Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profª: Cristina Márcia B. de Castro ANÁLISE DE MERCADOS crismbc@gmail.com.br MICROECONOMIA (ANE 040) Microeconomia 2 CARACTERÍSTICAS DAS ESTRUTURAS DE MERCADO: ESTRUTURAS DE MERCADOS • Quantidade de agentes vendedores e compradores atuando no mercado; • Natureza da mercadoria ou do fator de produção (produtos homogêneos ou diferenciados); Microeconomia 3 TIPOS DE ESTRUTURAS DE MERCADOS • Quantidade de compradores e vendedores é insignificantes diante do volume total de transações do mercado. • Produtos Homogêneos: produtos substitutos perfeitos entre si, sem nenhuma diferenciação. Concorrência Pura: • Princípio da indiferença: o consumidor pode adquirir de qualquer ofertante; Concorrência Perfeita: • Transparência do mercado: as informações são acessíveis a todos os agentes de mercado; • Livre mobilidade dos agentes: livre entrada e saída dos agentes de mercado; • Divisibilidade perfeita dos produtos: os produtos são perfeitamente divisíveis. A concorrência perfeita é uma concorrência pura, mas nem toda concorrência pura é uma concorrência perfeita. Microeconomia 4 TIPOS DE ESTRUTURAS DE MERCADOS Destacam-se o MONOPÓLIO, CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA E OLIGOPÓLIO • Distingue da concorrência perfeita com relação à quantidade de compradores e vendedores e à condição de homogeneidade dos produtos. MONOPÓLIO: Produto homogêneo; Barreiras à entrada de potenciais concorrentes: • Tecnológicas: economias de escala da empresa monopolista – monopólios naturais. Ex: energia elétrica. • Legais-institucionais. Ex: patentes e marcas registradas. Apenas 1 vendedor para um produto ou serviço que não pois substituto “próximo”; Microeconomia 5 ESTRUTURAS DE MERCADOS CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA: Produtos diferenciados, sendo substitutos quase perfeitos; Livre entrada e saída dos agentes no mercado. Grande nº de vendedores e compradores, sendo que a ação individual de cada um deles não influencia no mercado; OLIGOPÓLIO: Produtos homogêneo ou diferenciados: As ações de um dos agentes tem influências sobre as dos demais; Pequeno nº de vendedores , rivais entre si, concorrentes e que controlam a oferta de um produto ou serviço no mercado; OLIGOPÓLIO PURO: transações com produtos homogêneos. Ex: indústria de cimento. OLIGOPÓLIO DIFERENCIADO: os compradores manifestam preferências pelos produtos e observa-se um relativo monopólio. Ex: indústria de cigarro. Microeconomia 6 ESTRUTURAS DE MERCADOS RESUMINDO OS MERCADOS QUANTO À QUANTIDADE DE EMPRESAS: Qde de firmas Produtos Homogêneos Diferenciados Muitas firmas Concorrência Perfeita Concorrência Monopolística Poucas firmas Oligopólio Puro Oligopólio Diferenciado Uma firma Monopólio Não utilizado Microeconomia 7 Baseia-se em 3 pressupostos básicos: MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS 1) ACEITAÇÃO DE PREÇOS: Como existem muitas empresas no mercado, competindo entre si, cada uma delas não tem influência sobre o preço de mercado e aceitam o preço como dado. A aceitação de preços se aplica aos consumidores e às empresas. E um mercado perfeitamente competitivo, cada consumidor compra uma pequena parcela do total produzido no setor e sua ação não influencia no preço. Microeconomia 8 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS 