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255573940-Nbr-13697-Equipamentos-de-Protecao-Respiratoria-Filtros-Mecanicos


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de Normas Técnicas
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NORMATÉCNICA
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Palavras-chave: Proteção respiratória. Filtro para partículas 14 páginas
Equipamentos de proteção respiratória -
Filtros mecânicos
NBR 13697JUN 1996
Origem: Projeto 02:011.03-008/1994
CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:011.03 - Comissão de Estudo de Proteção Respiratória
NBR 13697 - Respiratory protective devices - Particles filters - Specification
Descriptors: Respiratory protection. Particle filters
Válida a partir de 29.07.1996
Especificação
SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Documentos complementares
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição
ANEXO - Figuras
1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para filtros mecâ-
nicos para uso como parte de um equipamento de proteção
respiratória, excluídos os respiradores de fuga e as peças
faciais filtrantes.
1.2 Os filtros que atendem aos requisitos desta Norma só
devem ser utilizados em peças faciais que tenham todas as
suas partes e componentes aprovados em normas espe-
cíficas (ver NBR 13694 e NBR 13695).
2 Documentos complementares
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 12543 - Equipamentos de proteção respiratória -
Terminologia
NBR 13694 - Equipamentos de proteção respiratória -
Peças semifacial e um quarto facial - Especificação
NBR 13695 - Equipamentos de proteção respiratória -
Peça facial inteira - Especificação
EN-143 - Respiratory Protective Devices. Particle
Filters. Requirements, Testing, Marking
3 Definições
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos
em 3.1 a 3.3 e na NBR 12543.
3.1 Equipamento de proteção respiratória
Equipamento que visa a proteção do usuário contra a inala-
ção de ar contaminado ou de ar com deficiência de oxigênio.
3.2 Filtro mecânico
Filtro destinado a reter partículas em suspensão no ar.
3.3 Penetração
Relação percentual entre a concentração do aerossol de
ensaio, medida na saída e entrada do filtro ensaiado em
condições especificadas.
4 Condições gerais
4.1 O filtro deve ser fabricado em material adequado para
suportar temperaturas e umidades usuais.
4.2 O filtro deve ser facilmente removido sem o uso de fer-
ramentas e deve ser projetado e fabricado de modo a evitar
uma montagem incorreta.
2 NBR 13697/1996
4.2.1 A ligação entre o filtro e a peça facial pode ser obtida
por conexão do tipo especial ou por rosca.
4.2.2 A conexão entre o filtro e o suporte e deste com a peça
facial deve ser firme e não apresentar vazamento.
4.3 O filtro mecânico deve possuir identificação e marcação
visíveis e de difícil remoção, que contenham:
a) identificação do fabricante pelo nome, marca regis-
trada ou outro meio de identificação;
b) data de fabricação e o prazo de validade;
c) os símbolos: P1, P2, P3, de acordo com a sua clas-
sificação;
d) a letra S ou SL, de acordo com sua capacidade de
proteção contra partículas sólidas, ou sólidas e líqui-
das, respectivamente, conforme 5.1.1;
e) o cartucho do filtro mecânico classe P3 deve estar
identificado também pela cor magenta colocada na
sua parte lateral.
4.4 O filtro mecânico deve ser entregue acompanhado de
instruções de uso que permitam a sua utilização por pessoal
treinado, ressaltando as conseqüências do uso incorreto.
Estas instruções devem compreender a limitação para o
uso e ajuste correto à peça facial para o qual o filtro foi pro-
jetado, incluindo os procedimentos de manutenção e es-
tocagem.
4.5 O filtro não aprovado no ensaio com óleo de parafina
somente deve ser usado contra aerossóis sólidos ou líqui-
dos contendo água.
5 Condições específicas
5.1 Classificação
Esta Norma cobre três classes de filtros mecânicos: P1,
P2 e P3.
5.1.1 Os filtros de classe P1 são indicados somente para
partículas sólidas. Os de classe P2 e P3 são subdivididos
de acordo com a sua capacidade de remover partículas só-
lidas e líquidas (SL, aprovados nos ensaios com aerossol
de cloreto de sódio e de óleo de parafina), ou somente sóli-
das (S, aprovados no ensaio com aerossol de cloreto de
sódio).
5.1.2 A proteção propiciada por um filtro de classe P2 e P3
compreende também a proteção fornecida pelo filtro cor-
respondente de classe(s) inferior(es).
