·. . , ; " i 1 ;r 1 i • ~ . f:f:· . ,.·: ~ - i e e=;'' m-: r: 58 IMUNOLOGIA DO BÁSICO AO APLICADO ~ , h 1 · tos· linfóci-A .!gf é importante na defesa contra e mm ·. . d h. , d JgE por plasmoc1tos. A tos Th2 são aciona os e a smtese e . b lgE une-se, então, à superficie de he_lmint~s.por meio de Fa e a eosinófilos por meio de FcE, pms eosmofilos apresentam receptores de alta afinidade para FCE (Fa;RI), resul.tando na ADCC contra helmintos. Os eosinófilos liberam granulos de proteases, resultando na degradação direta de helrnintos que vivem na luz intestinal. A lgE participa, ainda, das alergias lgE-mediadas, unindo-se por Fab de alérgenos e a Fa; de mas- tócitos (FCER!), com degranulação dessas células (Figura 6.23). A principal atividade biológica da .!gQ baseia-se no fato de que quase toda lgD se encontra unida à superficie de linfóci- tos B, e, quando assim presente, o linfócito B torna-se madu- ro. Dessa forma, a lgD é importante na regulação da resposta imunológica humoral, promovendo a diferenciação final de linfócitos B. Sua atividade como anticorpo é mais restrita, sen- do, entréil[anto, importante pelo efeito clínico que determina, atuando contra antígenos nucleares, tireoidianos, proteínas do leite, insulina e penicilina (Figura 6.24). figura 6.23. As prtncipais atividades biológicas da classe lgf ocorrem após a união de lgf a helminros, por meio de Fabda lgf, e a eosinófilos, por meio de Fc da lgE, ou, de forma análoga, a ácaros e a mastócitos. Aµmentos de produção de lgE específica podem ser observados em helmintíases (lgE específica contra o helminro) e em alergias (lgE específica contra o alérgeno) . DIMERIZAÇÃO DA lgA A IgA monomérica é sintetii.ada por plasmócitos diante de um estímulo específico e se encontra principalmente no plasma. A medida que é necessária, é transformada em IgA dimérica, pelo fenômeno conhecido por dimerii.ação. Plas- mócitos sintetizam monômeros de IgA, especialmente IgA2, que é mais resistente às proteases; produzem também a cadeia polipeptídica "J''. Os dois monômeros de IgA e a cadeia J são captados por receptores das células epiteliais da mucosa, pro- dutoras de uma glicoprotdna denominada componente secre- tor (Figura 6.25). Assim, o dímero formado inicialmente é instável diante de enzimas. Esse dímero, ao atravessar a célula epitelial em di- reção ao lúmen dos sistemas digestivo, respiratório e genitu- rinário, recebendo o componente secretor, que envolve tridi - mensionalmente o dímero IgA, torna-se resistente a enzimas. A I~ secretora é principalmente dimérica e passa para a luz dos ~versos sistemas, exercendo aí importante defesa imuno- lógica (Figura 6.26). d A_dimerização da IgA não ocorre ao acaso, e sim quan- ~ CXJsaltem antígenos no lúmen dos sistemas. Acredita-se que CXJsta gum mec · . . amsmo, provavelmente pelo próprio antí e-~~ que ~n":e informação para o linfócito B, promovendo :ua • erenc1açao em plasmócito, com posterior dimeriza -çao. -(1tlJ2-1~1, · -rD---tr .. ii.-ft"~ªª··1. . (l:due! __ s. Figura 6.25. Para a dimerização da lgA, há síntese de lgA sérica e de cadeia po/i- peptídica J pelo plasmócito, assim como de componente secretor pela célula epitelial da mucosa. ~ "" ,' l Componente fgA "\ r.- V~"' U\. •Jl.fjJClllllt'~ . 1 ' . . f 4 ' .... , · ' 1 'l'f'I o d ,·. · • . ,. . . secretor . 1 -<t1~,1 ... J._..,-.~'.e, g esuper1c1e , lgAmonornenca . Cade1aJ 1 • • .., • . · • -:--·~- '"" : . · .' • . . · · 911 ioonQroenca . . . . . . . . · •' . : . Pigurét6.26:A maiorJJdrte da lgA swetora é um di1iiero fo1madopo1 dois monómeros · f ig_ura ~-~4. E1tão ~fSHi\as ~\ atividad~~-b-~lógieqs_d~ i\O_tip_o_ ~D A .