2) HOMOGENEIDADE DE PRODUTOS: A aceitação de preços normalmente ocorre em mercados nos quais as empresas produzem PRODUTOS IDÊNTICOS ou quase idênticos. Quando os produtos são homogêneos, pode-se dizer que estes são SUBSTITUTOS PERFEITOS entre si. A homogeneidade do produto assegura a existência de um PREÇO ÚNICO DE MERCADO, ou seja, as empresas não podem elevar o preço de seu produto acima do preço praticado pelas outras empresas. Microeconomia 9 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS 3) LIVRE ENTRADA E SAÍDA : Quando não há custos especiais que tornam difícil uma empresa entrar ou sair de um setor. A livre entrada e saída é importante para que a competição seja efetiva. Significa que os consumidores podem mudar facilmente para uma empresa rival se o fornecedor usual aumentar o preço. Microeconomia 10 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS Lucro = Receita (-) Custo: 𝝅 𝒒 = 𝑹 𝒒 − 𝑪(𝒒) RECEITA MARGINAL, CUSTO MARGINAL E MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS A inclinação da curva de receita é a RECEITA MARGINAL, e mostra em quanto varia a receita quando o nível de produção aumenta em 1 unidade. A inclinação da curva de custo é o CUSTO MARGINAL. O Custo total é positivo, quando q=0, pois existem custos fixos no curto prazo. Microeconomia 11 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS Lucro = Receita (-) Custo: 𝝅 𝒒 = 𝑹 𝒒 − 𝑪(𝒒) RECEITA MARGINAL (RMg), CUSTO MARGINAL (CMg) E MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS Para níveis de produção abaixo de q0, 𝝅 𝒒 < 𝟎 Conforme q vai aumentando, o lucro vai aumentando. Em q*, 𝝅 𝒒 é máximo, pois RMg=CMg (distância entre A e B). Para quantidade acima de q*, o custo cresce mais rapido do que a receita e a RMg<CMg. Então, 𝝅 𝒒 fica menor do que o máximo. Microeconomia 12 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS Como cada empresa no setor competitivo vende apenas uma pequena fração das vendas no setor, a quantidade que a empresa decidir vender não terá impacto sobre o preço de mercado do produto. DEMANDA E RECEITA MARGINAL (RMg) PARA UMA EMPRESA COMPETITIVA O preço de mercado é definido pelas curvas de oferta e demanda. A empresa competitiva é uma ACEITADORA DE PREÇOS, então sua curva de demanda é horizontal. A curva de demanda do mercado é negativamente inclinada, pois as pessoas adquirem mais quantidades a preços menores. Microeconomia 13 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS DEMANDA E RECEITA MARGINAL (RMg) PARA UMA EMPRESA COMPETITIVA • Quando a curva de demanda da empresa é horizontal e igual ao preço (por exemplo $4), significa que se pode vender uma unidade adicional de produto sem que o preço sofra redução (tem-se um aumento na receita total e quantidade igual de preço), então a RMg será constante e igual ao preço. D = P = RMg • Ao mesmo tempo, a receita média (RMe) - receita por unidade – também será constante e igual ao preço. Então tem-se a seguinte igualdade: D = P = RMg = RMe Microeconomia 14 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO • Nível ótimo de produção no Curto Prazo é obtido quando CMg=RMg. • Lucro da empresa: retângulo ABCD • Receita : preço • Custo: custo médio • Quantidade produzida: segmento BC Diferença: distância AB Microeconomia 15 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS CURVA DE OFERTA NO CURTO PRAZO • Indica qual o nível de produção a empresa deve atingir para cada preço possível. Sabe-se que: • A produção deve ser aumentada até o ponto em que P=CMg; • A empresa encerra as atividades se o P<CVMe. CURVA DE OFERTA NO CURTO PRAZO: é parte da curva CMg, na qual a curva CMg é superior ao CVMe. (PARTE HACHURADA) • Começa no ponto em que CMg = min(CVMe) Microeconomia 16 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS ESCOLHA DO NÍVEL DE PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO • NO LONGO PRAZO é possível a livre entrada e a livre saída de empresas. MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO NO LONGO PRAZO CMeLP até q2 representa Economias de Escala CMeLP a partir de q2 representa Deseconomias de Escala CMgLP cruza CMeLP no q2, onde CMeLP é mínimo RELEMBRANDO: Lucro Curto PrazoMicroeconomia 17 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS ESCOLHA DO NÍVEL DE PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO NO LONGO PRAZO Lucro Curto Prazo • Se a empresa acreditar que o preço irá permanecer em $40, ela expandir o tamanho da fábrica para atingir a quantidade q3, onde CMgLP=P=RMg. • O LUCRO no longo prazo passará de ABCD (no curto prazo) para EFGD. Nível de produção que maximiza os lucros de uma empresa competitiva no longo prazo é no ponto em que: CMgLP=P Microeconomia 18 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS EQUILÍBRIO COMPETITIVO NO LONGO PRAZO LUCRO CONTÁBIL: Diferença entre receita e fluxos de caixa relacionados ao pagamento de mão de obra e matérias-primas e despesas de juros e de depreciação. LUCRO ECONÔMICO: Considera os custos de oportunidade. EXEMPLO: Suponha que uma empresa utiliza os insumos de capital e trabalho e que tenha adquirido um equipamento. Lucro contábil será: Receita (-) Custo da mão-de-obra 𝝅 = 𝑹 − 𝒘𝑳 Lucro econômico será: Receita (-) Custo da mão-de-obra (-) custo de capital 𝝅 = 𝑹 − 𝒘𝑳 − 𝐫𝐊 Microeconomia 19 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS EQUILÍBRIO COMPETITIVO NO LONGO PRAZO LUCRO ECONÔMICO ZERO: Ocorre quando a empresa obtém um RETORNO NORMAL sobre os investimentos, ou seja, quando tem um resultado tão bom quanto teria se investisse os seus recursos em outra atividade. ENTRADA E SAÍDA: Ao elevar o preço para $40, observa-se um aumento na quantidade e consequentemente um lucro positivo. Com isso, mais empresas ficam atraídas a entrar no mercado. A curva de oferta se desloca de S1 para S2, reduzindo o preço de P1 para P2. Quando o lucro é zero, (ex. preço= $30), não há incentivo para entrada ou saída no setor. Microeconomia 20 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS EQUILÍBRIO COMPETITIVO NO LONGO PRAZO Quando a empresa aufere lucro econômico zero, ela não tem incentivo para abandonar o setor e outras empresas não tem estímulo para entrar nele. Então, um EQUILÍBRIO COMPETITIVO NO LONGO PRAZO ocorre sob três condições: Todas as empresas do setor estão maximização os lucros; Inexistência de estímulo por parte de qualquer empresa para entrar ou sair do mercado, pois todas estão auferindo lucro econômico zero; O preço do produto é tal que a quantidade ofertada pelas empresas do setor iguala ao volume demandado pelos consumidores. Microeconomia 21 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS