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SAUDE DA CRIANÇA TEORICO AULA 9 PRINCIPAIS DERMATOSES NA INFANCIA

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PRINCIPAIS DERMATOSES NA INFÂNCIA
Profa. Ma. Tassianny Heredia Finotti 
Proporções significativas entre as diversas patologias diagnosticadas na criança.
A dermatose infantil parece ser mais extensa em comparação à do adulto, em razão da presença da hiper-reatividade cutânea.
A pele do recém-nascido e lactente é mais sensível às alterações climáticas.
INTRODUÇÃO
Pele: 
Maior órgão do corpo humano e está sujeita apresentar diversas doenças e alterações, propícias da infância.
Exerce papel decisivo na saúde, e qualquer alteração pode interferir na imagem corporal e no bem estar da criança, além de prejudicar sua convivência com outras crianças, familiares e outras pessoas de seu meio social.
A criança deve ser examinada por inteiro e de forma sistematizada, de maneira a se realizar a inspeção, palpação e compressão cuidadosa de toda a extensão do corpo. 
TIPOS DE LESÕES
As reações da pele são traduzidas por número limitado de respostas morfológicas que constituem as lesões elementares.
As lesões elementares são classificadas em: 
Primárias:
lesões elementares primárias planas;
lesões elementares primárias sólidas;
lesões elementares primárias de conteúdo líquido.
Secundárias:
lesões elementares secundárias produzidas por alterações de consistência e espessura;
lesões elementares secundárias produzidas por alterações decorrentes de perda de substância. 
São denominadas manchas ou máculas, caracterizadas com modificações de coloração da pele, sem causar alterações de relevo ou consistência, podendo ser 2 tipos: 
 MANCHAS VASCULOSSANGUÍNEAS: são desencadeadas por fenômenos vasculares (congestão ou constrição). O eritema é um exemplo (dilatação vascular e caracteriza-se pelo desaparecimento à digitopressão).
 MANCHAS PIGMENTARES: ocorrem por causa de ausência (acromia), diminuição (hipocromia) ou aumento (hipercromia) de melanina ou/e outros pigmentos depositados.
LESÕES ELEMENTARES PRIMÁRIAS PLANAS
Eritema
Manchas hipopigmentadas
As mais freqüentes são pápulas, placas, nódulos.
LESÕES ELEMENTARES PRIMÁRIAS SÓLIDAS
PÁPULA: é uma lesão sólida circunscrita menos que 1,0 cm e elevada. 
PLACA: é uma lesão elevada, maior que 1,0 cm, e pode ser constituída por várias pápulas, recebendo o nome de placa papulosa.
NÓDULO: é um infiltrado sólido, circunscrito, persistente, de localização dérmica ou hipodérmica, e podendo ser elevado ou estar situado profundamente na derme, medindo cerca de 1 a 3 cm de diâmetro.
 VESÍCULA: caracteriza-se por uma pequena cavidade de localização geralmente, elevada e circunscrita, de conteúdo claro, medindo menos que 1,0 cm de diâmetro, e sua superfície pode ser esférica, pontiaguda ou umbilibada.
 BOLHA: uma elevação circunscrita que mede mais 1,0 cm de diâmetro e situa-se na epiderme ou entre a epiderme e derme, de conteúdo inicialmente seroso claro. 
 PÚSTULA: é uma elevação circunscrita semelhante à vesícula, de conteúdo purulento.
LESÕES ELEMENTARES PRIMÁRIAS DE CONTEÚDO LÍQUIDO.
 ABSCESSO: é constituído por uma coleção circunscrita e profunda de conteúdo purulento, situado na derme. Geralmente acompanha sinais inflamatórios e tem como origem uma infecção ou inflamação. 
 EDEMA: é decorrente do extravasamento de líquidos na derme ou hipoderme e pode ter aspecto eritematoso.
 ATROFIA: é um adelgaçamento da pele decorrente da redução dos elementos constituintes dos tecidos normais.
 CICATRIZ: é uma lesão brilhante, destruídas dos anexos cutâneos, decorrentes da reparação dos tecidos destruídos, podendo ser plana, deprimida ou elevada. 
