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Imunologia - Aula 04 - Antigenos, Receptores e Anticorpos

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1 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
1 
Imunologia 
Antígenos, Receptores e Anticorpos 
1. Introdução e Aspectos Gerais 
▪ Em linhas gerais, um antígeno pode ser definido 
como um organismo, uma molécula, ou mesmo parte de 
uma molécula que é reconhecida como uma ameaça 
pelo sistema imunológico, podendo ser 
especificamente ligada por uma molécula de 
anticorpo ou por um receptor de célula T. 
▪ Duas propriedades inerentes a um antígeno são 
dignas de nota, sendo elas a presença de 
imunogenicidade – capacidade e ativar o sistema 
imune e antigenicidade – tornar-se alvo de 
mecanismos de defasa do sistema imunológico, como 
os anticorpos. 
▪ Além disso, é importante destacar que os antígenos 
podem ser tanto de origem orgânica – 
microrganismos e transplantes não compatíveis – 
como de origem inorgânica – matais, medicamentos, 
cosméticos, entre outros. 
▪ Para que haja a interação entre antígeno e 
anticorpo ou linfócito, por exemplo, é necessário 
que haja uma região de reconhecimento e de ligação 
especifica. No caso de macromoléculas, em geral, 
tem-se varias dessas regiões, as quais são 
denominadas de epítopos ou determinantes. 
 
 
▪ Obs.: Em raros casos, é possível que a localização 
muito próxima de epítopos possa influenciar a 
atividade dos anticorpos ligantes, o que ocorre 
por meio de alterações conformacionais devido a 
efeito alostérico pontual. 
 
 
 
2 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
2 
▪ Por fim, tem-se destaque para os tipos de 
configuração dos epítopos nos antígenos. Veja, 
epítopos formados por vários resíduos adjacentes 
de aminoácidos, por exemplo, são chamados de 
determinantes lineares. Por outro lado, caso os 
aminoácidos não se encontrem em sequência, mas 
justapostos na proteína dobrada, tem-se o que se 
chama de determinantes conformacionais. 
 
 
2. Receptores 
▪ Os receptores do sistema imunológico configuram o 
modo primordial de sinalização para que o restante 
das células de defesa possa realizar suas 
atividades de modo preciso e eficiente. Em suma, 
a exemplo do que se verifica no sistema endócrino, 
os receptores atuam como mensageiros biológicos, 
transmitindo uma mensagem de necessidade de ação 
ao sistema imune. 
▪ Receptores de Reconhecimento Padrão (PRRs) – 
Presentes em formas solúveis, como proteínas do 
complemento, ou na superfície de células do 
indivíduo. Atuam reconhecendo padrões moleculares 
associados a patógenos (PAMP’s), que podem incluir 
combinações de proteínas, de glicídios, de 
lipídeos e de ácidos nucleicos comumente 
associados com patógenos. Essa ligação entre PRR 
e PAMP, por sua vez, tende a desencadear uma serie 
de reações inflamatórias com o intuito de destruir 
a ameaça que a desencadeou. 
 
 
 
3 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
3 
 
▪ Receptores Toll-Like (TLR) – Presente em várias 
células do organismo, esses receptores se 
enquadram dentro da classificação de PRRs. Uma vez 
estimulados por um PAMP qualquer, iniciam ações 
diversas, dentre as quais se destaca ativação da 
transcrição, da síntese e da secreção de 
citocinas. Além disso, também atuam de modo 
quimiotático, promovendo a aproximação de células 
NK, de macrófagos e de neutrófilos para o sitio da 
infecção. 
 
▪ Receptores Killer Activation (KARs) – Presentes em 
células NK, são receptores capazes de reconhecer 
a presença de moléculas liberadas em resposta ao 
 
 
 
4 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
4 
estresse (moléculas MICA e MICB em humanos). Tais 
moléculas tendem a se localizar em células não 
saudáveis, as quais, por exemplo, podem se 
encontrar em processo infeccioso corrente. Uma vez 
reconhecido esse padrão, células NK atuam na 
destruição da célula lesada. Configura um 
mecanismo característico da imunidade inata. 
 
