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Transdérmico s Prof Arthur Transdérmicos • TDDS (transdermal drug delivery systems) � facilitam a passagem de fármacos através da pele, até atingir a circulação sanguínea • Portanto, é esperado efeito sistêmico • O 1º TDDS foi aprovado pela FDA em 1979 Efeito sistêmico – abs percutânea • Concentração sanguínea suficiente para a eficácia terapêutica • Resposta clínica do paciente frente à terapia • Excreção do fármaco ou seu metabólito pela urina Abs transdérmica • O fármaco deve migrar através da pele sem permanecer nas camadas cutâneas � principal diferença de FF tópicas Funções fisiológicas da pele • Proteção (microbiológica, química, mecânica) • Função mecânica – devido a elasticidade • Controla a perda d’água e eletrólitos • Barreira contra irradiação (ex solar) • Mantém a temperatura Pele • Extrato córneo (queratina 40% + 40% água e lipídios) – camada mais externa � camada de tecido morto, constituído de células achatadas parcialmente dessecadas � abs intercelular • Epiderme viável • Derme � grande vascularização � abs sistêmica Estrato córneo • 10 a 15 μm de espessura • Tecido queratinizado � membrana semipermeável � fármaco abs por difusão passiva • Principal barreira para a abs transdérmica • Velocidade de abs: concentração do fármaco no veículo, solubilidade aquosa, coeficiente de partição o/a, e do próprio veículo • Fármacos que tem solubilidade aquosa e lipídica tem melhor abs Fatores que afetam a abs percutânea 1. Maior a concentração do fármaco 2. Maior a área de aplicação 3. Maior afinidade físico-química pela pele do que pelo veículo 4. Massa molecular igual ou inferior a 400 é ideal (100-800) 5. Hidratação da pele 6. Camada córnea mais fina 7. Maior o tempo de permanência da FF na pele, melhor abs Fatores biológicos que afetam a abs 1. Estado da pele (intacta ou não) 2. Idade da pele (crianças e idosos possuem maior permeabilidade) 3. Fluxo sanguíneo (vasoconstritores ou vasodilatadores) 4. Metabolismo da pele (pode metabolizar 5% dos fármacos potencialmente utilizáveis, como hormônios esteroides) 5. Temperatura (maior a temperatura, maior abs) Promotores de abs percutânea • Químicos • Iontoforese • Fonoforese • Microagulhamento PROMOTORES QUÍMICOS aumenta a permeabilidade da pele por induzir reversivelmente uma lesão ou uma alteração físico-química no estrato córneo, com finalidade de reduzir sua resistência à difusão. Promotores químicos • Aumentar a hidratação do estrato córneo • Disfunção na estrutura dos lipídios e das lipoproteínas nos canais intercelulares • Ex: acetona, ácido oleico, PEG (polietilenoglicol), propilenoglicol, DMSO, laurilsulfato de sódio IONTOFORESE • Liberação e abs dos fármacos pela pele utilizando campos elétricos: é o uso de uma corrente de baixa frequência (corrente contínua), para permeação de ativos. IONTOFORESE Exemplos: dexametasona, lidocaína, aminoácidos, peptídeos*, insulina, verapamil, propranolol *Peptídeos e proteínas: grande potencial, por sem essa técnica possuem baixa abs transdérmica, por serem moléculas muito grandes e iônicas FONOFORESE • OU sonoforese, ou ultrassom de alta frequência: consiste em aproveitar os efeitos térmicos e mecânicos responsáveis pelo aumento da permeabilidade da membrana celular, proporcionados pela onda ultrassônica a fim de promover a penetração via transdérmica de princípios ativos FONOFORESE • Exemplos: hidrocortisona, lidocaína, ácido salicílico Microagulhamento • Agulhas com ou sem centro de canais ocos são colocadas na superfície da pele para que elas penetrem no estrato córneo e epiderme sem alcançar as terminações nervosas presentes na derme superior. Onda fotomecânica • Uma solução de fármaco é colocada sobre a pele, coberta com um disco de poliestireno preto e irradiada com um pulso de laser. Uma onda fotomecânica produz estresse na camada córnea, o que aumenta a liberação do fármaco. • É provável que esta técnica permaneça no nível experimental Modelos de abs percutânea – in vivo • Em humanos ou modelos animais (porcos, ratos, camundongos, macacos) • São coletadas amostras biológicas: pele, sangue venoso local, sangue sistêmico e excreções (urina, fezes e ar expirado) Camundongo nude Estudos in vivo – objetivos 1. Verificar a “biodisponibilidade” cutânea dos fármacos aplicados topicamente 2. Verificar a