LESÕES ELEMENTARES SECUNDÁRIAS PRODUZIDAS POR ALTERAÇÕES DE CONSISTÊNCIA E ESPESSURA
 ESCAMAS: são massas laminares de aspecto e dimensões característicos.
 CROSTA: é massa de exsudado ou concreção formada em área de perda tecidual.
 ESCORIAÇÃO: é decorrente de lesão traumática, geralmente linear e produzida pelo ato de coçar.
 EROSÃO: constitui-se em perda parcial e superficial da epiderme, que se resolve sem deixar cicatriz.
LESÕES ELEMENTARES SECUNDÁRIAS PRODUZIDAS POR ALTERAÇÕES DECORRENTES DE PERDA DE SUBSTÂNCIA
 ÚLCERA: decorre da perda circunscrita de epiderme e derme, podendo atingir a hipoderme e os tecidos subjacentes.
 FISSURA: representa-se por fenda linear, estreita e profunda.
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS TRANSITÓRIAS DO RN
PRINCIPAIS DERMATOSES NA INFÂNCIA
IMPETIGO
É uma infecção bacteriana da pele causada por staphylococcus aureus ou streptoccocus pyogenes.
É comum na primeira ou na segunda semana de vida, com maior freqüência no verão.
Incide principalmente em locais com precárias condições de higiene.
QUADRO CLÍNICO
Caracteriza-se pelo surgimento de vesículas e pústulas que rompem rapidamente, resultando em áreas erosadas, recobertas por crostas espessas de coloração amarelada (cor mel) característica do impetigo.
As lesões localizam-se no tronco, na face, nas mãos, no tornozelo ou dorso dos pés, nas coxas e nas nádegas.
A mão é o meio mais importante para a transmissão da infecção, e a fonte mais comum de propagação epidêmica são as lesões supurativas.
TRATAMENTO
O diagnóstico e o tratamento imediato dos casos iniciais são fundamentais, assim como orientações direcionadas à higiene, em especial, à lavagem das mãos de quem cuida da criança evitando a disseminação da infecção.
 limpeza cuidadosa das lesões com água e sabão neutro, e no rompimento das pústulas com cotonete embebido em 70 % ou agulha esterilizada.
 uso de antibiótico tópico 3 vezes ao dia por 5 dias.
 antibioticoterapia sistêmica, introduzida pelo médico em caso de piora do quadro. 
DERMATOSE DAS FRADAS
Trata-se de uma dermatite de contato por irritação primária na pele, causada pelo contato de fezes e urina e de irritantes químicos. 
A umidade constante aumenta o Ph e a permeabilidade da pele, intensificando a ação das lipases e proteases fecais que, associadas à fricção da fralda, tornam-na mais suscetível à irritação.
QUADRO CLÍNICO
As lesões variam de eritametosas, exsudativas e descamativas nas áreas convexas da região delimitada pelas fraldas, poupando as dobras. 
TRATAMENTO: base meramente preventiva. 
 as fraldas devem ser trocadas quantas vezes forem necessárias e a limpeza anogenital deve ser realizada com água morna.
 deve-se evitar o uso do lenço umedecido, talcos e soluções de limpeza de pele.
 após limpeza da região utilizar creme de barreira (óxido de zinco associado à vitaminas A e D, óleo de amêndoas).
 se possível deixar a criança sem fraldas, a fim de favorecer a cicatrização local.
 nas crianças que fazem uso de fralda de pano, deve-se atentar para a lavagem adequada dessa. 
CANDIDÍASE
A candidíase ou monilíase, também conhecida como sapinho, é causada por um fungo oportunista, a Candida albicans, que habita a microflora da cavidade oral, o trato gastrintestinal e a vagina, tornando-se um patógeno da pele quando ocorrem alterações de defesa do hospedeiro.
QUADRO CLÍNICO
É uma micose que atinge a superfície cutânea ou as membranas mucosas, resultando em candidíase oral, candidíase vaginal, perineal, paroníquia (infecção na pele ao redor das unhas) e onicomicose (micose das unhas).