~D.~~ de!er!llin?r • . ?e. lgA> u~i~s_ por cadeia_J; a mo!écu/a é_rntrl'iaçada pelo conwonenre~ecretur." que dá _ a maturaÇão de Íinfódtos B, ejtá r11acionaqa) iequláção dá reiposta_ ád1ptaUva húmO{al. ·· ·. rna~1/io!d~ J 1~u,1~gl~buhna .dim11~ de ~nzimasp1oteoht1Cos P.t~é_ni"es has ~il'çói-~ · .. ·- ': .:· ·- .-:~-- :.:.: . . ·, .-. . ·. ··- . . '· .. : .. . _. ·. . .. .. . · . . . . .. . . ·.· .. ·.. . .. ·' :· • . . . . . . · .: , . ... MUDANÇA D 1Mur,,oGLoaM~se DAs A mudança (sw ·tch outras irnuno J , ) de classe de c~ntra.r a class! obuJinas é decorrent}~M ou de subcJasse para logicas necessár?u a subclasse que apre e uma tentativa de en. 1 º - C ras para defesa cont sente as atiVidades bio- oo era ão de T . ~ aquele antígeno. linfóc· B ªYX.rliar ara B ito sem o ªUXíl' , uma vez que cooperação de T ªUXi.li: de T só sintetiza IgM. A ferenciado (pias ó . Para B faz com que B di- m cito) de· d . passe a sintetizar IgG IXe e prodUZJr lgM e de moléculas de adesãoº~~gA ou IgE, na presença (Figura 6.27). 4oL em Te CD40 em B 2º - Para a mudan d 1 tes tipos de T ça -~ c asse, são necessários diferen- to . aux1 iares (Th), com 12[odução de ci- c_mas. Th pode diferenciar-se em ThJ sintetizad de int~rferon-gama (IFN-y), e a cooperação perm~~ te a d1ferenc!ação final em plasmócitos produtores de IgG. A diferenciação para Th2 com síntese de IL-4 e IL-13 resulta na mudança de dasse para IgE. Th2, ao sintetizar IL-5, IL-10 e Th3 produtor de fa. tor beta transformador do crescimento de colônias (TGF-f3), promove a diferenciação em plasmócitos produtores de IgA (Figura 6.28). 3° - Após a cooperação de T auxiliar por meio de citoci- nas, ocorre a mudança de classe dentro do linfócito B com a troca da rçgião constante da imunoglobu- lina, pois a cadeia pesada dará outra d .. ,.~, com ou- tra atividade biológica. A mudança de classe ocorre após B ter contato com o antígeno, ou seja, depois de B apresentar comprometimento antigênico, per- manecendo a região variável específica para aquele antígeno (Figura 6.29). capftu10 6 IM~OGLOBU..JNAS 59 IJfüC o\-j@NnGLOBULIN6' . Para a muôança de drue ~ii'i:<&lna a cooperatao de lipoíde T ~uxiliar'es p~uto,es ~ diferentes dtocinas - ~ ~{ij-~ •~ Figura 6.28. Na mudança de classe da lmunoglobulina, T auxiliar em repouso pode diferenciar-se em Ih 1 ou Th2 ou fh3, produtores de diferenr rs ci1ocinas, corno lfN-y e TGf-~. Figura 6.29. Na mudança de classe, oque muda é a região constante, pois é a cadeia pe- . sada da região constante que determina a classe e dá a atividade biológica. A região variável é específica para o antígeno que deve ser combatido, permanecendo a mesma com a inu- · dança de classe, pois já houve comprometimento imunológico do linfócito B com o antígeno Mudança de classe A mudança de dasse ocorre em órgãos linfoides periferi- cos, predominantemente em centros germinativos, por me- canismo especializado de recombinação de DNA em porçõ<'s gênicas denominadas "regiões de troca''. Figura 6.27. Na mudança de classe (swilch) da imunoglobulina, o plasmócito deixa MATURAÇÃO DE AFINIDADE DAS de sintetizar /g_M (sempre a primeira a ser si~tetizada) Pª!ª produzir ou1ra classe de I_MUNOGLOBULINAS · imunoglobulina: lgG ou lgE ó~ lgA, com diferenles ativid~àes biológic~s! sendo neces- . · sário que B receba_~ coopera)ao d~ T aux1l~a_r, ~om interaçaq e~tr~ molec_ula1 de a~es~9.. . . __ Entre as características importantes das imunoglobuli• éQ4ÓL/CD40 (alem de oúíràs_éstudad~~ º.9?~ír~1~·_11.:-·Ap_reseota~?-~~tigên~~)-: ·-: _11as, ~·ncontfo-se_a-. .iispec'ificiê;l~de, ~ue .