CURVA DE OFERTA DO SETOR NO LONGO PRAZO No longo prazo é necessário que se faça distinção entre os tipos de setor: SETOR DE CUSTOS CONSTANTE SETOR EM QUE A CURVA DA OFERTA NO LONGO PRAZO É HORIZONTAL. SETOR DE CUSTOS CRESCENTE SETOR EM QUE A CURVA DA OFERTA NO LONGO PRAZO É ASCENDENTE. (Indicando que os preços dos insumos de produção sobem a medida que o setor se expande e aumenta a demanda dos insumos). SETOR DE CUSTOS DECRESCENTE SETOR EM QUE A CURVA DA OFERTA NO LONGO PRAZO É DESCENDENTE. Microeconomia 22 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS EXCEDENTES DOS CONSUMIDORES E PRODUTORES: EXCEDENTE DOS CONSUMIDORES Benefício total que os consumidores recebem além daquilo que pagam pela mercadoria. Considere o preço de mercado = $5 • Consumidor A: disposto a pagar $10 Benefício líquido: $10 - $5 = $5 • Consumidor B: disposto a pagar $7 Benefício líquido: $7 - $5 = $2 • Consumidor C: disposto a pagar $5 Benefício líquido: $5 - $5 = $0 É indiferente em consumir ou não a mercadoria EXCEDENTE DO CONSUMIDOR MEDE O BENEFÍCIO TOTAL LÍQUIDO Microeconomia 23 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS EXCEDENTES DOS CONSUMIDORES E PRODUTORES: EXCEDENTE DOS PRODUTORES Refere-se aos ganhos dos produtores. EXCEDENTE DO PRODUTOR REPRESENTA O BENEFÍCIO TOTAL LÍQUIDO QUE OS PRODUTORES COM BAIXO CUSTO DESFRUTAM AO VENDER O PRODUTO PELO PREÇO DE MERCADO. É obtido pela diferença entre o preço de mercado e o custo marginal. É a área da curva de oferta até o preço de mercado (neste caso $5). Mede o ganho ou a perda em decorrência da intervenção do governo. Microeconomia 24 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS INTERVENÇÕES DO GOVERNO: PREÇOS MÍNIMOS A política governamental pode elevar os preços acima dos níveis de mercado. Preço: Pmin Qde ofertada: Q2 Qde demandada: Q3 Excesso de oferta: 𝑸𝟐 − 𝑸𝟑 Alguns consumidores tem perda de excedentes igual ao retângulo A. Outros consumidores deixam o mercado devido o preço elevado, sofrendo uma perda de excedente, triângulo B. Variação dos consumidores: ∆𝑬𝑪 = −𝑨 − 𝑩 CONSUMIDORES Microeconomia 25 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS PREÇOS MÍNIMOS Recebem um preço mais elevado pelas unidades vendidas, o que resulta em um aumento de excedentes dado pelo retângulo A. Ocorre uma queda nas vendas, Q0 para Q3, resultando numa perda de excedente, triângulo C. PRODUTORES Como a curva de oferta é dada pela curva de CMg do setor. Então o trapézio D representa custos para os produtores e como não se tem receitas para cobri-los, deve-se fazer a variação total do excedente do produtor da seguinte forma: ∆𝑬𝑷 = 𝑨 − 𝑪 − 𝑫 Microeconomia 26 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS PREÇOS MÍNIMOS Wmin é fixado num valor acima ao salário de mercado w0. Os trabalhadores que conseguem encontrar emprego obtém um salário mais elevado. Mas, algumas pessoas não conseguem emprego. EXEMPLO SALÁRIO MÍNIMO O desemprego é dado por: 𝑳𝟐 − 𝑳𝟏 Microeconomia 27 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS QUOTAS E TARIFAS DE IMPORTAÇÃO Muitos países utilizam as quotas e tarifas de importação para manter o preço interno de um produto acima dos níveis mundiais, a fim de a indústria interna desfrute de lucros mais elevados do que conseguiria no livre mercado. QUOTAS DE IMPORTAÇÃO: Limite da quantidade de uma mercadoria que pode ser importada. TARIFAS DE IMPORTAÇÃO: Imposto sobre uma mercadoria importada. Sem as quotas e tarifas de importação, um país importará uma mercadoria quando o preço mundial estiver abaixo do preço interno de mercado. Microeconomia 28 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS QUOTAS E TARIFAS DE IMPORTAÇÃO A quantidade importada será: (𝑸𝒅 − 𝑸𝒔) Dadas as curvas de oferta (S) e demanda (D) no mercado interno. O equilíbrio é P0 e Q0. O preço interno cairá ao nível do preço mundial (Pw), a produção interna cairá para Qs e o consumo interno aumentará para Qd. Se não forem permitidos produtos importados, o preço interno subirá para P0, então a variação total do excedente do consumidor será: ∆𝑬𝑪 = −𝑨 − 𝑩 − 𝑪 A variação do excedente do produtor será: ∆𝑬𝑷 = 𝑨 Microeconomia 29 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS IMPACTO DE UM IMPOSTO Imposto que é cobrado na forma de uma determinada quantia de dinheiro por unidade vendida. Ex: impostos federais e estaduais que incidem sobre a gasolina e os cigarros. Uma carga fiscal de um imposto ou um benefício do subsídio recai parcialmente sobre o consumidor e sobre o produtor. IMPOSTO ESPECÍFICO: Suponha que o governo criasse um imposto de t centavos por unidade de produto. Então, o preço a ser pago pelo comprador deverá exceder em t centavos o preço líquido recebido pelo vendedor. • P0 e Q0 são equilíbrio antes do imposto; • Pc preço que os compradores deve pagar; • Pv preço líquido que os vendedores receberão; IMPOSTO ad valorem: Imposto proporcional ao valor do produto. Ex: impostosestaduais sobre as vendas (ICMS) Microeconomia 30 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS IMPACTO DE UM IMPOSTO Imposto será: (Pc- Pv), na quantidade Q1 IMPOSTO ESPECÍFICO: Neste caso, metade do valor do imposto é pago pelos compradores e metade pelos vendedores. O equilíbrio de mercado exige que 4 condições sejam satisfeitas após a implementação do imposto: 1) A quantidade vendida e preço pago pelo comprador (Pc) devem estar sobre a curva de demanda: 2) A quantidade vendida e preço líquido recebido pelo vendedor (Pv) devem estar sobre a curva de oferta: 3) A quantidade demandada deve ser igual à quantidade ofertada (Q1): 4) A diferença entre Pc e Pv é igual ao imposto: 𝑸𝑫 = 𝑸𝑫(𝑷𝒄) 𝑸𝑺 = 𝑸𝑺(𝑷𝒗) 𝑸𝑫 = 𝑸𝑺 𝑷𝒄 − 𝑷𝒗 = 𝒕 Microeconomia 31 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS IMPACTO DE UM IMPOSTO Excedente do consumidor: ∆𝑬𝑪 = −𝑨 − 𝑩 A receita do governo é: 𝒕𝑸𝟏 Neste caso, a carga fiscal é dividida quase que igualmente entre o comprador e o vendedor. Mas, ela depende da inclinação das curvas de oferta e demanda. Excedente do produtor: ∆𝑬𝑷 = −𝑪 − 𝐃 Microeconomia 32 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS IMPACTO DE UM IMPOSTO DEMANDA INELÁSTICA E OFERTA RELATIVAMENTE ELÁSTICA Carga fiscal recai mais sobre os compradores, se 𝑬𝒅 𝑬𝒔 for baixo. DEMANDA RELATIVAMENTE ELÁSTICA E OFERTA RELATIVAMENTE INELÁSTICA Carga fiscal recai mais sobre os vendedores, se 𝑬𝒅 𝑬𝒔 for alto. Microeconomia 33 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS IMPACTO DE UM SUBSÍDIO APOIO FINANCEIRO QUE FAZ COM QUE O PREÇO DE COMPRA FIQUE ABAIXO DO PREÇO DE VENDA, OU SEJA, UMA TAXA NEGATIVA O preço líquido recebido pelo vendedor excede o preço pago pelo