 
A candidíase oral caracteriza-se por máculas eritematosas recobertas por pseudomembrana esbranquiçada (placas brancas), de difícil remoção, aderidas à língua, ao palato e à bochecha. 
Candidíase perineal, observam-se eritema nas áreas de dobras cutâneas, apresentando lesões eritematosas brilhantes de bordas nítidas. 
TRATAMENTO
Na candidíase oral, recomenda-se a remoção das placas com o dedo envolvido em uma fralda limpa ou gaze, embebidos em água morna. Após remoção cuidadosa, aplica-se nistatina suspensão oral.
Colocar 1 a 2 ml, de 3 a 4 vezes ao dia, durante 7 a 10 dias e manter esse tratamento por 2 dias após o desaparecimento dos sintomas.
Realizar a desinfecção de todosos materiais e brinquedos que entram em contato com a boca.
Na candidíase perineal, recomenda-se os cuidados descritos na dermatite de fralda.
ESTOMATITE
Inflamação da mucosa oral que pode incluir bochechas, lábio, língua, gengiva, palato e assoalho da boca. Pode ser infecciosa ou não e causada por fatores locais ou sistêmicos.
QUADRO CLÍNICO
A estomatite é classificada em:
 estomatite aftosa: trata-se de uma condição benigna, porém dolorosa e de causa desconhecida. As ulcerações encontradas na cavidade oral são esbranquiçadas, pequenas e dolorosas.
 gengivoestomatite herpética: estomatite causada por herpes vírus tipo I. A faringe torna-se hiperemiada, com erupção de microvesículas na mucosa. Pode ocorrer concomitantemente a linfadenite cervical e odor fétido na cavidade oral.
Podem variar de 5 a 14 dias a manifestação dos sintomas.
TRATAMENTO: é sintomático e tem como objetivo proporcionar alívio ao desconforto e a dor da criança.
Utiliza-se antitérmicos orais, analgésicos prescritos pelo médico.
A família deve ser tranquilizada e bem orientada quanto ao tratamento sintomático, que pode ser demorado.
Recomenda-se oferecer alimentos pastosos, em temperatura adequada, evitando alimentos ácidos.
INTERTRIGO
É uma inflamação superficial cutânea localizada em região de dobras, pescoço, axilas, regiões inguinais e infra-mamárias, decorrentes principalmente da elevação da temperatura e sudorese excessiva.
QUADRO CLÍNICO
Por causa da fricção, do calor e da umidade, a área de dobra se torna eritematosa, macerada, podendo ocorrer infecções secundarias por fungos ou bactérias.
TRATAMENTO
Os fatores predisponentes devem ser controlados e a família deve ser orientada:
 lavar a pele com água e sabonete neutro;
 secar corretamente a região de dobras;
 expor a pele ao sol em horários adequados;
 utilizar roupas que não provoquem sudorese excessiva;
 no caso de aparecimento de lesões secundárias, encaminhar para tratamento médico.
ESTRÓFULO OU PRURIDO SIMPLES INFANTIL
É uma dermatose comum que ocorre nos primeiros anos de vida, desencadeada por uma reação de hipersenaibilidade às toxinas por picadas de insetos (pulgas, mosquitos e formigas). 
QUADRO CLÍNICO
Algumas horas após a picada do inseto, surgem lesões papuloeritematosas duras, no início com um ponto hemorrágico central, que ao se romper, forma uma lesão crostosa. 
Essas lesões, geralmente, localizam-se em áreas expostas da criança, e o prurido apresenta-se intenso.
TRATAMENTO
O desaparecimento é espontâneo à medida que ocorre a dessensibilização específica e natural.
É fundamental que a família da criança adote medidas higiênicas e ambientais, com o objetivo das eliminação dos focos de proliferação de insetos.
Colocação de mosquiteiros ou telas nas janelas.
Uso de roupas adequadas que protejam as áreas descobertas pela criança.
Manter as unhas cortadas.
Utilizar pasta d’água, 3 a 4 vezes ao dia, pra alívio do prurido. 