é po·ssívélJjela gra1ide , - . .· .. . . . .·: .. . . . . . \ . , . . ; . . . . . . . . .- , ·. ··' . . 60 IMUNOLOGIA DO BÁSICO AO APLICADO diversidade dessas proteínas. Plasmócitos sintetizam imu- noglobulinas específicas para determinado antígeno, que inicialmente foi endocitado com duas IgM de superfície por linfócito B. Cada linfócito é predeterminado a uma diferen- ciação final, visando ao antígeno em questão. A diversidade das imunoglobulinas é dada pela recombinação de segmen- tos gênicos V e J. que codificam as cadeias leves e V, D, J, responsáveis pela codificação das cadeias pesadas. Além da recombinação desses segmentos gênicos, há grande diver- ~idag~ nª região aminoterminaLe na rei:•ião da dobradiça -- - -- outorgando, ao final, uma diversidade extrema às imunoglo- bulinas. Assim, um adulto apresenta cerca de 107 a 109 molé- culas de diferentes imunoglobulin~ • Os linfócitos B diferenciados, na presença de antígenos nos centros germinativos de órgãos linfoides periféricos, sofrem mutações aleatórias dos genes codificadores de an- ticorpos (hipermutações somáticas), passando a sfntetizar anticorpos com maior afinidade. Esse fato vai se repetindo sucessivamente após os contatos com o antígeno que indu- ziu tal mutação. O resultado é a formação de plasmócitos produtores de imunoglobulinas que apresentam cada vez maior afinidade. Tal processo· é conhecido como "maturação da afinidade" e permite melhor defesa humoral contra deter- minado antígeno. Após tais mutações sucessivas, prevalecem os linfócitos B de memória produtores de imunoglobulinas de maior afinida- de. O fenômeno estende-se a todas as classes de imunoglobu- linas (Figura 6.30). ANTICORPOS MONOCLONAIS Habitualmente, diante de um antígeno são produzidos an- ticorpos com diferenças entre si, oriundos de diferentes clones de células B. Fala-se em anticorpos monoclonais para aqueles iguais entre si e originários de um único clone de linfócitos B (Figura 6.31). Para a obtenção de anticorpos monoclonais, geralmente são sensibilizados camundongos com o antígeno para o qual se deseja uma resposta imunológica. É então retirado o baço desses animais, porque as células B esplênicas são grandes pro- dutoras de imunoglobulinas. Sequencialmente, são acrescen- tadas células humanas de mieloma múltiplo, que têm como característica pertencerem a uma linhagem celular de prolife- ração contínua. '~~\-{', 1;r, rn-(f.'íliif%º lil~\!;~t~J; ' ' ,l_,,_,~J.í\r_;{ ij~ . figura 6.31 . Anticorpos monoclonais são originários de um único clone de células B diferenciadas ~m plasmócitos. Na presença de licol . . !::)oi~~!doos ce~ular!s (lin~;~;;~~;n;~ ~: ... fusãdo dos genomas • ""' ongem a .1 , .... ,un ong d As células e · uma ce ula híbrida . 0 e e mie- m excesso de miei _ 'munna e hum· • .cultura contendo 1· . orna sao destruídas ana. ipoxantma A 'I em mei d seguida, .várias diluições par . ~ ce ~las híbridas sofrem o 6---- ~s,s~ célula híbrida única é tr;a~at::ao ~e uma única céiu~: m1c10, após alguns dias , , me10s de cultura d d . . , a smtese de r , an o onundos desse único clone celul : ic_orpos monoclonais A utiliza~ão de anticorpos ~ pro ~z1do. ·d •fi - onoc onais d 1 ent1 caçao de antígenos sol•\ve· d , po e ser para T ·co ., IS e e celulas (an ·e . . . '. anti 19. 20 ou _21 para 8 ' outro,). São ót<iso " 03_ ~"' Figura 6JO. No ~ocesso de mawtaro da afimdade, llnfótftos B dlfeten"dos so- çao d, ,ebpopul,ço" d, llofóclto, , d, 1, . . ',d,otohra- frem mutações sute5'vas~ue dãoorigem a pfasmóeiros ptOOu~es de 1•unoglobO, ".' d<te,ção d,_•~"!'"