comprador e a diferença entre os dois é igual ao valor do subsídio. Quatro condições necessárias ao balanceamento do mercado com subsídio: 1) 𝑸𝑫 = 𝑸𝑫(𝑷𝒄) 2) 𝑸𝑺 = 𝑸𝑺(𝑷𝒗) 3) 𝑸𝑫 = 𝑸𝑺 4) 𝑷𝒗 − 𝑷𝒄 = 𝐬 Microeconomia 34 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS EXEMPLO: O IMPOSTO SOBRE A GASOLINA Microeconomia 35 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS EXEMPLO: O IMPOSTO SOBRE A GASOLINA (Pv+1) Microeconomia 36 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS EXEMPLO: O IMPOSTO SOBRE A GASOLINA Microeconomia 37 MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS EXEMPLO: O IMPOSTO SOBRE A GASOLINA Microeconomia 38 MONOPÓLIO É um mercado com apenas 1 vendedor e muitos compradores. Exercem determinado PODER DE MERCADO. PODER DE MERCADO: Capacidade tanto do vendedor quanto do comprador de influir no preço de uma mercadoria. Um único produtor, se decidir elevar o preço da mercadoria não precisa de se preocupar com seus CONCORRENTES, os quais poderiam capturar uma fatia de seu mercado. Esse produtor é quem define a QUANTIDADE de mercadoria que será colocada a venda, mas a qual PREÇO? O produtor não pode estabelecer qualquer preço, pois não garantirá a maximização dos lucros. Microeconomia 39 MONOPÓLIO Relembrando: RECEITA MÉDIA: corresponde ao preço que recebe por unidade vendida, ou seja, é a própria curva de demanda de mercado 𝑹𝑴𝒆 = 𝑹𝑻 𝒒 RECEITA MARGINAL: variação da receita resultante do aumento da produção em uma unidade. 𝑹𝑴𝒈 = ∆𝑹𝑻 ∆𝒒 RECEITA TOTAL: preço multiplicado pela quantidade. 𝑹𝑻 = 𝐏 ∗ 𝐐 Microeconomia 40 MONOPÓLIO Seja a curva de demanda : P = 6 - Q Preço (P) em R$ Quantida de (Q) Receita total (RT) Receita Marginal (RMg) Receita Média (RMe) 6 0 0 --- --- 5 1 5 5 5 4 2 8 3 4 3 3 9 1 3 2 4 8 -1 2 1 5 5 -3 1 Microeconomia 41 DECISÃO DE PRODUÇÃO DO MONOPOLISTA: CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA MAXIMIZAR OS LUCROS: 𝑹𝑴𝒈 = 𝑪𝑴𝒈 Ponto ótimo: (Q*, P*) Microeconomia 42 EXEMPLO: 𝑪 𝑸 = 𝟓𝟎 + 𝑸𝟐 𝑷 𝑸 = 𝟒𝟎 − 𝑸 Seja, o custo: E o preço dado pela equação: Qual a receita total? 𝑹𝑻 = 𝑷 ∗ 𝑸 𝑹𝑻 = 𝟒𝟎 − 𝑸 ∗ 𝐐 = 𝟒𝟎𝐐 − 𝑸𝟐 Para Maximizar o lucro: 𝑹𝑴𝒈 = 𝑪𝑴𝒈 𝟒𝟎 − 𝟐𝑸 = 𝟐𝐐 𝑸 = 𝟏𝟎 Preço: 𝑷 𝟏𝟎 = 𝟒𝟎 − 𝟏𝟎 𝑷 𝟏𝟎 = 𝟑𝟎 Lucro: Quantidade: 𝝅 𝑸 = 𝑹 𝑸 − 𝑪(𝑸) 𝝅 𝟏𝟎 = 𝑹 𝟏𝟎 − 𝑪 𝟏𝟎 = 𝟏𝟎 𝟒𝟎 − 𝟏𝟎 − 𝟓𝟎 + 𝟏𝟎𝟐 = 𝟑𝟎𝟎 − 𝟏𝟓𝟎 𝝅 𝟏𝟎 = 𝟏𝟓𝟎 Lucro máximo 𝑹𝑴𝒈 = 𝟒𝟎 − 𝟐𝐐 𝑪𝑴𝒈 = 𝟐𝑸 Microeconomia 43 EXEMPLO: 𝑪𝑴𝒆 = 𝑪𝑻 𝑸 = 𝟏𝟓𝟎 𝟏𝟎 = $𝟏𝟓 CUSTO MÉDIO POR UNIDADE PRODUZIDA: 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 𝑷𝒓𝒆ç𝒐 − 𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 LUCRO MÉDIO POR UNIDADE PRODUZIDA: 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 𝟑𝟎 − 𝟏𝟓 = $𝟏𝟓 Microeconomia 44 DETERMINAÇÃO DE PREÇO QUE MAXIMIZA O LUCRO: • Ao se produzir 1 unidade a mais, o incremento na receita total é igual a P. Sabendo que: 𝑹𝑴𝒈 = ∆𝑹𝑻 ∆𝑸 = ∆(𝑷𝑸) ∆𝑸 • Como a Curva de Demanda é negativamente inclinada, uma pequena variação na receita é dada por 𝑸 ∆𝑷 ∆𝑸 . • A Receita Marginal ficará: 𝑹𝑴𝒈 = 𝑷 + 𝑸 ∆𝑷 ∆𝑸 = 𝑷 + 𝑷 𝑷 ∗ 𝑸 ∗ ∆𝑷 ∆𝑸 = 𝑷 + 𝑷 ∗ 𝑸 𝑷 ∗ ∆𝑷 ∆𝑸 𝟏 𝑬𝒅 𝑹𝑴𝒈 = 𝑷 + 𝑷 𝟏 𝑬𝒅 𝑬𝒅= elasticidade demanda Microeconomia 45 • Como RMg= CMg: 𝑪𝑴𝒈 = 𝑷+ 𝑷 𝟏 𝑬𝒅 𝑪𝑴𝒈 − 𝑷 𝑷 = 𝟏 𝑬𝒅 𝑷 − 𝑪𝑴𝒈 𝑷 = − 𝟏 𝑬𝒅 MARKUP 𝑷 = 𝑪𝑴𝒈 𝟏 + (𝟏 𝑬𝒅 ) OBS: O monopolista cobra um preço superior ao CMg, que depende da elasticidade. DETERMINAÇÃO DE PREÇO QUE MAXIMIZA O LUCRO: Se CMg=0, usar a fórmula do Markup para