ESCABIOSE
Conhecida com Sarna humana, é uma dermatose infecciosa causada pelo ácaro Sarcoptes scabei. 
A transmissão ocorre por contato direto com pessoas infectadas, sendo rara a transmissão por roupas ou objetos de uso pessoal.
As lesões são produzidas a noite, quando a fêmea fecunda e penetra na camada da epiderme, escavando uma espécie de túnel, para depositar de 2 a 3 ovos ao dia durante algumas semana, até morrer.
O ácaro não sobrevive mais que algumas horas ou dias fora da pele humana.
QUADRO CLÍNICO: prurido intenso noturno é o principal sintoma.
As lesões típicas são pápulas, vesículas e túneis pruriginosos, podem estar modificados pelo intenso prurido, ocasionando lesões escoriadas e crostas.
 Crianças menores de 2 anos: as lesões localizam-se no couro cabeludo, na face, no tronco, nas palmas, nas mãos e na planta dos pés.
 Crianças maiores de 2 anos: as lesões ocorrem nas regiões interdigitais das mãos e dos pés, no punho, nas pregas axilares, na cintura, nos genitais e nas nádegas.
Observar o quadro clínico e história de outros familiares com sintomas semelhantes.
TRATAMENTO
Aplicação de agentes escabicidas na pele e sua retirada após um determinado período, que varia de acordo com a droga utilizada.
 PERMETRINA A 5%: apresenta menor risco de irritação e é recomendado para crianças acima de 2 meses. Deve-se aplicar a loção em toda a pele, que deve estar seca, deixar agir por 8 a 12 horas, retirando a medicação durante o banho. 
Reaplicar após 24 horas e repetir após 7 dias, 
em uma única aplicação.
 ENXOFRE PREPICITADO A 5 %: em vaselina ou pasta d´água é menos irritante que os preparados com enxofre mais concentrados e costuma ser indicado para lactentes e gestantes. Pode ser usado por 3 dias e repetido após um período de 7 a 10 dias .
 MONOSSULFIRAM: é um tratamento mais trabalhoso e menos utilizado em razão das opções mais modernas.
OBS: 
O uso de sabonetes escabicidas não é indicado, por não serem eficazes e pelo risco de provocarem dermatose irritativa.
Todos os familiares devem realizar o tratamento, inclusive os assintomáticos.
É importante orientar também que o prurido pode persistir até 3 semanas após o tratamento bem-sucedido da escabiose. 
PEDICULOSE
É uma infestação do couro cabeludo causada pelo inseto Pediculus humanus capitis, mais conhecido como Piolho.
Essa dermatose não está associado à higiene pessoal precária, podendo acometer crianças de todas as classes sociais. Desencadeia pequenas epidemias em creches, escolas e outras instituições infantis.
A transmissão ocorre pelo contato direto com o cabelo de pessoas infestadas ou mais raramente pelo contato de objetos, já que o piolho pode sobreviver por 2 a 3 dias fora do indivíduo infectado.
QUADRO CLÍNICO
Caracteriza-se por prurido intenso, localizado principalmente nas regiões occipital e retroauricular, que pode provocar escoriações e evoluir para uma infecção secundária e aumento dos linfonodos cervicais.
Diagnóstico: confirmado pelo achado do piolho ou lêndeas, que são ovos dos parasitas, de coloração esbranquiçada, que se se encontram fortemente aderidos às hastes do cabelo, diferenciando-se assim das finas escamas da caspa bulbar.
TRATAMENTO
Aplicação tópica de pediculicidas, que são os mesmos produtos recomendados para o tratamento da escabiose.
As drogas são mais efetivas no combate ao inseto adulto, porém têm ação variável nos ovos. Dessa forma, o mesmo tratamento deve ser repetido após uma semana, quando podem eclodir lêndeas remanescente.
O tratamento sistêmico pode ser indicado nos casos de difícil controle ou de resistência aos pediculicidas.
PERMETRINA A 1 %: é o pediculicida tópico mais indicado atualmente para crianças maiores de 2 anos. O produto deve umedecer todo o cabelo e agir por dez minutos, retirando-o em seguida. É importante lembrar que esse tratamento dever ser repetido em sete dias.