°' lro,o<itá<lo, h u<o«tru anómalo,, na, queapio,nlam cada "1 maklt>fiOdadeaoaotlgeno O, hnfóeitO• Bde memória hon1'õoio,, d> ,ntíg,ooO "ia<iooad.oi , iu=••ru (HLA), d, . . qÍlf f)(<lalecem são ~ p,od u_~s d_e l~':".'9!ol>Jlf_np de mal~ afin•;de, res_ulta~do . /' leu«m ;., , l lofoma,, , ~. ;d;o ufi,.,ça~ ';;;°;,"': ·•~ '""'"" . · em melhor ,,resa•»""'ªI ,011,, oanng,,.o mdcW< da m,_,~., · .-. .- . _-, ,.,,,;u,: · · · "'· · ···· · • · . ·· . . . . .: : ..... ~~''.'"· •uu, . . . . . . ' . . .... . . . . .. ' ... . ·.. ·. •· .. . .. . . . . .. . . . . . "· , ~ il Figura _6.32. A fusão de linfá<itos B . - com ilnfocitos B de uma linhagem produtores dos anticorpos que se deseja obter um plasmócito híbrido que sinteti~ue prolifera rnntmuamente (como mieloma) forma ' apenas um tipo de anticorpo_ Exis~em cada vez mais tratamentos com anticorpos mo- noclonais para diferentes doenças, como leuc~mia linfocíti- c~ aguda e crônica, leucemia mielocítica aguda, linfomas de celulas B e 1: alguns tumores sólidos, rejeição imunológica a transplantes, doença do enxerto versus hospedeiro e doenças reumatológicas, Os imunobiológicos (derivados de materiais vivos) antiCD3 podem ser úteis na rejeição celular de trans- p lantes e os antiCD20, em linfomas de células B. São promis- sores os tratamentos com anticorpos monoclonais, .. . . . . . :. - ~~ . . .. . : . capítulo 6 IMUNOGLOBULINAS sã To~ci_dade e efeitos colaterais dos anticornos monodonais 0 pnnapalmente devidos ao componente murino: mal-es- tar, f~, náuseas, vômitos, diarreia, urticária, broncoespas- mo, hipotensão e analilaxia. Quanto menor a fração murina, menor será a reação desse anticorpo ao ser humano. Há uma padronização para os anticorpos monoclonais. utilizando-se diferentes sufixos, conforme a origem: ximabe para monodonais quiméricos; zumabe para os de origem mu- rina/humana; e humabe para os provenientes só de humanos (Figura 6.33), Figura 6.33. Os anticorpos monoclonais têm aplicabilidade atual e com futuro pro- missor_ Há padronização dos sufixos utilizados na denominação de anticorpos mono- clonais, de acordo com a origem de tais anticorpos. ANTÍGENOS ,· CONCEITO Antígenos são substâncias capazes de promover uma res- posta imunológica. Em condições habituais, o organismo re• conhece uma substância estranha e promove a defesa imuno- lógica. Inicialmente os antígenos são combatidos pela resposta in ata, por meio da barreira físico-química, afluxo de neutró- fi.lo 0, monócitos, eosinófilos, síntese de citocinas da resposta inata, podendo haver ativação do complemento. Sequencial- mente, é acionada a resposta adaptativa humoral (com o re- . pertório de anticorpos) e a adaptativa celular (com diferentes receptores de linfócitos T), e a produção de suas citocinas. Na grande maioria dos casos, os antígenos são substâncias realmente estranhas ao organismo (non-selj), como patógenos,. havendo defesa benéfica ·ao organismo. As vezes, essas sub,s- tâncias pertencem ao próprio organismo (self), mas ? sistema imunológico entende-ascomo estranhas, provot:ando uma resposta imunológica. · ~ nológica, sendo necessária sua união com outras substâncias para que possa haver defesa. Haptenos conseguem apenas in- teragir com os produtos da resposta imunológica, previamente formados. Quando haptenos unem-se a proteínas, denomina- das carreadoras, formam-se antígenos completos ou imunó- genos. Há, então, ativação da resposta imunológica, podendo haver formação de anticorpos contra o complexo hapteno/ carreador, contra o hapteno ou contr~ o carreador. Adjuvantes são substâncias que, qµando unidas a