5.2 Resistência à respiração
A resistência imposta pelo filtro novo ao fluxo contínuo de
ar deve ser tão baixa quanto possível e em nenhum caso
exceder os valores contidos na Tabela 1.
Tabela 1 - Resistência máxima à respiração dos filtros
mecânicos
Resistência máxima (Pa)
Classe do filtro
30 L/min(A) 95 L/min(A)
P1 60 210
P2 70 240
P3 120 420
(A) Fluxo de ar contínuo.
Nota: Quando a peça facial é usada com mais de um filtro em pa-
ralelo, o fluxo indicado na Tabela 1 deve ser dividido pelo nú-
mero dos filtros; porém, se este filtro puder ser utilizado so-
zinho, então deve ser usado todo o fluxo de ar no ensaio.
5.3 Penetração
A penetração inicial dos aerossóis de ensaios não deve ex-
ceder os valores contidos na Tabela 2. Entende-se por
penetração inicial a relação percentual entre a concentração
do aerossol depois do filtro e a concentração deste mesmo
aerossol antes do filtro, medidas nos primeiros segundos.
5.4 Condicionamento de vibração
Após submetido ao condicionamento de vibração, o filtro
não deve apresentar deformações apreciáveis e deve sa-
tisfazer aos requisitos de penetração. O condicionamento
deve ser feito conforme 6.2.
Tabela 2 - Penetração inicial máxima
Penetração inicial máxima do aerossol de ensaio (%)
Classe do filtro
Ensaio de cloreto de sódio Ensaio de óleo de parafina
95 L/min(A) 95 L/min(A)
P1 20 -
P2 6 2
P3 0,05 0,01
(A)
 Fluxo de ar contínuo.
NBR 13697/1996 3
5.5 Entupimento
O ensaio de entupimento é opcional. São disponíveis dois
tipos de ensaios: o ensaio de poeira de carvão para filtros
de uso em mineração de carvão e o ensaio de poeira de
dolomita para outros usos.
6 Inspeção
6.1 Condições gerais
6.1.1 Todos os ensaios de desempenho devem ser condu-
zidos de tal modo que o ar ou o aerossol de ensaio passe
através do filtro inteiro. Cada ensaio deve ser feito em filtros
condicionados pelo ensaio de vibração. Quando a peça fa-
cial utiliza mais de um filtro, o fluxo usado no ensaio deve
ser dividido pelo número de filtros. Porém, se o filtro puder
ser utilizado sozinho, então deve ser usado o fluxo total de
ar no ensaio.
6.1.2 Os ensaios devem ser realizados nas condições de
temperatura e umidade ambientes.
6.1.3 Cada ensaio deve ser realizado com um número mí-
nimo de dez filtros.
6.1.4 Antes do ensaio de resistência à respiração e pene-
tração, o filtro deve ser submetido ao ensaio de vibração.
Após este tratamento, os filtros não devem apresentar de-
feitos mecânicos e devem satisfazer aos requisitos mínimos
de resistência à respiração e penetração.
6.2 Ensaio de vibração
6.2.1 Aparelhagem
A aparelhagem necessária à execução do ensaio é mostrada
esquematicamente na Figura 1 do Anexo e consiste em
uma caixa (K) fixada em um pistão com movimento vertical
(S) capaz de ser levantado até 20 mm por um eixo excêntrico
(N) e cair sobre um prato de aço (P) devido ao seu próprio
peso, à medida que o eixo gira. A massa da caixa de aço
deve ser de 10 kg.
6.2.2 Execução do ensaio
Os filtros, encapsulados ou não, devem ser ensaiados como
recebidos, após a remoção de sua embalagem, mas ainda
selados, e montados no suporte do filtro no qual ele vai ser
usado. Os filtros devem ser colocados na caixa (K), demo-
do que não se toquem entre si durante o ensaio, permitindo
um movimento de 6 mm na horizontal e movimento livre na
vertical. Após o ensaio de vibração, qualquer material que
se soltar do filtro deve ser removido antes da realização
dos ensaios de desempenho. O equipamento é operado a
100 rpm, por aproximadamente 20 min, em um total de
2000 rotações.