MONOSSULFIRAM: pode ser usado em crianças com até 2 anos de idade na concentração de 1:3 e em crianças acima de 2 anos na concentração de 1:2, com aplicação única durante seis horas e repetido após sete dias. 
 a aplicação da medicação deve ser feita após a lavagem dos cabelos, para remover resíduos e gordura e facilitar a penetração do produto.
 para que todas as lêndeas sejam retiradas, deve-se lavar o cabelo com uma solução de vinagre e água morna diluída em partes iguais, deixando agir por 1 hora. O uso do pente fino deve ser incentivado até uma semana após o tratamento completo .
 a detecção de piolho vivos após 24 horas de um tratamento adequado sugere resistência ao tratamento.
 recomenda-se também examinar todos os contactantes e inspecionar periodicamente a cabeça da criança.
 as roupas devem ser lavadas, colocadas ao sol e/ou passadas com ferro quente, as escovas e pentes precisam ser lavados em loção pediculicida ou colocados em água fervente.MOLUSCO CONTAGIOSO
É doença viral (vírus do gênero Poxivirus) e tem o homem como reservatório. Ocorre com maior freqüência na infância e é de distribuição universal
Sua transmissão se faz pelo contato direto com as pessoas infectadas, por meio de suas roupas, toalhas e lençóis.
Seu período de incubação varia de sete a seis meses e seu período de transmissibilidade perdura enquanto houver lesões.
QUADRO CLÍNICO
Pápulas lisas, brilhantes, de cor rósea ou da coloração da pele normal, apresentando depressão central característica (pápula umbilicada).
Surgem isoladas ou em grupos, de preferência na face, no tronco, nas axilas e nas regiões genital e perineal, são indolores e não-pruriginosas . 
TRATAMENTO
A criança deve ser encaminhada ao médico, para a realização da curetagem, da expressão com pinça ou remoção do molusco com agulha estéril.
Orientar aos familiares quanto à etiologia e à natureza benigna da doença, assim como quanto aos cuidados higiênicos adequados, evitando-se, possíveis infecções secundárias. 
Curetagem
 PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS DA INFÂNCIA
 
Doenças de etiologia viral que costumam deixar imunidade permanente, sendo a maior incidência na primavera e no inverno. Não existe tratamento específico, apenas a administração de medicações para aliviar sintomas.
INTRODUÇÃO
 Doenças virais: sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite, varicela. 
 
 Doenças bacterianas: meningite, pneumonia, coqueluche. 
Doença aguda e autolimitada, contagio-infecciosa, exantemática, de etiologia virótica e alta transmissibilidade. 
A incidência da virose é variável de acordo com a idade, dependendo das condições sócioeconômicas das populações. Nas populações mais carentes, a maioria das crianças não vacinadas já tinha adquirido o sarampo antes dos três anos; nas comunidades desenvolvidas e zona rural, a doença incide preferencialmente em crianças maiores de cinco anos. 
SARAMPO
O vírus do sarampo é um RNA vírus, que pertence à família Paramyxoviridae e é membro do subgrupo Morbillivirus.
A porta de entrada do vírus no organismo se faz pela penetração de gotículas contaminadas, que entram em contato com as mucosas, especialmente de vias aéreas superiores. Existem controvérsias se a mucosa conjuntival constitui porta de entrada efetiva do vírus. 
O contágio ocorre a partir do final do período de incubação até cinco dias após o aparecimento do exantema. Considera-se o período pré-exantemático como o de maior contagiosidade. 
Após o período de incubação de cerca de onze dias, a doença se manifesta com pródromos de três a quatro dias de duração. Estes se iniciam com febre, mal-estar, coriza seromucosa e, depois, mucopurulenta, tosse seca, conjuntivite com fotofobia podendo apresentar também: cefaléia, dores abdominais, vômitos, diarréia, artralgias e mialgia, associados a prostração e sonolência, quadro que pode dar a impressão de doença grave. 