biodisponibilidade sistêmica do medicamento transdérmico 3. Estabelecer bioequivalência de diferentes formulações tópicas de um mesmo fármaco 4. Verificar a toxicidade sistêmica 5. Relacionar a biodisponibilidade com os efeitos terapêuticos esperados Modelos de abs percutânea – in vitro • Modelos de pele (intacta) humana ou animal, modelos celulares como feito pela cultura de fibroblastos dérmicos e queratinócitos de epiderme humanos, em uma matriz de colágeno. Elaphe obsoleta In vitro – sistemas de difusão • Pele ou membranas sintéticas são usadas como barreiras ao fluxo do fármaco e veículo, simulando um sistema biológico. • São verificados os níveis de permeação do fármaco e/ou a retenção pela pele Células de Franz são compostas basicamente de: compartimento doador, onde será depositado o fármaco em estudo e compartimento receptor, local que contém uma solução na qual o fármaco será difundido. Entre estes dois compartimentos se interpõe a membrana (sintética, tecido animal ou humano) que tem o papel de barreira à permeação ou difusão através da pele Planejamento dos TDDSs 1. Liberar o fármaco na pele para abs percutânea em níveis terapêuticos e com fluxo ótimo 2. Liberação adequada e compatibilidade com a pele 3. Ocluir a pele para garantir fluxo unidirecional do fármaco ao estrato córneo 4. Apresentar vantagens em relação a outras FF 5. Não irritar ou sensibilizar a pele 6. Aderir bem à pele 7. Ter apresentação que facilite a adesão terapêutica do pcte Desenvolvimento dos TDDSs • O principal exemplo são os adesivos transdérmicos TDDS podem ser classificados em dois tipos • Monolíticos • Sistemas controlados por membranas Monolíticos • O fármaco é incorporado em uma camada matricial, localizada entre as camadas anterior e posterior • A matriz é composta por um polímero (gel) - com ou sem excesso de fármaco - que controla a taxa de liberação do fármaco • Excesso prolonga a liberação • Esta matriz (polímero+fármaco) é secada e incorporada nas outras camadas Camada anterior Camada posterior adesiva* Filme protetor removível Matriz de fármaco Sistemas controlados por membranas • Contém um reservatório de fármacos, na forma líquida ou gel, uma membrana que controla a velocidade de liberação • Vantagens: possui uma liberação mais constante Camada anterior Camada posterior adesiva Filme protetor removível Matriz de fármaco Membrana Embalagem e acondicionamento • Embalagens individuais lacradas • Camada externa deve ser oclusiva � reter a umidade e hidratar a pele para facilitar a abs • Camada adesiva: habilidade de aderir à pele com leve pressão e permanecer no local durante o período requerido. Deve permitir fácil remoção após o período de uso. • Camada adesiva pode conter o fármaco para iniciar a abs Vantagens transdérmicos • Evita: metabolismo de 1ª passagem, interação com alimentos, atividade enzimática do TGI, alterações de pH do TGI • Substitui adm oral para pcte com episódios de vômito ou diarreia • Não são invasivos • Terapia prolongada com uma aplicação • A terapia pode ser interrompida de modo rápido Desvantagens transdérmicos • Apenas fármacos relativamente potentes são bons candidatos à esta FF, devido a impermeabilidade da pele• Alguns pctes podem desenvolver dermatite de contato Principais exemplos de TDDS • Escopolamina transdérmica • Nitroglicerina transdérmica • Clonidina transdérmica • Nicotina transdérmica • Estradiol transdérmico • Testosterona transdérmica • Metilfenidato transdérmico Considerações clínicas sobre o uso de TDDS 1. O local adequado esta indicado na embalagem de cada produto. O mesmo local pode ser reutilizado após o intervalo de uma semana 2. Local deve ser: limpo, seco, relativamente livre de pelos, não apresentar irritação, cortes ou calosidades 3. Se muitos pelos, eles devem ser cuidadosamente cortados, mas nunca raspados ou eliminados com agentes depilatórios 4. Evitar molhar o local ou uso de loção 5. O TDDS não deve ser cortado 6. Evitar locais com muito atrito (por roupas ou movimentos) Considerações clínicas sobre o uso de TDDS 7. O pcte deve lavar bem as mãos antes de aplicar. Cuidado para não tocar os olhos ou boca durante o manuseio 8. Ficar atento à sensibilidade ou irritações 9. O TDDS, após usado, deve ser dobrado, não pode ser reutilizado e descartado de forma apropriada
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