antíge- _nos, aumentam seu poder antigênico, fazendo com que ele permaneça ha circulação porum período maior, assim inten- sificando a resposta imunológica. Os adjuvantes são muito • utilizados na composição de vacinas, sendo o hidróxido de alumínio ou alúmen muito utilizado, como nas vacinas con-. tra difteria/pertussis/tétano, hepatite; Haemophilus influen- zae e Streptococcus pneumoriiae. O hidróxido de alumínio não · é o adjuvante ideal, pois pode causar reações adversas como alergias, além· de poder, por si só, determinar uma resposta imunológica. Os adjuvantes são importantes nas vacinas, uma vez que, na sua ausência, o antígeno vacinai pode ser ~ rapidamente destruído, resultando em menor resposta e bai- 0 EN O MI NAÇOES xa memória imunológica. Encontram-se em experiment.1\-ÜO b t• ·as estrà- outros adjuvantes. Algumas vacinas contêm substànch1s qu< , • d · - s são utilizadas para su s anci . • • . · Vanas enommaçoe . , atuam como adJ·uvantes, como a vacina anttrr.1b1rn. ant,po· . . I ' . Antígenos ou imunogenos ou .- . . . nhas ao sistema ununo ogico. d liomielite contra sarampo c.Lxumba e rubfola; sno J,tos .iJ- , nos com12letos são substâncias capazes e promover a . .' • ant1ge . , . . . das ubstâncias e:icógenas ao .J_uvantes mtrín~ecos. . . . . . . . . . . . . \, -a • ~ ~ ' m: e ~ a a .n 15: o- A de fe- ios ;sas soa ude .na), : em :.rroo m li· e tais imU· .idade idas a 1, sendo .:brados ,eiro ser resposta 1munologica: A ma~ona J; • • •• Alér~enos .são aritíg.enos lllll!·prQmov.etn r~spo~a ll11lll10:- . . . · . . organismo é .de imunogenos. · · . · 1 · · · ·ndo a Iógfca exacerbada, origin,111cl.o rellções ele hipersensibiliJad~ · .. _ ~ • . . , 1 h t . ou antígenos mcomp etôs qua .. . . . . .· .,.. . . . • . . _. ·•. . . . . .-. . ·-· .. . . .. .. . . .. . .. . . Fa a-se e~ ª? ~~-os . ,. . . .. -. · · ··· ·osta imu: ou aÍergias 0·.1gm,, 7. \). .. . . reà•liM· . substári-éia.por si s~ _não conse8:le _pro1;-1o~e_~.ª res~ . :·· . ,,_ .. . ,. ,. .. . . : . . ·,:- . . ·•'- .· . ·. . . ... .. . ·· . , .•• '·• . ,.··1 · .- .- .. - 1 j J ( ~ J 4 \ ia) mrsr- . ~ ~ ~ Br,-;; ·-- 66 ·~':~:. ' IMUNOLOGIA DO BÁSICO AO APLICADO Figura 7.1. Conceito de antígenos e diferentes denominações utilizadas. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTÍGENOS ?~ an_tígenos podem ser classificados quanto à origem, à espe;1e e a natureza química. Fala-se em antígenos endógenos e exogenos conforme sua origem seja própria ou não própria ao organismo. A resposta imunológica contra um antíge- no exógeno é benéfica ao organismo, desde que não ocorra de fonna exacerbada, como em alergias. A resposta imune a antígenos endógenos é benéfica quando ocorre contra células anômalas, como neoplásicas. Entretanto, a resposta a antíge- nos endógenos poJt ser dcletéria, como é o caso de respos- ta imunológica contra o DNA próprio do indivíduo, que, ao deixar de ser reconhecido como próprio, resulta em doença autoimune. Quanto à espécie, os antígenos podem ser classificados em xenoantígenos, aloantígenos e autoantígenos. Os xenoantíge- n.os são antígenos comuns a determinada espécie animal, es- tando presentes em todos os membros daquela espécie, como os xenoantígenos humanos. Fala-se em aloantígenos para antígenos presentes em alguns membros da espécie, como os aJ~antígenos dos grupos sanguíneos é os de um doador não HLA relacionado ao receptor do transplante. Os autoantí• .. genos sã~- substâncias próprias do organismo, consideradas estranhas pelo sistema imune, podendo ocasionar doenças autoimunes. Quanto à natureza química, existem antígenos proteicos polissacarídeos lipídios e complexos químicos. As proteí- nas são, em sua maioria, imunógenos, geralmente com alto poder antigênico; os ácidos nucleicos quase sempre atuam como haptenos, como no lúpus eritematoso sistêmico. Os polissacarídeos podem ser imunógenos, haptenos ou não ter ~!:i'!fi: !,'. 