Um sinal prodrômico da doença é o aparecimento das manchas de Koplick - pontos branco-azulados na mucosa bucal que tendem a desaparecer.
 
Manifestações Clínicas: 
As lesões cutâneas, aparecem no 14º dia de contágio, são máculo-papulosas avermelhadas, isoladas uma das outras e circundadas por pele não comprometida. 
Começam no início da orelha, após 24 horas são encontradas em: face, pescoço, tronco e braços ,e após 2 ou 3 dias: membros inferiores e desaparecendo no 6º dia. As lesões evoluem para manchas pardas residuais com descamação leve. A temperatura tende a se normalizar no quarto dia de exantema.
A principal medida de prevenção do sarampo é a vacinação. 
Deve ser aplicada uma dose da vacina anti-sarampo a partir dos doze meses, dose adicional a partir dos 15 meses, juntamente com o reforço da tríplice bacteriana (DTP) e da Sabin ou com a tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba).
Tratamento: repouso absoluto, e medicação prescrita pelo médico para alívio dos sintomas. 
OBS: Pode facilitar infecções bacterianas - deverão ser tratadas com antibióticos adequados.
 O sarampo é uma doença que dura até duas semanas.
Doença causada por vírus (gênero Rubivirus da família Togaviridae).
 É transmitida através do contato direto através de minúsculas gotas de saliva liberadas no ar ao tossir, espirrar ou falar, ou através da mãe para o feto através da circulação comum. 
Apresenta este nome devido ao aspecto avermelhado ou rubro do paciente. É uma das poucas infecções virais que podem causar anormalidade fetais, no caso da gestante ter contato com a doença.
O paciente deve ficar isolado durante uns 10 dias após o aparecimento da erupção, visto que é uma doença contagiosa. 
RUBÉOLA
Existe a chamada rubéola congênita, ou seja, transmitida da mãe para o feto pela circulação sanguínea, é a forma mais grave da doença porque pode provocar malformações congênitas como surdez e problemas visuais na criança. Também pode levar a parto de nati-mortos. 
Manifestações Clínicas: 
7 dias antes da erupção cutânea, percebe-se um aumento dos gânglios cervicais, retroauriculares e occiptais. 
As lesões cutâneas são máculo-papulosas, de coloração rósea. Iniciam na face, pescoço, tronco, membros superiores e inferiores em menos de 24 horas. 
Na maioria dos casos, a erupção permanece por 3 dias. Existem muitos indivíduos que apresentam a infecção inaparente.
Para a rubéola não há tratamento. Deve-se apenas aliviar alguns sintomas com medicamentos específicos. E, também é aconselhado que o paciente faça repouso.
A rubéola é prevenida com a vacina Tríplice viral sendo eficiente em quase 100% dos casos e deve ser administrada em crianças aos 12 meses de vida. Mulheres que não tiveram a doença devem ser vacinadas antes de engravidar.  
Via de Transmissão: por contato direto, por meio de gotículas infectadas, mas em curtas distâncias. Também pode ser transmitido por via indireta, através de mãos e roupas.
Período de Incubação: 14 a 17 dias
Manifestações Prodrômicas: curto (24 horas), constituído de febre baixa e discreto mal-estar.
CATAPORA (VARICELA)
Manifestações Clínicas: 
Exantema é a primeira manifestação da doença. 
As lesões evoluem em menos de 8 horas: máculas > pápulas > vesículas > formação de crosta. 
As crostas costumam cair em 7 dias até 3 semanas. Se houver remoção prematura da crosta, há formação de cicatriz residual. 
As lesões acometem predominantemente tronco, pescoço, face, membros (poupando palma das mãos e planta dos pés). 
A intensidade varia de poucas lesões, surgidas de um único surto, a inúmeras lesões que cubram todo corpo, surgidas em 5 ou 6 surtos, no decurso de 1 semana. A febre costuma ser baixa e sua intensidade acompanha a intensidade da erupção cutânea. 
Período de Transmissibilidade: desde 1° dia antes do aparecimento de exantema até 5 dias após o aparecimento da última vesícula.