6.3 Ensaio de penetração
6.3.1 Aparelhagem
Na execução deste ensaio podem ser utilizados os seguin-
tes métodos:
a) com cloreto de sódio. As condições descritas em
6.3.1.1 foram baseadas na utilização do equipamento
Moore’s. Outro equipamento pode ser utilizado,
desde que as respostas obtidas sejam tecnicamente
compatíveis;
b) com óleo de parafina, conforme 6.3.1.2.
6.3.1.1 Ensaio de penetração com cloreto de sódio
6.3.1.1.1 O equipamento é mostrado na Figura 2 do Anexo.
O aerossol é gerado por um nebulizador tipo Collision,
contendo uma solução aquosa de cloreto de sódio a 1%. O
nebulizador, mostrado na Figura 3 do Anexo, consiste em
um reservatório de vidro, dentro do qual está um cilindro
maciço com três bicos de nebulização. O ar é suprido ao
nebulizador com pressão de 345 kPa e o líquido nebulizado
se choca com uma chicana que remove as partículas
maiores. As partículas menores são removidas do ar e mis-
turadas com ar seco. A água, ao se evaporar, produz
aerossol de cloreto de sódio seco.
6.3.1.1.2 O aerossol gerado por este método é polidisperso
com diâmetro médio mássico das partículas de 0,6 µm. A
distribuição de tamanho das partículas é mostrada na Figu-
ra 4 do Anexo. Verifica-se se o aerossol permanece com
características constantes, dentro de limites aceitáveis, com
respeito ao tamanho e concentração, desde que a pressão
do ar de nebulização se mantenha na faixa de 330 kPa a
360 kPa e a vazão de ar, através dos três bicos, permaneça
na faixa de 12,5 L/min a 13,0 L/min. O ar que sai do recipiente
de vidro do nebulizador é misturado com 82 L/min de ar se-
co, dando uma vazão total de 95 L/min.
6.3.1.1.3 O consumo de solução no nebulizador é de apro-
ximadamente 15 mL/h.
Nota: Esta perda de massa é devida em parte à nebulização da
solução e em parte à evaporação da água do reservatório. O
volume do reservatório é tal que a variação da concentração
e a perda de volume da solução em 8 h não causam apreciá-
veis alterações nas características do aerossol.
6.3.1.1.4 O aerossol de cloreto de sódio é analisado antes e
depois do filtro em ensaio, por exemplo, por fotometria de
chama. O fotômetro usado para esta análise pode ser qual-
quer instrumento que tenha a sensibilidade necessária, po-
rém existe disponível no mercado um fotômetro especial-
mente construído para esta finalidade.
6.3.1.1.5 Quando se emprega um fotômetro de chama de hi-
drogênio, o queimador deve estar envolto por um tubo ver-
tical, o qual está ligado, na parte inferior, com o tubo de
amostragem, dentro do qual escoa o aerossol que vai ser
analisado. A vazão do aerossol que chega na chama é con-
trolada por convecção natural.
6.3.1.1.6 Uma pequena quantidade de ar filtrado chega conti-
nuamente no tubo de amostragem, a jusante da chaminé
onde se localiza a chama. A função deste ar limpo é impedir
que o ar ambiente, que pode conter quantidades conside-
ráveis de sais de sódio, atinja o queimador quando não hou-
ver fluxo de ar no tubo de amostragem.
6.3.1.1.7 O queimador de hidrogênio, que dá uma chama si-
métrica em relação ao eixo vertical, deve ser revestido por
um tubo de vidro à prova de calor. Este tubo deve ser opti-
camente homogêneo, a fim de minimizar o efeito da luz
transmitida pela chama.
4 NBR 13697/1996
6.3.1.1.8 As partículas de cloreto suspensas no ar, ao pas-
sarem pela chama, são vaporizadas, dando a emissão ca-
racterística de sódio: 589 nm. A intensidade desta emissão
é proporcional à concentração de sódio na corrente de ar.
6.3.1.1.9 A intensidade da luz emitida pela chama é medida
usando-se um tubo fotomultiplicador. Para separar a emis-
são de sódio da luz de fundo, devido a outros comprimentos
de onda, é usado um filtro de interferência de banda estreita,
com filtros apropriados para bandas laterais. Este filtro deve
ter, preferivelmente, uma banda de meio pico de não mais
que 5 nm.