1 \! .~i~' r:ttíltKmtr: . ló externo) ó ~~fri4,?r~]Íis.gi o) -~ '' ,, ,;x~rioantrOenOs (próprios da espéci~) . . .. • :, Afoaritígenós (plóprios dt?alg~os membros da espécie)_ -~ · Autoântfgenos (próprios do indivíduo) .,,, __ ' .. , , , l(~ • ,PrOtéínãs ím.ai.OUª ~ it_l)unógena) ;ácarídeos·,i· "' ,, os) Figura 7.2 . Classificação dos antígenos quanto à origem, à espécie e à natureza. Os antígenos são complexos químicos ou proteínas, em sua maioria. Alguns haptenos im- portantes são proteínas, como no lúpus eritematoso sistêmico. ESTRUTURA DOS ANTÍGENOS Considerando-se o peso molecular, antígenos acima de l 00 kDa (100.000 dáltons) têm alta capacidade antigênica, fazendo exceção aos cálculos renais, que, apesar do alto peso molecu- lar, não determinam respostas imunológicas importantes, por razões não bem esclarecidas. Complexos com peso acima de 1 O kDa em geral atuam como antígenos. A maior parte dos alérgenos tem peso molecular entre 5 e 70 kDa. Substâncias com menos do que 4 kDa quase nunca têm ação antigênica (Figura 7.3). iiiiwl1Utt§8J ~~ •. ;7"~c-=Ec~=-· _..,,.., .. fo·1( ~o~~ôRMhçíip ANTIGÉNICA alêrgenos íg~rfQS :Sõesfiatvraç~o-' pÜde dei~ãr,d,~. ser imuiíógeno ,-~Alràfo rgas elétrícas· afastam células de defesa _ação_ antigênica. Os lipídios quase nunca são imunógenos, Figura 7.3. os antígenos apresentam diferentes pesos moleculares e conlorma_ções. • podendo às vezes ser hapte!)OS. Qs complexos quírn_ico~ são A maiorJa dos _anttgepos apresenta peso molec4tar aoma d~ 5 kl)a A conformaçao d~ _ . imunógenos, determinando alto nível de resposta ·imunoló- um antígeno é modificada conforme haja desnaturaçJo ou altas car_gas eletncas em . • •gica,fFigura 7)f: · · . • ' · -.· -· . ·. •, .. , ~ua m~écula_.· · · ·.- · '· •·· · ·· · · ' · · . . . ... . : :. · · : .. .. · .. · ... -~ · 1 1 Os antígenos diferenciam-se . d . • . A 'ain a quant , capítulo 7 ANTIGENOS 67 ant1gemca. ssim, algumas s b • . ' o a confonna - • u stanc1as q d çao tem seu poder antigênico alt d • uan o desnaturadas sim, por Via epitelial, subcutânea e intradérmica, os antfgenos s~o levados para os linfonodos mais próximos de sua penetra- çao, através dos capilares linfáticos e vasos linfáticos aferentes. Há proliferação de linfócitos nesse órgão linfoide secundário, resultando ~m adenomegalia regional, na proximidade ~a in- vasão antigénica. Quando os antígenos penetram por ~a en- dovenosa ou intraperitoneal, são encaminhados pela ci~cula- ção sanguínea e linfática para o baço. O encontro do anugeno com linfócitos leva à proliferação dessas células no baço, com esplenomegalia muitas vezes dependente da intensidade de A , era ºParam · • s protemas apresentam um d - ais ou para meno · á . a or enaçao • s. ammo c1dos. Qualquer altera ão d na sequencia de seus guração globular da proteína lç , e;a sequência ou da conti- resultar após exposição ao caleva ~ esn~turação, a qual pode d · - d or as rad - a içao e ácido ou base ou ' - iaçoes ultraVioleta, à a1 , ' por açao mecân. E sos, os ergenos, quando d ica. m vários ca- antigênico. esnaturados, perdem o seu poder Altas cargas elétricas tamb , d d d em etennin • e e uma substância. Na maio . d ama antrgenicida- cas, positivas ou negativas af. ~a os casos, altas cargas elétri- defesa imunológica alte ' d