▪ Receptores Inhibition Killer (KIRs) – Utilizado 
por células NK com o objetivo de monitorar o MHC 
I, normalmente encontrado na superfície de todas 
as células nucleadas do organismo. A partir dessa 
observação, as células NK são capazes de 
determinar a normalidade das células do organismo. 
Por exemplo, alguns tipos de neoplasias e de 
infecções virais são capazes de minorar o numero 
de receptores MHC I, o que sinaliza para as células 
NK uma possível alteração patológica em curso. 
 
 
 
 
5 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
5 
▪ Receptores do Complemento – Localizados em células 
fagocitarias, esses receptores atuam de modo a 
facilitar a internalização de antígenos já 
previamente marcados pelo sistema complemento. 
 
▪ Receptores Fc – Encontram-se expressos nas 
superfícies das células fagocitárias. Tais 
células, por sua vez, reconhecem os receptores e 
promovem a ligação a ligação entre epítopos e 
anticorpos, formando o complexo epítopo-anticorpo-
FcR. 
 
▪ Receptores de Linfócitos B (BCRs) – Repare, os 
outros receptores acima citados são inerentes à 
imunidade inata, sendo, pois, transmitidos de 
geração a geração quase que imutavelmente. 
Todavia, no tocantes à imunidade adaptativa, temos 
outros tipos de receptores, um deles é o receptor 
de linfócitos B. São imunoglobulinas de superfície 
 
 
 
6 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
6 
celular, as quais se associam com proteínas Igα e 
Igβ. Repare, quando esse receptor se liga a um 
epítopo, tem-se inicio uma cascata de reações que 
acarretam a ativação dos linfócitos B, os quais 
tendem a se diferenciam, por exemplo, em 
plasmócitos capazes de secretar imunoglobulinas 
com a mesma especificidade da ligação previa entre 
epítopo e BCR. 
 
▪ Receptores de Célula T (TCR) – Consistem em 
heterodimeros que apresentam um par de cadeias 
proteicas αβ ou γδ. São receptores de membrana, os 
quais se ligam a antígenos combinados com 
moléculas de MHC. Além disso, encontram-se 
associados com o complexo CD3, que atua promovendo 
a sinalização celular para ativação dos linfócitos 
T após o processo de ligação e de reconhecimento 
antigênico. 
 
3. Anticorpos – Imunoglobulinas 
 
 
 
7 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
7 
▪ Imunoglobulinas são componentes do sistema 
imunológico sintetizados pelos linfócitos B, 
especificamente pelos plasmócitos, que são 
derivados desses linfócitos B já estimulados. 
▪ O termo anticorpo, por sua vez, refere-se a 
moléculas de imunoglobulinas que apresentam 
especificidades por um epítopo. Desse modo, os 
anticorpos podem se ligar a antígenos específicos, 
inutilizando-o ou marcando-o para posterior ação 
de outra célula do sistema imunológico. Assim, de 
modo geral, os anticorpos facilitam a ação de 
outras células ao sinalizar qual deve ser a ação 
delas sobre aquele determinado antígeno. 
 
▪ Com relação à estrutura, as imunoglobulinas 
humanas apresentam 4 polipeptídios, duas cadeias 
leves idênticas e duas cadeias pesadas também 
idênticas, as quais se ligam por meio de ponte 
dissulfeto. 
 
 
 
 
8 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
8 
▪ A cadeia leve apresenta uma região variável (VL) 
e uma região constante (CL), enquanto a cadeia 
pesada apresenta uma região variável (VH) e várias 
regiões constantes (CH1, CH2, CH3 – IgG, IgD e 
IgA) ou (CH4, CH5 – IgM e IgE). 
 
 
▪ Repare que os domínios variáveis das cadeias leve 
e pesada juntos formam uma região chamada de região 
de ligação antigênica (antigen-binding region). 
Nesse sentido, a variedade de sequência de 
aminoácidos nos domínios VL e VH, junto ao padrão 
randômico de pareamento das cadeias leve e pesada 
que se verifica de uma célula B para outra, cria 
um largo número de possibilidades/combinações 
distintas para reconhecimento de múltiplos 
epítopos. 
4. Isotipos de Imunoglobulina 
i. IgM 
▪ Apresenta a cadeia pesada μ. 
▪ Em geral, é a primeira imunoglobulina a ser formada 
em um processo de imunização, sendo 
majoritariamente encontrada nos espaços 
intravasculares. 
▪ Como principais atividades biológicas, tem-se 
fixação do complemento, atuação na primeira linha 
de defesada imunidade humoral, etc. 
 