6.3.1.1.10 Como o sinal de saída do fotomultiplicador é pro-
porcional somente à luz incidente em uma faixa relativamente
estreita, altas intensidades de luz são atenuadas por filtros
de densidade neutra. Estes filtros são cuidadosamente ca-
librados juntamente com o filtro de interferência em uso e,
deste modo, a intensidade de luz atual pode ser calculada a
partir do sinal de saída da fotomultiplicadora. O sinal da fo-
tomultiplicadora é ampliado e aparece em um painel, ou é
registrado graficamente.
6.3.1.1.11 A calibração do fotômetro de chama depende do
projeto do instrumento e as instruções do fabricante devem
ser obedecidas para se obter resultados confiáveis. Em ge-
ral, porém, os métodos que podem ser usados são: diluição
múltipla do aerossol, diluição da solução de nebulização ou
uma combinação de ambas. Se somente a diluição do
aerossol ou da solução for utilizada, o limite inferior de cali-
bração é, aproximadamente, duas ordens de grandeza maior
que a sensibilidade limite do instrumento.
6.3.1.1.12 Quando se usa a fotomultiplicadora com filtros de
atenuação para a detecção, isto não é importante, pois a
fotomultiplicadora mede um nível de luz em uma faixa cons-
tante do instrumento e os valores dos filtros de atenuação
são conhecidos e invariáveis.
Nota: Deste modo, a curva de calibração é linear na faixa de
baixas concentrações e pode, com segurança, ser extra-
polada para valores mais baixos. O limite superior da linea-
ridade da curva de calibração é de, aproximadamente,
0,12 mg/m3, devido à reabsorção da luz dentro da chama. A
calibração não é possível acima deste ponto até, aproxima-
damente, 15 mg/m3. Quando outros detectores são usados,
a condição anterior pode não ocorrer, sendo, neste caso, ne-
cessárias combinações de técnicas para se atingir a sensi-
bilidade limite.
6.3.1.2 Ensaio de penetração com óleo de parafina
6.3.1.2.1 O aparelho é mostrado na Figura 5 do Anexo. O
aerossol é gerado usando-se um nebulizador (Figuras 6 e 7
do Anexo). O frasco de nebulização (6) é carregado com
óleo de parafina (paraffinum perliquidum CP 27 DAB 7), de
modo que o nível fique entre as marcas de mínimo e máximo
(10). O frasco é aquecido por meio de um dispositivo elétrico
(8), de modo que a temperatura do óleo seja mantida em
110oC por meio de um termostato (9). A temperatura é medi-
da pelo termômetro (11).
6.3.1.2.2 Ar comprimido filtrado a 400 kPa (3 e 4) é preaquecido
(8) e passa pelos bicos de nebulização (12) (ver Figura 7
do Anexo).
6.3.1.2.3 As gotas grandes da névoa gerada são separadas
no bico de controle (13) e no tubo espiral (15). No frasco de
mistura (5), as gotas de óleo e o vapor são diluídos com
50 L/min de ar filtrado, medido pelo medidor de vazão (2).
Como o ar de diluição está na temperatura ambiente, o va-
por de óleo se condensa no frasco de mistura. O aerossol
gerado é o aerossol de ensaio, o qual tem sua concentração
reduzida para (20 ± 5) mg/m3, rejeitando uma fração apro-
priada da névoa de óleo (ver Figura 5 do Anexo, item 18,
conjuntamente com 11, 7, 10, 12 e 17) e por posterior diluição
com ar filtrado na vazão de 83 L/min, em um frasco de
mistura (tipo Friedrichs - Antlinger, ver Figura 5, item 5, e
Figura 8 do Anexo). O aerossol obtido por este método é
polidisperso. A distribuição de tamanho das partículas é do
tipo normal logarítmica, com diâmetro médio de Stokes de
0,4 m para distribuição por número de partículas e com
desvio-padrão log de 0,216 (ver Figura 9 do Anexo). O
aerossol de ensaio é alimentado na câmara de ensaio (Figu-
ra 5, item 1, do Anexo), onde está fixado o filtro em ensaio
(15). O excesso do aerossol é filtradopor um filtro de alta
eficiência, com baixa resistência ao fluxo de ar (10).
6.3.1.2.4 A vazão através do filtro em ensaio é de 95 L/min.
A concentração é medida antes e depois do filtro sob ensaio,
por meio de fotômetro de luz dispersa. O esquema do fotô-
metro é mostrado na Figura 10 do Anexo. O instrumento é
um fotômetro de luz dispersa a 45°.