obter o preço que maximiza o lucro. Microeconomia 46 • Para medir o poder de monopólio : MENSURAÇÃO DO PODER DE MONOPÓLIO: ÍNDICE DE LERNER DE PODER DE MONOPÓLIO 𝑳 = − 𝟏 𝑬𝒅 𝑳 = 𝑷 − 𝑪𝑴𝒈 𝑷 ou • Valores são entre 0 e 1. • Quanto maior o grau de poder de monopólio, maior será L. • Para empresas competitivas, L=0. Um considerável poder de monopólio não indica necessariamente lucros altos. Os lucros estão relacionados com os custos médios e os preços. EXEMPLO: uma empresa A pode ter maior poder de monopólio que a empresa B e ter lucros menores, pois tem CMe alto. Microeconomia 47 ELASTICIDADE DEMANDA E PREÇO DE MONOPÓLIO: DEMANDA ELÁSTICA Markup pequeno, pouco poder de mercado DEMANDA INELÁSTICA Markup grande, muito poder de mercado Microeconomia 48 FONTES DE PODER DE MONOPÓLIO: Quanto menos elástica for a curva de demanda, maior o poder de monopólio. FATORES QUE DETERMINAM O PODER DE MONOPÓLIO: 1) ELASTICIDADE DEMANDA DO MERCADO: A demanda da empresa será pelo menos tão elástica quanto a demanda do mercado, então a demanda da empresa delimita o poder de monopólio. Exemplo: a demanda por petróleo é muito inelástica. A Opep conseguiu aumentar os preços bem acima do CMg de produção na década 70 e 80, mostrando seu grande poder de mercado. Grande diferença Microeconomia 49 FONTES DE PODER DE MONOPÓLIO: 2) NÚMERO DE EMPRESAS: O poder de monopólio cai a medida que aumenta o nº de empresas que atuam no mercado. Devem ser considerados o nº de potenciais concorrentes e não somente a grande quantidade de empresas no mercado. Pois, importantes concorrentes podem reduzir o poder de monopólio de cada empresa atuante. COMO EVITAR A REDUÇÃO DO PODER DE MONOPÓLIO? BARREIRAS À ENTRADA de novos concorrentes. Exemplo: PATENTES: aplicadas à produção de um produto DIREITO AUTORAL: livros, músicas, software LICENÇA GOVERNAMENTAL: transporte rodoviário Microeconomia 50 FONTES DEPODER DE MONOPÓLIO: 3) INTERAÇÃO ENTRE AS EMPRESAS: As empresas podem decidir não concorrer entre si, e agir em CONLUIO. Agindo em conluio, essas empresas limitam os níveis de produção e aumentam os preços. Resultando: LUCROS MAIORES GRANDE PODER DE MONOPÓLIO PODER DE MONOPÓLIO: MENOR QUANDO AS EMPRESAS CONCORREM AGRESSIVAMENTE MAIOR QUANDO COOPERAM ENTRE SI PODER DE MONOPÓLIO VARIA AO LONGO DO TEMPO: CURTO PRAZO: CURVA DEMANDA MAIS INELÁSTICA LONGO PRAZO: CURVA DEMANDA MAIS ELÁSTICA Microeconomia 51 DETERMINAÇÃO DE PREÇO E PODER DE MERCADO: CAPTURA DO EXCEDENTE DO CONSUMIDOR: QUAL A CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS? CMg = RMg NO PONTO: (P*, Q*) Alguns consumidores estariam dispostos a pagar mais do que P* (região A) Preços maiores representam quantidades menores a serem vendidas Outros consumidores não estão dispostos a pagar P* (região B) Se a empresa reduzir os preços, ela aumenta a quantidade vendida Microeconomia 52 DETERMINAÇÃO DE PREÇO E PODER DE MERCADO: CAPTURA DO EXCEDENTE DO CONSUMIDOR: SOLUÇÃO ENCONTRADA: Cobrar preços diferentes para cada tipo de consumidor. Ex: Dos consumidores localizados na área A, seria cobrado P1, daqueles que estivessem na área B, seria cobrado P2. Com isso, a empresa consegue captar o excedente do consumidor. DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS: Estabelece preços diferentes para clientes diferentes por produtos similares.
Compartilhar