Não existe um remédio específico para tratar a catapora. O que se deve fazer é repousar, ingerir bastante líquido e principalmente, evitar coçar as feridas para não infeccionar.
 A recuperação dura de 7 a 10 dias. 
CAXUMBA 
Também chamada de papeira ou parotidite é uma infecção viral (Vírus da família Paramyxoviridae, gênero paramyxovirus) das glândulas salivares (geralmente a parótida), sublinguais ou submandibulares, todas próximas aos ouvidos.
Via de Transmissão: respiratória, através de gotículas contaminadas e contato oral com utensílios contaminados. 
Período de Incubação: 14 a 21 dias
Manifestações Prodrômicas: passa desapercebido, só se notando a doença quando aparecem dor e edema da glândula.
Manifestações Clínicas: 
Aumento das parótidas, que é uma glândula situada no ramo ascendente da mandíbula. Pode afetar um ou ambos os lados do rosto. Irá se apresentar mole, dolorosa a palpação, sem sinais inflamatórios e sem limites nítidos. Com o edema da parótida há uma elevação da febre e dor de garganta.
Noscasos masculinos pode ocorrer orquite, isto é inflamação do testículo e em casos femininos, a ooforite, isto é, inflamação dos ovários. 
A caxumba não tem tratamento, o próprio organismo se encarrega de resolver a infecção. O tratamento é para aliviar os sintomas com o uso de analgésicos e repouso.  Prevenção - vacina ‘tríplice viral’, que deve ser administrada aos 12 meses de idade (1° dose).
COQUELUCHE
Doença infecto-contagiosa que ataca o aparelho respiratório. É uma doença bacteriana causada pela bactéria Bordetella pertussis. 
Via de Transmissão: contato direto através da via respiratória.
Período de Incubação: varia entre 6 e 20 dias. 
Manifestações Clínicas: de 6 a 8 semanas, sendo que o quadro clínico depende da idade e grau de imunização do indivíduo. É dividida em estágios: 
Estádio catarral - dura de 1 a 2 semanas e é o período de maior contagiosidade. Caracterizado por secreção nasal, lacrimejamento, tosse discreta e febre baixa. 
Estádio paroxístico - dura de 1 a 4 semanas (ou mais). Há uma intensificação da tosse manifestada em crises, freqüentemente mais numerosas durante a noite. 
Estádio de convalescença - acessos são menos intensos e menos freqüentes.
Importante: por ser uma patologia bacteriana faz-se necessário a introdução de antibioticoterapia e isolamento respiratório por 5 dias após o início da administração medicamentosa, ou por 3 semanas após o começo do estágio paroxístico, se a antibioticoterapia for contra-indicada.
A doença dura aproximadamente 30 dias. A prevenção contra a coqueluche é através da vacina DTp (pentavalente).
É uma doença que tem risco para criança abaixo de 06 meses de vida, pois podem apresentar complicações tais como: convulsões, alterações neurológicas, desidratação, crises de apnéia e cianose.
REFERÊNCIAS
PEDRAZA DF; QUEIROZ D; SALES MC. Doenças infecciosas em crianças pré-escolares brasileiras assistidas em creches. Artigo de revisão. Ciênc. saúde coletiva. 19 (02) Fev 2014. Disponíve em: www.scielosp.org.br. 
SANTOS et.al. Dermatoses Pediátricas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. An bras Dermatol, Rio de Janeiro, 79(3):289-294, maio/jun. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abd/v79n3/v79n3a04.pdf
ZATTAR GA. Dermatoses na infância. Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes atendidos no Ambulatório de Dermatologia Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina nos anos de 2006 e 2007. Florianópolis/SC, 2007. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/. 
FUJIMORI E; OHARA CVS. A Enfermagem e a Saúde da Criança na Atenção Básica. 1° ed. Barueri/SP. Manole, 2009. 
ALMEIDA LP; POLIDO CG. ENSINO CLÍNICO EM SAÚDE DA CRIANCA E ADOLESCENTE. 1ª edição, SESES. Rio de janeiro/RJ, 2017. Disponível em: http://portaldoaluno.webaula.com.br//repositorio/LD1380.pdf
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