6.3.1.2.5 A fonte de luz é dirigida para a célula de medição e
para a fotomultiplicadora. O feixe dirigido à fotomultiplicadora
é corrigido sempre por variações de intensidade da fonte. O
feixe de referência é atenuado automaticamente por meio
de filtros de densidade neutra e de uma cunha de densidade
neutra até a intensidade do feixe de luz dispersa. A inten-
sidade da luz dispersa, que é uma medida da concentração
do aerossol, é indicada em um mostrador.
6.3.1.2.6 As propriedades físicas do óleo são as seguintes:
a) densidade de massa a 20°C = 0,846 g/cm3;
b) viscosidade a 20°C = 0,026 Pa.s. a 0,031 Pa.s.
6.3.2 Execução do ensaio
Os filtros devem ser ensaiados antes e após o seguinte
condicionamento térmico:
a) 24 h em atmosfera seca a 65°C;
b) 24 h em temperatura de -15°C.
Notas: a) Os métodos usados para ensaiar os filtros contra aeros-
sóis sólido e líquido são:
- o de cloreto de sódio, de acordo com 6.3.2.1;
- o de óleo de parafina, de acordo com 6.3.2.2.
b) O método usado para ensaiar filtros contra partículas só-
lidas e líquidas de origem aquosa é o de cloreto de sódio.
6.3.2.1 Ensaio com cloreto de sódio
6.3.2.1.1 Princípio do método
Um aerossol de partículas de cloreto de sódio é gerado, ne-
bulizando-se uma solução aquosa do sal e evaporando a
água. A concentração deste aerossol é medida antes e de-
NBR 13697/1996 5
pois do filtro sob ensaio, por exemplo, por meio de fotometria
de chama. São possíveis determinações precisas de pene-
tração na faixa de 0,0001% a 100%.
6.3.2.1.2 Condições de ensaio
Deve ser observado o seguinte:
a) distribuição de tamanho do aerossol de ensaio: ver
Figura 4 do Anexo;
b) vazão do aerossol de ensaio: 95 L/min;
c) concentração do aerossol: (8 ± 4) mg/m3;
d) pressão do ar de nebulização: (345 ± 15) kPa;
e) vazão no nebulizador: (12,75 ± 0,25) L/min;
f) vazão do hidrogênio no queimador: 450 a
500 mL/min;
g) comprimento de onda do sódio: 589 nm;
h) temperatura do ar: ambiente;
i) umidade relativa: menor que 60%.
6.3.2.1.3 Procedimento de ensaio
A vazão através do filtro é de 95 L/min e a concentração do
aerossol é medida nos primeiros segundos pelo fotômetro,
imediatamente antes e depois do filtro.
6.3.2.2 Ensaio com óleo de parafina
6.3.2.2.1 Princípio do método
Um aerossol de gotas de parafina é gerado por nebulização
de óleo de parafina aquecido. A concentração deste aerossol
é medida antes e depois do filtro em ensaio, por exemplo,
por fotometria. São possíveis determinações precisas de
penetração na faixa de 0,003% a 100%.
6.3.2.2.2 Condições de ensaio
Deve ser observado o seguinte:
a) distribuição do tamanho das partículas: ver Figu-
ra 9 do Anexo;
b) vazão através do filtro em ensaio: 95 L/min;
c) concentração do aerossol: (20 ± 5) mg/m3;
d) temperatura do ar: ambiente;
e) pressão do ar de nebulização: (400 ± 15) kPa;
f) vazão no nebulizador: (13,5 ± 0,5) L/min;
g) vazão de ar para a mistura no gerador do aerossol:
50 L/min;
h) vazão de ar de diluição: 83 L/min;
i) temperatura do óleo no gerador: 100°C a 110°C.
6.3.2.2.3 Procedimento de ensaio
Uma vazão de 95 L/min é estabelecida por sucção através
do filtro, por meio de uma bomba conveniente. A concentra-
ção do aerossol é medida imediatamente antes e depois do
filtro, por exemplo, por fotometria.