 
 
9 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
9 
▪ Além disso, essa imunoglobulina não apresenta 
capacidade de atravessar a barreira placentária, 
não sendo eficiente na neutralização de vírus nem 
de toxinas. 
 
▪ A meia vida da IgM é de 5 dias. 
ii. IgG 
▪ Corresponde à imunoglobulina mais abundante no 
organismo, predominando no sangue, na linfa, no 
LQR e no liquido peritoneal. 
▪ É capaz de atravessar a placenta. 
▪ Além disso, como principais atividades biológicas, 
cite-se capacidade de ativação do complemento, 
neutralização de toxinas, atuação no processo de 
opsonização, neutralização de vírus e de 
bactérias. 
▪ Sua vida média é de, aproximadamente, 23 dias. 
▪ Apresenta cadeias pesadas dos tipos γ1, γ2, γ3 ou 
γ4. 
▪ Outrossim, é importante citar a existência de 4 
subclasses de IgG, sendo elas, IgG1-4. 
 
iii. IgA 
▪ Corresponde à principal imunoglobulina encontrada 
no colostro e no leite das lactantes. 
 
 
 
10 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
10 
▪ Também se encontra em grande quantidade na saliva, 
no muco, nas lagrimas e no suco gástrico. 
▪ Além disso, apresenta considerável capacidade de 
neutralização viral, especialmente na defesa 
contra infecções de mucosas e do TGI. 
▪ Não ativa nem fixa proteínas do complemento. 
▪ Apresenta como cadeias pesadas α1 ou α2. 
▪ Meia vida de 5,5 dias e morfologia monomérica ou 
dimérica. 
 
iv. IgD 
▪ Primariamente encontrada nas superfícies de 
linfócitos B, onde atua como receptor para 
antígeno (BCR). Também pode ser encontrada em 
baixos níveis no soro. 
▪ Em linfócitos B maduros, serve como imunoglobulina 
de superfície para ligação de antígenos com a IgM 
coexpressa. 
 
 
 
 
11 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
11 
v. IgE 
▪ Maior quantidade encontrada na superfície de 
basófilos e de eosinófilos. Presente também no 
soro, porem em baixíssima quantidade. 
▪ Não é capaz de ativar complemento. 
▪ Apresenta meia vida de 2 dias. 
▪ Sua maior importância reside na participação em 
infecções parasitarias e em reações de 
hipersensibilidade. 
 
5. Cinética das Respostas dos Anticorpos 
i. Resposta Primaria 
▪ Imunização primária corresponde à primeira 
exposição de um indivíduo a um imunógeno. 
▪ Resposta primária corresponde à primeira resposta 
imunológica mensurável como resultado da 
imunização primaria. 
▪ Em geral, a primeira classe de imunoglobulinas 
detectada é IgM. 
ii. Resposta Secundária 
▪ Após imunização primaria, o individuo adquire um 
conjunto de células de memória contra aquele 
patógeno especifico. 
▪ Em um segundo contato com o mesmo antígeno, tem-
se a promoção de uma resposta imunológica mais 
rápida e mais intensa. 
 
 
 
 
12 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 
12 
 
▪ Fase de Latência – Período de 1 a 2 semanas até o 
anticorpo ser detectado no soro. É o tempo para 
que os linfócitos T e B reconheçam o antígeno e se 
proliferem. 
▪ Fase Exponencial – Aumento significativo da 
concentração de anticorpos no soro. 
▪ Fase Estacionaria – Produção e degradação de 
anticorpos se tornam equivalentes. 
▪ Fase de Declínio – A resposta imunológica e a 
concentração de anticorpos no soro passa a sofrer 
declínio em função da debelação da infecção.

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