as am os antígenos das células de , ran o o poder antigénico (Figura 7.3). EPÍTOPO ou DETERMINANTE ANTIGÊNICO . Epítopo ou epítope ou determinante antigénico é a parte ativa da molécula do antígeno, ou seja, a parte da molécula ~ue prom_ove a resposta imunológica. A maioria de epítopos e constitu1da por grupamentos de aminoácidos (Figura 7.4). . . . · mias persistentes resposta imunológica. Bacteremias ou Vire . determinam esplenomegalia, sendo esta indicativa de uma in- fecção mais intensa (Figura 7.6). , Figura 7.5. O número de epítopos existentes em um antígeno é variável e sua locali- záção depende da configuração do antígeno. Figura 7.4. Epíropo, parte ativa da molécula daJotígeno em relação ao sis tema imu- nológ,rn, geralmenre é constituído por grupamentos de aminoácidos. Um mesmo antígeno pode conter mais c,lo que um deter- minante antigêrúco. Nos antígenos lineares, os determinantes . · antigênicos geralmente situam-se nas extremidades, o que fa- cilita a união a produtos da resposta imunológica. Em antí- genos tridimensionais, epítopos preci~am esta~ na superfície ex·terna para que possam atuar como tais. Os ep1topos, quando localizados nas porções internas, não têm contato com o sis- tema imunológico, só provocando uma resposta imunológica quando exteriorizados (Figu_~ª 7.5). Figura 7.6. órgãos atingidos confor~e a via de administração: os antígenos quepe- netram por vias epitelial, subcutânea e intradérmica atingem linfonodos, enquanto os administrados por via endovenosa ou intraperitonialmenle atingem o baço. REATIVIDADE CRUZADA VIAS DE PENETRAÇÃO DOS ANTÍGENOS A reatividade cruzada ou reação cruzada ocorre quando há epítopo~ iguais ou muito semel}iaotes em aotígenos diferentes. Os antígenos _so~em .ª d~esa pda_;~sposta inat~ pat~.de- Os an:icór.pos .formados contra ~~ epítopos. de um antíge 1 ; 0 pois alcançar º: ?r~~os ,1'.nfo1de~ ~e:1~er}.~~s. ,E~tes,. ~~o at!~g!- . . ~yo~~r~o :eagiT co~~ra os epúopos \guais ou seilielhantes qe dos na dependenc1a ~a Vla: óe.penetraçao dos ant1genps. As- . . ~~t~o-~.i:it1g~po: · · · ··· ·· · , • ·. · . • · ··: · · , . .. .- ; _ .: . . m L - ' I 68 IMUNOLOGIA DO BÁSICO A.O A.PL\CA.0O Tropomiosinas são proteínas dos seres vivos, havendo grande diferença entre as dos vertebrados e as dos invertebra- dos. Já as tropomiosinas dos invertebrados são semelhantes entre si. Assim, a tropomiosina de um invertebrado pode pro- mover a formação de lgE e, essa lgE poderá reagir contra a tro- pomiosin:.L similar de outro invertebrado. Os estudos sugerem que diferentes tropomiosinas apresentam reatividades cruz.a- das mediadas por lgE: tropomiosinas de ácaros (Dermatopha- goides pteronyssinus, Dermatophagoides farina e), de baratas (Periplaneta americana), de camarões e de outros crustáceos (Figura 7 .7). a\érgenos da hipersensibilidade lgE mediada. Determina au- mento de T reguladores, sintetizadores de IL-1 O e desvio da população T au..'Ciliar tipo 2 para tipo 1, observado por meio das citocinas. os·\infódtos T reguladores adaptativos promo- vem a "tolerância de observação•, fazendo com que células da resposta imunológica não respondam ao a\érgeno indutor. A mudança do perfil de citocinas sintetizadas leva à diminuição de eosinófilos e, a longo prazo, à diminuição de lgE específica. O resultado é o controle da alergia lgE mediada. A imunote- rapia muitas vezes é utilizada por especialistas, para pacientes que não respondem à higiene pessoal/ambiental e ao trata- mento farm acológico. Necessita de cautela, pois pode desen- cadear crises alérgicas, uma vez que está sendo administrado .