6.3.3 Cálculos
6.3.3.1 Cálculo da penetração (método com cloreto de sódio)
O cálculo é feito através da equação:
P = C2
C1
 x 100
Onde:
P = penetração
C1 = concentração do aerossol antes do filtro
C2 = concentração do aerossol depois do filtro
6.3.3.2 Cálculo da penetração (método com óleo de parafina)
O cálculo é feito através da equação:
P = I - I
I - I
 x 100%
2 0
1 0
Onde:
P = penetração
I1 = leitura do fotômetro antes do filtro
I2 = leitura do fotômetro depois do filtro
I0 = leitura do fotômetro com ar limpo
6.4 Ensaio de resistência à respiração
O filtro deve ser conectado ao equipamento de ensaio por
meio de um adaptador apropriado que evite vazamentos.
Os ensaios devem ser realizados nas vazões de 30 L/min e
95 L/min.
6.5 Ensaio de entupimento
Os ensaios de entupimento com carvão e com dolomita,
por serem opcionais, não são descritos nesta Norma. Estes
ensaios, quando requisitados, devem ser feitos conforme a
EN-143.
7 Aceitação e rejeição
Um filtro mecânico somente pode ser considerado aceito
se satisfizer no mínimo as condições especificadas nesta
Norma.
/ANEXO
6 NBR 13697/1996
NBR 13697/1996 7
Figura 1 - Equipamento para ensaio de vibração
ANEXO - Figuras
8 NBR 13697/1996
Figura 2 - Esquema do aparelho para ensaio com cloreto de sódio
1 - Garrafa Kilner ou similar
2 - Bico do nebulizador
3 - Arruela de fibra
4 - Chicana
5 - Haste
6 - Gaxeta de borracha
7 - Corpo
8 - Gaxeta de borracha
9 - Porca
10 - Tampa rosqueada
Figura 3 - Nebulizador
NBR 13697/1996 9
Figura 4 - Distribuição do tamanho das partículas
10 NBR 13697/1996
1 - Câmara de ensaio: Lucite. Diâmetro: 500 mm; altura: 500 mm; tampa dos dois lados de madeira compensada
2 - Porta da câmara com vedação
3 - Disco coletor do óleo com vedação
4 - Cobertura do frasco de mistura
5 - Frasco de mistura (tipo Friedrichs - Antlinger) para acerto da concentração da névoa
6 - Medidores de vazão (faixa 800 L/h a 8000 L/h)
a) para medida do ar propelente no frasco de mistura (500 L/h)
b) para medida do ar de ensaio (95 L/min)
7 - Válvulas para controle da vazão de ar
8 - Filtro de alta eficiência
9 - Filtro de redução (faixa 100 kPa - 500 kPa) para pressão alta de 600 kPa - 100 kPa
10 - Filtro de alta eficiência e baixa resistência
11 - “T” para tomar a quantidade de névoa necessária para o ensaio
12 - Válvula de agulha para controle da concentração da névoa na câmara
13 - Gerador de névoa
1 4 - Fotômetro
15 - Tubo conector para o filtro em ensaio
16 - Tubo amostrador para medida da concentração da névoa na câmara. O fotômetro é conectado com 15 ou 16, quando necessário, por
meio de um tubo curto. O tubo de conexão que não está em uso deve ser fechado facilmente. O tubo para névoa de óleo é de plástico
reforçado com fibra com diâmetro interno de 19 mm
17 - Garrafa tipo Woulf
18 - Frasco pulmão de 5 L
Figura 5 - Aparelho para o ensaio com aerossol de óleo de parafina
NBR 13697/1996 11
1 - Entrada de ar a 500 kPa com filtro
2 - Medidor de vazão
3 - Redutor de pressão
4 - Manômetro
5 - Frasco de mistura
6 - Frasco de nebulização
7 - Termostato - Vaso
8 - Camisa de aquecimento
9 - Termostato
10 - Indicador do nível de óleo
11 - Termômetro
12 - Bico do nebulizador
13 - Bico de controle
1 4 - Manômetro tipo U
15 - Tubo espiral
16 - Dreno
17 - Saída para o equipamento de medida
18 - Purga
19 - Válvula
20 - Bomba de óleo
21 - Depósito de óleo
22 - Parafuso de fixação
Figura 6 - Gerador para aerossol de óleo de parafina
12 NBR 13697/1996
Figura 7 - Bico do nebulizador
Unid.: mm
NBR 13697/1996 13
Figura 8 - Frasco de mistura (Friedrichs - Antlinger, JENAer GLASS D 50)
Unid.: mm
14 NBR 13697/1996
Figura 9 - Distribuição de tamanho das partículas do aerossol de óleo de parafina
Figura 10 - Esquema do fotômetro