- , í!~~,\")\if:.\~J(d~,)P \1 1 • o alérgeno desencadeante da alergia (Figura 7.9). - A dessensibilização baseia-se em administrar doses pro- gressivas do medicamento até o indicado para o uso terapêu- tico. Tal procedimento se faz necessário em casos de alergia a medicamentos que não possam ser substituídos ou quando o figura 7 .7. Reatividade crnzada: anticmpo fmmado contra epítopo do antígeno />. pode reagir contra epítopo igual ou similar existente em antígeno B. TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DOSE-DEPENDEN,E , A~tas _dose~ de antígeno ou baixas doses repetitivas levam a ª "'.:1se ':1ªª de r esposta imunológica, o que é denominado to- leranc1a. Corno esta ocorre nos órgãos periféricos, é chamada tolerância periférica da resposta imunológica (F igura 7 .8) . figura 7 .&. />. tolerância peiiférica ·dÕse-depem\ente pode ser obtida por altas ou baixas doses, levando à ausência da i~osta imunológica A tolerância - que quase sempre é um m ecanismo dares- posta adaptativa- torna~se comprometedora quando h á neces- sidade dt; defes!l irn\,lno_lógica , como no caso de altas concentra- ções de· antígenos atingirem um org.mismo. Em tâis condições, inicialmente há aparecimento de FasL ~D95), resultando em apoptose de células de defesa. Somente após um catabolismo antigênicÓ, determinado pelo própr~ antígeno. acarretando menor quantidade da substância estranha, é que se dá a respos- ta imunológica. Nesses casos. a defesa leva certo tempo para ser iniciada, podendo agravar o quadro do paciente. A tolerância imunológica é bem-_vinda quando os antí- genos estão conduzindo à alergia. Nesses casos. após baixas doses repetitivas de antígeno. há diminuição da resposta imu- nológica por aumento de linfócitos: reguladores,_pe~mitindo uma resposta unune habit~al ou ~te mes~o.a ausenc~~ de reft- p .ost?- irnul}ológiGa: . . . : •. : . , · . · · · _ • · - A iffi\illOterapia tem_ con:iº pnnc1p10 bás1~-º a md~~aCJ .?~ • , . . • •fé · a •.pcii; rneíô de baçra~ dose~ tepetitivas_ iie to1erant~~ ~!~ ~e : · . . . . ·: . ·. ·-:· :_ :·_... . : . _:· ·. , '·, ~- MW •·1f· · ' ~osinónfos . e Ígc. em 1?1'9º prazQ - ~olerJ1n<\!l pe.li{é~!e flgora 7 .9.- />. to\eiâ!lcia por baixa\ dose~ié~et\\i'Jils ~ li1l''ºci\lio "t>:í~Ko da in\uliote- .· rap1, i Qlla\ct.eve ser !~i~a:son;i e~\( il\_O\~Q)9P.riad?S, na ~~'>e)~c\a-Of Q'1~1as.~~e!_1<J.Sll~ fl~se e pQr ~rof\ssionals.e\pe~1a\iu)dos; . . , · • · , . ·· ., , .- . : - . . . , :"-. ·. ... . . . . ,_ . . . . . . . . . .· ,· . 0 de vida é maior com a falta do medicamento do que a pró-r1sc pría alergia. S? ~ode se~ ~ealizada em pacientes internados, sob supervisão medJCa e ut1hzando-se protocolos estabelecidos. A dose é aumentada de modo rápido, com muito cuidado, obser- vando-se todos os parâmetros clínicos. O sistema imunológico passa a não responder em forma de alergia contra a quantidade necessária do medicamento, por mecanismos não totalmente esclarecidos. Na dessensibilização, é induzida urna tolerância transitória: há novamente resposta exacerbada ao fármaco, se este :for retirado de forma abrupta ou se reintroduzido após al- gum tempo. É descrita dessensibilização principalmente para pen icilina, insulina, cefalosporina, sulfonamidas, rifampicina, clindarnicina, isoniazida e metronidazol (Figura 7.10). capítulo 7 ANTÍGENOS 69 m:,,..,;::, 'l:mJ4rt'J! figura 7 .1 O. A dessensibilização para um medicamento é temporária, podendo haver novamente resposta com a retirada abrupta do fármaco ou com uma reinrrodução posterior. ' I . ... .. '
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